Usuário:Kascyo/Etérea

"Etérea"
Estúdio El Rocha
Single de Criolo
Lançamento	14 de fevereiro de 2019
Gravação	2019
Estúdio(s)	Estúdio El Rocha
Género(s)	edm
Duração	4:20
Composição	Criolo
Produção	Daniel GanjaMan DKVPZ
Vídeo musical
"Etérea" no YouTube

"Éterea"
Criolo - Éterea.jpg
Single de Criolo do álbum Éterea
Lançamento	16 de fevereiro de 2019 (2019-02-16)
Formato(s)	CD single, download digital, airplay
Gravação	2018
Gênero(s)	Pop eletrônica hip hop
Duração	4:05
Gravadora(s)	Deckdisc
Composição	Criolo, Kler Correa, Tino Monetti, Pedro Inoue
Produção	Kler Correa
Lista de faixas de Éterea

Etérea é uma canção gravada pelo cantor e compositor Criolo, lançada em 14 de fevereiro de 2019 como manifesto do artista em apoio à comunidade LGBTQIA+. A produção, que é do gênero música eletrônica, foi anunciada junto a um clipe dirigido por Beatriz Berjeaut, que se uniu a coletivos de diversidade da cidade de São Paulo para celebrar a cultura ballroom. O lançamento foi acompanhado pela disponibilização, no YouTube, do minidocumentário Etérea (doc), que retrata as vivências dos coletivos que participaram do clipe da canção. O trabalho foi indicado como Melhor Canção em Língua Portuguesa no 20º Grammy Latino e exibido em festivais de cinema de diversos países.

Antecedentes

No ano de 2006, o rapper Criolo lançou o álbum de estréia Ainda Há Tempo, que continha a canção "Vasilhame", que continha a palavra "traveco", considerada transfóbica. A gravação provocou críticas da comunidade LGBTQIA+ pelo teor ofensivo, episódio que marcou a trajetória do artista.

"Éterea" é uma canção do rapper e cantor Criolo, lançada em 16 de fevereiro de 2019, como parte de um projeto que homenageia a cultura queer underground brasileira. A música apresenta uma produção que mescla elementos eletrônicos e pop, refletindo sobre a diversidade sexual e os padrões de gênero na sociedade contemporânea. O videoclipe da canção, que inclui um mini-documentário dos bastidores, foi dirigido por Gil Inoue e Gabriel Dietrich, estendendo a mensagem de inclusão e visibilidade LGBTQIA+ promovida pelo artista​.

Controvérsias e Censura

A canção gerou controvérsia em 2021, quando um professor em Criciúma, Santa Catarina, foi demitido por exibir o videoclipe de "Éterea" em sua sala de aula. O prefeito da cidade, Clésio Salvaro, alegou que a exibição do clipe, que contém temáticas LGBTQIA+, era "inadequada" para o ambiente escolar, caracterizando o ato como censura. Em declarações, Salvaro, que é membro do PSDB, afirmou que “enquanto eu estiver aqui, não vai ter viadagem”. Essa demissão foi amplamente vista como um ato de homofobia e censura, levando a protestos e críticas tanto a Salvaro quanto à sua administração.

O professor, que se identificou como gay, expressou preocupação com a repercussão e considerou a demissão um ataque à liberdade de expressão e à diversidade. Ele afirmou que a medida representava um retrocesso em termos de inclusão e aceitação de diferentes orientações sexuais no ambiente educacional.

Após a demissão, Criolo se manifestou publicamente em apoio ao professor, enfatizando a importância da luta contra a censura e a discriminação. O rapper destacou que a educação deve ser um espaço de acolhimento e respeito à diversidade, e não de repressão. Em resposta ao ocorrido, ele organizou um evento de parada LGBTQIA+ na cidade, reafirmando seu compromisso com os direitos humanos e a aceitação da diversidade. A realização da parada foi um ato simbólico e de resistência, reforçando a necessidade de espaços seguros para a comunidade LGBTQIA+.

Recepção Crítica e Reconhecimento

"Éterea" foi bem recebida pela crítica e indicada ao Grammy Latino em 2019 nas categorias de Melhor Videoclipe e Melhor Música em Língua Portuguesa. A canção destaca-se por seu conteúdo lírico e visual inovador, refletindo as experiências da comunidade LGBTQIA+ e desafiando normas sociais estabelecidas.

Lançamento e Produção

O single "Éterea" faz parte de uma evolução na carreira de Criolo, que se destaca por misturar diferentes estilos musicais e por suas letras que frequentemente abordam questões sociais. A produção ficou a cargo de Kler Correa, com direção criativa de Tino Monetti e Pedro Inoue, que também esteve envolvido na produção do videoclipe.