Drafts by Gustavo H E N R I Q U E Villa Fernandes
Jornal Leia, 2020
artigo publicado no jornal Leia Agora em 31/08/2020
RESUMO BIOGRÁFICO DO VEREADOR E REVOLUCIONÁRIO LUZIENSE TENENTE-CORONEL JOSÉ DE OLIVEIRA CAMPOS, 2021
Em 1788, no arraial de Santa Luzia, faleceu o próspero comerciante português Domingos Vieira de M... more Em 1788, no arraial de Santa Luzia, faleceu o próspero comerciante português Domingos Vieira de Mattos aos 86 anos de idade. A dolorosa notícia provavelmente foi encaminhada em uma carta aos familiares e demorou alguns dias percorrendo a precária estrada que ligava a Capitania de Minas ao Rio de Janeiro de onde foi direcionada em um navio para a cidade portuária de Lisboa, capital do Império português. De Lisboa, a carta percorreu uma distância de 400 km até o pequeno povoado de Ancede, às margens do Rio Douro, bispado do Porto, onde viviam os familiares do Domingos. Passado o luto, os sete sobrinhos deste, abriram um processo de Habilitação de herança em um tabelionato de Lisboa, três anos depois do falecimento. Este documento de 314 páginas, em perfeito estado de conservação, está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo e revela informações valiosas a respeito da ascendência paterna do luziense José de Oliveira Campos à medida que o seu pai, João de Oliveira Campos era o mais novo dos sete irmãos e havia partido para o Brasil juntamente com o Domingos Vieira de Mattos. João de Oliveira Campos nasceu numa sexta-feira outonal, em 22 de outubro de 1745 no lugar chamado Campos, topônimo que foi agregado ao sobrenome como era comum na época. Filho de Manoel de Oliveira e Catherina Ribeira foi batizado aos seis dias de vida no Convento de Santo André de Ancede cuja construção antecede o ano de 1120 d.C.
A Ponte de Santa Luzia - MG, 2021
A palavra Ponte provém do Latim Pons que por sua vez descende do Etrusco Pont, que significa "est... more A palavra Ponte provém do Latim Pons que por sua vez descende do Etrusco Pont, que significa "estrada". Desde o início da sua trajetória, a humanidade, como uma espécie nômade, criou este tipo de estrutura para transpor obstáculos naturais como rios e despenhadeiros. As primeiras pontes teriam surgido de forma natural pela queda de troncos sobre os rios, processo prontamente imitado pelo Homem, surgindo então pontes feitas de troncos de árvores ou pranchas e eventualmente de pedras, usando suportes muito simples e traves mestras. A partir da idade do Bronze, com a transição para o sedentarismo, tornou-se mais importante a construção de estruturas duradouras, nomeadamente, pontes de lajes de pedra. Das pontes em arco há vestígios desde cerca de 4000 a.C. na Mesopotâmia e no Egito e mais tarde, na Pérsia e na Grécia (cerca de 500 a.C). A mais antiga estrutura que chegou aos nossos dias é uma ponte de pedra, em arco, situada no Rio Meles na Turquia, e datada do século IX a.C. No Brasil holandês, a primeira ponte de grande porte, foi encomendada por Maurício de Nassau e inaugurada em 28 de fevereiro de 1644 com o nome de Ponte do Recife. Mapa holandês de 1665 mostrando a ponte original, antecessora da atual, que ligava o Recife (Reciffo) à Cidade Maurícia (Stadt Mauritius).
Revista Cenarium , 2024
material produzido para a revista Cenarium amazônia.
Resumo: O artigo apresenta uma análise comparativa entre dois sítios arqueológicos de alta relevâ... more Resumo: O artigo apresenta uma análise comparativa entre dois sítios arqueológicos de alta relevância para a arqueoastronomia situados respectivamente no Brasil e nos Estados Unidos. O Sítio de Bisnau, no planalto central brasileiro, se destaca pelas dimensões do painel além da relevância astronômica revelada no conteúdo das inscrições. Utilizando a metodologia da arqueoastronomia, o autor identificou a representação de uma car-ta celeste de relativa complexidade que descreve a região da Crux Australis, comprovando que os executores do painel possuíam um nível de conhecimento astronômico superior ao que se supõe acerca das populações do Paleolítico. Em face das especificidades de deslocamento de Alfa (astro com alto movimento próprio) em relação a Beta Centauri, o autor propõe uma teoria de datação aproximada das inscrições, que se comprovada através de um estudo transdisciplinar, demonstrará que Bisnau possui a carta celeste mais antiga das Améri-cas. Em seguida apresenta uma análise comparativa com o sítio arqueológico de Lewis canyon no Texas, com representações em petroglifos do mesmo quadrante estelar, cujas configurações reportam ao terceiro milênio antes do presente.
A cultura megalítica é um fenômeno próprio do período neolítico e alcançou rapidamente uma abran... more A cultura megalítica é um fenômeno próprio do período neolítico e alcançou rapidamente uma abrangência mundial, fato que pode estar ligado às possíveis migrações trans-oceânicas em tempos remotos ainda escassamente comprovadas. Os vestígios mais antigos até o momento estão em Israel no sítio arqueológico conhecido como Atlit Yam datado de 6900 a.C que hoje jaz submerso na costa de Carmel. Alguns sítios tornaram-se icônicos deste fenômeno como Baalbek no Líbano, Puma Punku na Bolívia e Stonehenge na Inglaterra. No Brasil, o sítio mais conhecido é o de Calçoene no Amapá, contudo manifestações do megalitismo podem ser encontradas em todo o território nacional sendo ainda insignificante o esforço acadêmico em compreendê-las. No presente artigo, o recorte espacial é a região costeira da barra da Lagoa na ilha de Florianópolis onde existem evidências concretas de deslocamento e arranjos de grandes blocos de pedra com finalidades astronômicas, característica inerente ao fenômeno megalítico global.
Resumo. Os agrupamentos humanos que ocuparam o território brasileiro há milhares de anos deixaram... more Resumo. Os agrupamentos humanos que ocuparam o território brasileiro há milhares de anos deixaram registros de conteúdo astronômico em grafismos rupestres cuja categorização pode fornecer subsídios para uma compreensão mais ampla do seu modo vivendis. Em Minas Gerais, os sítios arqueológicos pré-coloniais apresentam uma quantidade significativa de tais vestígios, contudo ainda não foi realizado um levantamento sistemático das ocorrências. O presente artigo procura apresentar um panorama da prática astronômica na pré-história mineira. Observada a ocorrência de tais evidências, o autor buscou in loco, indicações dos sítios arqueológicos como locais apropriados para observação de fenômenos de caráter astronômico, levando em conta o grau de visibilidade da abóbada celeste e alinhamentos dos painéis rupestres com azimutes relevantes do ponto de vista astronômico e finalmente o contexto pictórico representado. Verificou-se alusões a constelações específicas, aos planetas visíveis, evidências de conhecimento dos quatro ciclos sazonais e esboços de formulação de calendários. Conclui-se, portanto, que as populações paleo-índias do território mineiro desenvolveram um considerável conhecimento astronômico que foi reproduzido nas pinturas rupestres.
Papers by Gustavo H E N R I Q U E Villa Fernandes
Revista Correlatio da Universidade Metodista de São Paulo
Contemplar as produções dos povos originários pode despertar em nossas almas experiências do sagr... more Contemplar as produções dos povos originários pode despertar em nossas almas experiências do sagrado, que podem dar fundamentos para a construção de uma ontologia arcaica. As descobertas de Gustavo Villa (um dos autores do artigo) a respeito de construções megalíticas no parque "Pedra do Sol" e os sofisticados alinhamentos arqueoastronômicos desta estrutura e dos demais sítios da região destacam o refinamento dos conhecimentos desses povos. Faz-se necessário aprofundar os estudos acadêmicos do Parque da Pedra do Sol. Esse estudo pode levar mais pessoas a ter contato com essas produções e despertar hierofanias e ontologias arcaicas em suas vidas, aumentar nossos conhecimentos sobre os modos de vida dos povos originários, fortalecer representações sociais positivas desses povos e favorecer a expansão do turismo na região. Palavras-chave: Sagrado, Eliade, Serra do Cipó, Arqueoastronomia The religious symbols of na original Brazilian culture and their impact on contemporary subjectivity: na investigation at the Pedra do Sol Archaeological Park
Núcleo de Pesquisas Arqueológicas - NPA - Andrelândia MG, 2018
A arqueoastronomia é uma ciência relativamente recente que analisa os vestígios materiais de popu... more A arqueoastronomia é uma ciência relativamente recente que analisa os vestígios materiais de populações pretéritas sob um ponto de vista dos conhecimentos e comportamentos que estas desenvolveram e que possuem relação com as noções de espacialidade, orientação, navegação e até mesmo de planejamento urbanístico. No presente artigo será analisado o conjunto de registros rupestres do sítio Toca do índio no sul de Minas Gerais sob um viés astronômico, demonstrando que as populações que executaram as pinturas praticaram uma contínua observação dos movimentos dos astros em relação às elevações que se destacam no horizonte que defronta o paredão. Além do simples registro, esses observadores dos céus pré-históricos elaboraram um sofisticado mecanismo de interação da projeção da luz solar com uma pintura específica que fornece informações espaço-temporais determinando o norte geográfico e o meio do dia no Equinócio de Outono.
Teaching Documents by Gustavo H E N R I Q U E Villa Fernandes
Mapas históricos sobre a região de Santana do Riacho e Conceição do mato-dentro
PARQUE ARQUEOLÓGICO LOCALIZADO NA SERRA DO CIPÓ - BRASIL
Books by Gustavo H E N R I Q U E Villa Fernandes
IMIGRANTES ITALIANOS NA CONSTRUÇÃO DE BELO HORIZONTE, 2024
SUMÁRIO articipar da edição deste livro foi uma experiência profundamente enriquecedora. Há três ... more SUMÁRIO articipar da edição deste livro foi uma experiência profundamente enriquecedora. Há três anos atrás, havia embarcado na redação do relato sobre a Saga da Família Giberti, munido de dados e valores históricos escassos. Embora desafiador, meu propósito era claro: registrar nossas origens, desde Natale Lanzoni, a quem devo imensamente minha existência. Ao deixar minha zona de conforto, rompi com a inércia e dei início a um processo de autodescoberta e resgate histórico. Cerca de um ano atrás, tive o privilégio de conhecer o historiador Gustavo Villa. Para contextualizar, Gustavo é bisneto de Amélia Lanzoni a qual era irmã da minha avó Maria Lanzoni Giberti. Amélia se uniu em matrimônio ao imigrante italiano Cesare Enrico Villa em Belo Horizonte, em 1918, e partiram posteriormente para fixarem residência em Vitória, no Espírito Santo. Cesare, nascido em 1890 em Valenza, província de Alessandria, na região de Piemonte, norte da Itália, fez do Brasil sua nova pátria em 1913. Gustavo Villa mostrou-se extremamente receptivo. Revelou-me ter dedicado quatro anos à elaboração do 'Livro Lanzoni', após uma pesquisa histórica extensa, contando com a colaboração do jornalista italiano Pierpaolo Magalotti. Diante do desinteresse de familiares, Gustavo optou por abandonar o projeto, o que considero uma verdadeira lástima dada a extraordinária importância do trabalho realizado. Veja seus relatos detalhados sobre a saga das famílias Lanzoni Villa e Lanzoni Piló na Segunda Parte deste Livro. Assim, ao receber os arquivos, percebi que estavam corrompidos devido a um problema no computador de Gustavo. Após árduo trabalho para recuperá-los e adicionando dados, fotos e fatos, aqui estamos. Expresso minha sincera gratidão a Gustavo e a Deus por me permitirem colaborar na edição deste Livro, contribuindo para o resgate desta incrível jornada do engenheiro Natale Lanzoni. A Norma Teixeira Noronha, minha prima querida e incentivadora maior, dedico esse livro; as minhas filhas, meus irmãos, primos sobrinhos e netos faço votos para que levem adiante esse projeto perpetuando a mémoria de nossa família através dos tempos. A todos demais, convido a participarem dessa obra de inestimável valor histórico. Obrigado, Ronaldo Gilberti-Lanzoni PREFÁCIO P PARTE I Emília Romagna é uma bela região no norte da Itália constituída geograficamente pelos montes Apeninos e pelo vale do rio Pó. A riqueza em recursos minerais como o enxofre, sal e calcário, a tornou uma das planícies mais férteis da península, extremamente cobiçada por vários povos desde os primórdios da ocupação. Na época do império Romano era conhecida como Galia sisalpina e era ocupada por povos chamados gauleses que perderam o domínio da região após uma série de campanhas na época do segundo Triunvirato. Após a conquista, os romanos construíram um extenso ramal de estrada que partia de Rimini, no litoral Adriático que ficou conhecida como Via Emília onde até hoje está de pé a ponte de Tibério. O nome Emília Romagna só veio em 1948 quando entrou em vigor a primeira constituição da república Italiana e a capital da região ficou a cargo da cidade medieval de Bologna. Ao longo da história, a região tem sido um berço de personalidades que influenciaram significativamente a cultura e a política de toda a Itália. Entre elas estão o ditador Benito Mussolini, o renomado inventor Guglielmo Marconi, pioneiro no campo do rádio; os cineastas Pier Paolo Pasolini, célebre por obras como "Teorema" e "Mamma Roma", Federico Fellini, responsável por filmes emblemáticos como "La Dolce Vita" e "Amarcord"; o famoso escritor Dante Alighieri, autor de "A Divina Comédia" e o Papa Gregório XVIII, cujo pontificado desempenhou um papel significativo na reformulação do calendário cristão. Essas figuras marcantes destacam-se como exemplos do rico legado cultural e histórico da região da Emília Romagna. AS ORIGENS Bologna na Emília Romagna. A 05 evido à sua estratégica localização no cruzamento de vias das principais cidades da península, Bolonha tornou-se um centro cosmopolita e progressista. A região foi ocupada desde o Paleolítico por caçadores-coletores, passando pela presença dos etruscos na Idade do Ferro, seguida por etnias celtas e, posteriormente, pelos romanos. Durante o Império, Bolonha foi destruída por um incêndio e totalmente reconstruída por Nero. Fundada em 1088, a Universidade local é considerada a mais antiga da Europa, atraindo grandes mentes desde os primórdios da Idade Média, como Dante, Petrarca, Paracelso, Durer, Copérnico e Humberto Eco, enriquecendo ainda mais a reputação da instituição. Nesse rico ambiente cultural, a família Lanzoni encontrou seu lar há pelo menos quatro séculos em Castel Guelfo. O primeiro registro data de 1770, quando nasceu Marco Lanzoni, cujo pai, Giovanni havia nascido em 1730 na vizinha Ímola. Nessa época, Bolonha desfrutava de um lugar prestigiado no cenário musical europeu. A academia da cidade contava com grandes nomes, como o renomado cantor de ópera Farinelli, o ilustre compositor Padre Martini e até mesmo o jovem gênio Wolfgang Amadeus Mozart, que, aos 14 anos, passou uma temporada na cidade para aprimorar sua técnica. Nessa atmosfera cultural, Marco Lanzoni casou-se com Eva Andalò, nascida no mesmo ano, e tiveram três filhos: Mammante (1797-1873), Giusepinna (1806-1880) e Luigi (1810-1872). O filho mais velho, Mammante Lanzoni, será avô do nosso protagonista Natale Lanzoni. Um ano antes do nascimento de Mammante, a região passou por intensas transformações políticas. Em 18/06/1796, as tropas de Napoleão entraram pelos portões de Bolonha, ocupando-a sem derramamento de sangue, encerrando a dominação Pontifícia e inaugurando a nova República de Bolonha. Em 23 de junho, o general visitou a academia de ciências e, em seguida, deixou Bolonha em direção a Milão. Em 1815, a cidade voltou ao domínio do Estado Pontifício. CASTEL GUELFO, BERÇO DOS LANZONI "Bela e doce Bologna, estive lá há sete anos, deve estar ainda mais bonita" Pier Paolo Pasolini (cineasta italiano) Castel Guelfo de Bologna.
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