Grande Prêmio da Hungria de 1988
Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 de 1988 | |||
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Terceiro GP da Hungria em Hungaroring | |||
Detalhes da corrida | |||
Categoria | Fórmula 1 | ||
Data | 7 de agosto de 1988 | ||
Nome oficial | IV Pop 84 Magyar Nagydij[1] | ||
Local | Hungaroring, Mogyoród, Condado de Peste, Hungria | ||
Percurso | 4.014 km | ||
Total | 76 voltas / 305.064 km | ||
Condições do tempo | Quente, ensolarado | ||
Pole | |||
Piloto |
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Tempo | 1:27.635 | ||
Volta mais rápida | |||
Piloto |
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Tempo | 1:30.639 (na volta 51) | ||
Pódio | |||
Primeiro |
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Segundo |
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Terceiro |
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Resultados do Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 realizado em Hungaroring em 7 de agosto de 1988.[2] Décima etapa do campeonato, foi vencido pelo brasileiro Ayrton Senna, que subiu ao pódio junto a Alain Prost numa dobradinha da McLaren-Honda, com Thierry Boutsen em terceiro pela Benetton-Ford.[3][4]
Resumo
[editar | editar código-fonte]Alain Prost ainda lidera
[editar | editar código-fonte]Nelson Piquet venceu o Grande Prêmio da Hungria em 1986 e 1987, mas seu nome não constava estava entre os favoritos para a edição seguinte[5][6] dada a tibieza da Lotus. Por outro lado Ayrton Senna chegou a Hungaroring de olho na liderança do certame, preferencialmente vencendo a etapa húngara em novo duelo com Alain Prost. Para tanto ele deveria fazer a pole position num circuito de baixa velocidade, estreito, travado e com poucas opções de ultrapassagem. Sair em primeiro, entretanto, seria uma vantagem relativaː "A primeira curva está a favor do pole, mas em compensação ele larga no lado sujo da pista",[7] afirmou Senna antes de iniciados os treinos. A cautela do brasileiro têm razão de ser, afinal o traçado do circuito húngaro é ideal para os motores aspirados superarem os turbos.[8] "Preciso ser o pole position do Grande Prêmio da Hungria. Tenho ainda mais motivos para isso do que em Silverstone ou em Hockenheim; em Budapeste, há poucos pontos de ultrapassagem e chegamos ao momento mais importante do campeonato, pois o Prost está muito pressionado e as Ferrari podem voltar a surpreender. A corrida vale a liderança".[9]
Ao afirmar o óbvio, o piloto brasileiro refreou a empolgação de parte da imprensa brasileira para quem é Ayrton Senna quem lidera o campeonato mundial de pilotos por ter cinco vitórias no bolso do macacão ante as quatro de Alain Prost, embora o critério objetivo da pontuação assinale 60 pontos do francês contra 57 pontos de seu companheiro de equipe e de acordo com o regulamento da Fórmula 1 será esta contagem a definir o campeão de 1988. Caso triunfe na Hungria com Prost em segundo, a liderança será de Senna pois ele e seu contendor estariam no topo da tabela com 66 pontos. Até mesmo um abandono de Prost seria benéfico a Senna, desde que este termine pelo menos em quarto lugar igualando os atuais 60 pontos do líder do campeonatoː nos dois casos a quantidade de vitórias favorecia ao brasileiro,[9] mas nem assim os pontos colhidos até o momento devem ser desconsiderados.
Uma pole difícil
[editar | editar código-fonte]Choveu na sexta pela manhã e por isso o treino da tarde ocorreu com o piso molhado, mas no fim da sessão o asfalto húngaro já estava seco devido ao sol forte e nele Alain Prost foi o mais veloz com sua McLaren deixando Ayrton Senna em quinto lugar, subjugado por três bólidos aspiradosː a Benetton de Alessandro Nanini e as Williams de Nigel Mansell e Riccardo Patrese.[10] Num circuito travado e quase sem pontos de ultrapassagem, o bom desempenho da concorrência obrigou a equipe de Ron Dennis a trabalhar durante a noite a fim de ajustar-se às características de Hungaroring extraindo o máximo dos turbos fornecidos pela Honda,[11] uma medida necessária, pois no treino de sábado a pole provisória esteve ao alcance de Mansell durante 55 minutos quando a McLaren de Senna ascendeu ao primeiro lugar em sua derradeira tentativa, superando o britânico da Williams por um décimo de segundo enquanto Alain Prost terminou em sétimo (queixando-se do tráfego, para variar) e Nelson Piquet em décimo terceiro após lidar com um problema nos freios.[8][12] Sob o ponto de vista estatístico, Ayrton Senna atingiu sua oitava pole position no ano e a vigésima quarta de sua carreira, número este igual ao dos tricampeões Niki Lauda e Nelson Piquet,[13] mas o valor dessa conquista reside num fato inusitadoː Nigel Mansell vendeu caro sua derrota ante o primor da McLaren e o talento de Ayrton Senna, pois o "leão" da Williams extraiu o máximo de si, mesmo vitimado pelo sarampo.[14]
Hungria em dois atos
[editar | editar código-fonte]O prenúncio de que o domingo não seria fácil para Ayrton Senna veio no momento da largada quando ele valeu-se do potente motor Honda para manter a McLaren na liderança ao contornar a primeira curva adiante de Nigel Mansell,[8] cuja Williams manteve-se próxima ao brasileiro durante onze voltas. Graças a um chassis bem adaptado ao circuito húngaro e ao bom rendimento dos motores aspirados, Mansell aproveitava as curvas para encostar em Senna, mas quando cruzavam a reta o brasileiro sustentava a liderança.[15] Mesmo alquebrado pelo sarampo, Mansell aproveitou a presença de Riccardo Patrese em terceiro com a outra Williams para insistir na caça a Senna até a abertura da décima segunda volta, quando tocou a roda dianteira direita na grama ao contornar uma curva,[15] obrigando o britânico a "domar" o carro e voltar à pista em quarto lugar atrás de Senna, Patrese e Boutsen, mas à frente de Prost.
Como a vantagem sobre Riccardo Patrese oscilava entre um e dois segundos, Ayrton Senna não pôde poupar seu equipamento da forma como gostaria, de modo a compensar o desgaste sofrido com Nigel Mansell. Por outro lado, Alain Prost empreendeu uma corrida mais tranquila, pois embora tenha caído para nono durante a largada, superou as March de Ivan Capelli e Maurício Gugelmin em apenas duas voltas. Algum tempo depois, o francês chegou à zona de pontuação ao ultrapassar Gerhard Berger, da Ferrari e Alessandro Nannini, da Benetton. Para chegar ao pódio seria preciso duelar com as Williams e nisso Prost reduziu a diferença que o separava de Mansell até suplantá-lo na volta vinte e oito. Quanto a Riccardo Patrese, seu bólido perdeu rendimento até cair para o sexto lugar,[4] e quanto a Nigel Mansell, este abandonaria a disputa na sexagésima volta por falta de condições físicas.[15]
Ainda em primeiro lugar, Ayrton Senna foi obrigado a acelerar e distanciar-se da briga, iniciada na volta trinta e dois, onde Alain Prost tomou a segunda posição de Thierry Boutsen na quadragésima sétima passagem. Nesse momento, os bólidos da McLaren estavam a três segundos de distância, pulverizados por Prost dois giros mais tarde quando o francês enquadrou o rival a curta distância. Quando Senna reduziu a velocidade a fim de ultrapassar os retardatários Gabriele Tarquini, da Coloni, e Philippe Alliot, da Lola, Prost foi ladino e mergulhou por dentro e mesmo expondo-se a um toque por falta de espaço, assumiu a liderança na volta 49, mas a beleza do duelo veio alguns metros adianteː ele deixou o carro escapar na aproximação de uma curva e tomou o contragolpe de Senna também pelo lado interno da pista.[4] Como permaneceu fora do traçado ideal, o piloto francês sujou os pneus e perdeu aderência, além de sofrer com vibrações intensas na dianteira do carro,[15] permitindo ao seu adversário abrir quase sete segundos de vantagem a dez voltas para o fim da contenda.[4] Decidido a vencer, Prost reduziu a diferença, mas Senna resistiu ao ataque e cruzou a linha de chegada em primeiro lugar,[3] meio segundo adiante de seu companheiro de equipe e a mais de trinta segundos da Benetton de Thierry Boutsen, sendo que Gerhard Berger (Ferrari), Maurício Gugelmin (March) e Riccardo Patrese (Williams) completaram a zona de pontuação.[8][16] Em tempoː Ayrton Senna tornou-se o primeiro piloto de Fórmula 1 a vencer três corridas consecutivas no mesmo ano desde os triunfos de Alan Jones com a Williams na Alemanha, Áustria e Países Baixos em 1979.[17][18][19]
Num fim de semana onde os rivais eclipsaram seu protagonismo em algum momento, Ayrton Senna conseguiu a vitória mais difícil do ano e graças ao empate em 66 pontos com Alain Prost, a McLaren ficou a um passo do mundial de construtores com 132 pontos.[1] A partir destes números, a consagração de Senna depende de três vitórias nas seis provas restantes, independente dos resultados de Prost. Sem liderar o mundial de Fórmula 1 desde o Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1987, as chances de o brasileiro chegar ao título são de 68% sob as regras vigentes.[20] Conforme a matemática, já não é mais apenas uma questão de torcida...
Classificação
[editar | editar código-fonte]Pré-classificação
[editar | editar código-fonte]Pos. | Nº | Piloto | Construtor | Tempo | Dif. |
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1 | 36 | Alex Caffi | Dallara-Ford | 2:01.593 | — |
2 | 32 | Oscar Larrauri | EuroBrun-Ford | 2:03.343 | + 1.750 |
3 | 31 | Gabriele Tarquini | Coloni-Ford | 2:03.371 | + 1.778 |
4 | 33 | Stefano Modena | EuroBrun-Ford | 2:04.168 | + 2.575 |
5 | 21 | Nicola Larini | Osella | 2:05.626 | + 4.033 |
Treinos classificatórios
[editar | editar código-fonte]Pos. | Nº | Piloto | Construtor | Q1 | Q2 | Grid |
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1 | 12 | Ayrton Senna | McLaren-Honda | 1:30.422 | 1:27.635 | — |
2 | 5 | Nigel Mansell | Williams-Judd | 1:30.151 | 1:27.743 | + 0.108 |
3 | 20 | Thierry Boutsen | Benetton-Ford | 1:30.780 | 1:27.970 | + 0.335 |
4 | 16 | Ivan Capelli | March-Judd | 1:32.675 | 1:28.350 | + 0.715 |
5 | 19 | Alessandro Nannini | Benetton-Ford | 1:29.779 | 1:28.493 | + 0.858 |
6 | 6 | Riccardo Patrese | Williams-Judd | 1:30.382 | 1:28.569 | + 0.934 |
7 | 11 | Alain Prost | McLaren-Honda | 1:29.589 | 1:28.778 | + 1.143 |
8 | 15 | Maurício Gugelmin | March-Judd | 1:35.237 | 1:29.099 | + 1.464 |
9 | 28 | Gerhard Berger | Ferrari | 1:31.192 | 1:29.244 | + 1.609 |
10 | 36 | Alex Caffi | Dallara-Ford | 1:32.887 | 1:29.891 | + 2.346 |
11 | 24 | Luis Pérez-Sala | Minardi-Ford | 1:33.494 | 1:30.103 | + 2.468 |
12 | 17 | Derek Warwick | Arrows-Megatron | 1:32.514 | 1:30.185 | + 2.550 |
13 | 1 | Nelson Piquet | Lotus-Honda | 1:35.346 | 1:30.405 | + 2.770 |
14 | 18 | Eddie Cheever | Arrows-Megatron | 1:32.589 | 1:30.908 | + 3.273 |
15 | 27 | Michele Alboreto | Ferrari | 1:32.304 | 1:31.052 | + 3.417 |
16 | 23 | Pierluigi Martini | Minardi-Ford | 1:33.597 | 1:31.123 | + 3.488 |
17 | 29 | Yannick Dalmas | Lola-Ford | 1:33.192 | 1:31.200 | + 3.565 |
18 | 22 | Andrea de Cesaris | Rial-Ford | 1:48.994 | 1:31.523 | + 3.888 |
19 | 2 | Satoru Nakajima | Lotus-Honda | 1:34.194 | 1:31.646 | + 4.011 |
20 | 30 | Philippe Alliot | Lola-Ford | 1:33.132 | 1:31.719 | + 4.084 |
21 | 3 | Jonathan Palmer | Tyrrell-Ford | 1:34.001 | 1:31.741 | + 4.106 |
22 | 31 | Gabriele Tarquini | Coloni-Ford | 1:35.991 | 1:32.160 | + 4.525 |
23 | 14 | Philippe Streiff | AGS-Ford | 1:32.973 | 1:32.265 | + 4.630 |
24 | 26 | Stefan Johansson | Ligier-Judd | 1:34.843 | 1:32.342 | + 4.707 |
25 | 25 | René Arnoux | Ligier-Judd | 1:35.685 | 1:32.477 | + 4.842 |
26 | 33 | Stefano Modena | EuroBrun-Ford | 1:35.389 | 1:32.614 | + 4.979 |
27 | 32 | Oscar Larrauri | EuroBrun-Ford | 1:35.990 | 1:32.987 | + 5.352 |
28 | 10 | Bernd Schneider | Zakspeed | 1:36.716 | 1:33.357 | + 5.722 |
29 | 4 | Julian Bailey | Tyrrell-Ford | 1:35.693 | 1:33.694 | + 6.059 |
30 | 9 | Piercarlo Ghinzani | Zakspeed | 1:36.223 | 1:34.701 | + 7.066 |
Fonte:[2] |
Corrida
[editar | editar código-fonte]Tabela do campeonato após a corrida
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- Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas. Entre 1981 e 1990 cada piloto podia computar onze resultados válidos por temporada não havendo descartes no mundial de construtores.
Notas
- ↑ Voltas na liderança: Ayrton Senna liderou as 76 voltas da prova.
Referências
- ↑ a b c d «1988 Hungarian GP – championships (em inglês) no Chicane F1». Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ a b c «1988 Hungarian Grand Prix - race result». Consultado em 12 de setembro de 2018
- ↑ a b Fred Sabino (2 de maio de 2020). «Senna x Prost: em 1988, rivais venceram 15 das 16 corridas e esmagaram concorrência na F1». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 2 de maio de 2020
- ↑ a b c d Fred Sabino (7 de agosto de 2018). «Com "X" em Prost, Senna tomava liderança do campeonato de 1988 na Hungria». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ Fred Sabino (10 de agosto de 2019). «Nelson Piquet fez sobre Ayrton Senna a maior ultrapassagem de todos os tempos na Fórmula 1». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ Fred Sabino (9 de agosto de 2018). «Em 1987, porca deixou Mansell a pé, e Piquet ficou na boa para vencer na Hungria». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ Sérgio Rodrigues (5 de agosto de 1988). «Chuva pode ser aliada de Senna outra vez. Primeiro Caderno, Esportes – p. 19». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ a b c d «Hungarian GP, 1988 (em inglês) no grandprix.com». Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ a b Milton Coelho da Graça (5 de agosto de 1988). «Senna quer a "pole" para ser líder. Matutina – Esportes, p. 24». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 13 de maio de 2002
- ↑ Luís Antonio Guerrero (6 de agosto de 1988). «Sorte fica ao lado de Prost. Esportes, p. 22». acervo.estadao.com.br. O Estado de S. Paulo. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ Milton Coelho da Graça (7 de agosto de 1988). «Senna, na "pole", corre para ser líder. Matutina – Esportes, p. 52». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 13 de maio de 2002
- ↑ Milton Coelho da Graça (7 de agosto de 1988). «Piquet conformado com as dificuldades. Matutina – Esportes, p. 53». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 13 de maio de 2002
- ↑ Redação (7 de agosto de 1988). «Senna larga na pole; Prost sai em 7º. Esportes, p. A-35». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ Redação (7 de agosto de 1988). «Mansell, com sarampo, é destaque dos treinos oficiais. Esportes, p. A-42». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ a b c d Mário Andrada e Silva (8 de agosto de 1988). «Ayrton Senna ultrapassa o francês Prost. Esportes, p. A-19». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ Sérgio Rodrigues (8 de agosto de 1988). «Senna resiste a Prost e ganha a liderança. Primeiro Caderno, Esportes – p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 12 de setembro de 2018
- ↑ Fred Sabino (29 de julho de 2019). «Alan Jones venceu primeira pela Williams há 40 anos após resistir a ataque de Clay Regazzoni». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ «Austrian GP, 1979 (em inglês) no grandprix.com». Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ Fred Sabino (26 de agosto de 1979). «Gilles Villeneuve e o dia em que levou sua Ferrari com três rodas para tentar seguir na prova». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 13 de maio de 2022
- ↑ Milton Coelho da Graça (8 de agosto de 1988). «Números garantem liderança a Ayrton. Matutina – Esportes, p. 10». acervo.oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 13 de maio de 2002
Precedido por Grande Prêmio da Alemanha de 1988 |
Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA Ano de 1988 |
Sucedido por Grande Prêmio da Bélgica de 1988 |
Precedido por Grande Prêmio da Hungria de 1987 |
Grande Prêmio da Hungria 4ª edição |
Sucedido por Grande Prêmio da Hungria de 1989 |