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Boraceia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Boracéia)
 Nota: Para outros significados, veja Boraceia (desambiguação).

Boraceia
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Boraceia
Bandeira
Brasão de armas de Boraceia
Brasão de armas
Hino
Lema Vis ad progressum
"Visando o progresso"
Gentílico boraceense
Localização
Localização de Boraceia em São Paulo
Localização de Boraceia em São Paulo
Localização de Boraceia em São Paulo
Boraceia está localizado em: Brasil
Boraceia
Localização de Boraceia no Brasil
Mapa
Mapa de Boraceia
Coordenadas 22° 11′ 34″ S, 48° 46′ 44″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Pederneiras, Arealva, Bariri e Itapuí
Distância até a capital 330 km
História
Fundação 8 de fevereiro de 1959 (65 anos)
Administração
Prefeito(a) Valdir de Souza Melo (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 120,796 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 4 268 hab.
Densidade 35,3 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 480 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,783 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 74 842,421 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 17 099,02
Sítio https://www.boraceia.sp.gov.br (Prefeitura)
https://camaraboraceia.sp.gov.br (Câmara)

Boraceia é um município brasileiro do interior do estado de São Paulo. A cidade é pequena, com uma população estimada em 4.500 habitantes.

"Boraceia" é um termo de origem tupi que significa "dança".[5]

O município de Boraceia surgiu por iniciativa do imigrante italiano Eugenio Secongo Brogiato, conhecido no Brasil como Eugênio Burjato, nascido em 22 de junho de 1877 no município de Santa Margherita d'Adige, na região do Vêneto, noroeste da Itália. Como todo europeu quando emigrava para o Brasil, tinha em sua mente, vir para as terras brasileiras, pois lhe informavam que eram dadivosas e sumamente produtivas, trabalhar por determinado tempo fazer fortunas e regressar para sua Pátria. Entretanto, dos que vieram, porcentagem mínima voltou.

Brogiato chegou ao Brasil em 1895 com apenas dezoito anos e inicialmente estabeleceu residência no distrito de Bica de Pedra, atual município de Itapuí, que até 1913 pertenceu a comarca de Jaú. Casou-se por volta de 1897, com a também italiana Paolina Franchin, com a qual constituiu família e tiveram onze filhos, dez mulheres e um homem.

Brogiato desenvolveu diversos empreendimentos, como por exemplo inaugurou em 1910 uma sala de cinema denominado de Bijou Salon, a qual funcionou até aproximadamente 1919, quando teve problemas em relação ao alvará de funcionamento, resultado de disputas políticas entre dois grupos existentes na época no município de Bica de Pedra. Ele também foi proprietário de um comércio de beneficiamento de café, principal produto agrícola da época, assim com uma madeireira neste mesmo município.

A criação da Vila Floresta - futuro município de Boraceia

São três fatores principais que contribuíram para a criação de Boraceia, o primeiro deles resulta do desenvolvimento da atividade cafeeira na região nas três primeiras décadas de 1900, com a criação de diversas fazendas de café com o aumento populacional da região, principalmente pelo processo de imigração, e com a chegada da ferrovia no município de Bica de Pedra em 1912 (C.E.F Dourado) que melhorou a circulação de pessoas e mercadorias, facilitando o escoamento da produção de café, tornando a região atrativa economicamente.

O segundo fator é decorrente do desenvolvimento das atividades agrícolas, comerciais e do desenvolvimento populacional desta região que criou a necessidade da construção de uma ponte sobre o rio Tietê no local onde existia um movimentado Porto Fluvial José Antônio, onde se realizava o transporte por balsas, as quais não estavam mais suportando o aumento do fluxo de pessoas e mercadorias, e por volta de 1915, após o insucesso dos inúmeros pedidos para a construção de uma ponte no local por parte do poder público, diversos fazendeiros da região resolvem através de uma iniciativa particular construí-la, através da criação de empresa denominada de Companhia Melhoramentos do Porto José Antônio, através deste empreendimento, levantam os recursos necessários e com a autorização do governo do estado de São Paulo, iniciaram as obras em 1917.

O terceiro fator esta ligado a pessoa de Eugenio Burjato que estava envolvido em diversas disputas políticas no município de Bica de Pedra que estavam prejudicando os seus negócios, e por ser um homem atento as oportunidades que surgiam, aliado a um espírito arrojado e empreendedor, percebeu que com a construção da ponte sobre o rio tietê ligando o município de Bica de Pedra ao de Pederneiras, valorizaria toda aquela região, atualmente pertencente ao município de Boraceia, o qual poderia se desenvolver rapidamente, e por outro lado se afastar das disputas políticas municipais.

Percebendo isso, no ano de 1916, um ano antes do início da construção da ponte, Eugênio Burjato adquiriu uma área de um alqueire e meio de terras de Joaquim Francisco de Oliveira, gleba essa pertencendo a Fazenda Floresta, que pertencia na época ao município de Pederneiras, percebendo que aquela área estava localizada em uma região estratégica, resolveu criar uma vila, fazendo um loteamento com abertura de ruas, praça, e a construção de uma capela.

Inicialmente, dedicou a lavoura, posteriormente instalou máquina de arroz, olaria de tijolos, casa comercial e outras atividades que iam aparecendo, criaram ambiente para que fosse constituído um distrito. Nesse trabalho e pelo fato de o povoado já estar em ritmo respeitável de progresso, Eugênio Burjato, coadjuvado por Amaro José Veríssimo e outros conseguiram a criação do distrito e depois, com luta das famílias Sgavioli, Freitas Pereira e demais elevaram o município.

Formação administrativa

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Pelo Decreto-lei 9 073, de 31 de março de 1938, foi criado o Distrito de Floresta (então Fazenda Floresta), ficando pertencendo ao município e comarca de Pederneiras.

Pelo Decreto Estadual 9 775, de 30 de novembro de 1938, que fixou o quadro territorial vigente no quinquênio de 1939-1943, o distrito de Floresta passou a pertencer ao município de Itapuí, Comarca de Jaú, com a mudança de denominação para Boracéia.

Na divisão territorial a vigorar no período de 1959 a 1963, que foi feito pela Lei 5 285, de 18 de fevereiro de 1959, foi elevado à categoria de município, desmembrando assim, parte do território de Itapuí, continuando pertencendo a Comarca de Jaú.

Em 16 de junho de 1982, Boraceia foi transferido para o território da Comarca de Pederneiras.

Área do município: 121,10 km

População: 4 500 habitantes

Densidade demográfica: 36,2 habitantes por quilômetro quadrado

Número de eleitores: 3.509

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 11,50

Expectativa de vida (anos): 73,74

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,37

Taxa de Alfabetização: 88,39%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,783

  • IDH-M Renda: 0,696
  • IDH-M Longevidade: 0,812
  • IDH-M Educação: 0,841

(Fonte: IPEADATA)

  • SP-261 - Rodovia Cesar Augusto Sgaviolli

Comunicações

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A cidade foi atendida pela Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP) até 1973, quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP)[6], que construiu em 1982 a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica, sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo para suas operações de telefonia fixa[7][8][9].

Administração

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Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p.422
  6. «Área de atuação da Telesp em São Paulo». Página Oficial da Telesp (arquivada) 
  7. «Convênio de incorporação da COTESP pela TELESP em 25 de outubro de 1973». Portal da Câmara dos Deputados 
  8. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  9. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas

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