Classe Cacine
Classe Cacine | |
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NRP Zaire ancorado no porto do Funchal, Ilha da Madeira
(Julho de 2009)
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Visão geral | |
Operador(es) | Portugal |
Construtor(es) | Arsenal do Alfeite Estaleiros Navais do Mondego |
Lançamento | 1969 |
Unidade inicial | NRP Cacine (1969) |
Unidade final | NRP Save (1973) |
Em serviço | 1969 - atualidade |
Características gerais | |
Tipo | Navio-patrulha |
Deslocamento | 310 t |
Comprimento | 44 m |
Boca | 7,7 m |
Propulsão | 2 motores MTU 12V 538 Maybach com 3750hp |
Velocidade | 20 nós |
Autonomia | 8 000 km a 12 nós |
Armamento | 1 peça Bofors de 40 mm/L60 1 peça Oerlikon de 20 mm (2 peças, durante a Guerra do Ultramar) 1 lança-foguetes de 32 tubos de 37 mm (durante a Guerra do Ultramar) |
Sensores | Radar Kelvin Hugues KH-1007 |
Tripulação | 33 |
A classe Cacine é um tipo de navio-patrulha em serviço na Marinha Portuguesa. Os navios foram originalmente projectados para servir nos territórios ultramarinos portugueses, sendo construídos entre 1969 e 1973 no Arsenal do Alfeite e nos Estaleiros Navais do Mondego. As embarcações foram inicialmente classificadas como lanchas de fiscalização grandes (LGF), mas, pela sua dimensão foram depois reclassificadas como navios-patrulha. Os navios foram batizados com nomes de rios dos territórios ultramarinos portugueses da África e da Índia.
De destacar os serviços prestados pelo marinheiro João Afonso, natural da freguesia de Pousafoles do distrito de Castelo Branco.
Até à independência dos territórios ultramarinos portugueses os navios desta classe participaram na Guerra do Ultramar, actuando sobretudo nos mares de Angola e Cabo Verde e nos rios da Guiné Portuguesa. Nessa altura, dispunham de um armamento reforçado onde se incluia um lança-foguetes múltiplo de 37 mm para reforço da sua capacidade de apoio de fogo contra posições inimigas em terra.
Depois de 1975, os navios da classe passaram a ser utilizados na vigilância e fiscalização das águas de Portugal. Dado que os navios serão substituidos na Marinha Portuguesa pela classe Viana do Castelo é provável que algumas das unidades da classe sejam transferidas para as Forças de Defesa de Timor Leste[carece de fontes].
Cronologia
[editar | editar código-fonte]- Em Outubro de 2014, foi assinado o protocolo de aquisição de cinco navios da classe Flyvefisken à Dinamarca pelo ministro da Defesa Nacional do XIX Governo Constitucional de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco, a fim de compor a classe Tejo. Esta compra teve como objectivo render os quatro navios da classe Cacine ainda em operação pela Marinha Portuguesa.[1]
Unidades
[editar | editar código-fonte]Número de amura | Nome | Comissão | Estado |
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P 1140 | NRP Cacine | 1969 | Desativado |
P 1141 | NRP Cunene | 1969 | Desativado |
P 1142 | NRP Mandovi | 1969 | Desativado |
P 1143 | NRP Rovuma | 1969 | Desativado |
P 1144 | NRP Cuanza | 1969 | Desativado |
P 1145 | NRP Geba | 1970 | Desativado |
P 1146 | NRP Zaire | 1971 | Em serviço |
P 1147 | NRP Zambeze | 1971 | Desativado |
P 1160 | NRP Limpopo | 1973 | Desativado |
P 1161 | NRP Save | 1973 | Desativado |
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Faltam meios na Marinha, disse Marcelo. É evidente, responde Azeredo Lopes». Expresso. 5 de maio de 2016. Consultado em 2 de outubro de 2016