Deep Throat (The X-Files)
"Deep Throat" | |||||||
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2.º episódio da 1.ª temporada de The X-Files | |||||||
Mulder embaixo de um OVNI. | |||||||
Informação geral | |||||||
Direção | Daniel Sackheim | ||||||
Escritor(es) | Chris Carter | ||||||
Código(s) de produção | 1X01 | ||||||
Duração | 43 minutos | ||||||
Transmissão original | 17 de setembro de 1993 | ||||||
Convidados | |||||||
Jerry Hardin como Garganta Profunda | |||||||
Cronologia | |||||||
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Lista de episódios |
"Deep Throat" é o segundo episódio da primeira temporada da série de ficção científica The X-Files. Ele foi exibido pela primeira vez nos Estados Unidos pela Fox no dia 17 de setembro de 1993. Escrito pela criador e produtor executivo Chris Carter e dirigido por Daniel Sackheim, o episódio apresenta vários elementos que se tornariam as bases da mitologia da série.
No episódio, os agentes Fox Mulder e Dana Scully investigam uma possível conspiração dentro de uma base da Força Aérea dos Estados Unidos, e Mulder encontra um misterioso informante que o aconselha a ficar longe do caso. Irredutível, ele segue em frente e chega o mais próximo da verdade sobre vida extraterrestre do que antes, porém todo o seu progresso é apagado de sua memória.
O episódio apresentou o personagem Garganta Profunda, interpretado por Jerry Hardin, que serve como o informante de Mulder durante a primeira temporada. O personagem foi inspirado no histórico Garganta Profunda, e tinha o propósito de servir como uma ligação entre os protagonistas e os conspiradores que eles iriam investigar. O episódio em si se foca em elementos comuns da ufologia, se passando em um lugar semelhante a Área 51 e a Nellis Air Force Base. Ele contém vários efeitos especiais que Carter posteriormente descreveu como "bons, em função das restrições [da série]"; apesar de ter destacado como mal feita a cena com as luzes piscando. "Deep Throat" foi assistido por aproximadamente 6.9 milhões de domicílios e 11 milhões de telespectadores em sua primeira exibição, recebendo boas críticas.
Enredo
[editar | editar código-fonte]No sudoeste de Idaho, perto da Base Aérea Ellens, a polícia militar invade a casa do Coronel Robert Budahas, que roubou um veículo militar e se escondeu dentro da casa. Eles encontram Budahas no banheiro, tremendo e coberto por erupções cutâneas.
Quatro meses depois, os agentes do FBI Fox Mulder e Dana Scully se encontram em um bar de Washington, D.C. para discutir o caso de Budahas. Mulder explica que Budahas, um piloto de testes, não foi visto desde a invasão e que o exército não comenta sobre sua condição; o FBI se recusou a investigar. Mulder afirma que outros seis pilotos da base estão desaparecidos, que é o centro de rumores sobre aeronaves experimentais. Enquanto vai ao banheiro, Mulder é abordado por um misterioso informante chamado "Garganta Profunda", que o aconselha a ficar longe do caso. Ele afirma que Mulder está sendo vigiado, o que mais tarde prova-se verdade.
Mulder e Scully viajam até Idaho e encontram-se com a esposa de Budahas, Anita, que afirma que seu marido demonstrou comportamento errático antes de desaparecer. Ela os leva até a casa de uma vizinha, cujo marido, também piloto de testes, está se comportando de forma similar. Scully consegue marcar um encontro com o Coronel Kissell, o diretor da base, porém ele se recusa a falar quando os dois vão até sua casa. Os agentes posteriormente conhecem Paul Mossinger, um repórter local, que os indica a um restaurante local; lá, eles discutem OVNIs com a dona, que acredita ter visto vários na região. Ao visitar a base durante a noite, os dois testemunham uma misteriosa aeronave realizar manobras impossíveis no céu. Eles fogem quando um helicóptero se aproxima, aparentemente perseguindo o casal adolescente Emil e Zoe.
Em uma lanchonete, os jovens contam aos agentes sobre as luzes e como eles acreditam que OVNIs são lançados da base. Enquanto isso, Budahas volta para casa sem lembrar do que aconteceu. Depois de saírem do restaurante, Mulder e Scully são confrontados por agentes vestidos de preto, que destroem as fotografias que eles tiraram e mandam que os dois deixem a cidade.
Mulder, sem se abalar, entra na base com a ajuda de Emil e Zoe. Ele vê uma aeronave triangular voar baixo, e logo em seguida é capturado por soldados que apagam sua memória. Enquanto isso, Scully reencontra Mossinger, que é na verdade um agente da base. Scully o força a levá-la até a base e o troca por Mulder. Sem a verdade sobre a base, os dois voltam para Washington. Dias depois, Mulder encontra Garganta Profunda enquanto corre em uma pista de atletismo. Mulder pergunta se os alienígenas estão realmente na Terra; Garganta Profunda afirma que "eles estão aqui há muito, muito tempo".[1][2]
Produção
[editar | editar código-fonte]Desenvolvimento
[editar | editar código-fonte]Este episódio marcou a primeira aparição de Jerry Hardin como Garganta Profunda. Chris Carter, criador da série, afirmou que o personagem foi baseado no Garganta Profunda histórico,[3] um informante que vazou informações sobre as investigações do FBI sobre o caso Watergate para os jornalistas Carl Bernstein e Bob Woodward.[4] O verdadeiro Garganta Profundo foi revelado como sendo W. Mark Felt, vice-diretor do FBI.[5] Outra influência foi X, o personagem interpretado por Donald Sutherland no filme de 1991 JFK.[3] Carter criou o personagem para estabelecer uma ligação entre Fox Mulder e Dana Scully com os conspiradores que eles enfrentam, descrevendo Garganta Profunda como um homem "que trabalha em um nível do governo que nem sabíamos que existia".[3] Hardin chamou a atenção de Carter no filme The Firm,[6] que descreveu a escolha como "muito fácil". O ator voou para Vancouver a cada algumas semanas para gravar suas cenas. Carter disse que a interpretação dele era "muito, muito boa".[7]
De acordo com Carter, ficou evidente durante esse episódio que The X-Files era uma "série em desenvolvimento". "Deep Throat" foi inspirado na ufologia comum. Pessoas que acreditam em alienígenas acham que a Área 51 e a Nellis Air Force Base em Nevada capturaram tecnologia extraterrestre no caso Roswell em 1947. O nome Base Aérea Ellens foi tirado de uma namorada colegial de Carter, cujo último nome era Ellens. A história do projeto militar foi inspirada pelo rumor de que a Força Aérea dos Estados Unidos havia começado um projeto chamado Projeto Aurora. Carter disse lembrar-se das pessoas falando sobre esse rumor e que sua inclusão no episódio foi uma referência. O sobrenome Budahas veio de um antigo amigo de Carter. Duchovny e Anderson nunca haviam segurado uma arma antes, e acabaram recebendo treinamento especial para saberem como usá-las adequadamente.[7]
Filmagens
[editar | editar código-fonte]As cenas em que Mulder se infiltra na base aérea foram filmadas em uma base real da força aérea. Com um orçamento limitado e o cronograma de uma série de televisão, Carter disse que os efeitos pareciam "bons, em função das limitações" que enfrentaram. O OVNI foi construído digitalmente baseado no que Mat Beck, supervisor de efeitos visuais, descreveu como "uma espécie de plataforma circular de luz".[8] Carter comentou a direção de Daniel Sackheim, dizendo que o episódio foi "filmado muito bem". No final das gravações das cenas noturnas, o Sol já estava começando a nascer, forçando o diretor de fotografia John Bartley a preparar seus ângulos e iluminação para tentar manter a cena o mais escura possível.[7] A cena em que Mulder entra na base já havia sido reescrita para acontecer de noite e não à tarde; o Sol fez a cena ser filmada como havia sido originalmente escrita.[3]
A casa usada para os planos exteriores do lar da família Budahas foi reusada na série seguinte de Carter, Millennium, como a casa do protagonista Frank Black. O dono da casa era um comissário de bordo que frequentemente encontrava membros do elenco e da equipe quando eles viajam para Vancouver.[9] A cena inicial com Duchovny e Anderson no bar foi gravada em um restaurante de Vancouver chamado The Meat Market. O lugar era o único bar que a equipe conseguiu encontrar que não havia sido reformado por causa da Expo 86 e ainda tinha um visual "bem usado". Ele apareceu novamente em "Piper Maru", da terceira temporada.[10] O restaurante de beira de estrada usado para os interiores do "Restaurante Disco Voador" era tão isolado das outras locações que um ônibus foi disponibilizado para transportar a equipe e economizar dinheiro. Apenas Al Campbell, o iluminador, fez uso do ônibus, fazendo os produtores abandonar essa ideia até "Herrenvolk", da quarta temporada.[11]
O ator convidado Seth Green afirmou que apesar de ter sido escolhido para fazer o "garoto maconhado" Emil, e de já ter "conquistado o mercado como o afável maconhado em TV e cinema", ele nunca usou maconha. Green disse que seu primeiro dia de gravações começou pouco depois de Duchovny ter terminado sua última cena; Green ficou impressionado pela postura e habilidade de improvisação de Duchovny, dizendo que os dois ficaram "brincando o tempo todo".[12]
Pós-produção
[editar | editar código-fonte]"A cena em que Scully está sentada na frente do computador escrevendo seu diário [...] veio por decreto, porque [a Fox] queria um resumo do episódio, e no final, eu achou que deixou o episódio melhor. O tema recorrente de Scully fazendo uma narração enquanto digita tornou-se um apoio a história para nós sempre que precisávamos esclarecer ao público para onde estávamos indo, ou por onde tínhamos passado."
—Chris Carter[13]
Carter afirmou que as cenas com as luzes no céu foram os "piores efeitos que já fizemos", em função do orçamento e tempo; ele também comentou que os efeitos especiais ainda estavam em sua infância. Mat Beck foi o supervisor e produtor de efeitos especiais durante a primeira temporada; ele e Carter tentaram, sem sucesso, fazer os efeitos especiais parecerem tridimensionais e "melhores". De acordo com Carter, o resultado parecia um "tipo de Pong de alta tecnologia".[7]
"Deep Throat" marca a estreia de Mark Snow como o compositor solo da trilha sonora da série. Carter afirmou que ele e a equipe de produção estavam "temerosos" em usar música de mais no episódio, e na primeira temporada como um todo. A narração de Anderson perto do final foi inserida após reclamações dos executivos da Fox, que desejam um encerramento maior. Eles acharam que o público não deveria ficar "confuso" após assistir o episódio e que eles deveriam ter pelo menos uma vaga ideia do que estava acontecendo. As narrações tornaram-se uma técnica comum pelo restante da série.[7]
Temas
[editar | editar código-fonte]Acadêmicos citaram a fala de Garganta Profunda para Mulder sobre algumas verdades devem ser mantidas em segredo do público como representando a dificuldade de fazer grandes organizações se responsabilizarem por transgressões; Richard Flannery e David Louzecky, escrevendo no livro The Philosophy of The X-Files, comparam a vontade de Garganta Profunda de esconder a verdade sobre a vida alienígena com o encobrimento do Massacre de My Lai e os julgamentos do caso Enron.[14] A revelação final de que os alienígenas estão na Terra "há muito, muito tempo" foi citada como um traço do pós-futurismo estabelecido pelo cinema de ficção científica da década de 1980. Esse traço substituiu os tradicionais tópicos da ficção científica, como exploração espacial, por temas inspirados pelo caso Watergate e teorias da conspiração.[15]
Repercussão
[editar | editar código-fonte]"Deep Throat" estreou na Fox no dia 17 de setembro de 1993, atraindo aproximadamente 6.9 milhões de domicílios e 11 milhões de telespectadores.[16][17] Ele teve um índice Nielsen de 7.3 com uma participação de 14 pontos, significando que 7.3% de todos os domicílios com televisão e 14% dos domicílios com televisões ligadas estavam assistindo ao episódio.[16]
Em uma retrospectiva da primeira temporada, a Entertainment Weekly deu uma nota B+ ao episódio, elogiando a interpretação "cansada da vida" de Hardin, mas percebendo que o "tom impertinente e sinistro" do episódio foi "um pouco incómodo, mas prometendo coisas que estão por vir".[18] Adrienne Martini do The Austin Chronicle afirmou que o episódio era "divertido de assistir", descrevendo como "televisão excelente",[19] e o San Jose Mercury News chamou Garganta Profunda de "o personagem novo mais interessante da televisão" e o episódio de "estranho, mas maravilhoso".[20] Mike Antonucci, escrevendo para o Toronto Star, disse que "Deep Throat" demonstrou que Carter "consegue misturar elementos sutis e complicados com ação de tirar o fôlego", afirmando que "Nada é óbvio sobre The X-Files, exceto sua qualidade".[21] Para o The Beaver County Times, Michael Janusosis foi mais crítico, dizendo que o episódio "meio que vacilou no final", faltando "uma resolução completamente satisfatória".[22]
Escrevendo para a The A.V. Club, Keith Phipps avaliou o episódio com uma nota A–, achando que era "quase uma extensão do piloto". Ele achou que a cena do sequestro de Mulder foi "um dos momentos mais assustadores do primeiros dias da série, tanto pelo que sugere quanto pelo que mostra".[23] Para o website Den of Geek, Matt Haigh avaliou "Deep Throat" positivamente, elogiando a decisão de não responder todas as perguntas que faz. Haigh percebeu que "o fato de nos deixarem sem pistas, como Mulder e Scully, sobre o que realmente aconteceu apenas engrandece a experiência", achando que mistérios assim são "uma coisa realmente rara" em uma série de canal aberto.[24] Robert Shearman e Lars Pearson, no livro Wanting to Believe: A Critical Guide to The X-Files, Millennium & The Lone Gunmen, deram cinco estrelas de cinco ao episódio, achando-o "muito mais confiante em seu rítmo e tom" do que "Pilot". Os dois acharam que o episódio foi "uma história sobre acobertamento e paranóia habilmente escrita", notando que "ele estabelece muito bem os temas gerais da série, quase parecendo uma cartilha".[25]
"Deep Throat" foi citado como o começo dos "conflitos centrais" da série.[26] Dan Iverson da IGN achou que o episódio "abriu as portas das possibilidades desta série".[27] enquanto que Meghan Deans do Tor.com disse que "apesar do piloto ter apresentado a ideia da conspiração governamental, foi 'Deep Throat' que expandiu as bordas da tela".[28] A introdução de Garganta Profunda foi listada pelo Entertainment Weekly como o número 37 na lista dos "100 Maiores Momentos da Televisão" na década de 1990.[29]
Referências
- ↑ Lowry 1995, pp. 102-103
- ↑ Lovece 1996, pp. 47-48
- ↑ a b c d Edwards 1996, p. 37
- ↑ Woodward & Bernstein 1974, p. 71
- ↑ O'Connor, John D. (julho de 2005). «"I'm the Guy They Called Deep Throat"». Vanity Fair. Consultado em 5 de janeiro de 2013
- ↑ Lovece 1996, p.
- ↑ a b c d e Carter, Chris. (DVD) The X-Files Mythology, Volume 1 – Abduction, comentário em áudio para "Deep Throat". Fox Home Entertainment. 2005.
- ↑ (DVD) The Truth About Season One. Fox Home Entertainment. 2000.
- ↑ (DVD) Order in Chaos: Making Millennium Season One. Fox Home Entertainment. 2004.
- ↑ Gradnitzer & Pittson 1999, pp. 32-33
- ↑ Gradnitzer & Pittson 1999, pp. 31-32
- ↑ Robinson, Tasha (13 de setembro de 2007). «Random Roles: Seth Green». The A.V. Club. Consultado em 5 de janeiro de 2013
- ↑ Maccarillo, Lisa (dezembro de 1994). «A conversation with The X-Files' creator Chris Carter». Sci-Fi Channel. Sci Fi Entertainment
- ↑ Kowalski 2007, pp. 71-72
- ↑ Lavery, Hague & Cartwright 1996, p. 149
- ↑ a b Lowry 1995, p. 248
- ↑ «Nielsen Ratings». USA Today: D3. 22 de setembro de 1993
- ↑ «X Cyclopedia: The Ultimate Episode Guide, Season I». Entertainment Weekly. 29 de novembro de 1996. Consultado em 7 de janeiro de 2013
- ↑ Martini, Adrienne (25 de abril de 1997). «Scanlines». The Austin Chronicle. Consultado em 7 de janeiro de 2013
- ↑ «THE 'X-FILES' INFORMANT IS OUT THERE, SPEAKING ON ALL KINDS OF LEVELS». San Jose Mercury News: 1C. 19 de novembro de 1993
- ↑ Antonucci, Mike (30 de novembro de 1993). «The X-Files: something strange and wonderful And they're here, right inside your television set». Toronto Star: D4
- ↑ Janusosis, Michael (14 de abril de 1996). «'X-Files' episodes offered on tape». The Beaver County Times: 2
- ↑ Phipps, Keith (20 de junho de 2008). «"Deep Throat"/"Squeeze"». The A.V. Club. Consultado em 8 de janeiro de 2013
- ↑ Haigh, Matt (30 de setembro de 2008). «Revisiting The X-Files: season 1 episode 2». Den of Geek. Consultado em 8 de janeiro de 2013
- ↑ Shearman & Pearson 2009, pp. 12-13
- ↑ Bush 2008, p. 41
- ↑ Iverson, Dan (5 de agosto de 2005). «X-Files Mythology, Vol. 1 - Abduction». IGN. Consultado em 8 de janeiro de 2013
- ↑ Deans, Meghan (27 de outubro de 2011). «Reopening The X-Files: "Deep Throat"». Tor.com. Consultado em 8 de janeiro de 2013
- ↑ «The 100 Greatest Moments In Television:1990s». Entertainment Weekly. 19 de fevereiro de 1999. Consultado em 8 de janeiro de 2013
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Bush, Michelle (2008). Myth-X. [S.l.]: Lulu. ISBN 1-4357-4688-0
- Edwards, Ted (1996). X-Files Confidential. [S.l.]: Little, Brown and Company. ISBN 0-316-21808-1
- Gradnitzer, Louisa; Pittson, Todd (1999). X Marks the Spot: On Location with The X-Files. [S.l.]: Arsenal Pulp Press. ISBN 1-55152-066-4
- Flannery, Richard; Louzecky, David (2007). Kowalski, Dean A. (ed.), ed. The Philosophy of The X-Files. [S.l.]: University Press of Kentucky. ISBN 0-8131-2454-9
- Lavery, David; Hague, Angela; Cartwright, Marla (1996). Deny All Knowledge: Reading The X-Files. [S.l.]: Syracuse University Press. ISBN 0-8156-2717-3
- Lovece, Frank (1996). The X-Files Declassified. [S.l.]: Citadel Press. ISBN 0-8065-1745-X
- Lowry, Brian (1995). The Truth is Out There: The Official Guide to the X-Files. [S.l.]: Harper Prism. ISBN 0-06-105330-9
- Shearman, Robert; Pearson, Lars (2009). Wanting to Believe: A Critical Guide to The X-Files, Millennium & The Lone Gunmen. [S.l.]: Mad Norwegian Press. ISBN 0-9759446-9-X
- Woodward, Bob; Bernstein, Carl (1974). All the President's Men. [S.l.]: Simon and Schuster. ISBN 0-684-86355-3