Juruá
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | juruaense | ||
Localização | |||
Localização de Juruá no Amazonas | |||
Localização de Juruá no Brasil | |||
Mapa de Juruá | |||
Coordenadas | 3° 28′ 51″ S, 66° 04′ 08″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Amazonas | ||
Municípios limítrofes | Oeste: Jutaí; Norte:Fonte Boa; Leste: Uarini e Alvarães; Sul:Carauari | ||
Distância até a capital | 672 km[1] | ||
História | |||
Fundação | 19 de dezembro de 1955 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Maria Rodrigues da Rocha Júnior (MDB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 19 400,418 km² | ||
População total (estimativa populacional - IBGE/2020[3]) | 15 106 hab. | ||
• Posição | AM: 53º | ||
Densidade | 0,8 hab./km² | ||
Clima | equatorial | ||
Altitude [4] | 55 m | ||
Fuso horário | Hora do Amazonas (UTC-4) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [5]) | 0,522 — baixo | ||
PIB (IBGE/2013[6]) | R$ 84 638 mil | ||
• Posição | AM: 58º | ||
PIB per capita (IBGE/2013[6]) | R$ 6 821,23 |
Juruá é um município brasileiro do interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Pertencente à mesorregião do Sudoeste Amazonense e microrregião de Juruá, sua população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 15 106 habitantes em 2020.[3]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]A origem do nome município vem do rio Juruá, que atravessa o município de um extremo a outro, indo em direção sul-norte. A palavra "Juruá" origina-se de Iuruá, que significa, em guarani, rio de boca larga
História
[editar | editar código-fonte]Historicamente, as origens de Juruá prendem-se à dos municípios de Tefé e Carauari. Habitavam a região do atual município de Juruá antiga Caitaú, grupos indígenas Meneruás, Maranás, Canamaris, Catuquinas, Catauixis entre outros.[4][7]
Em meados do século XVII, é fundada a aldeia de Tefé, que transforma-se na sede de um município com grandíssima área territorial - ultrapassando os 500.000 km² - após a expulsão dos espanhóis da região e consolidação do domínio colonial português sobre a meso região do Rio Solimões. Vários desmembramentos desse território são feitos com o decorrer dos anos, originando diversos municípios.[4][7]
João da Cunha Ferreira, a serviço do Governador Tenreiro Aranha, subiu o grande rio Juruá até a foz do Juruá-Mirim, em 1857. A partir de então, as visitas oficiais e colonização da região foram se processando mais assiduamente. O apogeu da borracha e a grande seca nordestina de 1877-1878 atraiu para as margens do rio Juruá milhares de nordestinos, fugidos da inclemência da seca. E foram eles os pioneiros do povoamento do Juruá.[4][7]
Em 1911 é desmembrado o território que passa a constituir o novo município amazonense de Xibauá, que vê sua denominação ser alterada dois anos depois, em 1913, para Carauari. Estado Carauari e Tefé na situação de municípios vizinhos, este último passa a sofrer novos desmembramentos.[4][7]
Assim sendo, em 19 de dezembro de 1955, através da Lei Estadual nº. 96, territórios e partes contíguas de Carauari e Tefé passam a constituir o novo município de Juruá, que tem sua sede localizada na então Paranaguá do Norte. A sede, Paranaguá do Norte, é elevada à categoria de vila, recebendo o nome de Juruá.[4][7]
Por força da Emenda Constitucional nº. 12, Juruá perde parte de seu território em favor da criação do município de Tamaniquá.[4][7]
Geografia
[editar | editar código-fonte]Sua população estimada em 2011 era de 11 126 habitantes.
Economia
[editar | editar código-fonte]Agropecuária
[editar | editar código-fonte]Juruá possui 111 estabelecimentos agropecuários ao total. São 41 estabelecimentos agropecuários com bovinos, totalizando 971 cabeças de gado.
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Saúde
[editar | editar código-fonte]O município possuía, em 2009, 3 estabelecimentos de saúde, sendo todos estes públicos municipais ou estaduais, entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles havia 20 leitos para internação.[8] Em 2014, 86,49% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia. O índice de mortalidade infantil entre crianças menores de 5 anos, em 2016, foi de 22,86, indicando um aumento em comparação com 1995, quando o índice foi de 0 óbitos a cada mil nascidos vivos. Entre crianças menores de 1 ano de idade, a taxa de mortalidade aumentou de 0 (1995) para 22,86 a cada mil nascidos vivos, totalizando, em números absolutos, 63 óbitos nesta faixa etária entre 1995 e 2016. No mesmo ano, 40,57% das crianças que nasceram no município eram de mães adolescentes, sendo a segunda maior porcentagem entre os municípios amazonenses, superada apenas por Pauini. Conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS), órgão do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade devido a acidentes de transportes terrestres registrou 7,36 óbitos neste indicador, em 2016, representando um aumento se comparado com anos anteriores. Ainda conforme o SUS, baseado em pesquisa promovida pelo Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS, não houve em Juruá nenhuma internação hospitalar relacionada ao uso abusivo de bebidas alcoólicas e outras drogas, entre 2008 e 2017.[9]
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 21.39 para 1.000 nascidos vivos, ficando na 19ª posição entre os municípios do Amazonas. Em 2016, 25% das mortes de crianças com menos de um ano de idade foram em bebês com menos de sete dias de vida. Óbitos ocorridos em crianças entre 7 e 27 dias de vida não foram registrados. Outros 75% dos óbitos foram em crianças entre 28 dias e um ano de vida. No referido período, houve 6 registros de mortalidade materna, que é quando a gestante entra em óbito por complicações decorrentes da gravidez. O Ministério da Saúde estima que 100% das mortes que ocorreram em 2016, entre menores de um ano de idade, poderiam ter sido evitadas, especialmente por adequada atenção à saúde do recém-nascido ou por ações de imunização. Cerca de 85,7% das crianças menores de 2 anos de idade foram pesadas pelo Programa Saúde da Família em 2014, sendo que 0,3% delas estavam desnutridas.[9][10][11]
Até 2009, Juruá possuía estabelecimentos de saúde especializados em cirurgia bucomaxilofacial, clínica médica, obstetrícia e pediatria e nenhum estabelecimento de saúde com especialização em psiquiatria ou traumato-ortopedia. Dos estabelecimentos de saúde, apenas 1 deles era com internação.[8] Até 2016, não havia registros de casos de HIV/AIDS, sendo um dos três únicos municípios do Amazonas nesta realidade.[9] Entre 2001 e 2012 houve 34 casos de doenças transmitidas por mosquitos e insetos, sendo a principal delas a leishmaniose e a dengue.[12]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Juruá, Amazonas - Distâncias». City Brazil UOL. Consultado em 22 de junho de 2012. Arquivado do original em 2 de março de 2016
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (27 de agosto de 2020). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1 de julho de 2020». Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ a b c d e f g «Municípios do estado do Amazonas - Juruá». Biblioteca virtual do Amazonas. Consultado em 22 de junho de 2012. Arquivado do original em 6 de abril de 2015
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 9 de setembro de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2010-2013». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de dezembro de 2015
- ↑ a b c d e f «História da cidade - Juruá (AM)». CityBrazil UOL. Consultado em 22 de junho de 2012. Arquivado do original em 25 de outubro de 2013
- ↑ a b Cidades@ - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Serviços de saúde - 2009». Consultado em 14 de dezembro de 2018
- ↑ a b c Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (2014). «ODS 03: Saúde e bem-estar». Relatórios Dinâmicos. Consultado em 14 de dezembro de 2018
- ↑ Portal ODM (2015). «1 - acabar com a fome e a miséria». Consultado em 14 de dezembro de 2018
- ↑ @Cidades. «Saúde». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 14 de dezembro de 2018
- ↑ Portal ODM (2012). «6 - combater a Aids, a malária e outras doenças». Consultado em 14 de dezembro de 2018