COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA
PELAS ONDAS DO RÁDIO
Rafael Jose Bona
ŽƵƚŽƌĂŶĚŽĞŵŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽĞ>ŝŶŐƵĂŐĞŶƐƉĞůĂhŶŝǀĞƌƐŝĚĂĚĞdƵŝƵƟĚŽWĂraná (UTP). Graduado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
(Furb). Docente do Departamento de Comunicação, da Universidade Regional de Blumenau (Furb), e do Ceciesa-CTL, da Universidade do Vale do
Itajaí (Univali). Coordenador do Projeto de Extensão Informação e Cidadania
;&hZͿ͘ ƐƚĞ ƚĞdžƚŽ Ġ Ƶŵ ĂƌƟŐŽ ĚŽ ĂƵƚŽƌ͕ ƌĞǀŝƐĂĚŽ Ğ ĂƚƵĂůŝnjĂĚŽ͕ ƉƵďůŝĐĂĚŽ
nos Anais do XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (2013),
realizado em Manaus/AM.– bona.professor@gmail.com
RESUMO: KĂƌƟŐŽĨĂnjĂŶĄůŝƐĞĚĂƐĂďŽƌĚĂŐĞŶƐĚŽƐƉƌŽďůĞŵĂƐůŽĐĂŝƐƉƌĞƐĞŶƚĞƐŶĂĐŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽƌĂĚŝŽĨƀŶŝĐĂ͕ƉŽƌŵĞŝŽĚĞƵŵĂƉƌĄƟĐĂĞdžƚĞŶƐŝŽŶŝƐƚĂƌĞĂůŝnjĂĚĂŶŽŵƵŶŝĐşƉŝŽĚĞůƵŵĞŶĂƵ
ʹ^͕ĂƉĂƌƟƌĚŽƉƌŽũĞƚŽ/ŶĨŽƌŵĂĕĆŽĞŝĚĂĚĂŶŝĂ;&ƵƌďͿ͘ƉƌŝŶĐŝƉĂůĂƟǀŝĚĂĚĞĠĚĞƐĞŶǀŽůǀĞƌ
ƉƌŽŐƌĂŵĞƚĞƐƌĂĚŝŽĨƀŶŝĐŽƐĚĞĐƵŶŚŽĞĚƵĐĂƟǀŽĞĐŝĚĂĚĆŽĨŽĐĂĚŽƐŶŽƐKďũĞƟǀŽƐĚŽĞƐĞŶǀŽůǀŝŵĞŶƚŽĚŽDŝůġŶŝŽ;KDͿ͕ĚĞĮŶŝĚŽƐƉĞůĂKEh;KƌŐĂŶŝnjĂĕƁĞƐĚĂƐEĂĕƁĞƐhŶŝĚĂƐͿ͕ŶŽĂŶŽ
ϮϬϬϬ͘ƐƚĂƉĞƐƋƵŝƐĂƐĞĐůĂƐƐŝĮĐŽƵĐŽŵŽĞdžƉůŽƌĂƚſƌŝĂ͕ĂŶĂůşƟĐĂĞŝŶƚĞƌƉƌĞƚĂƟǀĂĚŽƐĐŽŶƚĞƷĚŽƐ͘ƉĂƌƟƌĚŽƐƌĞƐƵůƚĂĚŽƐĂůĐĂŶĕĂĚŽƐ͕ƉĞƌĐĞďĞƵͲƐĞĂĨĂůƚĂĚĞĂƌƟĐƵůĂção dos problemas
ůŽĐĂŝƐŶŽƐƚƌĂďĂůŚŽƐƌĞĂůŝnjĂĚŽƐ͘ƐƚĂƌĞĂůŝĚĂĚĞĐŽŶĚƵnjŝƵƉĂƌĂƵŵĂƌĞĨůĞdžĆŽŵĞƚŽĚŽůſŐŝĐĂ
sobre as atividades realizadas no projeto e a necessidade de mais inserção da realidade
local nas abordagens da pauta dos programetes radiofônicos realizados.
Palavras-chave: Comunicação; Cidadania; Mídia Regional; Rádio.
1
INTRODUÇÃO
A comunicação midiática tem passado por intenso processo de
hibridização, principalmente nos últimos anos, em que a interatividade
dos dispositivos técnicos começou a se tornar cada vez mais de fácil acesso por parte da população em geral. Isso pode ser observado na quantidade de aparelhos de televisão que são vendidos diariamente e também
se encontram na maioria dos lares brasileiros e do mundo, assim como
os aparelhos de telefonia móvel, nos quais se pode assistir a programas
ǡϐǡǡ Ǥ
A comunicação continua uma constante palavra conceitualmente
ambígua. É por meio dos dispositivos técnicos que circulam os discur-
202
Rafael Jose Bona
sos da sociedade, dos quais variados públicos (amplos e heterogêneos)
conseguem ter o contato com as vozes que compõem os paradigmas da
comunicação. Os efeitos dos meios de comunicação atingem um público
amplo, que é tocado por muitas vozes e referências devido aos hibridismos midiáticos. A comunicação é uma experiência antropológica, pelo
fato de não haver vida social sem ela (SODRÉ, 2012).
As primeiras pesquisas realizadas no âmbito da comunicação, segundo Sodré (2012), foram sempre desvendar a extensão dos discursos
midiáticos sobre as diversas populações. A televisão, o rádio, a informática etc. sempre foram percebidos como “uma aproximação ao ideal
de comunhão da diversidade ética e cultural do planeta” (SODRÉ, 2012,
p. 19). Esses meios comunicacionais, da mesma forma, também foram
adaptados aos seus contextos, sejam eles locais ou regionais, para que
pudessem atingir a população de acordo com uma linguagem padrão e
entendível para o seu público.
Foi dentro desse contexto que surgiu este estudo, o qual teve
como objetivo analisar a abordagem dos problemas locais na linguagem radiofônica por meio dos programetes de extensão: Informação
e Cidadania. O foco dos temas abordados trata, principalmente, dos
Objetivos do Desenvolvimento do Milênio – ODM, que se referem aos
oito Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) como meta para
a humanidade acabar com os problemas sociais no mundo, até o ano de
2015, estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas), no ano
2000. Esses objetivos da ONU estão implícitos em várias áreas do saber
como a do Serviço Social, da Antropologia, da Sociologia, da Comunicação Social etc.
O projeto Informação e Cidadania faz parte do Programa de Extensão: Comunicação e Comunidade. O programa possui três projetos
de extensão inter-relacionados: Plug In (programa de televisão), Comunicação para o Desenvolvimento Social (campanhas publicitárias para
ONGs), e Informação e Cidadania (programetes radiofônicos de cunho
educativo e cidadão). Os projetos são realizados na região do Vale do
Itajaí, no município de Blumenau – SC, por intermédio do Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, da Furb (Universidade
Regional de Blumenau).
A prática extensionista para os alunos da área da comunicação
social se torna importante no processo de aprendizado. Em relação a
isso, Soares (2011, p. 10) argumenta que: “os meios de comunicação e
Práticas e Saberes de Extensão
Volume II
especialmente o rádio, devido à sua popularidade, podem ser elementos importantes para o crescimento da consciência crítica do educando
na medida em que o conteúdo difundido torna-se objeto de estudo, de
análise e de discussão”.
2
O RÁDIO E A COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA
O dialogismo acerca dos temas comunicação e comunidade é prolongado por um caminho teórico extenso. Para Medeiros (2012a, p. 13)
“alguns passos já estão sendo dados em direção à perspectiva de entrelaçar alguns dos seus principais fundamentos: o vínculo comunitário,
que pressupõe uma relação aberta à pura experiência, e a possibilidade
de convivência entre os indivíduos […]”.
Os meios de comunicação preparam o “cidadão para o exercício
da cidadania, usufruindo o direito à comunicação por meio da sua inserção organizada e coletiva na esfera pública de comunicação, bem como
o incentivo a uma relação crítica com as mensagens midiáticas” (ALMEIDA; ANDRELO, 2011, p. 26).
Ao se referir à comunicação comunitária, Rodrigues (2012, p. 3)
ϐDz
globalizada, difundida pelos grandes meios. Evidencia-se um processo
de inclusão dos membros da comunidade. A ênfase é para aspectos da
vida quotidiana das pessoas”.
Existe vasta discussão sobre nomenclaturas e conceitos em relação ao termo: “comunicação comunitária”. Muitos teóricos discorrem
sobre o que é ser “comunidade” pelo fato de haver uma constante
atualização do termo. E, dentro deste processo comunicacional de atualização, “a mobilização social fez surgir um novo tipo de comunicação
comunitária, inerente a organizações e movimentos populares, que propiciou inúmeros estudos no Brasil e em vários outros países da América
Latina” (PERUZZO, 2005, p. 72). A autora ainda ressalta que, a partir dos
anos 1980, criou-se um acervo de diversas publicações teóricas sobre
comunicação comunitária.
Para Rodrigues (2012, p. 4), “a comunicação comunitária é apresentada como uma alternativa de comunicação que privilegia os anseios
populares no que tange aos aspectos sociais da vida cultural e econômica da comunidade”.
203
204
Rafael Jose Bona
ϐ
da comunicação comunitária. A pretensão é de apenas expor ou argumentar sobre os termos dentro do contexto radiofônico. O propósito é
argumentar acerca da comunicação comunitária regional e suas possibilidades dentro da realidade midiática no município de Blumenau.
Sobre as mídias locais, Peruzzo (2003, p. 2), em outro momento,
diz que:
ȏǥȐÀ ϐǡ ϐ ǡǡ sos, se encontram no que diz respeito a conteúdos transmitidos.
Porém, a tendência maior é que a mídia local se ocupe de assuntos mais gerais (das vias públicas, tragédias, violência urbana,
ϐ ǡÀ ǡï ǡ
cidade, culinária regional etc.), enquanto os meios comunitários
trabalham principalmente com pautas de interesse mais espeÀϐ ȋ ǡ ǡ
dos movimentos sociais, questões de violência, esclarecimentos
quanto aos perigos relacionados às drogas e outras problemáticas de segmentos sociais excluídos). O primeiro tipo de mídia
visa mais a transmissão da informação e o segundo a mobilização
social e a educação informal.
Devido ao ritmo acelerado das mídias que ocupavam cada vez
mais os lares das pessoas, no início do século XX, os pesquisadores começaram a observar esses meios de comunicação como uma poderosa
ferramenta social. “O jornal, o rádio e o cinema permitiam a uma mesma mensagem ser captada por milhões de pessoas ao mesmo tempo”
(MARTINO, 2009). Com esses apontamentos, pode-se perceber que
desde o início as mídias já eram avaliadas como ferramenta com certo
poder político e, ao mesmo tempo, poderia trabalhar em prol da comunidade e tendo suas peculiaridades em cada segmento midiático e focando também a questão regional/local.
O processo de globalização começou a ser condicionado nos anos
1980, momento este em que as mídias cresciam a todo o vapor em vários pontos do planeta. É nesse momento também que surgem os movimentos para a valorização da cultura local e regional com a produção
e veiculação de informações e de produtos culturais. Os autores Santos,
Licht e Gil (2005), dentro dessa realidade, comentam que o processo da
Práticas e Saberes de Extensão
Volume II
regionalização, dentro do contexto da globalização, tornou-se cada vez
mais segmentado. As mídias regionais abrem espaço para diversas manifestações culturais locais e promovem a cidadania e o fortalecimento
dos laços comunitários.
Rodrigues (2012, p. 5) diz que, “no aspecto alternativo da comunicação, um dos principais meios que representa a democratização da
informação e a difusão das culturas populares é o rádio, o que pode ser
atribuído às características desse meio de comunicação […]”. Para Zuculoto (2005), que discorre acerca da teoria do rádio, a partir de Brecht1,
quando a comunicação radiofônica era apenas uma nova tecnologia que
se inseria na sociedade, o rádio já era vislumbrado por Brecht como um
meio potencial, com recursos e características que mais tarde iriam ser
evidenciados. “O rádio continua a ter potencial para ser o veículo mais
popular e de maior alcance de público. E permanece sendo o de maior
imediatismo, instantaneidade de transmissão” (ZUCULOTO, 2005, p. 7).
Segundo Rodrigues (2012, p. 1):
É comum a observação de espaços comunitários que utilizam
o rádio como um meio de mobilização social. Muitos começam
com simples sistemas de alto-falantes e outros buscam melhores
estruturas técnicas para garantir a comunicação alternativa. Em
geral, o rádio serve para expressão da cultura, divulgação de notícias, articulação de reuniões, avisos, homenagens, dentre outras
funções de utilidade pública no espaço comunitário.
Esch (2001) argumenta que, de toda a evolução tecnológica vivida pelo rádio nos últimos anos, levando-se em conta o crescimento
acelerado das emissoras radiofônicas e seu poder de penetração nas
últimas décadas, ainda não perdeu sua personalidade. No texto de Esch,
escrito em 2001, pode-se perceber que houve grande evolução do rádio enquanto meio de comunicação (haja vista que tivemos uma grande
proliferação da rádio digital por meio da internet daquele ano para cá).
Porém, o autor diz que apesar da evolução e transformações que esse
meio passará na sociedade do futuro, o seu poder de “personalidade”
nunca será perdido. Quando se trata em personalidade, o autor se refe Ø ϐ ȋ
papel do seu locutor).
1
WĞƐƋƵŝƐĂĚŽƌƉŝŽŶĞŝƌŽŶĂƐƚĞŽƌŝĂƐĚŽƌĄĚŝŽ;ĐŽŵĂƌƟŐŽƐĞƐĐƌŝƚŽƐŶŽĮŶĂůĚŽƐĂŶŽƐϭϵϮϬĞ
início dos anos 1930).
205
Rafael Jose Bona
206
O rádio, portanto, sempre teve seu papel social dentro da comunicação desde os seus primórdios e, mesmo com o advento da internet, ele
ainda mantém suas peculiaridades e sua função de informar o público
das mais diversas classes sociais. Ao se tratar da cidade de Blumenau/
SC, local no qual acontece o projeto que é o objeto deste estudo, Reis e
Petters (2008) observam que desde o pioneirismo da radiodifusão na
ȋϐ± ͳͻ͵ͲȌ
o contato com os fatos, acontecimentos e ideias de diversas regiões do
Brasil. Isso “gerou uma maior integração de informações; estabeleceu
apoio a causas comunitárias, mobilizando a sociedade e os órgãos pú Ǣ Ǯǯ ǡ
moradores e novos negócios” (REIS; PETTERS, 2008, p. 102). É possível
perceber com os resultados da pesquisa dos autores, que a comunidade local sempre teve a aceitação do rádio enquanto meio propagador
da informação e da cidadania, e foi dentro deste contexto que nasceu o
projeto de extensão na universidade (Furb) que tem nas suas diretrizes
a promoção do desenvolvimento socioeconômico sustentável com intensa inserção comunitária.
3
O PROJETO INFORMAÇÃO E CIDADANIA
O projeto Informação e Cidadania, integrante do programa de Extensão Comunicação e Comunidade (Furb), está em execução desde o
ano de 2011. Se refere a uma atividade na qual assegura a integração da
Universidade com a comunidade local. A proposta consiste na execução
de programetes radiofônicos educativos que são produzidos pelos bolsistas e estudantes voluntários do curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda2 da Furb, orientados por um professor. Semanalmente eles se reúnem para discutir, confeccionar roteiros e produzir
programetes de trinta segundos a um minuto de duração, de cunho
cidadão com foco nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. SoaȋʹͲͳͳǡǤͳ͵Ȍǡϐ
aparatos tecnológicos e ao acesso à informação, “o professor continua
desempenhando papel fundamental no processo ensino-aprendizagem,
2
ƐƐĂĂƟǀŝĚĂĚĞĚĞĞdžƚĞŶƐĆŽƐĞĚĄĂƉĂƌƟƌĚĂƐĚŝƐĐŝƉůŝŶĂƐĚĞZĞĚĂĕĆŽWƵďůŝĐŝƚĄƌŝĂ//ʹƵĚŝŽǀŝƐƵĂůĞWƌŽĚƵĕĆŽWƵďůŝĐŝƚĄƌŝĂĞŵZĄĚŝŽ͘KƵƚƌŽƐĐƵƌƐŽƐƚĂŵďĠŵĞƐƟǀĞƌĂŵƉƌĞƐĞŶƚĞƐ
ĂƚƵĂŶĚŽĐŽŵŽƉĂƌĐĞŝƌŽƐĚŽƉƌŽũĞƚŽ͕ĂƉĂƌƟƌĚĂĚŝƐĐŝƉůŝŶĂŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽĞ^ŽĐŝĞĚĂĚĞ͕ƋƵĞ
foram: Administração, Ciências Contábeis, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e
Educação Física.
Práticas e Saberes de Extensão
Volume II
pois informação não é, necessariamente, sinônimo de saber.” O professor, neste projeto, se torna o condutor deste processo educacional.
Reis (2008, p. 53) diz que programetes também podem ser chamados de microprogramas. “É um formato de anúncio que se veicula
ao vivo ou gravado e que se integra à programação da emissora como
um espaço autônomo”. Eles são veiculados intercaladamente durante a
programação radiofônica. Geralmente, debate um assunto em questão e
podem ser entrevistadas pessoas relacionadas ao tema que está sendo
abordado.
Os Objetivos do Desenvolvimento Milênio foram instituídos no
ano 2000, quando a ONU (Organização das Nações Unidas), a partir dos
“considerados” maiores problemas sociais do mundo, estabeleceu a categorização de oito objetivos que no Brasil é conhecido também como
8 Jeitos de Mudar o Mundo (OBJETIVOS DO MILÊNIO, 2013). A meta é
que, até 2015, todos os países sejam atingidos pelos ODM. Para melhor
ǡϐǡÙǣ
Figura 1:KďũĞƟǀŽƐĚŽĞƐĞŶǀŽůǀŝŵĞŶƚŽĚŽDŝůġŶŝŽ;KDͿ
Fonte: PNUD (2013)
207
208
Rafael Jose Bona
É dentro destes oito objetivos que o projeto Informação e Cidadania se alicerça. E ao se pensar no meio rádio dentro dos Cursos de
Publicidade e Propaganda, em geral, os autores Maciel et al. (2012) argumentam que há um esforço por parte dos que lecionam disciplinas
voltadas para este meio, haja vista que apesar de haver inovações neste
âmbito, é preciso se desfazer o equívoco que a comunicação radiofônica
se trata de algo ultrapassado. O estudante de Publicidade e Propaganda
geralmente está conectado às mais diversas mídias e, a partir de observações empíricas, é notório o desinteresse por grande parcela deles
quando se trata deste veículo de comunicação.
Para Maciel et al. (2012, p. 5),
A apresentação em sala de aula de informações atuais sobre o
rádio, bem como o exercício da sua instantaneidade, é uma forma de romper com a desinformação geradora de preconceitos, de
gerar sua aproximação com os estudantes e de chamar atenção
para um veículo que é considerado o “primo pobre” no mundo
publicitário.
O projeto Informação e Cidadania faz com que os estudantes se
tornem membros ativos deste processo. Ao discorrer sobre os membros
de uma comunidade e a extensão universitária, Marra (2012) diz que
[...] ocorre, na realidade, uma troca de conhecimentos, em que a
universidade também aprende com a própria comunidade sobre
os valores e a cultura dessa comunidade. Assim, a universidade
pode planejar e executar as atividades de extensão, respeitando
e não violando esses valores e cultura. A universidade, através da
ǡϐ² ±±ϐ ǡ
ou seja, possibilita uma troca de valores entre a universidade e o
meio. (MARRA, 2012, p. 42)
O trabalho dos estudantes realizado na Furb faz com que aprendam a colocar em prática os ensinamentos da sala de aula. Neste caso,
eles são também participantes desta ação comunitária. Essa realidade
se insere no contexto exposto por Peruzzo (2002) quando diz que o
processo de interação das pessoas na produção e transmissão das mensagens dentro de algo com objetivos para a comunicação comunitária,
Práticas e Saberes de Extensão
Volume II
acabam se tornando sujeitos capazes de realizar algo em que todas elas
estão acostumadas a receber pronto e acabam se tornando protagonistas da comunicação, e não somente como receptoras das mensagens.
Peruzzo (2003, p. 2), em outro momento, ao referir-se sobre o
À ǡ Dz ϐ Ù
cenário dos meios de comunicação, motivadas pela valorização do local, tanto enquanto ambiente de ação político-comunicativa cotidiana,
como pela oportunidade mercadológica que ele representa.” E é possí ϐ À
parte dos estudantes da Furb, que já apontam para os meios de comunicação da região como uma forte oportunidade empregatícia, não precisando migrar para grandes centros como São Paulo ou Rio de Janeiro.
Deliberador e Lopes (2011) analisam a mídia no processo educativo com foco na promoção e no desenvolvimento de práticas cidadãs a
partir do rádio3. Os autores argumentam a importância da participação dos estudantes na elaboração de conteúdos veiculados nos programas produzidos no qual se projeta “um olhar crítico da mídia a partir da
participação nos fazer comunicativo, contribuindo para a valorização
enquanto sujeito ativo” (p. 98).
A operacionalização do projeto Informação e Cidadania acontece em três etapas e momentos distintos. A primeira etapa consiste na
reunião do professor, bolsistas e alunos voluntários no qual são discutidos acerca das pautas dos programetes que serão produzidos. A pauta
é direcionada aos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. Em seguida, parte-se para a segunda etapa, que é a produção dos programetes
radiofônicos no Laboratório de Rádio da Furb. Esses programetes são
avaliados e discutidos com os alunos. A terceira etapa consiste no envio
do material produzido para a rádio Furb FM e diversas rádios comunitárias da cidade de Blumenau. Nelas o material é veiculado semanalmente
em horários alternados durante a programação.
De acordo com observação empírica pode-se perceber cada vez
mais a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão no
curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da Furb (em
determinados momentos, acadêmicos de outros cursos também participaram do projeto interdisciplinarmente). O projeto (e o programa de
3
ƉĂƌƟƌĚĂĂŶĄůŝƐĞĚĞŽĮĐŝŶĂƐĚĞƌĄĚŝŽĞƉƌŽŵŽĕĆŽĚĞĐŽŶƚĞƷĚŽƉŽƌĞƐƚƵĚĂŶƚĞƐĚĞƵŵĂ
escola no interior do Paraná, em 2008.
209
210
Rafael Jose Bona
extensão como um todo) auxilia na formação dos estudantes, no desenvolvimento de peças radiofônicas com foco social, e auxiliam a comunidade local nas questões sociais propagando a informação e a cidadania.
Esses dados já foram expostos em Zucco, Bona e Moretti (2011).
Desde a concepção do programa de extensão também já havia
sido discutida a possibilidade da interação, cada vez maior, com as disciplinas do curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. Isso
já foi abordado em Bona, Zucco e Deschamps (2013) que versam sobre
uma abordagem em relação à interação dos projetos extensionistas com
uma determinada disciplina do curso (Técnicas de Relações Públicas
em Publicidade e Propaganda) e a Gincana Acadêmica Rinha.
4
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E ANÁLISE
ϐ ×ǡ
analítica dos conteúdos na qual se fez uma observação direta intensiva.
Ela foi dividida em duas etapas. Aprimeira se deu com a pesquisa biϐ ǡǡȋʹͲͳʹȌǡǦ
ϐ Ǥ
A segunda etapa foi a respeito da análise dos programetes em que eles
foram ouvidos e decupados, assim como foi realizada a análise dos respectivos roteiros de rádio.
Baseado em dois estudos já abordados (ZUCCO; BONA; MORETTI,
2011; BONA;, ZUCCO; DESCHAMPS, 2013), a análise foi focada na observação dos problemas locais já trabalhados nos programetes radiofônicos, nos anos de 2011 e 2012. Isso é importante para que se possa
dar uma continuidade mais elaborada e crítica nos conteúdos que são
executados e trabalhados no projeto.
Para melhor visualização do leitor, foi tecido o quadro a seguir, no
qual consta a relação dos 8 ODM, a quantidade de abordagem daquele
tema em questão nos programetes e a relação com a comunidade local/
foco em temas regionais.
Práticas e Saberes de Extensão
Volume II
Quadro 1: Análise dos dados
KďũĞƟǀŽƐĚŽ
Desenvolvimento do
Milênio (ODM)
1) Redução da pobreza
ϮͿƟŶŐŝƌŽĞŶƐŝŶŽďĄƐŝĐŽ
universal
3) Igualdade entre os sexos
e a autonomia das mulheres
4) Reduzir a mortalidade na
infância
5) Melhorar a saúde materna
6) Combater o HIV/AIDS, a
malária e outras doenças
ϳͿ'ĂƌĂŶƟƌĂƐƵƐƚĞŶƚĂďŝůŝĚĂde ambiental
8) Estabelecer uma parceria
mundial para o desenvolvimento
Não se enquadra nos ODM
Programetes
abordados com
o tema no biênio
2011/2012
5
6
7
5
4
6
10
5
18
Fonte͗ŽĂƵƚŽƌ͕ĂƉĂƌƟƌĚŽƐƉƌŽŐƌĂŵĞƚĞƐĂŶĂůŝƐĂĚŽƐ͘
Relação com a comunidade
local/ focado em temas regionais
Relacionado
0
Não
relacionado
5
Relacionado
1
Não
relacionado
5
Relacionado
0
Não
relacionado
7
Relacionado
0
Não
relacionado
5
Relacionado
0
Não
relacionado
4
Relacionado
0
Não
relacionado
6
Relacionado
4
Não
relacionado
6
Relacionado
0
Não
relacionado
5
Relacionado
8
Não
relacionado
10
211
212
Rafael Jose Bona
Ao se fazer uma análise crítica e minuciosa dos conteúdos abordados percebeu-se a necessidade de se trabalhar mais os conteúdos relacionados com dados locais. Por exemplo, nos programetes que tratavam
sobre as DTS, no caso, a AIDS, são apresentados dados internacionais
ou nacionais sobre a doença. Da comunidade local/regional, nada foi
apresentado. No caso do tema, educação básica de qualidade para todos, acontece o mesmo. Em poucos os casos aconteceu a aparição da
realidade local. Vale destacar que um dos programetes abordados tratava da doação de violões para uma escola de uma comunidade carente
Ǥϐ ×
sobre as atividades realizadas no projeto Informação e Cidadania e a
necessidade da inserção dos problemas locais (da realidade local) nas
abordagens das pautas.
Em nenhum momento esta análise desmerece o trabalho realizaǡϐ±ȋʹͲͳʹȌǡgumenta que para que os meios comunicacionais atinjam a população,
é necessário trabalhar com uma linguagem acessível e padrão para o
público. O projeto trabalha com esta linguagem acessível e padronizada,
o que se sente falta é uma coerência mais voltada para a realidade local,
referir-se mais da região do Vale do Itajaí, apresentar dados da cidade
de Blumenau, e isso, talvez, possa conscientizar mais ainda a população
local sobre os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.
Peruzzo (2005) pontua que as mídias locais existem desde o surgimento das mídias de massa. O rádio já possui uma característica predominantemente local. É importante que se faça mais conteúdo midiático regionalizado. Neste artigo de Peruzzo (2005, p. 83), a autora diz que
“há interesse das pessoas em ver os temas de suas localidades retratados na mídia, como também há interesse por parte da mídia em ocupar
o espaço regional com vistas a atingir seus objetivos mercadológicos”.
Dentro do contexto da análise, portanto, percebe-se que há a necessidade da abordagem de mais conteúdos globais com visões mais locais.
É cada vez mais importante a interação da comunicação regional
com o meio no qual ela se insere. Ela acontece a partir da interação
de pessoas próximas, que possuem o mesmo compartilhamento de
valores, de modos de vida, de interesses. Ou seja, compartilham de uma
cultura comum e possuem suas raízes na mesma região (SOUSA, 2013).
Deixa-se de sugestão e referência o Projeto Nossa Mídia, que é
realizado em Juiz de Fora – MG, desde 2011 e abordado no artigo de
Práticas e Saberes de Extensão
Volume II
Galdino e Fuser (2012, p. 10). No projeto, há a interação dos estudantes
moradores de uma periferia no aprendizado de técnicas comunicacionais e possibilita a eles a expressão da cultura de suas comunidades
locais. O projeto em questão acontece “a partir do diálogo que professores, voluntários e estudantes elaboram (e reelaboram) a sua constante
aprendizagem. […] a discussão sobre a realidade local, a gestão do processo e […] o estudo das técnicas jornalísticas aguçam um olhar mais
crítico com relação aos meios massivos.” O que é colocado na prática é a
“educação para os meios” e esta atividade pode servir como referência
para o projeto Informação e Cidadania.
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim como a pesquisa e o ensino, a extensão realizada dentro
de uma universidade pode ser considerada uma das melhores formas
de integrar mais a comunidade na qual ela se insere. Segundo Frantz
(2002, p. 13), a extensão universitária guarda “uma estreita relação com
as atividades de ensino e pesquisa, porém, inserindo a universidade na
ǡϐdades institucionais e interesses e necessidades das pessoas”.
O artigo teve como objetivo fazer um estudo dos problemas locais
abordados nos programetes de extensão: Informação e Cidadania. Esta
atividade de extensão realizada se traduz nas palavras de Vieira (2011)
que, ao analisar dois programas radiofônicos brasileiros que tratam sobre prevenção de doenças, diz que esta mídia (o rádio) continuará sendo um poderoso veículo comunicativo no Brasil, “mas que são necessárias ações de reforço, sustentação e aprimoramento para que se atinjam
objetivos mais amplos” (VIEIRA, 2011, p. 16). Enquanto uma universidade se insere cada vez mais na sua comunidade local, ela auxilia numa
troca de valores que contribui, ao mesmo tempo, para o aprendizado
dos acadêmicos. Segundo Sheidemantel, Klein e Teixeira (2012, p. 1), “a
ϐ
se credencia, cada vez mais, junto à sociedade como espaço privilegiado
ϐ gualdades sociais existentes”.
Com os resultados alcançados, após a análise dos programetes
radiofônicos, vem-se ao encontro das considerações de Vieira (2011),
213
214
Rafael Jose Bona
ϐ ca dos conteúdos que são produzidos, fazendo com que cada vez mais
os assuntos relacionados aos ODM caminhem para os problemas locais
(mostrando esta realidade para o ouvinte). É importante que uma comunidade local possa ter mais conhecimento sobre os problemas da
comunidade na qual ela está inserida, e não somente a problemática
global. Esta também é de grande importância, mas de mais fácil compreensão a partir da regionalidade.
O rádio continua sendo uma poderosa mídia no contexto social e
os conteúdos veiculados devem ser bem planejados e trabalhados. SoaȋʹͲͳͳȌDzȏǥȐ±ÀǮϐǯ
em nosso cotidiano e, muitas vezes, não nos damos conta. Devido a sua
fácil adaptação aos mais variados ambientes, o rádio é um dos veículos
de comunicação mais acessíveis a nós e devem ser bem aproveitados”.
A partir deste estudo, deixa-se como sugestão outras pesquisas
relacionadas às mídias locais, como, por exemplo, um estudo que analise a realidade local em outros produtos midiáticos como a televisão.
Ou, ainda, um estudo que abrangesse outros formatos radiofônicos de
atividade semelhante à realizada no projeto Informação e Cidadania em
outras Instituições de Ensino.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. B. C.; ANDRELO, R. Rádio e TV Escola: um projeto de capacitação para leitura e produção midiática na comunidade escolar. Revista Diálogos:
pesquisa em extensão universitária, Brasília, v.15, n.1, jul. 2011.
BONA, R. J.; ZUCCO, F. D.; DESCHAMPS, B. C. Comunicação e comunidade: relatos de experiência de um programa de extensão universitária em publicidade e
propaganda. In: XIV CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO
SUL. Anais… Santa Cruz do Sul/RS – 30 maio a 1º jun. 2013.
DELIBERADOR, L. M. Y.; LOPES, M. F. Mídia Educação e a formação cidadã: anáϐ ±
– PR. Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v.34,
n.1, p. 85-103, jan./jun. 2011.
ESCH, C. E. O futuro dos comunicadores e a reinvenção do rádio. In.: MOREIRA,
S. V.; DEL BIANCO, N. R. (Orgs.). ϔ± . São Paulo: Intercom; Rio de Janeiro: UERJ, 2001.
Práticas e Saberes de Extensão
Volume II
FRANTZ, W. A extensão universitária no desenvolvimento regional: a leitura
da experiência de uma universidade comunitária. In: III FÓRUM DE EXTEN! ǣ Ȃϐ
da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão (19 e 20 de setembro de
2002). Anais… Lages: Uniplac, 2002.
GALDINO, R.; FUSER, B. A experiência cidadã do projeto Nossa Mídia. In. XXXV
CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. Anais… Fortaleza,
CE – 3 a 7 set. 2012.
MACIEL, N. C.; CARVALHO, P. M.; MOTTA, T. C., CAVALCANTE, A. P. P. A experiência que nasce da sala de aula: o caso da Rádio Gentileza.XXXV CONGRESSO
BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. Anais… Fortaleza, CE – 3 a 7 set.
2012.
MARRA, M. L. M. P. Práticas educativas e inserção social através de extensão
universitária. La Salle – Revista de Educação, Ciência e Cultura, v. 17, n. 1, jan./
jun. 2012.
MARTINO, L. M. S. Teoria da comunicação: ideias, conceitos e métodos. Petrópolis: Vozes, 2009.
MEDEIROS, D. C. V. Por que estudar comunidade é importante para compreender a comunicação? In:XXXV CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. Anais…Fortaleza, CE – 3 a 7 set. 2012a.
MEDEIROS, J. B. Àϔ ǣ a prática de fichamentos, resumos,
resenhas. 11. ed., 5. reimpr. São Paulo: Atlas, 2012b.
OBJETIVOS DO MILÊNIO. Site Objetivos do Milênio. Disponível em: <http://
www.objetivosdomilenio.org.br>.Acesso em: 30 mar. 2013.
PERUZZO, C. M. K. Comunicação comunitária e educação para a cidadania.
PCLA. Pensamento Comunicacional Latino Americano (Online), São Paulo, v. 4,
n.1, p. 1-10, 2002. Disponível em: <http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/
revista13/artigos%2013-3.htm>. Acesso em: 02 abr. 2013.
PERUZZO, C. M. K. Mídia local e suas interfaces com a mídia comunitária. In.
XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. Anais… Belo
Horizonte/MG – 2 a 6 set. 2003.
PERUZZO, C. M. K. Mídia regional e local: aspectos conceituais e tendências.
Comunicação & Sociedade, São Bernardo do Campo, Póscom-Umesp, n. 43, p.
67-84, 2005.
PNUD– PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/ODM.aspx>.Acesso em: 02 abr. 2013.
REIS, C. Propaganda no rádio: os formatos de anúncio. Blumenau: Edifurb,
2008.
215
216
Rafael Jose Bona
REIS, C.; PETTERS, L. B. O papel das emissoras de rádio no desenvolvimento econômico de Blumenau (1960-1970). In: MACHADO, M. B.; QUEIROZ A.;
ARAUJO, D. C. (Orgs.). ×ǡ×ϔÙsil. Novo Hamburgo: Feevale, 2008.
RODRIGUES, R. L. P. Comunicação comunitária nas ondas do Lago: o rádio em
uma comunidade ribeirinha na Amazônia. In: XXXV CONGRESSO BRASILEIRO
DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. Anais…Fortaleza, CE – 3 a 7 set. 2012.
SANTOS, R. E.; LICHT, R. H. G.; GIL, A. C. A comunicação regional no contexto da
ǣϐ Ǥ ǣ SO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO. Anais…UERJ, Rio de Janeiro,
5 a 9 set. 2005.
SCHEIDEMANTEL, S. E.; KLEIN, R.; TEIXEIRA, L. I. A Importância da Extensão
Universitária: o Projeto Construir. In: 2º CONGRESSO BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA BELO HORIZONTE (12 a 15 de setembro de 2004).
Anais… Disponível em: <https://www.ufmg.br/congrext/Direitos/ Direitos5.
pdf>.Acesso em: 23 jun. 2012.
SOARES, E. A. A. A utilização do rádio como recurso metodológico na prática
pedagógica de professores do núcleo regional de educação de Londrina. 47 p.
ϐ ȋÀ ȌǤ
Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, 2011.
SODRÉ, M. Comunicação: um campo em apuros teóricos. Matrizes, São
Paulo,ano 5, n. 2, jan./jul. 2012.
SOUSA, J. P. Comunicação regional e local na Europa Ocidental: situação geral
e os casos português e galego. Disponível em: <http://bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-comunicacao-regional-na-europa-ocidental.html#SECTION0002
0000000000000000>.Acesso em: 2 abr. 2013.
VIEIRA, B. T. O rádio a serviço da saúde. Revista ALTERJOR,ano 2, v. 2,ed. 4, jul./
dez. 2011.
ZUCCO, F. D.; BONA, R. J.; MORETTI, S. L. A. Cooperação técnica e socialização
de práticas de comunicação: relato de experiência do programa Comunicação
e Comunidade. In: PEREZ, C.; TRINDADE, E. II PRÓ-PESQ– ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA, São Paulo, 2.
Como anda a publicidade?: porque pesquisar faz bem, 2011.
ZUCULOTO, V. R. M. Debatendo com Brecht e sua Teoria do Rádio (1927-1932):
um diálogo sempre atual sobre o papel social e as potencialidades da radiodifusão. In: XXVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO.
Anais… UERJ, Rio de Janeiro, 5 a 9 set. 2005.