Papers by Rodrigo Franco
Resumo: Este artigo tem como objetivo identificar a presença das ideias de Cicero, o cônsul roman... more Resumo: Este artigo tem como objetivo identificar a presença das ideias de Cicero, o cônsul romano, nos escritos políticos da Restauração de Portugal. A Restauração de Portugal pode ser identificada como um movimento que recuperou a autonomia política do reino lusitano em 1640 com a defenestração de Miguel de Vasconcelos, o secretário de Estado de d. Filipe IV, coroando d. João IV como rei de Portugal e colocando fim ao domínio do reino castelhano sobre os portugueses existente desde 1580. O movimento que culminou na Restauração de Portugal contou com uma forte estrutura de publicação de textos favoráveis ao movimento e ao governo de d. João IV. Entre as figuras que recuperaram os textos de Cicero em suas argumentações favoráveis ao novo governo, destacam-se os repúblicos, agentes do período comprometidos com a conservação do bem comum de Portugal.
Revista da FLUP, 2022
Procura-se analisar neste artigo a intervenção política de frei Timóteo Pimentel no período da Gu... more Procura-se analisar neste artigo a intervenção política de frei Timóteo Pimentel no período da Guerra de Restauração através da obra Exhortação militar ou lança de Aquiles aos soldados portugueses pela defensão de seu Rei, reino e pátria em o presente apresto de guerra, datada de 1650. Deseja-se refletir sobre o papel do religioso enquanto partidário do governo do Portugal Restaurado e a relação que desenvolvia com as populações portuguesas durante o conflito do reino lusitano contra Castela.
RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar as relações de colaboração e de conflito entre ... more RESUMO: Este artigo tem como objetivo apresentar as relações de colaboração e de conflito entre os reis de Portugal Filipe I e Filipe II (respectivamente, Filipe II e Filipe III da Monarquia Católica) e o poder local de Lisboa, em especial, a sua Câmara Municipal nos tempos de peste. São analisadas as estratégias de ambos os poderes para lidar com a peste da cidade, ao mesmo tempo, são observadas as motivações dos conflitos entre a Câmara lisboeta e a monarquia. Os conteúdos analisados à confecção deste trabalho estão nas cartas do período dos reis Filipe II e Filipe III, presentes nos Elementos para a história do município de Lisboa, e no Memorial de autoria de Pero Roiz Soares. A "Economia Moral da Multidão" de Thompson é recuperada para compreender o posicionamento político das populações de Lisboa. ABSTRACT: This article aims to present the relations of collaboration and conflict between the kings of Portugal Filipe I and Filipe II (respectively, Filipe II and Filipe III of the Catholic Monarchy) and the local power of Lisbon, in particular, its city council in the times of plague. Are analyzed strategies of both powers to deal with the plague of the city, at the same time, are observed motivations of the conflicts between the Lisbon Chamber and the monarchy. The contents analyzed for the making of this work are in the letters from the period of the kings Filipe II and Filipe III, present in the Elementos para a história do município de Lisboa, and in the Memorial written by Pero Roiz Soares. Thompson's "Economia Moral da Multidão" is recovered to understand the political position of the people of Lisbon.
RESUMO: Como veremos nesse artigo, a Batalha de Aljubarrota é entendida como um evento marcante n... more RESUMO: Como veremos nesse artigo, a Batalha de Aljubarrota é entendida como um evento marcante na história e historiografia lusitanas. Temos um amplo debate sobre esse acontecimento discutido por historiadores desde Fernão Lopes. Aljubarrota demarca a vitória Portuguesa sobre os Castelhanos, a independência lusitana sobre o rei D. João de Castela, uma revolução (como muitos acreditam ser) feita através dos setores populares que apoiaram o mestre de Avis, e, acima de tudo, a diferenciação do que era entendido como "portugueses" e "castelhanos" pelos próprios cronistas e historiadores de Portugal. Em síntese, esse artigo, tem o objetivo de expor a visão do castelhano de Fernão Lopes e Luís de Camões, mostrando a construção da imagem castelhana como a Alteridade em relação aos portugueses a partir da tradição literária portuguesa de fins da Idade Média e Início do Período Moderno. ABSTRACT: As we will see in this article the Battle of Aljubarrota is seen as a landmark event in the Portuguese history and historiography. We have a broad discussion on this event discussed by historians since Fernão Lopes. Aljubarrota demarcates the Portuguese victory over the Castilians, the Lusitanian independence over the King João of Castile, a revolution (as many believe to be) taken through the popular sectors that supported the master Avis, and above all, the differentiation of what was understood as "Portuguese" and "Castilian" by the chroniclers and historians of Portugal. In summary, this article aims to expose the view about Castilian by Fernão Lopes and Luís de Camões, showing the construction of the Castilian image as Otherness in relation to the Portuguese from a literary tradition by the end of Middle Age and the early Modern Period.
Resumo: O trabalho aqui apresentado pretende expor os argumentos do jurista João Pinto Ribeiro so... more Resumo: O trabalho aqui apresentado pretende expor os argumentos do jurista João Pinto Ribeiro sobre sua a concepção de pátria expondo a noção de poder do letrado no que se refere ao funcionamento do reino lusitano. Para tal será mostrado seus argumentos ligados a dois episódios históricos singulares de Portugal: A formação do reino com Afonso Henriques e a Crise de sucessão do século XIV, onde D. João mestre de Avis subiu ao poder. Se é capaz de notar uma intensa participação de todas as camadas da sociedade, contrariando uma visão hegemônica atual na qual apenas os grupos privilegiados da sociedade detém o poder político. João Pinto Ribeiro ao buscar estabelecer seu modelo de Estado e soberania pós Restauração de 1640, se utiliza de eruditos que tiveram fundamental importância no arquétipo do pensamento português no que diz respeito à formação da noção de pátria, assim como na importância política que a comunidade lusitana desempenhou na confecção daquela. Na construção de seus argumentos é notória a recuperação da aclamação de D. Afonso Henriques como primeiro rei português ao sair vencedor da Batalha de Ourique. Se em Portugal do final do século XVII alguém buscasse informações sobre os acontecimentos do dito reino referentes ao início da mesma centúria não passaria pela cabeça outra obra senão A História do Portugal Restaurado, de Luís de Menezes, o Conde de Ericeira. Até hoje é considerada a obra mater sobre não apenas a Restauração, mas também sobre o processo de dominação da monarquia católica sobre o reino lusitano e a guerra doravante à própria conjura. Apesar do conteúdo do livro referido estar diretamente ligado aos eventos da segunda metade do século XVI e as sete primeiras décadas do seguinte, o texto inicia-se nas "origens" do reino lusitano, reconhecendo o próprio Afonso Henriques como primeiro rei português.
Resumo: Este trabalho expõe as agências políticas existentes na Restauração de Portugal de 1640. ... more Resumo: Este trabalho expõe as agências políticas existentes na Restauração de Portugal de 1640. O texto apresenta críticas a alguns historiadores que compreendem o processo político da Restauração portuguesa como uma ação de um "punhado de quarenta fidalgos." Busca-se mostrar não apenas uma intensa presença das populações lusitanas no evento político do primeiro de dezembro, como também uma necessidade de coesão social entre os estratos do reino de Portugal. A ideia de "pátria" presente nos textos de época indica a necessidade de representar essa coesão dos grupos sociais de forma estratégica para manter o projeto político de Portugal restaurado, por isso a criação de um volumoso número de panfletos, tratados e livros de propaganda do novo governo lusitano. Palavras-chave: Restauração, pátria, agência política. Abstract: This work exposes the existing political agencies in the Restauração of Portugal of 1640. The text criticizes some historians who understand the political process of the Portuguese Restoration as an action of a "wisp of forty nobles." It seeks not only to show a great presence of the Portuguese people in the political event of the first of December, as well as a need for social cohesion among the strata of the kingdom of Portugal. The idea of "pátria" present in the period texts indicates the need to represent this cohesion of social groups in a strategic way to maintain the political project of Portugal restored, so the creation of a large number of pamphlets, tracts and propaganda books of the new Lusitanian government. A Restauração foi um acontecimento usado politicamente ao longo da história de Portugal, mas, além disso, ele também foi compreendido de forma distinta ao passar do tempo. Como um dos acontecimentos mais estudados da história lusitana, as conclusões acerca do movimento restaurador variaram bastante. Os entendimentos sobre a Restauração estiveram diretamente relacionados a quem escrevia sobre o assunto.
Resumo: Deseja-se neste trabalho discutir a noção de pátria portuguesa a partir dos seguintes let... more Resumo: Deseja-se neste trabalho discutir a noção de pátria portuguesa a partir dos seguintes letrados: Fernão Lopes com a sua Crónica de D. João I escrita em 1443; Luís de Camões em seu poema Os Lusíadas composto em 1572 e os discursos políticos de João Pinto Ribeiro no período da Restauração Portuguesa em 1640. Elegeu-se esses três letrados pois, apesar da disparidade cronológica entre os mesmos, em seus discursos expõem elementos comuns no que diz respeito à identidade portuguesa. É notável nos discursos dos letrados uma ideia de comunidade lusitana, reforçada, principalmente nos momentos de crise do reino de Portugal. Palavras-chave: letrados, Portugal, identidade, pátria, discursos. Abstract: I wishtodiscuss in thispaperthenotionofpátria portuguesa startingfromthefollowing scholars: Fernão Lopes withhisCrónica de D. João Iwritten in 1443; Luís de Camões in hispoem Os Lusíadascomposed in 1572 andthepolitical speeches of João Pinto Ribeiro in theperiodofthe Restauração Portuguesa in 1640. Thesethree scholars wereelectedbecause, despitethechronological gap betweenthem, in his speeches exposes common elementswithregardtothePortugueseidentityIt isnoticeable in the speeches of scholars anideaofLusitaniancommunity, strengthened, especially in times ofcrisisthekingdomof Portugal. Tem-se o objetivo de trazer para o diálogo acadêmico algumas questões que vêm sendo negligenciadas no campo historiográfico. O primeiro ponto é retomar os estudos de letrados que foram usados como propaganda romântica e nacionalista e desvincular as suas produções do paradigma nacionalista. Isso porque tanto em Fernão Lopes, como em Luís de Camões e João Pinto Ribeiro não existia uma nacionalidade lusitana, elemento que obteve suas origens em finais do século XVIII e inicios do XIX na Europa, perpetuado por importantes e 1 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS-UFRJ). Sem
Resumo: Este artigo expõe a forma como alguns eruditos lusitanos dos séculos XVI e XVII escreviam... more Resumo: Este artigo expõe a forma como alguns eruditos lusitanos dos séculos XVI e XVII escreviam sobre a história de Portugal remontando suas origens, mais especificamente as Cortes de Lamego, momento em que Afonso Henriques, primeiro rei português, junto aos três Estados, estabeleceu as bases do reino de Portugal. Esses escritores utilizaram esse episódio histórico para favorecer seus posicionamentos políticos e gerar um sentimento de identidade lusitana. Será visto como isso ocorre nos escritos de Francisco Velasco de Gouveia, um dos principais eruditos que apoiaram a Restauração Portuguesa de 1640. Interessa também expor como ele entende as relações de poder entre a monarquia e seus vassalos usando as Cortes de Lamego e alguns outros elementos da história de Portugal. Palavras-chave: Cortes de Lamego; história de Portugal; Francisco Velasco de Gouveia. Abstract: This article exposes the way in which some Lusitanian scholars of the sixteenth and seventeenth centuries wrote about the history of Portugal dating back to their origins, more specifically the Cortes de Lamego, when Afonso Henriques, the first Portuguese king, together with the three states established the kingdom's foundations from Portugal. These writers used this historical episode to favor their political positions and generate a sense of Portuguese identity. It will be seen how this occurs in the writings of Francisco Velasco de Gouveia, one of the leading scholars who supported the Restauração Portuguesa de 1640. It is also interesting to explain how he understands the power relations between the monarchy and its vassals using the Cortes de Lamego and some other elements of the History of Portugal.
Resumo: Objetiva-se neste artigo a análise da evolução da Lenda sobre a Batalha de
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