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http://hdl.handle.net/10773/44471
Title: | Adaptação ao teletrabalho e educação para a saúde dos funcionários no ensino superior na pandemia COVID-19 |
Author: | Taveira, Eugénia dos Santos Silva |
Advisor: | Pedrosa, Daniela Pereira, Anabela Sousa Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha |
Keywords: | Educação para saúde Estilos de vida saudáveis Fatores psicossociais de risco no trabalho Teletrabalho Funcionários do ensino superior Qualidade de vida |
Defense Date: | 6-Feb-2025 |
Abstract: | O trabalho ocupa um papel fundamental na vida das pessoas, sendo essencial para a sua sobrevivência, a satisfação de necessidades e a realização pessoal, afetando a sua saúde física e mental, as relações familiares e sociais e a sua qualidade de vida.
O mundo do trabalho está em constante e rápida mudança impulsionada pelo avanço tecnológico, exigindo adaptações constantes dos trabalhadores, gerando altos níveis de stress, exposição a novos riscos, e consequentemente, um aumento de doenças relacionadas com o seu trabalho que impactam significativamente na sua vida. Esta preocupação foi agravada quando no final de 2019, surgiu a pandemia COVID-19, trazendo alterações significativas na organização da vida quotidiana e do trabalho, obrigando ao recolhimento físico no domicílio.
A escassez de informação relativamente aos funcionários a exercer funções em instituições do ensino superior, quer a nível internacional, quer nacional, sugere que neste contexto será importante dar um contributo para a promoção da sua saúde, através de iniciativas ao nível da educação para a saúde e desenvolvimento de competências promotoras do bem-estar, o que motivou a realização da presente investigação.
Para o efeito, objetivou-se investigar a forma como os funcionários de uma universidade pública portuguesa percecionaram a sua adaptação ao teletrabalho e identificar eventuais fatores psicossociais de risco, em teletrabalho, trabalho presencial ou modelo híbrido, bem como o impacto na sua qualidade de vida.
Foi realizado um estudo de natureza quantitativa, constituído por uma amostra de oitenta e dois participantes os quais responderam a um protocolo de questionários: Questionário Sociodemográfico; Questionário de Adaptação ao Teletrabalho (QATT); Questionário Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ) II – Versão média; Questionário WHOQOL-Bref.
Os resultados evidenciaram que os fatores psicossociais com maior risco para a saúde destes funcionários foram: 1) Ritmo de trabalho; 2) Exigências cognitivas; 3) Exigências emocionais. Quanto ao teletrabalho, foram relatadas maiores dificuldades com a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal e o isolamento social. Constatou-se ainda que a qualidade de vida diminuiu com o aumento das exigências quantitativas, exigências emocionais, conflito trabalho-família, problemas em dormir, stress e sintomas depressivos. Os resultados salientaram a importância das dimensões da atividade laboral, bem como a necessidade de serem delineadas estratégias de educação para a saúde que permitam a esta população lidar com as exigências laborais aqui sinalizadas. São destacadas e sugeridas a utilização de ferramentas tecnológicas como facilitadoras da educação nesta área, com um foco especial no podcast como recurso educativo no incentivo à prática de estilos de vida saudáveis, destacando a relevância do autocuidado. Work plays a fundamental role in people's lives, being essential for their survival, satisfaction of needs and personal fulfillment, affecting their physical and mental health, family and social relationships and their quality of life. The world of work is constantly and rapidly changing driven by technological advances, requiring constant adaptations from workers, generating high levels of stress, exposure to new risks, and consequently, an increase in work-related illnesses that significantly impact their lives. This concern was aggravated when, at the end of 2019, the COVID-19 pandemic emerged, bringing significant changes to the organization of daily life and work, requiring physical confinement at home. The scarcity of information regarding employees performing functions in higher education institutions, both internationally and nationally, suggests that in this context it will be important to contribute to promoting their health, through health education initiatives. and development of skills that promote well-being, which motivated the current research. To this end, the aim was to investigate how employees at a Portuguese public university perceived their adaptation to teleworking and to identify possible psychosocial risk factors in teleworking, presential work or hybrid systems, as well as impact on their life quality. A quantitative study was carried out, consisting of a sample of eighty-two participants who responded to a questionnaire protocol: Sociodemographic Questionnaire; Telework Adaptation Questionnaire (QATT); Copenhagen Psychosocial Questionnaire (COPSOQ) II – Medium version; WHOQOL-Bref Questionnaire. The results showed that the psychosocial factors with the greatest risk to the health of these employees were: 1) Work rhythm; 2) Cognitive demands; 3) Emotional demands. Regarding teleworking, greater difficulties were reported with reconciling professional, family and personal life and social isolation. It was also found that life quality decreased with the increase in quantitative demands, emotional demands, work-family conflict, sleeping problems, stress and depressive symptoms. The results highlighted the importance of the dimensions of work activity, as well as the need to outline health education strategies that allow this population to deal with the work demands underscored here. The use of technological tools as facilitators of education in this area are highlighted and suggested, with a special focus on the podcast as an educational resource to encourage the practice of healthy lifestyles, emphasizing the relevance of self-care. |
URI: | http://hdl.handle.net/10773/44471 |
Appears in Collections: | UA - Teses de doutoramento DEP - Teses de doutoramento |
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