Papers by Edson Ribeiro da Silva
Caderno seminal digital, Dec 13, 2023
A narrativa literária afro-brasileira procura ser identitária. Segundo Paul Ricoeur, o reconhecim... more A narrativa literária afro-brasileira procura ser identitária. Segundo Paul Ricoeur, o reconhecimento do sujeito, como identidade, só ocorre através de narrativas. Já a tradição de povos cuja transmissão da identidade repousa sobre a oralidade valoriza a voz do narrador ancestral como portadora de verdade. A valorização das vozes dos narradores gerou diversas técnicas na modernidade. A tendência historiográfica das grandes narrativas identitárias afro-brasileiras acaba deixando a voz ancestral em plano secundário diante de preocupações hermenêuticas mais pedagógicas, enquanto a narrativa curta tem obtido resultados estéticos mais complexos, em que essas vozes traumatizadas exibem sua verdade recorrendo a discursos que identificam grupos, fazendo uso de técnicas mais distantes da retórica realista. Palavras-chave: Narrativa afro-brasileira. Identidade narrativa. Voz ancestral. Narrativa negro-brasileira.
Scripta Uniandrade, Dec 7, 2019
Revista Graphos, 2022
Resumo: O artigo observa o fenômeno da demanda pelo real na narrativa contemporânea a partir de u... more Resumo: O artigo observa o fenômeno da demanda pelo real na narrativa contemporânea a partir de uma de suas tendências mais experimentais: a autoficção como possibilidade de literatura de testemunho e de fixação da memória, como resistência à política do esquecimento. Para tanto, recorre-se ao compromisso da verdade das escritas de si, que Foucault chamava de parresía, pois, conforme Bakhtin, o romance tornou-se uma arte complexa ao assimilar gêneros em que o eu fala de si e passa a manifestar verdades que a narrativa impessoal não alcança. A noção de antificção, criada por Lejeune, é básica para que essa demanda seja vista como explicação para o que tem ocorrido com o romance. Em vez de se verem apenas as escritas de si como antificcionais, optou-se aqui pela ideia da antificção romanesca, partindo-se do conceito de ficção de Searle, que não a contrapõe à verdade, mas a vê como resultado de um pacto de leitura. A antificção como modelo de parresía menciona aqui diversas obras paradigmáticas, que vão da escrita de si ao romance, mas concentra-se, sobretudo, em Marcelo Rubens Paiva, Milton Hatoum e Patrick Modiano como modelares do testemunho que trata do trauma, daquilo que Finazzi-Agrò considera o inter-dito que desperta a empatia no leitor devido à verdade contida no passional.
Caderno Seminal, 2023
A narrativa literária afro-brasileira procura ser identitária. Segundo Paul Ricoeur, o reco... more A narrativa literária afro-brasileira procura ser identitária. Segundo Paul Ricoeur, o reconhecimento do sujeito, como identidade, só ocorre através de narrativas. Já a tradição de povos cuja transmissão da identidade repousa sobre a oralidade valoriza a voz do narrador ancestral como portadora de verdade. A valorização das vozes dos narradores gerou diversas técnicas na modernidade. A tendência historiográfica das grandes narrativas identitárias afro-brasileiras acaba deixando a voz ancestral em plano secundário diante de preocupações hermenêuticas mais pedagógicas, enquanto a narrativa curta tem obtido resultados estéticos mais complexos, em que essas vozes traumatizadas exibem sua verdade recorrendo a discursos que identificam grupos, fazendo uso de técnicas mais distantes da retórica realista.
Remate de Males
O presente estudo observa Dora Bruder, de Patrick Modiano, na sua condição de literatura de teste... more O presente estudo observa Dora Bruder, de Patrick Modiano, na sua condição de literatura de testemunho, entendendo-se que se trata de um romance que faz uso tanto da memória individual como da coletiva para que ele possa configurar a verdade daquilo que narra e assumir-se como testemunho com valor de arquivo. Para tanto, recorre-se a teorias sobre os tipos de testemunhas, sobretudo a de Agamben. As convenções que Searle estabelece para distinguir a ficção do documento, assim como sua ideia de que a obra literária é produzida por uma intencionalidade, são atreladas ao percurso que Iser define para a recepção pelo leitor-ideal, que parte do gênero para chegar a especificidades de obras. As noções de sedimentação e inovação, de Ricoeur explicam a maneira como o romance assume modos menos convencionados de configuração, que mimetizam o real sem negar sua natureza de gênero ficcional. Assim, o gênero romance pode inovar-se em um subgênero como o romance-de-testemunho, servir à fixação da...
Revista Brasileira de Literatura Comparada
RESUMO O conceito de antificção tem sido usado por teóricos como Lejeune e Alberca para explicar ... more RESUMO O conceito de antificção tem sido usado por teóricos como Lejeune e Alberca para explicar a demanda por gêneros não-ficcionais, como o diário e a autobiografia. A proposta do presente estudo é estender o conceito de antificção às estéticas que se definem como romanescas. Entre essas estéticas estão algumas possibilidades da autoficção, como a praticada pelo francês Hervé Guibert. Ou aquela forma romanesca desenvolvida pelo brasileiro Ricardo Lísias, em que o ensaio sobre o presente é categorizado como um gênero ficcional. Os dois autores partem de diários para a elaboração de seus romances. A forma do diário, tornada romance e ainda mantendo o relato de realidade, é uma forma notável do que se pode definir como antificção romanesca.
Revista Muitas Vozes, 2023
Resumo: O objetivo do presente estudo é focalizar a escrita-de-si de três escritoras próximas est... more Resumo: O objetivo do presente estudo é focalizar a escrita-de-si de três escritoras próximas esteticamente e pela relação complexa que tiveram com a proximidade da morte: Katherine Mansfield, Virginia Woolf e Clarice Lispector. As duas primeiras mantiveram diários íntimos, que serviram a objetivos diversos. Clarice Lispector, conforme fez da produção literária um espelho de si, escreveu Um sopro de vida como obra literária, mas ao mesmo tempo como diário acerca de sua relação com a arte literária. Adotam-se aqui as visões de Foucault acerca da escrita-de-si como cuidado e conhecimento de si, a de Lejeune acerca do diário como servindo a objetivos diversos, que se imbricam, e a de Heidegger, que via o tempo-da-morte como delimitação da possibilidade de construção do sentido da existência. Se o diário possibilita o cuidado e o conhecimento, a obra literária serve como projeto existenciário que forma aquele sentido.
RESUMO: Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, aborda o conceito de tempo tanto como consti... more RESUMO: Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, aborda o conceito de tempo tanto como constituição literária quanto como significação humana. Há diferentes formas de temporalidade. A morte torna-se um dos objetos da reflexão do narrador-personagem. Este faz da afetividade o fator a partir do qual ela é focalizada. Ela pode assumir um aspecto ora trágico ora caricato, conforme o grau de afetividade que medeia a relação do narrador com a pessoa morta ou por morrer. PALAVRAS-CHAVE: Proust, morte, afetividade. ABSTRACT: In search of lost time, by Marcel Proust, focuses the concept of time as far as literary constitution as a human signification. There are different forms of temporality. Death became one of the objects of the reflection of the narrator-personage. This one makes of affectivity the factor from where it is focused. It can assume an aspect sometimes tragic or caricature, in accordance with the grade of affectivity that measures the relation of the narrator with dead per...
Revista Scripta Uniandrade, 2018
According to Bakhtin, the novel incorporated linguistic diversity, without having its own aesthet... more According to Bakhtin, the novel incorporated linguistic diversity, without having its own aesthetic configuration as a literary genre. The novel assimilated specific forms of non-literary genres, especially those of self-writing, such as autobiographies, letters and diaries. The diary novel, as literary modality or subgenre, assimilates from the diary some specificities that identify the formal relationship between the two. However, the diary novel has been characterized by experimenting with the configuration of that genre, through the elaboration of frameworks that confirm the fluidity of the novel, while incorporating characteristics such as the use of the first person and narration next to the present of the narrated object. In the present study, possibilities of configuring the diary novel are displayed that confirm the fluidity of novel starting from the recognition of the interrelation between genres.
Macabéa - Revista Eletrônica do Netlli, 2017
According to Ricoeur, the Platonic philosophy establishes two major forms of remembrance: the eic... more According to Ricoeur, the Platonic philosophy establishes two major forms of remembrance: the eicastic corresponds to the images copy, as recorded passively in memory; the fantastic corresponds to the simulacrum, the creation of a new reality from such images. The writing of the self, in the broad sense given by Lejeune, makes use of memory, is to copy the data stored there, as in the autobiography, either to modify it intentionally, as in autobiographical fiction. For theorists heirs literature phenomenological tradition, as Ingarden and Iser, the text can not contain all the information, particularly the images necessary for its perception, which ca uses into its composition the use of indeterminacies and empty seats, that need to be filled at the reception act, by the reader. Iser sees the configuration of those empty seats, by the writer, the ability to obtain the aesthetic effect. José Lins do Rego is a notorious O autor Edson Ribeiro da Silva é docente do programa de Mestrado em Teoria Literária da
Revista Memorare, 2019
Käte Hamburger buscava na enunciação modos de diferenciar ficção de gênero lírico. Se o primeiro ... more Käte Hamburger buscava na enunciação modos de diferenciar ficção de gênero lírico. Se o primeiro é marcado pelo ilogismo da enunciação, o segundo mimetiza situações enunciativas ancoradas na lógica. O narrador que fala em primeira pessoa assume especificidades enunciativas do gênero lírico, formatos lógicos. Observa-se aqui que a canção popular exacerba o ilogismo e prefere a condição de encenação: falase para um "tu" quase sempre ausente, sem se definirem os suportes que levam a voz até aquele. A cena dá à enunciação um formato ilógico, que o receptor real acata. A comparação mostra que certas técnicas de romance em primeira pessoa possibilitam formatos de enunciação próximos daqueles da canção popular, em que uma voz fala sem que mimetize um gênero escrito, como a autobiografia. Assim, objetiva-se aqui um rompimento com Hamburger e a demonstração de que a enunciação lírica assume configurações ilógicas e as persegue como resultado estético.
Revista Garrafa, Oct 13, 2020
Resumo: Michel Foucault tratou das "escritas de si" em um estudo diacrônico. O ... more Resumo: Michel Foucault tratou das "escritas de si" em um estudo diacrônico. O eu pode se manifestar através de inúmeras modalidades de escrita ou gêneros textuais, como a autobiografia e o diário. Em A hermenêutica do sujeito, o filósofo aponta a prevalência desse olhar para si já na filosofia socrática. Beatriz Sarlo, ao criar a expressão "guinada subjetiva", referia-se a uma tendência atual de olhar para si através do passado, que faz da memória uma ancoragem na realidade. Atualmente, os teóricos da autobiografia, continuadores de Philippe Lejeune, também atentam para a autoficção como uma modalidade literária exemplar desse olhar interior ou dessa guinada subjetiva. Em A arqueologia do saber, Foucault trata do que chama de "estratégias discursivas" e, entre elas, dos "pontos de incompatibilidade" e dos "pontos de convergência", elementos que explicam a razão de dois tipos de enunciação, ou dois conceitos, conviverem em uma formação discursiva. Aquilo que chama de "ou bem isso... ou bem aquilo" pode ser enxergado como um modo discursivo de se explicar a natureza dupla e ambígua da autoficção: ser autobiografia e ficção ao mesmo tempo, em uma formação que corresponde a uma modalidade literária marcada por uma alternância que a personaliza. A guinada subjetiva, manifestada na autoficção, pode encontrar nas estratégias discursivas de Foucault um modo de explicitação: chega-se aos tais "pontos de ligação de uma sistematização", onde elementos incompatíveis ficam sendo equivalentes. Objetiva-se, portanto, aqui, um modo de aplicar tais conceitos ao que se tem definido como pacto de leitura ambíguo da autoficção. A transformação da incompatibilidade em convergência permanece como estratégia discursiva, que remete ora à memória, ora à invenção. O olhar para si através da memória é tendência cultural e literária. Tanto os teóricos da memória quanto os das escritas de si podem ser aliados a Foucault, como forma de se explicá-la. Palavras-chave: Foucault; estratégias discursivas; autoficção. Abstract: Michel Foucault dealt with "self-writing" in a diachronic study. The self can manifest itself through innumerable types of writing or textual genres, such as autobiography and the diary. In The hermeneutics of the subject, the philosopher points to the prevalence of this look at himself already in Socratic philosophy. Beatriz Sarlo, in creating the term "subjective twist", referred to a current tendency to look at oneself through the past, which makes memory an anchor in reality. Presently, autobiography theorists, continuers of Philippe Lejeune, also regard autofiction as an exemplary literary modality of this inner gaze or subjective twist. In The archeology of knowledge, Foucault deals with what he calls "discursive strategies" and, among them, "points of incompatibility" and "points of convergence", elements that explain the reason for two types of enunciation, or two concepts, live in a discursive formation. What he calls "either this ... or that" can be seen as a discursive way of explaining the double and ambiguous nature of autofiction: being autobiography and fiction at the same time, in a formation that corresponds to a literary modality marked by a toggle that personalizes it. The subjective twist, manifested in autofiction, can find in Foucault's discursive strategies a mode of explicitation: one arrives at such "connecting points of a systematization", where incompatible elements are equivalent. Therefore, the objective here is a way of applying such concepts to what has been defined as an ambiguous reading pact of autofiction. The transformation of incompatibility into convergence remains a discursive strategy, which sometimes refers to memory, sometimes to invention. Looking at
Revista Scripta Uniandrade, 2015
O insólito em questão
... porque se diferencia, de modo diverso, tanto do lírico, como do enunciado de realidade autênt... more ... porque se diferencia, de modo diverso, tanto do lírico, como do enunciado de realidade autêntico(Hamburger, 1986: 236). Ser enunciado autêntico não representa, dessa forma, uma condição de verdade. Uma teoria do ficcional: a ficcionalidade como intenção e jogo Se em ...
Caderno Seminal, 2021
O presente estudo focaliza a possibilidade do conto de formação como subgênero, tomando como para... more O presente estudo focaliza a possibilidade do conto de formação como subgênero, tomando como paradigmas os contos “A casa de bonecas”, de Katherine Mansfield, e “Felicidade clandestina”, de Clarice Lispector. Esses contos são observados como obras autoficcionais, por se inserirem em um gênero ficcional, mas evidenciarem sua natureza autobiográfica. A noção de Bildung aparece neles e, de modo geral, no subgênero como crise que resulta em aprendizado. Teóricos como Lejeune, Searle, Doubrovsky, Alberca, Klinger e Puga servem como base para os conceitos que evidenciam a natureza formadora e autoficcional desses contos.
Revista Desenredo, 2017
Bakhtin trata da natureza plurilinguística do romance, atentando para a assimilação que este faz ... more Bakhtin trata da natureza plurilinguística do romance, atentando para a assimilação que este faz de gêneros diversos. O formato de diário permite ao romance atentar para o presente, aproximando a narrativa do cotidiano e resulta na incompletude própria daquele gênero. Se o cuidado de si possibilita o reconhecimento da própria identidade, conforme Foucault, o diário, voltado para o presente, exemplifica momentos desse cuidado. Heidegger, no entanto, aponta o cuidado do presente como entrave para a constituição de um ser autêntico, cuja existência faça sentido; apenas a atenção para o futuro, como projeto de ser, pode libertar o ser da impessoalidade do cotidiano. Essa natureza contraditória do diário é observada, aqui, no romance O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, que mostra um homem reflexivo. Nele, a ocupação com o cotidiano enclausura o ser na impessoalidade e gera o medo de realizar seu projeto. O ser fracassa e faz da ocupação com o presente um modo de suportar a falta de s...
Currículo sem Fronteiras, 2021
O presente artigo resulta de uma pesquisa de campo em escolas do Paraná. Ele analisa o modo como ... more O presente artigo resulta de uma pesquisa de campo em escolas do Paraná. Ele analisa o modo como o ensino de Língua Portuguesa e de Língua Inglesa, no sistema público básico paranaense, vem sendo marcado, nas últimas três décadas, pela adoção de propostas curriculares sociointeracionistas, ao mesmo em que elas assumem modelos de avaliação que rompem com a memorização, no sentido da adoção de práticas discursivas. No entanto, tanto as propostas curriculares nacionais quanto as estaduais vêm sendo distorcidas ou ignoradas, em favor de práticas tradicionais e sem valor científico. O mesmo ocorre em relação à avaliação e à recuperação de conteúdos, feitas de modos que contrariam o que determinam as leis federais e estaduais. Essa realidade evidencia a opção por um ensino facilitador, feito de forma deliberada.
Revista de Literatura, História e Memória, 2021
RESUMO: O presente estudo focaliza o conceito de pacto de leitura, ou contrato, em sua aplicação ... more RESUMO: O presente estudo focaliza o conceito de pacto de leitura, ou contrato, em sua aplicação à autoficção. O pacto ambíguo, de Alberca, que agrupa de modo eficiente as noções de pacto autobiográfico e romanesco, de Lejeune, quando atreladas a uma mesma modalidade de narrativa, pode ser visto a partir do pacto que o autor faz com seu leitor-ideal, conforme Iser. Tais concepções de pacto encontram um respaldo linguístico nas noções de ficção de Searle, que enxerga nela uma suspensão de convenções do discurso que tenciona ser apreendida como narrativa do real. Percebe-se, no entanto, que as concepções de pacto de leitura ora atentam para a configuração da obra como gênero e fazem com que aquele repouse sobre o paratexto, ora atentam para o conteúdo dela e fazem com que ele ocorra no decorrer da leitura. Conclui-se, aqui, que o pacto ambíguo necessita do paratexto, do gênero, para ser estabelecido como ficção, mas a natureza autobiográfica só pode ser percebida através da duração da leitura, ou seja, os dois planos de leitura fixados por Iser constituem uma forma mais segura de compreensão desse pacto, que é forma convencionada de jogo.
Caderno Seminal, 2021
Resumo: O presente estudo focaliza a possibilidade do conto de formação como subgênero, tomando c... more Resumo: O presente estudo focaliza a possibilidade do conto de formação como subgênero, tomando como paradigmas os contos "A casa de bonecas", de Katherine Mansfield, e "Felicidade clandestina", de Clarice Lispector. Esses contos são observados como obras autoficcionais, por se inserirem em um gênero ficcional, mas evidenciarem sua natureza autobiográfica. A noção de Bildung aparece neles e, de modo geral, no subgênero como crise que resulta em aprendizado. Teóricos como Lejeune, Searle, Doubrovsky, Alberca, Klinger e Puga servem como base para os conceitos que evidenciam a natureza formadora e autoficcional desses contos. Palavras-chave: Autoficção. Conto de formação. Lispector. Mansfield.
Em busca do tempo perdido , de Marcel Proust, aborda o conceito de tempo tanto como constituicao ... more Em busca do tempo perdido , de Marcel Proust, aborda o conceito de tempo tanto como constituicao literaria quanto como significacao humana. Ha diferentes formas de temporalidade. A morte torna-se um dos objetos da reflexao do narrador-personagem. Este faz da afetividade o fator a partir do qual ela e focalizada. Ela pode assumir um aspecto ora tragico ora caricato, conforme o grau de afetividade que medeia a relacao do narrador com a pessoa morta ou por morrer.
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