Esta é uma lista de tumbas papais existentes onde estão relacionados os aproximadamente cem túmulos papais que estão, ao menos, parcialmente conservados, representando menos da metade dos 264 papas já falecidos, de São Pedro a São João Paulo II.[1]
O papa é o bispo de Roma e o líder da Igreja Católica.[1] Durante os primeiros séculos, pouco se sabe sobre eles e seus túmulos. Além disso, a informação disponível é frequentemente contraditória. Tal como acontece com outras relíquias religiosas, vários sítios afirmam abrigar o mesmo túmulo. Além disso, muitos túmulos papais foram construídos sobre sarcófagos anteriores (e utilizaram dos mesmos materiais, como objetos decorativos valiosos) ou foram combinados com outros monumentos. Por exemplo, o túmulo do Papa Leão I esteve junto aos túmulos dos papas Leão II, III e IV, até ser removido no século XVII e colocado sob seu próprio altar. O estilo dos túmulos papais evoluiu consideravelmente ao longo da história, acompanhando tendências no desenvolvimento dos monumentos da igreja.[2]
Muitos túmulos antigos não existem mais devido a repetidas translações ou destruições. Esta lista não inclui essas tumbas papais não mais existentes. Informações sobre esses monumentos geralmente são incompletas e incertas.
Restos remanescentes foram transferidos da Colina do Vaticano para o Cemitério de Calisto e possivelmente transferidos de novo depois disso.[8] Um dos sarcófagos que pode em algum momento ter contido os restos está conservado no Palácio Altemps.[9]
Primeiro papa enterrado na Antiga Basílica de São Pedro; transladado várias vezes, ficou junto a Leão II, III e IV até ser removido no século XVII e colocado sob seu próprio altar, abaixo de um relevo de Algardi (imagem).[13]
Originalmente enterrado na Antiga Basílica de São Pedro, foi transladado para o altar da capela da Madonna della Colonna. Em seguida, foi colocado junto aos restos do Papa Leão I. Durante séculos acreditou-se que estava sob o altar da Igreja de San Stefano em Ferrara. Seus restos foram encontrados durante a demolição da basílica velha junto com os dos papas Leão I, II e IV.[18]
Foi originalmente enterrado na Antiga Basílica, em um sarcófago dividido com Leão II e IV. Esse sarcófago foi destruído durante a demolição da basílica. Em 1601 foi colocado junto à Leão I e, em seguida, foi posto em um sarcófago sob o altar de Savior della Colonna na Basílica de São Pedro.[22]
Originalmente enterrado no átrio da Antiga Basílica de São Pedro. O epitáfio foi parcialmente preservado durante a demolição da basílica e está nas grutas do Vaticano.[24]
Originalmente enterrado no átrio da Antiga Basílica de São Pedro. O epitáfio foi parcialmente preservado durante a demolição da basílica e está nas grutas do Vaticano.[24]
Tumba descoberta em 14 de agosto de 1607 sob o pavimento da Antiga Basílica de São Pedro. Foi exumado e enterrado em 15 de janeiro de 1609 em um sarcófago do século IV ou V.[29]
Destruído no incêndio da Arquibasílica de São João de Latrão de 1308. Restos carbonizados foram coletados e enterrados em um polyandrum na mesma basílica. Um epitáfio foi regravado durante um cenotáfio. Um novo monumento foi criado em 1910.[30]
Destruído durante um incêndio no século XIV. Os fragmentos que restaram foram colocados em um polyandrum na mesma basílica. Um novo cenotáfio no lado direito da nave principal por Borromini no século XVII.[31]
Única tumba papal existente fora da Itália e da França,[33][34][35] foi concluída por volta de 1237 e desmantelada no século XVII, quando o túmulo foi separado da efígie.[32][36]
Foi originalmente enterrado na parede leste da Antiga Basílica, perto do altar de Gregório I. Seu caixão foi aberto em 11 de janeiro de 1606 durante a demolição da basílica e fragmentos foram levados como relíquias. O restante foi enterrado sob o altar dos Santos Marziale e Valeria,[39] agora dedicado aos estigmas de São Francisco de Assis.[40]
Foi originalmente enterrado na Igreja de São Mateus. Descoberto em 1573 e aberto em 1578, foi novamente enterrado sob o altar da igreja. Ao ser aberto novamente, em 1605, teve a cabeça levada para a Catedral de Soana e o cadáver foi transladado para capela da Crociata. O sarcófago original foi colocado no transepto em 1954.[41]
Transladado em 1515 para o altar na capela de São Bertharius e, em seguida, para a capela de São Vítor. Foi transferido de Monte Cassino durante a Segunda Guerra Mundial para a Basílica de São Paulo Extramuros para evitar que um bombardeio aéreo destruísse a capela original.[42] Retornou à basílica reconstruída de Monte Cassino em 1963.[43]
Reutilizou o sarcófago de Helena de Constantinopla, mãe de Constantino. Foi o único túmulo que sobreviveu aos incêndios da Basílica de Latrão de 1308 e 1361 (sendo totalmente restaurado em 1509). Foi transferido para o Museu do Vaticano no século XIX.[46]
Foi originalmente enterrado em um sarcófago de mármore em frente ao altar-mor. Posteriormente, foi movido para baixo de uma laje de mármore veronês vermelho. Danificado durante uma tempestade em 25 de fevereiro de 1879, foi restaurado e colocado em seu local original.[49][50]
Enterrado originalmente na Catedral de Perúgia, foi movido várias vezes dentro da catedral, tendo ficado temporariamente junto as tumbas de Urbano IV e Martinho IV, antes de ser transferido para a Basílica de São João de Latrão em 1891.[52]
O monumento original foi encomendado pelo arcebispo Humberto de Montauro, que foi quase completamente destruído. Os fragmentos restantes (porção superior circular e alguns relevos) foram reciclados e aproveitados na construção de um novo monumento no século XVI.[53]
Destruído no final do século XIV, foi salvo o epitáfio, que atualmente está no Museu Cívico de Perugia, e um caixão de ferro. Seus restos foram juntados aos de Inocêncio III e Martinho IV em 1587 e enterrados na sacristia.[54] Os restos mortais de Inocêncio III foram transferidos para a Arquibasílica de São João de Latrão no final do século XIX, mas o caixão de ferro ainda existe na sacristia da Catedral de Perúgia.[9] Foi transladado para a Catedral de Troyes em 1901.[55]
O monumento original foi destruído no século XVI.[57] Entretanto, uma nova obra foi construída no século XIX e danificada durante a Segunda Guerra Mundial,[60] do qual restaram um sarcófago e outros fragmentos.[9][nota 2]
O monumento origina foi destruído durante a demolição da Antiga Basílica de São Pedro. Seus restos mortais foram colocados juntos aos dos dois Rainaldo Orsinis em 1620.[61]
A tumba original foi destruída em 1375. Reconstruída e destruída novamente no final do século XIV. Seus restos foram colocados juntos aos de Urbano IV e Inocêncio III em 1587. Os restos mortais de Inocêncio III foram transferidos para a Arquibasílica de São João de Latrão no final do século XIX, mas o caixão de ferro contendo Martinho IV e provavelmente Urbano IV ainda está conservado na sacristia da Catedral de Perúgia.[9]
Enterrado originalmente na Igreja de Santo Antônio, foi transferido para a Igreja de Santa Ágata. Parte dos restos mortais foram roubados por frade em 1327.[65] O restante foi danificado durante um terremoto em 2009.[66]
Movido várias vezes entre as igrejas da Catedral, todas as sessenta estátuas foram roubadas. A cabeça da efígie pertencia originalmente a outro túmulo de um bispo. Foi danificado seriamente durante a Revolução Francesa.[70][71]
Sepultado originalmente na Capela de São Pedro e São Paulo, foi movido para a Capela de São Tomás em 1455. Depois, foi transferido para uma cópia do sarcófago original em 12 de setembro de 1606.[81]
Foi enterrado como cardeal (após sua renúncia durante o Concílio de Contança). Movido em 1623, 1760 e 1793. Ilustrações da tumba original (vide imagem) foram produzidas por historiadores.[82] Foi a última tumba papal fora de Roma. O sarcófago original ainda existe.[9]
Foi movido do corredor externo esquerdo da Antiga Basílica de São Pedro para o corredor externo direito da nova construção. O monumento (não o sarcófago) foi destruído durante a demolição.[86]
Localizava-se originalmente na Capela de Santa Maria della febbre. O monumento (não o sarcófago) foi destruído durante a demolição da Antiga Basílica de São Pedro.[87]
Originally located in the choir chapel of Old St. Peter's; moved in 1610 to the sacristy; moved in 1625 to the Chapel del Coro in new St. Peter's; combined with Julius II in 1926; moved again in 1940s[90]
First papal tomb to depict a live pope rather than a deathbed effigy; originally placed in the Oratory of Our Lady in Old St. Peter's; moved to the sudarium on 5 September 1606 during the demolition[90]
Originally located in the oratory of Saints Cosmas and Damian, in the round chapel of Santa Maria de Febribus; moved in the sixteenth century next to Calixtus III; combined in 1582 in the Chapel of Santa Maria della Febbre; survived demolition of Old St. Peter's but broken up in 1605; urns were taken to Santa Maria di Monserrato; monument in Chapel of St. Diego sculpted in 1881[91]
Notas
↑ abUma ilustração do caixão de ferro pode ser vista em Reardon, 2004, p. 113.
↑Uma ilustração da tumba do século XIX pode ser encontrada em Daly, Walter J. (2004). «An Earlier De Motu Cordis». Transactions of the American Clinical and Climatological Association. 115
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Thomas, Sarah Fawcett (2000). Butler's Lives of the Saints: September / revised by Sarah Fawcett Thomas. [S.l.]: Continuum International Publishing. ISBN978-0-86012-258-6
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