Transnordestina
Este artigo ou se(c)ção trata de uma construção atualmente em andamento. |
Ferrovia Nova Transnordestina | |
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Status atual da obra. | |
Informações principais | |
EF | EF-232 e EF-116 |
Sigla ou acrônimo | FNT |
Área de operação | Ceará, Pernambuco e Piauí |
Operadora | Transnordestina Logística S.A. |
Interconexão Ferroviária | Ferrovia Norte-Sul Ferrovia Transnordestina Logística |
Portos Atendidos | Porto de Pecém Porto de Suape |
Sede | Fortaleza, Ceará |
Especificações da ferrovia | |
Extensão | 1 753 km (1 090 mi) |
Bitola | bitola irlandesa 1 600 mm (5,25 ft) |
Diagrama e/ou Mapa da ferrovia | |
A Ferrovia Nova Transnordestina (EF-232 e EF-116) é uma ferrovia brasileira, em bitola mista, projetada para ligar o Porto de Pecém, no Ceará, e o Porto de Suape, em Pernambuco, até o cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, com extensão total de 1.753 km. No futuro se conectará com a ferrovia Norte-Sul em Porto Franco (MA).[1]
A ferrovia no trecho entre Pecém e Eliseu Martins pertence à Transnordestina Logística S.A., uma subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).[2] Embora seja privada, a obra recebeu majoritariamente recursos públicos.[3]
Características
[editar | editar código-fonte]O projeto desta ferrovia intenciona elevar a competitividade da produção agrícola e mineral da região Nordeste, com uma logística eficiente que une uma ferrovia moderna de alto desempenho e portos e calado profundo que podem receber navios de grande porte. A bitola mista permite a união da alta capacidade da bitola larga e a ligação com as outras ferrovias regionais com a bitola métrica.
- Ferrovia: Conectará Eliseu Martins ao Porto de Suape e ao Porto de Pecém.
Bitola larga e mista Rampas: sentido exportação: 1,0% Rampas: sentido importação: 1,5% Curvas com raio mínimo de 400 metros. Projetada para garantir serviços logísticos: alta qualidade X baixo custo.
- Terminais: 2 Terminais portuários - exportação de granéis sólidos
Localizações Estratégica: principais mercados consumidores e em portos aptos a operar navios “cape size”.
Uma conexão entre a Nova Transnordestina e a Ferrovia Norte-Sul encontra-se em projeto e será construída entre as cidades de Eliseu Martins (PI) e Estreito (MA) num total de 400 km.[4]
Orçamento e Financiamento
[editar | editar código-fonte]O custo total da obra estimado em R$ 5,42 bilhões deverá ser excedido em 25% e totalizará cerca de R$ 6,72 bilhões. O aumento de custo foi justificado por maiores custos com mão de obra e equipamentos. Do orçamento atual, R$ 3,1 bilhões serão financiados, sendo R$ 2,7 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), R$ 225 milhões do BNDES e 180 milhões do Banco do Nordeste. Dos R$ 2,3 bilhões restantes, R$ 1,3 bilhão sai do caixa da CSN, R$ 823 milhões do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor) e R$ 164 milhões da estatal Valec. Por tratar-se de um empreendimento de controle privado, o custo da Transnordestina é de responsabilidade da TLSA (Transnordestina Logística S.A.), controladora do projeto.[5] Em dezembro de 2016, a obra estava 52% concluída, apesar de ter usado R$ 6,27 bilhões. Serão necessários mais R$ 5 bilhões para conclusão total da obra [6].
Cronologia
[editar | editar código-fonte]- 1997: Leilão da Malha Ferroviária Nordeste
- 1998: Início de exploração e desenvolvimento do transporte de cargas com a criação da CFN
- 2002: Estudos para a implantação de novo traçado – projeto TRANSNORDESTINA
- 2006: Início de implantação da FERROVIA TRANSNORDESTINA
- 2008: CFN passa a se chamar TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA S.A.
- 2013: Previsão de início de operação da FERROVIA TRANSNORDESTINA
- 2016: Obra 52% concluída, usados R$ 6,27 bilhões; são necessários mais R$ 5 bilhões para conclusão total da obra
- 2017: Por orientação do Tribunal de Contas da União as obras não devem mais ser realizadas com repasses de dinheiro público, por descompasso entre dos cronogramas de obras e os valores financeiros liberados[7].
- 2018: A CSN correu o risco de perder os contratos de construção da Transnordestina, pois a ANTT iniciou um processo administrativo que poderia ter encerrado a validade dos contratos, considerando o tempo de paralisação das obras.
- 2019: Depois de ficar parada por mais de três anos, as obras foram retomadas a partir de um investimento de R$ 257 milhões efetuados inteiramente pela controladora Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)[8].
- 2022: No final do governo Bolsonaro, a CSN renova o contrato com a ANTT com um aditivo que desiste do trecho Salgueiro-Suape, colocando foco apenas até o porto do Pecém, com previsão de funcionamento até 2030[9]. Assim a ferrovia passou de 1753 km para 1209 km de extenção.
- 2023ː O trecho Salgueiro-Suape foi inserido no Novo PAC em agosto. [10]
- 2024ː Em 20 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que o Ministério dos Transportes poderia retomar o investimento no trecho da ferrovia Transnordestina. Em abril, o governo federal lançou edital para contratação da empresa que deve elaborar o projeto de engenharia para a implantação da ferrovia.[10]
A Ferrovia Transnordestina tinha conclusão prevista para o ano de 2016, mas atualmente ainda não foi acabada, tendo apenas 600 km sido concluídos.
Traçado
[editar | editar código-fonte]Trecho | Data de inauguração | Comprimento (km) | Comprimento desde o Porto do Pecém, (CE) (km) | Inicio das obras | Observações e Conexões |
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Porto do Pecém (CE) Salgueiro (PE) |
2026 (previsto)[11] |
665 | 665 | 2006 | Em construção pela Transnordestina Logística S.A.. No final de 2022 faltavam cerca de 370 quilômetros para acessar Pecém. |
Salgueiro (PE) Eliseu Martins (PI) |
2026 | 587 | 1209 | 2006 | Em construção. |
Porto de Suape (PE) Salgueiro (PE) |
Indefinido | 544 | - | 2006 | Trecho devolvido pela Transnordestina Logística S.A. para o governo federal em 2022, com 190 km construídos no trecho entre Salgueiro e Custódia, em Pernambuco[12]. |
Referências
- ↑ «Obras da Transnordestina são vistoriadas por Dilma Rousseff e Cid Gomes». Governo do Estado do Ceará. Consultado em 22 de fevereiro de 2017
- ↑ Camarotto, Murillo (28 de fevereiro de 2015). «TCU diz que governo 'perdeu controle' de Transnordestina e pode anular concessão». Senado Federal. Consultado em 15 de dezembro de 2016
- ↑ «Transnordestina, após 10 anos, ainda está pela metade - Economia - Estadão». Estadão
- ↑ «Seminário Internacional sobre Hidrovias Brasil-Holanda» (PDF). Agência Nacional de Transportes Aquaviários. 4 de março de 2009. Consultado em 21 de fevereiro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 16 de abril de 2014
- ↑ «Novo reajuste para Transnordestina — Portal ClippingMP». 14 de janeiro de 2012. Consultado em 22 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 14 de janeiro de 2012
- ↑ «Bilhões de reais e 10 anos depois, Transnordestina leva a lugar nenhum - Notícias - UOL Economia». UOL Economia
- ↑ «TCU suspende repasses de recursos para obras da ferrovia Transnordestina». Laís Lis. 25 de janeiro de 2017. Consultado em 19 de fevereiro de 2017
- ↑ «Com aporte de R$ 257 mi, obras da Transnordestina são retomadas». Redação. 3 de março de 2020. Consultado em 21 de abril de 2020
- ↑ [1]
- ↑ a b Napoli, Eric (30 de abril de 2024). «Governo lança edital para projeto de trecho da Transnordestina». Poder360. Consultado em 5 de junho de 2024
- ↑ Amora, Dimmi (16 de março de 2023). «Transnordestina diz que tem capacidade de entregar ferrovia até Pecém em 2026». Agência iNFRA. Consultado em 14 de outubro de 2023
- ↑ Guarda, Adriana (9 de fevereiro de 2023). «TRANSNORDESTINA: Governo Lula apresenta projeto deixado por Bolsonaro, excluindo Pernambuco da ferrovia». UOL. JC. Consultado em 14 de outubro de 2023