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Knorr

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 Nota: Para a marca da Unilever, veja Knorr (marca).
Knorr
Knorr
Renomeado Knǫrr (nórdico antigo), knarr (dinamarquês, sueco e norueguês), knörr (islandês)
Características gerais
Tipo de navio Embarcação da Era Viking (séculos VIII a XI)
Largura Até 4-5 metros
Comprimento Menos de 20 metros
Notas
Utilizado para transportar cargas a longa distância

Knorr (designado de knǫrr em nórdico antigo, de knarr, em dinamarquês, sueco e norueguês, e de knörr, em islandês, com plural «knerrir») era um tipo de barco viking, utilizado para transportes mais pesados. Era um navio mais curto e largo, com bordos mais altos, do que o langskip (navio longo), e essencialmente adaptado à navegação à vela no mar alto. Tinha um mastro e uma vela quadrada, e alguns remos. [1] [2] [3]

Características

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Era, ao lado dos barcos chamados Byrdingr (tipo knorr, porém mais curto), um dos dois tipos de embarcações que genericamente receberam o nome de barcos mercantes; erroneamente são por vezes denominados de dracar, ou barcos dragão, típicas naus longas e destinadas à guerra e conquista, e que diferia do knorr essencialmente pela presença da grande carranca na proa e seu tamanho era menor.

O comprimento do knorr era de 16 metros. Sua largura no centro, onde o casco atinge o máximo da curvatura, variava de 4 a 5 m. Podiam levar uma carga de até 15 toneladas.[4]

As velas tinham geralmente um colorido, disposto em quadrados ou tiras verticais. Durante as tempestades, porém, o peso da água absorvida pelo tecido podia desestabilizar a embarcação.

A navegação era operada por um timão, preso por cordas ao lado direito do barco. Sua construção era feita com carvalho e outras árvores típicas da Escandinávia.

O knorr era uma embarcação apropriada para o comércio e para as longas viagens. Por isso, foi com ele que os viquingues chegaram até às ilhas Orkney e Shetland, à Islândia, à Groenlândia e à América do Norte. Graças à sua capacidade de levar bastante carga, prestou-se para o transporte de colonos, como foi o caso da povoação da Islândia.[4][5][6]

Em 1957, no fiorde Roskilde, na Dinamarca, foram encontrados os restos de um barco do tipo knorr, batizado então de Skuldelev 1 (Skuldelev-skibene:Skuldelev 1).[7]

Em 1933, foi encontrado no rio Gota, na Suécia, um knarr víquingue com 16 metros de comprimento, do século X, o qual foi designado de Äskekärr I e está exposto no Museu da Cidade de Gotemburgo.[8] Uma réplica deste navio, com o nome Vidfamne, foi construída e lançada ao mar em 1994 pela associação Sällskapet Vikingatida Skepp na cidade de Gotemburgo.[9]

Outros tipos de navios víquingues:

Referências

  1. Oliveira, Leandro Vilar (2023). «As embarcações da Era Viking (séculos VIII a XI)». Museu EXEA. Atlanticus: Revista do Museu EXEA. 2: 52. ISSN 2764-7358. Consultado em 7 de outubro de 2024. Os knerrir eram embarcações menos compridas do que um navio-longo, porém, eram geralmente mais largas… Embora tenha virado um navio de carga... 
  2. Gomes de Miranda, Pablo (2012). «OS FIORDES E AS SERPENTES: DEFININDO ESPAÇOS GUERREIROS NA SAGA DE ÓLÁF TRYGVASSON». NEARCO – Revista Eletrônica de Antiguidade e Medievo. 5 (1): 34. ISSN 1982-8713. O Knarr, tipo de embarcação que recai sobre a primeira categoria, é um tipo de barco mais largo e fundo, utilizado pelos colonos durante as navegações do atlântico norte, quando colonizaram a Islândia e Groelândia, tanto pela sua capacidade de carga, quanto pela sua estabilidade em mar aberto. É uma embarcação que necessita de menos pessoas para manobrá-lo, contém pouco espaço para os remos e possuía uma vela quadrangular fixa. Esse cargueiro também era, essencialmente, utilizado parafins comerciais. Os tamanhos variam, o Hedeby 3, por exemplo tem um comprimento de 25m e capacidade de carga de 60t (BILL, 2008, p.176). 
  3. Terje Planke. «knarr (seilskip)» (em norueguês). Store norske leksikon - Grande Enciclopédia Norueguesa. Consultado em 9 de outubro de 2024 
  4. a b Barcos viquingues em http://www.shipsonstamps.org/topics/html/viking.htm (pesquisado em 10 de março de 2007, 14:15)(em inglês)
  5. http://www2.sunysuffolk.edu/mandias/lia/vikings_during_mwp.html - pesquisado em 10 de março de 2007, às 14:37 (em inglês)
  6. Blom, Tomas (2009). «Vikingaskeppet - klinkbyggd hi-tech». Vikingarna. Saga, sägen och sanning (em sueco). Lund: Historiska media. p. 65. 144 páginas. ISBN 978-91-85873-78-4 
  7. Gomes de Miranda, Pablo (2012). «OS FIORDES E AS SERPENTES: DEFININDO ESPAÇOS GUERREIROS NA SAGA DE ÓLÁF TRYGVASSON». NEARCO – Revista Eletrônica de Antiguidade e Medievo. 5 (1): 6. ISSN 1982-8713. p.6 Outros achados de maior expressão para o estudo de barcos escandinavos na Idade Média estão situados em Hedeby (Jutlândia) e Roskilde (Dinamarca, aonde se encontram, também, os achados das embarcações Skuldelev); p.8 Desenho dos barcos encontrados na região de Skuldelev, norte da Dinamarca. Os dois exemplares de cima (Skuldelev II e V), são embarcações de guerra, enquanto os de baixo (Skuldelev I e III) são próprios para a atividade cargueira. 
  8. «Tjurholmen i Göta älv - Vikingaskepp då och nu - Vikingagården» (PDF) (em sueco). Consultado em 28 de abril de 2016 
  9. «Vidfamne». Sällskapet Vikingatida Skepp 

Ligações externas

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  • História Viking, sítio em português, com descrição das embarcações viquingues.