Antônio Saturnino de Mendonça Júnior
Antônio Saturnino de Mendonça Júnior | |
---|---|
Nascimento | 8 de março de 1908 Goiânia |
Morte | 23 de outubro de 1985 |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | escritor, político |
Antônio Saturnino de Mendonça Júnior, ou A. S. de Mendonça Jr. como assinava seus livros, (Passo de Camaragibe, 8 de março de 1908 - Rio de Janeiro, 23 de outubro de 1985) foi um escritor e político brasileiro.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu no Engenho Maranhão, em Matriz de Camaragibe[1] (que na época era um distrito de Passo de Camaragibe), filho de Antônio Saturnino de Mendonça e Estefânia Braga de Mendonça.[2] Estudou primeiras letras no Colégio 15 de Março do professor Agnelo Barbosa, cursando depois Direito nas universidades federais do Recife e de Niterói. Foi promotor público em Rio Novo e Carangola, no estado de Minas Gerais, antes de retornar a Alagoas e dedicar-se à atividade política, ao jornalismo e à literatura.[3]
Casado com Cloripes Matos Mendonça, foi pai do também deputado federal Antonio Saturnino de Mendonça Neto.[4]
Participou da fundação do Partido Social Democrático (PSD) em Alagoas, de que foi representante na Câmara dos Deputados, entre 1950 e 1958, apoiando os governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, e notabilizou-se na literatura por sua lírica amorosa e por poemas e crônicas dedicados à paisagem e à humanidade da terra natal: lagoas, praias, rios, figuras populares, engenhos de fogo morto do Vale do Camaragibe.
Maria Heloisa Melo de Moraes publicou o livro "Itinerário geográfico-poético de Mendonça Jr." que aborda o obra do autor.[5] Na década de 20, ajudou a difundir o Modernismo em Alagoas, organizando a Festa da Arte Nova, e está presente, entre outras antologias, na "Coletânea de poetas alagoanos" de Romeu de Avelar.[6]
Presidiu a Academia Alagoana de Letras, eleito em 1958 e reeleito nos três anos seguintes, até 1961, quando foi sucedido por Jaime de Altavila.[7] Também em seu estado natal, foi professor da Faculdade de Direito, membro do Instituto Histórico e presidente da Caixa Econômica Federal.[8]
Obras
[editar | editar código-fonte]- O que eu queria dizer ao seu ouvido (Maceió, 1946) - com soneto musicado por Hekel Tavares, que mereceu gravações de Hebe Camargo e Jorge Fernandes, no Rio de Janeiro, e, em Lisboa, integra o CD "Xodó : canções brasileiras para não esquecer".[9]
- Jornal da província (Maceió, 1948)
- Jornal de Alagoas (Maceió, 1949)
- Discursos parlamentares (Maceió, 1959)
- Planície (Maceió, 1961)
- Dinheiro e mulher bonita (Maceió, 1964)
- Poemas fora da moda (Rio de Janeiro, 1971)
- Marcha Nupcial (Rio de Janeiro, 1977)
- O anel de brilhante e outras histórias (Brasília,1979)[10]
- Tempo de falar (Maceió, 1983)
- O último senhor de engenho ( Maceió, 1987, edição póstuma da editora da Universidade Federal de Alagoas)
- De rerus pluribus (Maceió, 1995, edição póstuma da editora da Universidade Federal de Alagoas, reunindo crônicas publicadas no Gazeta de Alagoas e escritas também por Carlos Moliterno, Teotônio Vilela e Théo Brandão, sob a assinatura coletiva de Juvenal)
Referências
- ↑ a b Douglas Apratto Tenório (janeiro–junho de 2011). «Os Caminhos do Açúcar em Alagoas: do banguê à usina, do escravo ao bóia-fria» (PDF). Incelências, Núcleo de Programas de Pesquisa / Centro Universitário CESMAC. - Maceió, pág. 24, nota 24. Consultado em 1 de março de 2012[ligação inativa]
- ↑ Aparício Fernandes (1976). Anuário de poetas do Brasil: Volume 1. [S.l.: s.n.]
- ↑ Romeu de Avelar (1959). Coletânea de poetas alagoanos. [S.l.: s.n.] 286 páginas
- ↑ Institucional. «Conheça os Deputados: Mendonça Neto». Sítio oficial da Câmara dos Deputados. Consultado em 1 de março de 2012
- ↑ http://www.edufal.com.br/2008/index.php?pagina=detalhes&id_prod=11480&id_categ=3[ligação inativa]
- ↑ Coletânea de poetas alagoanos - Romeu de Avelar - Editora Rua da Quintana, 1959
- ↑ «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 2 de março de 2012. Arquivado do original (PDF) em 27 de março de 2014
- ↑ http://www.aeaal.com/simposio/video/discurso_francisco.doc[ligação inativa]
- ↑ http://fonoteca.cm-lisboa.pt/cgi-bin/info3.pl?24637&CD&0
- ↑ http://books.google.pt/books/about/O_Anel_de_brilhante_e_outras_estorias.html?id=6FW9ZwEACAAJ&redir_esc=y