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Mafalda de Saboia: diferenças entre revisões

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== Morte e sepultura ==
== Morte e sepultura ==
A rainha Mafalda morreu em [[Coimbra]] em 3 dezembro de 1157 ou 1158.{{nota de rodapé|[[José Mattoso]] diz que Mafalda morreu em 1157.{{Sfn|Mattoso|2014|p=223}} O historiador [[Frederico Francisco Stuart de Figanière e Morão|La Figanière]] enciona o mesmo dia, mas um ano depois, e cita um documento que mostra que a rainha ainda vivia em 1158.{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=612, n. 33}} O documento, arquivado na [[Torre do Tombo]], refere-se à doação de [[Atouguia]] pelo rei Alfonso e sua esposa onde o rei confirma ''cum uxore mea Regina domna Mahalda filia comitis Amadei et de Moriana.''{{Sfn|La Figanière|1859|p=231}}}}
A rainha Mafalda morreu em [[Coimbra]] em 3 dezembro de 1157 ou 1158.{{nota de rodapé|[[José Mattoso]] diz que Mafalda morreu em 1157.{{Sfn|Mattoso|2014|p=223}} O historiador [[Frederico Francisco Stuart de Figanière e Morão|La Figanière]] enciona o mesmo dia, mas um ano depois, e cita um documento que mostra que a rainha ainda vivia em 1158.{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=612, n. 33}} O documento, arquivado na [[Torre do Tombo]], refere-se à doação de [[Atouguia]] pelo rei Alfonso e sua esposa onde o rei confirma ''cum uxore mea Regina domna Mahalda filia comitis Amadei et de Moriana.''{{Sfn|La Figanière|1859|p=231}}}} Mafalda está sepultada no [[Mosteiro de Santa Cruz]], em Coimbra, junto do marido.{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=76}}

Mafalda está sepultada no [[Mosteiro de Santa Cruz]], em Coimbra, junto do marido.{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=76}}


== Descendência ==
== Descendência ==
Segundo os ''Annales D. Alfonsi Portugallensium Regis'', o casamento com Alfonso Henriques foi celebrado em 1145, no entanto não foi até um ano depois, em maio de 1146,{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=71}} quando ambos aparecem juntos pela primeira vez. O historiador José Mattoso cita outra fonte, "Notícias sobre uma [[Conquista de Santarém]]", segundo a qual a cidade foi tomada em 15 de maio de 1147, menos de um ano após o casamento real. Debido a que naquele tempo os casamentos não podiam ser celebrados durante a [[quaresma]], Mattoso sugere que o casamento foi celebrado em março ou abril de 1146, possivelmente no [[Páscoa|Domingo de Páscoa]] que naquele ano foi o 31 de março.{{Harvnp|Mattoso|2014|p=220}}
Do seu casamento com [[Afonso I de Portugal|Afonso Henriques]], em 1146, nasceram:

Deste casamento nasceram:
* [[Henrique Afonso, Infante de Portugal|D. Henrique Afonso de Portugal]] (5 de março de 1147{{Sfn|Caetano de Souza|1735|p=60}}-1155), chamado como seu avô, morreu quando tinha apenas oito anos de idade. Representou a seu pai, a pesar de sua idade, com cerca de três anos, em um conselho na cidade de Toledo.{{Sfn|Mattoso|2014|p=226}}
* [[Henrique Afonso, Infante de Portugal|D. Henrique Afonso de Portugal]] (5 de março de 1147{{Sfn|Caetano de Souza|1735|p=60}}-1155), chamado como seu avô, morreu quando tinha apenas oito anos de idade. Representou a seu pai, a pesar de sua idade, com cerca de três anos, em um conselho na cidade de Toledo.{{Sfn|Mattoso|2014|p=226}}
* [[Urraca de Portugal, Rainha de Leão|D. Urraca Afonso de Portugal]] (1148{{Sfn|Mattoso|2014|p=226}}-1211{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=79}}) casou com o rei [[Fernando II de Leão]].{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=79}}
* [[Urraca de Portugal, Rainha de Leão|D. Urraca Afonso de Portugal]] (1148{{Sfn|Mattoso|2014|p=226}}-1211{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=79}}) casou com o rei [[Fernando II de Leão]].{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|p=79}}

Revisão das 09h06min de 6 de novembro de 2017

Predefinição:Em obras

Mafalda de Saboia

Representação de Mafalda na Genealogia dos Reis de Portugal.
Rainha de Portugal
Reinado Janeiro/Junho de 11464 de novembro de 1157
Antecessor(a) Teresa de Leão (como condessa de Portucale)
Sucessor(a) Dulce de Aragão
Nascimento 1125
Morte 4 de novembro de 1157 (32 anos)
  Coimbra, Portugal
Sepultado em Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra
Cônjuge Afonso I de Portugal
Casa Saboia (por nascimento)
Borgonha (por casamento)
Pai Amadeu III de Saboia
Mãe Mafalda de Albon

Mafalda de Saboia ou Matilde (1125[1]Coimbra, 4 de novembro de 1157[2] /1158[3]) foi a primeira rainha de Portugal, desde 1146 até à sua morte, como esposa de Afonso I de Portugal.

Origens

Era a segunda ou terceira filha do conde Amadeu III de Saboia e da sua esposa Mafalda (ou Matilde) de Albon,[1] (irmã de Guigues IV, conde de Albon, “o Delfim”). Uma tia de Mafalda, Adelaide de Saboia, foi rainha consorte de França pelo seu matrimônio com o rei Luís VI e um de seus tios-avó foi o Papa Calisto II.[4]

Possíveis razões para o seu casamento com Afonso Henriques

O pai de Mafalda havia participado na Segunda Cruzada e isso poderia ter sido uma das razões para a eleição de Mafalda como consorte do primeiro rei de Portugal com o objetivo de formar uma aliança entre o novo reino e a Casa de Saboia para a expulsão de muçulmanos do território português e, ao mesmo tempo, demonstram a sua independência escolhendo uma esposa fora do escopo e influência da Monarquia de Leão

Também é possível que Afonso Henriques não pudesse escolher uma das infantas dos reinos ibéricos por razões de parentesco[5] ou que o casamento foi sugerido pelo cardeal Guido de Vico, o legado papal na Península Ibérica e uma das testemunhas em 1143 do Tratado de Zamora.[6]

As rainhas de Portugal contaram, desde cedo, com os rendimentos de bens, adquiridos, na sua grande maioria, por doação. Por testamento, Mafalda reservou determinados direitos de portagem à manutenção de uma albergaria que fundara em Canaveses. O facto induz a pensar que a terra em questão lhe pertencia, embora continuem a subsistir dúvidas sobre se as referências a Mafalda se reportam à rainha consorte de Afonso Henriques ou à sua neta, filha de Sancho I de Portugal.

Vida como rainha consorte

A presença de Mafalda é registrada pela primeira vez em Portugal em 23 de maio de 1146, quando, junto com o marido, confirmou uma doação que sua sogra, Teresa de Leão à Ordem de Clúnia.[7] Foi padroeira dos cistercienses e fundou o Mosteiro de Costa em Guimarães e um hospital para peregrinos, pobres e doentes em Canaveses.[7]

O historiador medieval inglês, Walter Map, em sua obra De nugis curialium, diz que "o rei de Portugal que agora vive", quase com certeza Alfonso I, tinha sido convencido por maus conselheiros de matar sua esposa grávida por causa do ciúme. No entanto, não há outra fonte para confirmar esta história que geralmente não é aceita. Mafalda provavelmente morreu após o nascimento de seu filha Sancha, se a rainha Mafalda morreu em 1157.

Morte e sepultura

A rainha Mafalda morreu em Coimbra em 3 dezembro de 1157 ou 1158.[nota 1] Mafalda está sepultada no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, junto do marido.[10]

Descendência

Segundo os Annales D. Alfonsi Portugallensium Regis, o casamento com Alfonso Henriques foi celebrado em 1145, no entanto não foi até um ano depois, em maio de 1146,[11] quando ambos aparecem juntos pela primeira vez. O historiador José Mattoso cita outra fonte, "Notícias sobre uma Conquista de Santarém", segundo a qual a cidade foi tomada em 15 de maio de 1147, menos de um ano após o casamento real. Debido a que naquele tempo os casamentos não podiam ser celebrados durante a quaresma, Mattoso sugere que o casamento foi celebrado em março ou abril de 1146, possivelmente no Domingo de Páscoa que naquele ano foi o 31 de março.[12]

Deste casamento nasceram:

Precedida por
Teresa de Leão
(condessa com
título de rainha)

Rainha de Portugal

11461157
Sucedida por
Dulce de Aragão
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Notas

  1. José Mattoso diz que Mafalda morreu em 1157.[8] O historiador La Figanière enciona o mesmo dia, mas um ano depois, e cita um documento que mostra que a rainha ainda vivia em 1158.[9] O documento, arquivado na Torre do Tombo, refere-se à doação de Atouguia pelo rei Alfonso e sua esposa onde o rei confirma cum uxore mea Regina domna Mahalda filia comitis Amadei et de Moriana.[3]

Referências

  1. a b Rodrigues Oliveira 2010, p. 67.
  2. Mattoso 2014, p. 223-227.
  3. a b La Figanière 1859, p. 231.
  4. Rodrigues Oliveira 2010, p. 69.
  5. a b Rodrigues Oliveira 2010, p. 80.
  6. Rodrigues Oliveira 2010, pp. 67–68.
  7. a b Rodrigues Oliveira 2010, p. 75.
  8. Mattoso 2014, p. 223.
  9. Rodrigues Oliveira 2010, p. 612, n. 33.
  10. Rodrigues Oliveira 2010, p. 76.
  11. Rodrigues Oliveira 2010, p. 71.
  12. Mattoso 2014, p. 220.
  13. a b c Caetano de Souza 1735, p. 60.
  14. a b c d e Mattoso 2014, p. 226.
  15. a b c d Rodrigues Oliveira 2010, p. 79.
  16. Mattoso 2014, pp. 372-373.
  17. a b c Castro 1997, p. 297.
  18. Mattoso 2014, pp. 287-288 e 290.
  19. Mattoso 2014, p. 227.
  20. Mattoso 2014, pp. 227 y 383.
  21. Rodrigues Oliveira 2010, p. 72.

Bibliografia


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