ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
CUIABÁ, OUTUBRO/99
INDICE
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
2 - CONCEITO DE CUSTOS .............................................................................................. 4
3 - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS .................................................................................... 5
4 - CENTROS DE CUSTOS ................................................................................................. 6
5 - MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO................................................................................. 10
6 - REGISTRO DIÁRIO...................................................................................................... 11
7 - APURAÇÃO DE RESULTADO .................................................................................... 15
8 - APURAÇÃO DE RESULTADOS.................................................................................. 17
9 - CONTAS A PAGAR ...................................................................................................... 19
10 - CONTAS A RECEBER................................................................................................ 21
11 - FLUXO DE CAIXA ..................................................................................................... 23
12 - ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS/ESTOQUES..................................................... 25
12.1 - COMPRAS.................................................................................................................... 25
12.2 - FORMA DE CONTATO.............................................................................................. 25
12.3 - TIPOS DE RISCO ........................................................................................................ 27
12.4 - FORMA DE COMPRA ............................................................................................... 27
12.5 - SELEÇÃO DE FORNECEDORES............................................................................ 28
13 - CONTROLE DE ESTOQUES..................................................................................... 30
14 - ESTRUTURA PATRIMONIAL .................................................................................. 35
15 - MODELO SIMPLIFICADO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL ........................... 35
16 - CAPITAL DE GIRO .................................................................................................... 37
17 - CALCULO DO CAPITAL DE GIRO NA EMPRESA ............................................... 41
18 - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA..................................................................... 42
19 - FATORES QUE INTERFEREM NA FORMAÇÃO DE PREÇOS .......................... 42
20 - OS OBJETIVOS DA EMPRESA ............................................................................... 43
21 - COMPETITIVIDADE DE CUSTOS .......................................................................... 44
22 - CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA.......................................................................... 49
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1 - INTRODUÇÃO
Na conjuntura atual onde a falta de dinheiro é uma constante, as empresas de
pequeno porte com pouco capital de giro encontram dificuldade em conseguir
recursos junto as instituições financeiras, para movimentar seus negócios.
Muitos empresário não sabem quais são os diferentes custos de sua produção
ou prestação de serviços, quais são as margens de lucro obtidas nos últimos
tempos ou outros aspectos financeiros. Há empresários que parecem não estar
no pleno controle de sua empresa, porque não tem conhecimento preciso do
que ocorre com o dinheiro em seus próprios negócios. Não sabem responder
as perguntas porque não estão dando conta de um dos grandes desafios da
gestão de um negócio- o Planejamento e Controle Financeiro.
Mas será que é tão fácil realizar a gestão financeira de um pequeno negócio,
assumindo as tarefas de planejar e controlar as entradas e saídas financeiras do
negócio, sem limitar-se a apagar os incêndios do dia a dia?
É claro que não.
Mas também não é assunto só para especialista. É preciso determinação,
alguma disciplina e alguns conhecimentos financeiros, que qualquer pessoa
que saiba as quatros operações matemáticas, é capaz de adquirir.
Os
conhecimentos
básicos
que
qualquer
empreendedor
deve
Ter,
independente do tamanho do negócio, são:
- como fazer apuração de custos do produto/serviços ou mercadorias;
- como calcular o preço de venda;
- como calcular o ponto de equilíbrio da produção ou receita;
- como administrar o capital de giro;
- como elaborar e administrar o fluxo de caixa.
3
2 - CONCEITO DE CUSTOS
Entende-se por custo a soma dos valores de bens e serviços consumidos e
aplicados para obter um novo serviço.
Assim, não se apuram somente custos de utilidades físicas (bens, mercadorias,
etc.), mas também se apuram custo de serviços (fretes, seguros, etc.).
Porem os custos somente ocorrem quando houver “consumo” ou “venda”.
Exemplo:
a) O dinheiro gasto na compra de uma máquina não e um custo, mais um
investimento. O desgaste da maquina em função do uso é um custo porque
existe o “consumo”, a deterioração da máquina.
Quando uma máquina é adquirida, não há nenhum custo envolvido na
transação. O total pago pela máquina é classificado como ativo fixo, porque,
esta máquina tem uma vida útil estimada de 10 (dez) anos, pode-se dizer que,
ao final de cada ano 1/10 (um décimo) desta máquina, ou valor gastou-se e, ao
final do primeiro ano, com apenas 9/10 (nove décimo) do valor da máquina
permanecem contribuindo para as operações da empresa. O reconhecimento
deste fato, implica no reconhecimento do respectivo custo, que no caso
chama-se de custo de depreciação das máquinas e equipamentos ou
simplesmente, depreciação.
b) Quando a empresa adquire matéria-prima, não há nenhuma despesa,
simplesmente substitui-se um ativo (por exemplo: caixa por outro ativo, no
caso estoque de matéria-prima).
Este estoque permanece no ativo uma vez que espera, se irá contribuir para as
operações da empresa. Quando o estoque é vendido, não poderá mais
contribuir para as operações da empresa. Sua contribuição já se completou,
ocorrendo assim o “Custo do Material Aplicado” (CMA) na indústria e custo
da mercadoria vendida (CMV) no comércio.
Os três componentes básicos do custo são:
a) Valor das matérias-primas ou mercadorias adquiridas de outras empresas;
b) O valor dos serviços (trabalhos) prestados por pessoas físicas (empresários
ou empregados);
4
c) O valor dos serviços prestados por outras empresas, como sejam empresas
de transporte, empresas fornecedoras de força e luz, empresa de seguros,
banco, etc.
3 - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
De acordo com sua natureza. Os custos classificam-se em Custos Fixos e
Custos Variáveis.
Existem outras classificações, como por exemplo: Custos Direto, Custos
Indiretos, Semi – Variáveis, etc., porém para facilitar o entendimento,
analisaremos basicamente os custos sob estes dois aspectos: Fixos e Variável.
Custos Fixos
São os valores consumidos ou aplicados:
a) Independentemente do fato da empresa estar produzindo ou parada.
Exemplo: Aluguel pago para a utilização de um ponto comercial;
b) Independentemente da empresa estar produzindo maior ou menor
quantidade de bens ou serviços.
Exemplo: Salários do pessoal administrativo e honorário pagos ao escritório
de contabilidade
Custos Variáveis
São os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento dependentes
da quantidade produzida pela empresa.
Exemplo: Matérias-primas, quanto maior a produção, maior o número de
produtos que saem dos nossos estoques. A soma dos custos fixos e variáveis
resulta nos custos totais da empresa. Assim por exemplo, quando se vende um
produto, o custo do material aplicado será sempre o mesmo por produto
vendido. Daí dizer-se que o custo variável é fixo por unidade vendida. Porém,
quando dizemos que pagamos R$ 2.000,00 pelo aluguel da empresa (custo
fixo), se vendermos 1.000 unidades, o custo fixo por unidade será de R$ 2,00.
5
Se aumentarmos as vendas para 1.250 unidades, o custo fixo por unidade será
de R$ 1,60. Daí dizer-se que o custo fixo é variável por unidade vendida.
4 - CENTROS DE CUSTOS
Denomina-se “Centros de Custos”, as diversas seções de uma empresa
delimitadas segundo o aspecto de localização de todos os custos aí verificados.
Os centros de custos classificam-se em produtivos e administrativos e,
eventualmente, em auxiliares.
Centros de Custos Produtivos
São aqueles setores da empresa onde se processa a fabricação dos produtos.
Exemplo: corte, costura e acabamento na indústria de confecção.
Em empresas de médio e grande porte costuma-se subdividir ainda mais
algumas seções produtivos de modo a separar em vários centro de custos as
máquinas ou atividades que devam ter diferentes custos hora/máquina ou
hora/homem, ainda que executando operações idênticas.
Centros de custos Administrativos
São os setores que executam atividades de caráter gerencial ou administrativo
da empresa.
Exemplos: Administração Geral, Administração do Material, Expedição,
Vendas, Filiais, etc.
Em empresas comerciais os custos são analisados sob dois aspectos (fixos e
variáveis).
Encargos sociais
Um dos custos mais significativos da empresa são os encargos sociais. Para
melhor analisá-los poderemos dividi-los em grupos_
Contribuições obrigatórias
6
São os recolhimentos feitos pelo empregador para os cofres de instituições
públicas, de acordo com taxas preestabelecidas_
-
Previdência social (Previdência Social, SESI, SENAI, INCRA, SEBRAE, Seguro
de acidente no trabalho, salário maternidade, salário educação, etc.) ------- 27,80%
-
Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) ---------------------------------- 8,00%
Total --------------------------------------------------------------------------------------------35,80%
Encargos Anuais
Neste grupo encontramos todos os proventos que são pagos aos empregados
somente uma vez por ano. O montante anual deve ser distribuído pelos 12
meses.
Temos então:
- Férias ----------------------------------------------------------------------- 14,09%
- 13º Salário ----------------------------------------------------------------- 11,31%
Total ---------------------------------------------------------------------------- 25,40%
Despesas eventuais
Incluem-se neste grupo vários custos adicionais da mão-de-obra, todos eles
dependendo de fatores mais ou menos aleatórios.
Exemplos_ Indenização, aviso prévio, salário enfermidade, ausências
remuneradas (alistamento militar, eleitoral, gravidez, etc.) e outros.
O montante dessas despesas eventuais deverá ser calculado percentualmente,
tomando-se por base as incidências ocorridas anteriormente. Neste trabalho
vamos considerar as despesas eventuais como sendo igual a 3,80%.
ENCARGOS SOCIAIS
- Contribuições obrigatórias
- Encargos anuais
- Despesa eventuais
%
35,80%
25,40%
3,80%
- Total dos Encargos Sociais
65%
7
Obs.: empresa enquadradas no Simples os encargos representam 30%
Convém observar que tais percentuais variam de empresa para empresa e que,
na prática, cada uma deve determinar o seu percentual de custos com encargos
sociais incidentes sobre a folha mensal de pagamentos.
Depreciação
Por depreciação devemos entender como sendo o custo decorrente do desgaste
ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos, móveis,
imóveis e instalações) da empresa.
Em termos contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos critérios
determinados pelo governo, que estipula o prazo de 10 anos para depreciarmos
as máquinas, 5 anos para veículos, 10 anos para móveis e 25 anos para os
imóveis ( o valor do terreno não é depreciável).
Entretanto, no cálculo da depreciação o administrador poderá estabelecer
fórmulas mais adequadas à realidade de sua empresa. Assim, um veículo, por
exemplo, embora tenha uma vida útil de 5 anos ou mais, deverá ser depreciado
em 5 anos no máximo, pois decorrido este prazo, estará completamente
obsoleto.
Uma das fórmulas bastante simples para o cálculo da depreciação é a seguinte:
D = Va – Vr , onde:
D = Depreciação
Va = Valor Atual do Ativo Imobilizado
Vr = Valor Residual (valor que se poderá apurar pela venda do ativo após o
tempo de vida útil)
te = Tempo de Vida Útil do Ativo
, em muitos casos o valor residual será muito menor e em alguns casos
residual será o de sucata, ou seja, igual a zero.
Para calcularmos a depreciação do centro custos-exemplo, tomemos o valor
residual como 40% do valor atual.
8
Para ativos com 10 anos e vida útil, calcula-se:
Va = 21.500
Vr = 8.600
te = 10 anos ou 120 meses
D=
21.500 – 8.600 =
120 meses
12.900
120 meses
=
R$ 107,5/mês
Para ativos com 5 anos de vida útil, calcula-se:
Va = 1.300
Vr = 520
te = 5 anos ou 60 meses
D=
1.300 - 520 =
780
= R$ 13/mês
60 meses
60 meses
Portanto o custo total da depreciação mensal a ser apropriada ao centro de
Custo Impressão é de:
$ 107,5 + $ 13 = $ 120/mês
Conceito de ponto de equilíbrio
A expressão ponto de equilíbrio, refere-se ao nível de atividades (portanto,
nível de produção e vendas) da empresa, onde todos os custos incorridos na
produção e comercialização dos produtos são absolutamente idênticos às
receitas obtidas através das vendas desse produtos, ou seja, os custos e as
receitas encontram-se em equilíbrio. Como se deduz, se há um equilíbrio entre
custos incorridos e receitas obtidas, não existe lucro e nem prejuízo.
A análise do ponto de equilíbrio fornece ao administrador várias informações
que normalmente exigiriam volumosos relatórios e extensas tabelas.
Determinação algébrica do ponto de equilíbrio
Podemos determinar algebricamente qual é a quantidade de produtos que a
empresa deve produzir e vender para o atingimento do ponto de equilíbrio,
através da seguinte fórmula:
9
P E =____C F___ , onde
Pvu – Cvu
P E = Ponto de equilíbrio expresso em quantidade de produtos
C F = Custos fixos
P V = Preço de venda de cada unidade do produto
C V = Custo variável por unidade de produto
Substituindo-se os dados do nosso exemplo anterior na fórmula acima, temos
que:
P E = ___20.000,00___ = _20.000,00_ = 500 unidades
100,00 – 60,00
40,00
Verifica-se, portanto, que para chegar ao nível de atividade onde não há lucro
nem prejuízo, a empresa necessita vender e fabricar 500 unidades do produto,
pois:
Receita originada pela venda de 500 unidades
( - ) Custo variável para produção de 500 unidades
( - ) Custo fixo
= Receita (lucro ou prejuízo)
= 500 X $ 100 = $ 50.000
= 500 X $ 60 = $ 30.000
$ 20.000
=$
0
5 - MARGEM DE DECONTRIBUIÇÃO
Margem de Contribuição é quantia em dinheiro que sobra do preço de venda
de um produto, serviço ou mercadoria após retirada o valor do custo variável
unitário. Esta quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e o lucro.
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Veja um exemplo.
Preço de Venda
( - ) Custos variáveis
Matérias-primas
Serviços de terceiros
Impostos incidentes s/ vendas
Comissões sobre vendas
( = ) Margem de contribuição
( - ) Custos fixos
( = ) Resultados
Valores
%
90,00
18,00
30,00
28,80
30
6
10
9,6
Valores
300,00
166,80
%
100
55,60
133,20
88,20
45,00
44,40
29,40
15
6 - REGISTRO DIÁRIO
Este mapa serve para registrar diariamente a movimentação de caixa, ou seja,
as entradas e saídas de dinheiro da Empresa, fornecendo subsídio para;
Controlar e analisas a movimentação financeira;
Registrar os custos ;
Preencher o mapa de apuração de resultados.
Registra também, a movimentação de compras e vendas a prazo, bem como
informações diárias do CMV ( custo da mercadoria vendida) ou CMA ( custo
do material aplicado).
Descrição de preenchimento dos principais itens
Recebimentos: recebimento de duplicata em carteira ou em cobrança simples
nos bancos.
Dinheiro do sócio: empréstimos feitos pelos sócios para a empresa ou
integralização de capital.
Desconto de duplicatas: neste item deve ser lançado o montante
correspondente ao total do bordero enviado ao banco.
Empréstimo: deve ser lançado o total do empréstimo, sendo que as comissões,
juros, etc., deverão ser lançados no item despesas bancárias.
Retiradas dos sócios: valor referente a todo e qualquer saques efetuados pelo
sócio, referente a gastos pessoais.
11
Juros pagos: pagamento de juros, correção monetária, multas, etc., referentes a
duplicatas e juros de recolhimento.
Despesas bancárias: taxas , comissões
instituições financeiras.
e demais operações junto às
Saldo anterior: valor das disponibilidades de dinheiro em caixa mais o saldo
bancário no término do dia considerado.
Saldo atual: valor das disponibilidades de dinheiro em caixa mais o saldo
bancário no término do dia considerado.
EXERCÍCIO
Lançar no registro diário, as operações efetuadas nos dias 28, 29 e 30 do mês
de setembro da empresa comercial S.A Ltda., observando os valores
acumulados até o dia 27.
NO DIA 28
-
Saldo anterior (dia 27)............................................................2.000,00
Material de consumo e expediente............................................300,00
Retirada dos sócios................................................................2.000,00
Despesas com viagens............................................................1.000,00
Água, luz, telefone................................................................. 1.200,00
Recebimento diversos.............................................................5.000,00
Vendas à vista........................................................................10.000,00
Pagamento de duplicata....................................................... ..5.000,00
Recolhimento do simples....................................................... 1.000,00
Recolhimento do ICMS...........................................................2.000,00
Pagamento de empréstimo.......................................................1.000,00
Juros sobre empréstimo...............................................................100,00
Vendas a prazo..........................................................................3.000,00
Compras a prazo........................................................................6.000,00
12
NO DIA 29
-
desconto de duplicatas................................................................2.000,00
despesas com desconto de duplicata..............................................100,00
propaganda.....................................................................................200,00
fretes...............................................................................................100,00
vendas à vista...............................................................................6.000,00
recebimento diversos...................................................................4.000,00
compra de mercadorias à vista................................................... 8.000,00
pagamento de seguros....................................................................200,00
venda a prazo...............................................................................5.000,00
despesas com veículos....................................................................300,00
compras a prazo...........................................................................2.000,00
NO DIA 30
-
Salários...........................................................................................3.000,00
Encargos sociais.................................................................................500,00
Aluguel...............................................................................................600,00
Honorários do contador......................................................................200,00
Vendas à vista..................................................................................4.000,00
Comissões 2% s/ vendas a prazo......................................................1.000,00
Comissões 3% s/ vendas à vista.......................................................1.200,00
Vale transporte....................................................................................250,00
Vendas a prazo.................................................................................5.000,00
Compras a prazo...............................................................................6.000,00
13
DATA
27
A.Saldo do dia anterior
B- entrada do dia
B.1-vendas à vista
B.2-recebimento
B.3-dinheiro do sócio
B.4-desconto duplicatas
B.5-empréstimo
2.000,00
8.000,00
6.000,00
2.000,00
C- saídas do dia
C.1-compras à vista
C.2-pgato duplicatas
C.3-pgto empréstimo
C.4-retirada dos sócios
C.5-juros pagos
C.6-despesas bancárias
C.7-água,luz,telefone
C.8-mat. exp. Consumo
C.9-salários
C.10-enc. Sociais
C.11-impostos (simples)
C.12-impostos (ICMS)
C.13-seguros
C.14-vale transporte
C.15-desp viagem
C.16-desp. Com veículos
C.17-honor. Contábeis
C.18-propaganda
C.19-aluguel
C.20-servicos terceiros
C.21- fretes
C.22- comissões
1.300,00
D- Saldo do Dia(A-B)+C
E-vendas a prazo
F-compras a prazo
G-CMV- cust. Mer. Vend
28
29
30
TOTAL
39.000,00
26.000,00
11.000,00
2.000,00
300,00
600,00
400,00
8.700,00
5.000,00
3.500,00
29.550,00
8.000,00
5.000,00
1.000,00
2.000,00
100,00
100,00
1.200,00
300,00
3.000,00
500,00
1.000,00
2.000,00
200,00
250,00
1.000,00
600,00
200,00
200,00
600,00
600,00
500,00
2.200,00
18.000,00
17.500,00
20.000,00
14
7 - APURAÇÃO DE RESULTADO
Serve para acompanhar sistematicamente as receitas, despesas e o resultado
operacional da empresa, dentro de um período. O objetivo primordial da
apuração de resultados é fornecer informações para uma melhor análise do
desempenho da empresa.
Ao final de cada período, o mapa de apuração de resultados dará informações
sobre:
-
vendas à vista e a prazo;
custos variáveis;
margem de contribuição;
custos fixos;
resultado operacional;
ponto de equilíbrio.
Descrição de preenchimento dos principais itens
Vendas Totais: é o total das vendas à vista e a prazo.
Custos Variáveis:
Margem de Contribuição;
Custos Fixos;
Resultado Operacional;
Ponto de Equilíbrio.
Descrição de preenchimento dos principais itens
Vendas Totais: é o total das vendas à vista e a prazo no período.
Custos Variáveis: é o somatório do CMA ( custo dos materiais aplicados) ou
CMV ( custo da mercadoria vendida), impostos e comissões.
15
Margem de contribuição: é a diferença resultante entre as vendas totais e os
custos variáveis, destinados a cobrir os custos fixos e resultado operacional.
Custos fixos: é a somatória de todos os gastos necessários para manter a
estrutura da empresa.
Resultado Operacional; valor resultante da diferença entre a margem de
contribuição e os custos fixos. Se positivo, indica lucro; se negativo prejuízo.
Ponto de Equilíbrio: é o valor que indica o momento em que as vendas
deixam de dar prejuízo, mais ainda não começaram a dar lucro. É obtido da
seguinte forma;
Custos fixos dividido pela margem de contribuição, multiplicado pelas vendas
totais.
16
8 - APURAÇÃO DE RESULTADOS
Discriminação/ período
Mês
1- Vendas Totais
1.1-Vendas á vista
1.2-vendas a prazo
2- Custos Variáveis
2.1-CMA ou CMV
2.2-ICMS
2.3-Simples
2.4-Comissões
2.53- Mar. Contrib. (1-2)
4- Custos Fixos
4.1-Retirada dos sócios
4.2-Salários
4.3-Encargos Sociais
4.4-Despesas Bancárias
4.5-Juros
4.6-Hono. Contábeis
4.7-Mat. Expediente e cons.
4.8-Aluguel
4.9-Despesas de Viagem
4.10-Agua,Luz,Telefone
4.11-propaganda
4.12-depreciação
4.13-Manutenção
4.14-Desp. C/ Veículos
4.15-Serviços de Terceiros
4.16-Vale transporte
4.17-Seguros
4.184.194.204.215- Lucro Operacional
6- P. Equil. Oper. (4/3)x1
7- P. Equil Finan.
%
mês
%
mês
%
17
Exercício
Com os dados do Registro diário, fazer o preenchimento do mapa de apuração
de resultados, sabendo-se que:
A depreciação é de R$ 200,00 mês
Os encargos sobre salários representam 30%
Os encargos sobre retirada dos sócios, representam 15%
Considerar o ICMS sobre as vendas totais de 17%
Simples 6% sobre as vendas totais
Comissões 3% sobre vendas à vista e 2% sobre vendas a prazo
18
9 - CONTAS A PAGAR
Controle de contas a pagar possibilita
permanentemente informado sobre:
que
o
empresário
fique
- Vencimento dos compromissos;
- Como estabelecer prioridade de pagamento em caso de dificuldades financeiras;
- Montante dos valores a pagar;
- Dados necessários para o fluxo de caixa.
Prazo médio de Pagamento a Fornecedores
Revela o tempo médio (expresso em meses ou dia) que a empresa tarda em
pagar sua dívidas (compras a prazo) de fornecedores. É calculada da seguinte
forma:
Prazo médio de Pagamento:
x360/compras anuais a prazo.
contas
a
pagar
fornecedores(média)
Desde de que os encargos atribuídos às compras a prazo não excedam à taxa
de inflação ou as taxas de juros de mercado, torna-se atraente à empresa
apresentar um prazo de pagamento mais elevado. Com isso a empresa pode
financiar suas necessidades de capital de giro com recursos menos onerosos.
19
CONTROLE DE CONTAS A PAGAR
MÊS:
data Nº doc Portador vento
CREDOR
valor
Data
pto
Juro ou Total
desc
Total
20
10 - CONTAS A RECEBER
O controle de contas a receber possibilita manter o empresário
permanentemente informado sobre os seguintes pontos:
-
Qual montante dos valores a receber;
Quais as contas vencidas e vencer;
Quais são os clientes que pagam em dia;
Como programar suas cobranças;
Dados necessários para a elaboração do fluxo de caixa.
Prazo médio de cobrança
Inversamente ao indicador anterior, o prazo médio de recebimento revela o
tempo médio (meses ou dia) que a empresa despende em receber suas vendas
realizadas a prazo. É obtido da seguinte forma:
Prazo Médio de Venda: Valores a receber provenientes de vendas a prazo
x360/vendas anuais a prazo.
Ressalta-se que a empresa deve abreviar, sempre que possível, o prazo de
recebimento de suas vendas. Com isso, poderá manter recursos disponíveis
para outras aplicações mais rentáveis.
21
CONTROLE DE CONTAS A RECEBER
MÊS:
data Nº doc Portador vento
DEVEDOR
Valor
Data
pto
Juro ou Total
desc
Total
22
11 - FLUXO DE CAIXA
Fluxo de Caixa é a previsão de entradas e saídas de dinheiro de um período
determinado, bem como confronto dessa previsão com as operações
realizadas.
O fluxo de caixa ou previsão de caixa, tem os seguintes objetivos:
- Prever com antecedência os períodos em que haverá necessidade de buscar
recursos financeiros fora da empresa;
- Fornecer informações corretas para a tomada de decisões no setor de
finanças.
O fluxo de caixa é uma fotografia da saúde de uma empresa, se você souber
utilizar bem o fluxo de caixa, poderá acompanhar o desempenho de seu
negócio. Poderá identificar problemas de gestão e tomar medidas para corrigilos e preveni-los.
23
EXERCÍCIO
Com base nos dados previstos para os períodos 1,2 e 3 preencher o mapa de
fluxo de caixa, sabendo-se que no período 3 a empresa terá que pagar o
principal de um empréstimo de R$5.000,00 , analisar se será necessário um
novo empréstimo ou não para honrar este compromisso, se necessário qual o
valor mínimo, se as previsões estiverem corretas.
Descrição/período
Vendas à vista
Recebimentos
Pagamento fornecedores
Salários
Encargos sociais
Impostos e taxas
Pagamento de empréstimo
Retirada dos sócios
Compras à vista
Despesas administrativas
Outras saídas
01
6.000,00
4.000,00
2.500,00
1.000,00
300,00
1.000,00
100,00
1.000,00
500,00
3.000,00
1.000,00
02
7.000,00
3.500,00
2.000,00
1.000,00
300,00
800,00
100,00
1.000,00
600,00
3.000,00
1.000,00
03
5.000,00
4.000,00
2.000,00
1.000,00
300,00
900,00
5.100,00
900,00
400,00
3.000,00
1.000,00
Obs.: O saldo anterior é de R$ 3.000,00
24
FLUXO DE CAIXA
DESCRIÇÃO
01 PERÍODO
previsto realiz.
02 PERÍODO
previsto realiz
03 PERÍODO
previsto realiz.
1- Saldo Inicial
2- recebimento v. à vista
3- recebiment v. a prazo
4- empréstimos
5- outras receita
6- Total de entradas
7- compras à vista
8- salários
9-encargos sociais
10- impostos e taxas
11- pagamento de empréstimo
12-retirada dos sócios
13-despesas administrativas
14-outras despesas
15-Total de saídas
16- Saldo Final (1+6-15)
12 - ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS/ESTOQUES
12.1 - COMPRAS
A aquisição de produtos de fornecedores deve ser ditada pela necessidade dos
consumidores. Deve-se comprar o que se vende e não vender o que se compra. A
ordem destes fatores é profundamente diferente.
Determinar os fornecedores dos produtos que se vende é uma das mais
importantes tarefas na empresa: como contatá-los, onde encontrá-los, como
selecioná-lo, que tipo de risco assumir.
12.2 - FORMA DE CONTATO
Entrar em contato com os fornecedores pode ser através das formas a seguir
apresentadas.
25
VISITA DO VENDEDOR
Normalmente é a forma mais comum de contato, quando o empresário é visitado
por um vendedor de determinado fornecedor. Em geral este profissional poderá
ser funcionário do próprio fabricante ou ainda um representante de vendas,
especializado ou não;
FEIRAS
São mostras, em geral setorizadas, que reúnem parte dos fabricantes e/ou
fornecedores de determinados tipos de produto. Por ser em geral especializadas,
as feiras são locais privilegiados de análise mais profunda de determinada
categoria de produto, comparação de fornecedores e contatos.
As feiras tendem a ser uma das formas mais privilegiadas de contato para a
empresa quando são especializados e a característica da indústria produtora de
uma determinada categoria de produtos for pulverizada, tornando-se ocasião
extremamente interessante de conhecer outros produtores, assim como produtos
que tenham diferenciação acentuada ou apresentem importante inovação.
Outra vantagem das feiras é que se poderá constatar quais as tendências do
setor, coletando importantes informações dos produtores e até mesmo de outros
empresários.
PRODUTOS ENCONTRADOS EM OUTRAS LOJAS
É quando o empresário encontra um produto que desconhecia em outra loja,
sendo concorrente direta ou não da sua.
Pelos dados encontrados na embalagem, pode então fazer contato com a
empresa produtora. Isto especialmente ocorre quando visita-se lojas maiores do
segmento e também quando o empresário visita lojas de outras cidades e
estados. Visitar outras lojas é sempre importante fonte de informação de
novidades em termos de produtos e fornecedores.
Muitas vezes o empresário é que toma a iniciativa de buscar novos fornecedores,
através da pesquisa de novos produtos, outras vezes isso nasce das demandas
do consumidor, seja quando não encontra aquilo que está procurando na loja (que
é um sinal forte de necessidade de ter o produto disponível), seja até mesmo
quando o consumidor sugere objetivamente ao empresário um determinado tipo
de produto.
26
12.3 - TIPOS DE RISCO
Em relação ao risco da compra pode haver duas situações, apresentadas a seguir.
EFETIVA COMPRA
Aquisição do produto por parte do empresário. É o tipo mais comum de compra,
assumindo o risco de comprar determinada quantidade, numa determinada
condição e para pagar em determinada data.
CONSIGNAÇÃO
A consignação é pouco comum. É quando o risco é do fornecedor, que
disponibiliza para o empresário uma determinada quantidade de produtos, com
margem previamente definida, e cujo acerto é realizado em data acordada.
Apesar de aparentemente mais positiva para a empresa, a venda em consignação
leva a uma série de fatores negativos.
Como o risco do empresário é menor, este tenderá a dar menos prioridade,
energia e atenção aos produtos consignados, resultando em venda menor do que
se o risco fosse integralmente dele. Por outro lado, como os custos de
comercialização são fortemente bancados pelo fornecedor (estoque, capital de
giro, etc.), a margem oferecida por produtos em consignação tende a ser bem
menor que os produtos tradicionalmente adquiridos pelo empresário.
12.4 - FORMA DE COMPRA
Quanto à forma de compra, há duas vertentes possíveis:
PELA PRÓPRIA EMPRESA
Compra realizada pela própria empresa , através da seleção e aquisição de
produtos. É a forma mais comum.
CENTRAL DE COMPRAS
Forma ainda pouco comum e representativa. Tem, no entanto, crescido nos
últimos tempos.
Normalmente, a central de compras é formada e utilizada por empresas varejistas
do mesmo segmento, como supermercados, farmácias, padarias, etc., e tem como
finalidade básica reunir um determinado setor para negociar em conjunto com os
fornecedores e, desta forma, levar a dois benefícios essenciais:
27
§ aumentar o poder de barganha de pequenos e médias empresas junto aos
fornecedores, no sentido de melhorar as condições de preço, pagamento,
assistência aos varejistas e regularidade de entrega; e
§ liberar tempo e energia dos empresários nas negociações com os
fornecedores.
Por outro lado, a central de compra é, em geral, formada para negociar os
principais itens de produtos daquele particular segmento de varejo, podendo-se
expandir para outros itens menos importantes.
Outra razão para a formação da central de compras é quando o fornecedor(es)
praticamente monopoliza(m) ou oligopoliza(m) determinado setor.
A prática tem demonstrado que a formação de central de compras é um meio
altamente viável de aumentar a competitividade, em particular das pequenas
empresas, face aos grandes do setor, e exige para sua viabilização a completa
cooperação de seus filiados.
12.5 - SELEÇÃO DE FORNECEDORES
Para selecionar adequadamente as empresas fornecedoras, o empresário deve
levar em conta diversos atributos, como demonstrados a seguir.
CONDIÇÃO DE PREÇO E PAGAMENTO
O empresário varejista deve levar em conta este atributo não só no momento
inicial de fazer a primeira compra, mas também a perspectiva de sua manutenção.
Muitas vezes um fornecedor oferece boas condições inicialmente, mas não as
mantém posteriormente.
Deve ficar atento, também, aos preços praticados por outras empresas, o que
poderá sinalizar condições melhores do que as que estão sendo praticadas pelo
fornecedor em relação à sua loja.
SEGURANÇA DE FORNECIMENTO
É a condição que a empresa tem de, independentemente das condições gerais do
mercado, receber produtos de forma constante. Muitas vezes, por razões de
aumento substancial de demanda, p. ex., a empresa fornecedora adia ou
suspende a entrega dos produtos pedidos.
VALORES MÍNIMOS
É comum qualquer tipo de fornecedor fixar um volume mínimo, em valor ou
unidade, para realizar suas vendas. O empresário deve estar ciente, desde a
primeira negociação, de qual é este eventual volume mínimo de compra, para
28
avaliar a viabilidade de ter a empresa como fornecedora. Este é um item
essencial, em particular no que se refere à política de estoques.
ASSISTÊNCIA
O empresário deve situar-se quanto ao(s) tipo(s) de assistência que o fornecedor
poderá lhe oferecer: treinamento dos atendentes, auxílio na compra equilibrada de
produtos (em vez de querer vender-lhe mais do que efetivamente necessita),
informações sobre o desempenho do(s) produto(s) na praça e em outras praças, e
assim por diante.
Esta relação de serviços que se estabelece do fornecedor para com o , poderá lhe
render melhor posicionamento frente a outros concorrentes. Estes serviços,
representados por variáveis não monetárias, no entanto, infelizmente são pouco
utilizados pela maioria das empresas.
TEMPO
Tempo: diz respeito ao prazo entre a solicitação de compra e a efetiva entrega dos
produtos. Este dado é crucial, em particular na gestão dos estoques, para que não
haja descontinuidade e falta de produtos para a venda.
Se o produto for perecível, ou tiver tempo de vida curto (p.ex., um produto de
moda), o prazo de entrega deve ser o menor possível. O aumento das facilidades
de transporte, conjugadas com possibilidade de pedidos menores, no entanto, têm
auxiliado em que o tempo de entrega seja cada vez menor.
CONDIÇÕES DE ENTREGA DO PRODUTO
Trata das condições e forma em que os produtos chegam à loja. Algumas vezes, a
empresa é a responsável pelo transporte do produto, devendo providenciar o
frete; em outras, o fornecedor assume esta responsabilidade. Nesta função de
transporte, o empresário varejista deve estar atento às condições de
acondicionamento e embalagem dos produtos, segurança, eventuais danos e
avarias que porventura aconteçam.
RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES
A relação com os fornecedores deve ser cooperativa, em ambos os sentidos:
da empresa para com a empresa fornecedora e vice-versa.
O relacionamento cooperativo auxilia a criação de parcerias e alianças fortes,
onde ambos focam o consumidor.
29
As relações devem, ainda, ser mais fortes quando se trata de fornecedores dos
principais produtos da loja, especialmente aqueles referentes aos ‘produtosdestino’, que são vitais para a empresa.
Com o constante avanço dos instrumentos de comunicação, uma série de
fornecedores têm implantado soluções que facilitam a comunicação com a
empresa. Dependendo do tipo de produto e sua importância para a loja, é
muito mais conveniente realizar-se as compras através de telemarketing,
evitando a possível desnecessária perda de tempo do contato pessoal com o
vendedor.
Apesar de muitos empresários privilegiarem a forte diversificação de
fornecedores, e constantes mudanças em busca de oportunidades,
principalmente relativas a preço, no longo prazo, as mais bem sucedidas são
aquelas que selecionam e privilegiam relacionamentos com fornecedores.
13 - CONTROLE DE ESTOQUES
Estoques pode ser definido com sendo os materiais, mercadorias ou produtos
mantidos fisicamente disponíveis pela empresa, na expectativa de ingressarem
no ciclo de produção, de seguir seu curso normal ou serem comercializados.
Tipos de estoques:
-
matérias-primas ;
produtos em processos;
produtos acabados;
materiais de consumo e almoxarifado.
Finalidade: controlar a movimentação de materiais, produtos e mercadorias da
empresa.
Níveis de Estoque:
Estoque mínimo:
É a quantidade mínima de mercadorias que a empresa deve manter em
estoques para atender as suas necessidades por um determinado período.
Valor média das vendas x tempo de cobertura/30dias
30
Venda média mensal= soma das vendas no período/ nº de meses
Meses
1
2
3
4
total
unidades vendidas
120
100
130
130
480/4 = 120 unidades
Tempo de Cobertura
É o período entre o momento em que o empresário verifica a necessidade de
fazer o pedido ao fornecedor e o momento em que repõe a mercadoria em
estoque.
Calculo do tempo de cobertura;
a) prazo de informação
b) Prazo de entrega do pedido
c) prazo de entrega das mercadorias
d) prazo de segurança
Tempo de cobertura
01 dia
01 dia
07 dias
03 dias
12 dias
Estoque Mínimo = 120x10/30=40 unidades
Estoque Máximo
Quantidade máxima de itens a serem estocados. Se por um lado o estoque
abaixo do mínimo pode prejudicar a produção/vendas, por outro lado o
estoque acima do máximo espanta muito capital de giro.
Rotação dos Estoques
Rotação é giro do estoque em um determinado período de tempo.
A apreciação dos índices de rotatividade de um estoque, no final de um
determinado intervalo de tempo, fornece elementos de avaliação do
comportamento do estoque.
Sua comparação com índices de anos anteriores ou mesmo índices
congêneres, poderá fornecer subsídios valiosos para o controle do item em
questão.
31
A duração do estoque ou mesmo permanência da mercadoria deve ser
analisada conjuntamente com a margem de lucro. Uma margem reduzida de
lucro exige um giro rápido de mercadorias.
Para que haja um lucro efetivo, decorrente de longos períodos de estocagem, o
aumento dos preços de venda deve cobrir os custos da própria estocagem e,
ainda o custo do dinheiro tomado para a aquisição das mercadorias, se for o
caso.
Os estoques costuma manter uma participação significativa no total dos ativos
da maior parte das empresas industriais e comerciais. Na realidade, por
demandarem altos volumes de recursos aplicados em itens de baixa liquidez,
devem as empresas promover uma rápida rotação em seus estoques como
forma de elevar a sua rentabilidade e contribuir para a manutenção de sua
liquidez, no entanto, este objetivo requer atenções mais amplas,
principalmente ao se procurar evitar que se estabeleçam volumes insuficientes
para o atendimento das vendas. Não se deve nunca desprezar as necessidades
de manter volumes adicionais em estoques (estoques de segurança) como
forma de atender a certos imprevistos, geralmente não controláveis na curva
da demanda e atividades produtivas.
32
EXERCÍCIO
Este foi o movimento do estoque do produto "x" durante o mês de setembro
de 1999.
Em 01-09 tínhamos um saldo de 500 unidades a um custo de R$ 10,00
Em 04-09 retiramos 150 unidades.
Em 08-09 retiramos 160 unidades.
Em 18-09 retiramos 110 unidades.
Em 22-09 foram compradas 200 unidades a R$ 12,00 a unidade.
Em 23-09 retiramos 60 unidades.
Em 25-09 retiramos 40 unidades.
Em 29-09 compramos 400 unidades a R$ 11,00 cada.
Em 30-09 retiramos 100 unidades.
Em 02-10 retiramos 70 unidades.
Em 11-10 foram comprados mais 200 unidades para repor o nível de estoque
por R$ 10,80.
Preencher a ficha de estoque de acordo como método de preço médio,
determinando o saldo final.
33
Controle de estoque
Produto
Unidade
data Entradas
Saídas
quanti v. unit v. total quant v. unit v. total
a
Fornecedor
Saldo
quant v. unit v. total
34
14 - ESTRUTURA PATRIMONIAL
A melhor forma de se avaliar um negócio é acompanhar o seu desempenho
através da evolução de seu patrimônio.
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa.
Exemplo.:
Dinheiro
Contas a receber
Mercadorias
Móveis e utensílios
Imóveis e terrenos
Se a empresa tiver compromissos, ou seja, obrigações a pagar, o cálculo do
patrimônio deverá considerar também este item, ou seja:
Bens da empresa+ direitos-obrigações= patrimônio Líquido.
Ativo= bens e direitos
Passivo= obrigações + patrimônio Líquido.
15 - MODELO SIMPLIFICADO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL
Ativo
Circulante
Disponíveis
Contas a receber
Estoques
R$
55.000,00
5.000,00
10.000,00
40.000,00
%
53,4
4,85
9,71
38,83
Passivo
Circulante
fornecedores
empréstimos
Impostos
Outras obrigações
Permanente
Imobilizado
Máq. Equipamentos
Instalações
Veículos
48.000,00
48.000,00
20.000,00
10.000,00
10.000,00
46,6 Pat. Líquido
46,60
19,42
9,71
9,71
R$
46.000,00
20.000,00
15.000,00
5.000,00
6.000,00
%
44,66
19,42
14,56
4,85
5,83
57.000,00
55,54
35
Móveis e utensilios
Total Ativo
8.000,00
7,77
103.000,00 100
Total do Passivo
103.000,00 100
EXECÍCIO
Preencher o modelo simplificado da estrutura patrimonial e calcular o
patrimônio líquido, com os dados abaixo discriminados:
Disponível
Contas a receber
Estoques
Máquina e equipamentos
Instalações
Móveis e utensílios
Veículos
Fornecedores
Empréstimo curto prazo
Outras obrigações
Patrimônio Líquido
Ativo
Circulante
Disponíveis
Contas a receber
Estoques
Permanente
Imobilizado
Máq. Equipamentos
Instalações
Veículos
Móveis e utensílios
Total Ativo
R$
R$ 4.000,00
R$ 10.000,00
R$ 24.000,00
R$ 15.000,00
R$ 8.000,00
R$ 9.000,00
R$ 10.000,00
R$ 20.000,00
R$ 7.000,00
R$ 8.000,00
R$ ?
%
Passivo
Circulante
fornecedores
empréstimos
Impostos
Outras obrig
R$
%
Pat. Líquido
Total do Passivo
36
16 - CAPITAL DE GIRO
É o conjunto de valores necessários para a empresa girar seus negócios.
CAPITAL DE GIRO: UM DESAFIO PERMANENTE
O capital de giro representa, em média, 50 a 60% do total dos ativos de uma
empresa. O capital permanente tem um peso menor sobre o total dos ativos,
atingindo entre 40 e 50%.
Além de sua participação sobre o total dos ativos da empresa, o capital de
giro exige um esforço do administrador financeiro maior do que aquele
requerido pelo capital fixo.
O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está
continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela
empresa. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que os fatos
capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência bem menor.
Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada para
resolução de problemas de capital de giro - formação e financiamento de
estoques, gerenciamento do contas a receber e administração de déficit de
caixa.
Nesta luta para sobreviver, a empresa acaba sendo arrastada pelos problemas
de gestão do capital de giro e tende a sacrificar seus objetivos de longo prazo.
Os empresários conhecem bem este fenômeno. Boa parte de seu tempo é
consumido "apagando incêndios", onde o foco mais perigoso reside no capital
de giro.
MEDIDAS PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE CAPITAL DE
GIRO
As dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas, principalmente,
à ocorrência dos seguintes fatores:
- Redução de vendas
37
- Crescimento da inadimplência
- Aumento das despesas financeiras
- Aumento de custos
- Alguma combinação dos quatro fatores anteriores
Na situação mais freqüente, os problemas de capital de giro surgem como
conseqüência de uma redução de vendas. Neste caso, o administrador
financeiro se defronta com as seguintes questões: como manter o capital de
giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas ? o que pode ser
feito para evitar uma crise maior de capital de giro ?
Os tópicos seguintes apresentam algumas alternativas de solução para essas
questões.
Formação de reserva financeira
Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva tem
um papel importante para a solução dos problemas de capital de giro.
A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar as
mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa.
A determinação do volume dessa reserva financeira levará em conta o grau de
proteção que se deseja para o capital de giro. Também uma análise do tipo "o
que aconteceria ao capital de giro se...." poderia ser bastante útil para se
formular a estimativa do volume da reserva financeira.
À primeira vista, poderia soar antieconômico a formação de uma reserva
financeira, já que esta decisão tiraria recursos financeiros que de outra forma
deveriam ser aplicados no investimento em ativos fixos de modo a permitir a
expansão da empresa.
Dada a alta volatilidade da economia brasileira, a formação de reserva
financeira para o capital de giro deveria ser a prioridade econômica
fundamental da empresa. Além disso, os recursos destinados e essa reserva
seriam aplicados no mercado financeiro, onde as taxas de juros têm sido
maiores do que a taxa de rentabilidade do capital fixo.
Encurtamento do ciclo econômico
Quando a empresa encurta seu ciclo econômico - este pode ser definido como
o tempo necessário à transformação dos insumos adquiridos em produtos ou
serviços - suas necessidades de capital de giro se reduzem drasticamente.
38
Numa indústria, a redução do ciclo econômico significa um menor tempo para
produzir e vender. No comércio, esta redução significa um giro mais rápido
dos estoques. Na atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa
basicamente trabalhar com um cronograma mais curto para a execução dos
serviços,
A redução do ciclo econômico não é uma função tipicamente financeira. Ela
requer o apoio de funções como produção, operação e logística.
Controle da inadimplência
A inadimplência dos clientes de uma empresa pode decorrer do quadro
econômico geral do país ou de fatores no âmbito da própria empresa.
No primeiro caso, a contração geral da atividade econômica e a conseqüente
diminuição da renda das pessoas, tende a aumentar a inadimplência. Nesta
situação, a empresa tem pouco controle sobre o problema.
Quando a inadimplência é decorrente de práticas de crédito inadequadas,
estabelecidas pela própria empresa, existe uma solução viável para o
problema. Neste caso, é preciso dar mais atenção à qualidade das vendas
(tanto as vendas a crédito como as vendas faturadas) do que ao volume dessas
vendas. No caso das vendas a crédito, também será recomendável uma
redução do prazo de pagamento concedido aos clientes.
Não se endividar a qualquer custo
Na tentativa de suprir a insuficiência de capital de giro, muitas empresa
utilizam empréstimos de custo elevado. Como regra, qualquer dinheiro
captado a um custo maior do que 1,5% ao mês (ou 19,56% ao ano) em termos
reais, é incompatível com a rentabilidade normal da empresa que é de 15 % ao
ano, também em termos reais. Assim, uma linha de crédito de curto prazo que
hoje não custa menos do 2% ao mês em termos reais, é claramente
antieconômica.
O financiamento de capital de giro a uma taxa real maior do que 1,5% ao mês,
pode resolver o problema imediato de caixa da empresa, mas cria um novo
problema - seu pagamento.
O administrador tem consciência da inviabilidade do custo financeiro dos
financiamentos de capital de giro. Ele tenta ganhar tempo, esperando que uma
melhora posterior nas condições de mercado da empresa permitam pagar o
capital de terceiros. Todavia, quando a recuperação das vendas acontece, a
39
empresa já acumulou um estoque de dívidas cujo pagamento será
impraticável.
Alongar o perfil do endividamento
Quando a empresa consegue negociar um prazo maior para o pagamento de
suas dívidas, ela adia as saídas de caixa correspondentes e, portanto, melhora
seu capital de giro. Embora essa melhora seja provisória, ajudará bastante até
que a empresa se ajuste financeiramente.
Também neste caso, é importante uma atenção especial para o custo do
alongamento de prazo. Ele precisa ser suportado pela rentabilidade da
empresa.
Reduzir custos
A implantação de um programa de redução de custos tem um efeito positivo
sobre o capital de giro da empresa desde que não traga restrições às suas
vendas ou à execução de suas operações.
Uma vez que a empresa com problema de capital de giro também estará com
sua capacidade de investimento comprometida, a redução de custos em
atividades como modernização, automação ou informatização não será
possível.
Diante de uma crise de capital de giro, o programa de redução de custos tem
natureza compulsória e seu grande desafio é identificar aqueles itens de gastos
que possam ser cortados sem grandes prejuízos para as atividades da empresa.
Dificilmente serão encontrados gastos supérfluos ou desperdícios, pois a crise
de capital de giro naturalmente já os deve ter eliminados.
Numa situação extrema, as pequenas e médias empresas poderiam trocar
passivo exigível por passivo não exigível (capital), através da admissão de
novos sócios. Sem dúvida, esta seria uma solução a ser adotada em último
caso.
SOLUÇÃO DEFINITIVA
É evidente que existe um forte entrelaçamento entre a administração do capital
de giro da empresa e sua administração estratégica.
Por isso, a solução definitiva para o problema do capital de giro consiste na
recuperação da lucratividade da empresa e a conseqüente recomposição de seu
fluxo de caixa.
40
Esta solução exige a adoção de medidas estratégicas de grande alcance que
vão desde o lançamento de novos produtos ou serviços e a eliminação de
outros, adoção de novos canais de venda ou até mesmo a reconfiguração do
negócio como um todo.
Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa
requer muito mais do que medidas financeiras. Estratégias, operações e
práticas gerenciais, entre outras, precisarão ser repensadas para que o capital
de giro volte ao estado de normalidade.
17 - CALCULO DO CAPITAL DE GIRO NA EMPRESA
Especificação
1- Necessidades
1.1- Caixa Mínimo
1.2- Financiamento da vendas
1.3- estoques
dias
8
30
60
2- recursos
2.1- Crédito fornecedor
2.2- Impostos
28
06
Valor R$
3- Capital de giro próprio (1-2)
Com base nas informações abaixo completar o quadro de estimativa
capital de giro e, verificar a necessidade de capital de giro próprio.
Custo total mensal
Valor mensal das vendas a prazo
Valor mensal das compras
Valor mensal das compras a prazo
Valor mensal dos impostos
Valor mensal das vendas totais
de
R$ 43.510,00
R$ 18.000,00
R$ 25.500,00
R$ 17.500,00
R$ 7.400,00
R$ 44.000,00
Os cálculos para encontrar os valores referentes às necessidades de capital de
giro são efetuados da seguinte forma:
Caixa mínimo custo total mensal x n.º de dias necessários/30
41
Financiamento de vendas= custo total mensal % de vendas a prazo x prazo
médio concedido/30.
Estoques= custo mensal com compras x nº de dias de estocagem/30
Crédito de fornecedores=compras a prazo x prazo médio/30
Impostos= valor mensal dos impostos x prazo médio para pagamento/30
18 - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Aspectos Gerais
A formação dos preços está ligado às condições de mercado, às exigências
governamentais, aos custos, ao nível de atividade e a remuneração do capital
investido (lucro).
O cálculo do preço de venda deve levar a um valor.
- Que traga à empresa a maximização de seu valor de mercado;
- Que seja possível manter a qualidade, atender aos anseios do mercado
àquele preço determinado;
- Que melhor aproveite os níveis de produção, etc.
Condições que devem ser observadas na formação de preço de venda:
- Forma-se um preço base; critica-se o preço base à luz das características
existentes do mercado, com o preço dos concorrentes, volume de vendas,
prazo, condições de entrega, qualidade, aspectos promocionais, etc.;
- Testa-se o preço às condições do mercado, levando-se em considerações as
relações custo/volume/lucro e demais aspectos econômicos e financeiros da
empresa;
- Fixa-se o preço mais apropriado com condições diferentes para atender:
Volumes diferentes;
Prazos diferentes de financiamento de vendas;
Descontos para prazo mais curtos;
Comissões sobre vendas para cada condições.
19 - FATORES QUE INERFEREM NA FORMAÇÃO DE PREÇOS
Na missão de formar preços, devem ser lavados em consideração os seguintes
fatores:
42
- a qualidade do produto em relação às necessidades do mercado
consumidor;
- a existência de produtos substitutos a preços mais competitivos;
- a demanda esperada do produto;
- o mercado de atuação do produto;
- os níveis de produção e de vendas que se pretende ou que se pode operar;
- os custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto;
- os níveis de produção e de vendas desejados.
20 - OS OBJETIVOS DA EMPRESA
A definição de objetivos deve ser orientada para as seguintes situações, como
segue:
a)Orientada para o lucro
Rentabilidade
Lucratividade
Necessidade de Lucros
b)Orientada para as Vendas
Estratégia de Penetração de Mercado
Os objetivos orientados para o "lucro" são identificáveis pelas metas de
retorno sobre o investimento (apuração de recursos financeiros). Estas metas
são expressas em termos de:
Uma taxa sobre a receita - lucro por unidade de receita (Lucratividade). Neste
caso, é considerada a componente do retorno do investimento chamado
Lucratividade como base.
Uma taxa sobre o montante de recursos aplicados na empresa - lucro por R$
investimento nos negócios.
Uma quantia fixa de lucro desejado num dado período. O valor desejado
destas metas depende de vários fatores como:
a) A prática em uso no ramo ou mercado da empresa;
b) A concorrência
c) Taxa desejada de crescimento de lucro real;
43
d) A "Dimensão Temporal", ou seja, conforme se pense em termos de curto e
longo prazo.
Os objetivos orientados para as “vendas” visam aumentar ou manter uma
participação definida no mercado. Uma forma comum de crescimento das
vendas para aumentar a participação no mercado é a adoção de preços
menores que os da concorrência. Neste caso, o pensamento é que o
crescimento das vendas aumentam os lucros, embora a Lucratividade seja
menor.
Estes lucros maiores decorrem de dois fatos:
- Diminuição dos custos unitários dos produtos devido diluição dos custos
fixos em um número maior de produtos (ver exemplo citado no item Custo
Fixo, Custos Variáveis);
- Aumento no giro das vendas, ou seja, um número maior de unidades
vendidas com lucro unitário menor, faz crescer o volume global de lucro.
21 - COMPETITIVIDADE DE CUSTOS
Definição
Entende-se por competitividade de custos, o custo operacional que a empresa
teria que obter na sua operação, para conseguir uma margem de lucro mínima,
necessária para aumentar o capital investido e limitado por um preço de venda
já definido pelo mercado. Sabe-se, porém, que o preço de mercado não é uma
informação muito fácil de se obter, pois depende de muitas variáveis, bem
como, o custo mínimo que a empresa deve produzir seus produtos.
O que significa reduzir custos
Muitas empresas realizam esforços para redução de custos. Nesta tarefa, certos
custos são realmente diminuídos. Também observamos que, muitas vezes, esta
diminuição não leva a melhoria nos resultados econômicos. Por outro lado,
certos aumentos de custos conduzem a melhores resultados econômicos. Se
estes fatos ocorrem, para fazer crescer o lucro de uma empresa, devemos
aumentar ou diminuir os seus custos.
A resposta correta exige a compreensão do motivo para a exigência de custos.
Os custos existem para que benefícios possam ser obtidos. Por exemplo, para
movimentar mercadorias de uma cidade para outra (benefícios) pagamos frete
44
para uma transportadora (custos). Portanto, os custos não devem ocorrer
isoladamente.
Os custos devem estar associados os benefícios ou os resultados. Quando não
existir vinculação direta ou indireta entre custo e o resultado temos um caso
típico de desperdício.
Dado este relacionamento Custo/Resultado quatro situações podem
ocorrer:
a) Os custos são diminuídos e os benefícios mantidos;
b) Os custos e os benefícios são diminuídos;
c) Os custos e os benefícios são aumentados;
d) Os custos são diminuídos e os benefícios aumentados.
Em qualquer situação, somente ocorre redução de custos quando a relação
custo/benefício aumentar. Todo produto, atividade ou setor tem uma ou mais
relação benefício/custo dos produtos, atividades ou setores de maior impacto
nos resultados econômicos. Se os esforços trazem custos e os resultados
representam os benefícios, o importante é a busca de melhores taxas entre os
esforços e os resultados. Assim sendo, a alocação dos recursos nas principais
áreas de resultados e oportunidades é o melhor e mais eficaz caminho para a
redução de custos. Resumidamente, redução de custos é um esforço ordenado
de melhoria das relações benefícios/custo de atividade, setores ou produtos de
maior impacto sobre os resultados econômicos feitos, principalmente, através
de alocação de recursos.
Regras à observar na análise para redução de custos
a) Como os custos são decorrência de modificações realizadas nos
Produção/Serviços, poucos produtos, atividades ou setores, geram a maioria
dos custos de uma empresa. Este fato tem importantes implicações:
Podemos obter substancial redução nos custos de uma empresa agindo em
poucas (uma ou duas) atividades. Os esforço para reduzir custos num item de
pouco valor é praticamente idêntico ao de um item de grande valor. Assim
sendo, devemos nos preocupar prioritariamente com as cifras maiores.
b) Os custos variam considerávelmente em sua natureza e devem receber
tratamentos diferentes. Muitas vezes surge a necessidade de consulta a pessoas
45
experientes para que se possa definir ações para certos itens de custos
aparentemente impossíveis de serem reduzidos.
c) A eliminação completa de uma atividade muitas vezes constitui a única
forma realmente eficaz para cortar os custos.
d) Muitos custos têm relação entre si. Por isso, custos podem diminuir num
lugar porque são transferência de outro. Este fenômeno – chamado de
transferência de custo – anula o esforço de redução de custos. Portanto,
devemos analisar todas as atividades em conjunto, atentando para as suas
relações.
e) O custo deve ser definido como aquilo que o cliente paga para obter e
usufruir os plenos benefícios de cada produto ou serviço. O sistema de custo
que precisa ser analisado é portanto, toda a atividade econômico necessária
para conseguir a plena satisfação das necessidades dos clientes.
Conclusão
É mais fácil fixar preço num país de inflação do que fazê-lo num de economia
estável. O consumidor perde o ponto de referência, deixando de saber o que é
caro e o que é barato, e o produtor compensa seu levantamento de custo
malfeito com um lucro conseguido no sistema financeiro. Com a inflação
baixa, esses subterfúgios vão deixando de funcionar e o que se descobre é que
muitas empresas simplesmente não sabem quanto cobrar aquilo que vendem.
A fixação do preço de venda é bastante simples, desde que o empresário
considere diversas variáveis, tais como:
-
A matéria-prima;
Os materias secundários;
Os custos fixos;
Os impostos;
As comissões;
A margem de lucro.
Todas essas variáveis serão usadas em uma fórmula abaixo descrita:
Fórmula Usada na indústria:
PV= CMA +C. FIXO/ 100%-( %impostos +%comissões+%lucro)
46
PV = preço de venda
CMA= Matéria-prima +materiais segundarias necessários para a elaboração de
produto.
No caso de uma empresa comercial, considerar o valor de aquisição da
mercadoria - crédito do ICMS incluir o frete e o IPI se houver.
Impostos = o percentual incidente sobre o preço de venda
Comissões= percentual pago aos vendedores sobre o preço de venda
C. Fixos = parcela dos custos fixos incidentes no produto
Preço de venda para empresas do comércio
Para as empresas comerciais, os especialistas recomendam uma formula
diferente para o cálculo de preço.
Preço de venda= custo da mercadoria vendida/100%(%impostos+%comissões+%margem de contribuição)
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EXERCÍCIO
Calcular o custo da mercadoria vendida (CMV)
a) Custo de aquisição R$ 30,00
IPI
10%
ICMS
7%
Frete
4%
b) Custo de aquisição
IPI
ICMS
R$ 40,00
8%
17%
c) Custo de aquisição
ICMS
Frete
IPI
R$ 100,00
12%
5%
10%
48
22 - CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA
Considere o seguinte caso:
CMV
R$ 60,00
ICMS
17%
SIMPLES
6%
COMISSÕES
5%
CUSTOS FIXOS
15%
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
PREVISTA
20%
A) Qual o preço de venda?
B) Qual o preço de venda se a venda for fora do estado? (ICMS 12%)
C) Qual o preço de venda sem margem de contribuição?
D) Qual o preço de venda sem comissões?
E) Qual o preço de venda para uma lucratividade de 15%?
F) se a mercadoria for vendida a R$ 170,00
-Qual a margem de contribuição e qual o lucro?
49
A empresa B. J LTDA, fabrica produtos sob encomendas e foi consultada para
fazer o produto "X".
Sabe-se que o custo da matéria-prima é de R$ 100,00.
Na produção trabalham 6 funcionários, sendo que considerando a ociosidade
trabalham em média 160 hs/mês cada um.
O tempo estimado para a produção é de 2 hora e 50 minutos.
O custo fixo , já incluindo a mão de obra é de R$ 8.000,00/mês
A comissão paga ao representante é de 10%
A alíquota do simples é de 5%
ICMS= 17% ( tanto na compra quanto na venda)
Desejando-se um lucro de 10%, qual será o preço de venda?
50
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