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Bakunin, pensando o autor tanto em seu tempo quanto hoje. Hedra (H): Quem foi Bakunin? Felipe Corrêa (FC): O russo Mikhail Alexandrovitch Bakunin foi um revolucionário que viveu durante o século XIX, fundou as bases do anarquismo, durante os anos 1860, e teve significativa influência no movimento operário de sua época. H: Você poderia contar um pouco da vida dele? FC: A vida de Bakunin daria um filme. Ele nasceu em 1814 em uma família da nobreza russa, na província do Tver, uma localidade entre Moscou e São Petersburgo. Terceiro filho da família, Bakunin estudou em casa com suporte do pai e de empregados da família. Aos 14 anos seguiu para o exército mas, por divergências em relação ao ambiente, abandonou a carreira em 1835. Em Moscou aprofundou seus vínculos com a filosofia e em 1840 seguiu para a Alemanha, interessado em desenvolver-se nesta área. Membro da esquerda hegeliana, aos poucos foi abandonando a metafísica do idealismo alemão e, por meio do contato com o socialismo francês, optou por uma defesa da práxis, ligando dialeticamente teoria e prática. Aos poucos, tomou contato com a causa eslava e engajou-se na luta anti-imperialista. Ao fim dos anos 1840 participou de algumas insurreições: França (1848), Praga (1849) além de preparar a insurreição da Boêmia e destacar-se como comandante militar do levante de Dresden. Preso em 1849, passou por situações limite como, por exemplo, ser acorrentado às paredes durante seis meses! Depois, por uma concessão do czar, exila-se na Sibéria, sendo condenado a trabalhos forçados e, em 1861, foge. A fuga de Bakunin é um capítulo a parte. Sai da Sibéria, descendo mais de 3 mil km pelo rio Amur, embarca em uma outra embarcação russa e depois a um clíper americano, passando pela cidade de Olga e chegando a Hokodate, no Japão. Passou por Yokohama, por San Francisco, nos EUA, e pelo Panamá, chegando a Nova York. Depois partiu para Londres, chegando entre o Natal e o Ano Novo de 1861. Em seis meses, percorreu mais de 30 mil quilômetros! Reintegrou-se à vida política e foi para a Itália, onde fundou em 1864 a Fraternidade Internacional, uma organização secreta revolucionária. Participou dos Congressos da Liga da Paz e da Liberdade, em 1867 e 1868 e rompeu com a liga ainda em 1868, fundando a Aliança da Democracia Socialista. Bakunin aderiu completamente ao anarquismo em meados dos anos 1860, fato consolidado com sua entrada na Internacional (Associação Internacional dos Trabalhadores, AIT, fundada em 1864), na qual exerceu ampla influência, especialmente nos países latinos. Sua participação na AIT também foi marcada por diversos conflitos com Marx e o Conselho Geral, o que causou sua expulsão, em 1872. Participou da Internacional Antiautoritária, fundada pelos libertários que romperam com a AIT e da Federação Jurassiana. Participou ainda da insurreição da Bolonha em 1874 e retirou-se da política em seguida, falecendo em 1876. H: Por que publicar Bakunin hoje?
pelo menos que se tem muita simpatia por mim; eu devo e quero merecer o amor daquela que amo, amando-a religiosamente, quer dizer, ativamente; -ela está submetida à mais terrível e à mais infame escravidão; -e devo libertá-la combatendo seus opressores e acendendo em seu coração o sentimento de sua própria dignidade, suscitando nela o amor e a necessidade da liberdade, os instintos da revolta e da independência, lembrando a ela o sentimento de sua força e de seus direitos. Amar é querer a liberdade, a completa independência do outro, o primeiro ato do verdadeiro amor, é a emancipação completa do objeto que se ama; não se pode verdadeiramente amar senão a um ser perfeitamente livre, independente não somente de todos os outros, mas mesmo e sobretudo daquele pelo qual é amado e que ele próprio ama. Eis minha profissão de fé política, social e religiosa, eis o sentido Intimo, não somente de minhas ações e de minhas tendências políticas, mas também, tanto quanto eu possa, o de minha existência particular e individual, pois o tempo em que estes dois tipos de ação podiam ser separados já está bem longe de nós; agora o homem quer a liberdade em todas as acepções e aplicações desta palavra, ou então ele não a quer absolutamente. Querer, amando, a dependência daquele a quem se ama, é amar uma coisa e não um ser humano, pois este só se distingue da coisa pela liberdade; e também se o amor implicasse a dependência, ele seria a coisa mais perigosa e a mais infame do mundo porque criaria uma fonte inesgotável de escravidão e de degradação para a humanidade. Tudo que emancipa os homens, tudo que, fazendo-os entrar neles mesmos, suscita o princípio de suas próprias vidas, de uma atividade original e realmente independente, tudo que lhes dá a força de serem eles próprios, -é verdadeiro; todo o resto é falso, liberticida, absurdo. Emancipar o homem, eis a única influência legítima e benfeitora. Abaixo todos os dogmas religiosos e filosóficos, eles nada mais são do que mentiras; a verdade não é uma teoria, mas um fato; a vida é a comunidade de homens livres e independentes -é a santa unidade do amor brotando das profundezas misteriosas e infinitas da liberdade individual.
Brief notes on the life and work of Mikhail Bakunin, held on the occasion of the second centenary of his birth. Highlights the dimensions of the revolt and the antipolitic as current traces of actions and writings of anarchist who lived the struggles in nineteenth century Europe. Breves apontamentos sobre a vida e a obra de Mikhail Bakunin, realizados por ocasião do bicentenário de seu nascimento. Destacam-se as dimensões da revolta e da antipolítica como traços atuais da atuação e dos escritos do anarquista que viveu as lutas na Europa do século XIX.
O objetivo desse artigo é triplo: 1. Fazer um levantamento bibliográfico da obra de Bakunin daquilo que foi traduzido e publicado no Brasil e em Portugal. 2. Listar as obras sobre Bakunin traduzidas, publicadas ou escritas em português. 3. Fazer um levantamento bibliográfico da obra completa de Bakunin.
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
O objetivo deste artigo é explicitar a crítica aos fundamentos políticos da sociedade burguesa desenvolvidas por Bakunin e, para tanto, demonstraremos o correlato entra a sociedade feudal e a nova sociedade estatal-capitalista, pois Bakunin desmistifica a ideia de ruptura entre essas duas sociedades, visto que apesar das importantes diferenças marcadas por essa transição, observa-se mais linhas de continuísmo do que de ruptura. Para que a liberdade e a democracia possam existir de fato é necessário a igualdade das condições materiais de existência, sendo esse o fundamento da crítica de Bakunin. Assim, os desdobramentos da teoria do pensador russo são determinados por estes pressupostos históricos, pressupostos estes que determinam sua análise da teoria do Estado moderno e o diferencia da análise de seus comteporâneos.
2014
Após a morte de Bakunin, produziu-se uma ruptura entre os princípios que o revolucionário russo tinha elaborado e as práticas dos anarquistas na AIT. Segundo ele, a Internacional devia conservar o seu caráter de organização de massa: os trabalhadores não deviam aderir a partir de uma ideia, um programa, mas com base a solidariedade recíproca e a defesa dos seus interesses materiais. Bakunin considerava que o movimento operário internacional não tinha atingido um nível de desenvolvimento homogéneo e que seria necessário longos anos de debates internos para atingir a esta homogeneidade. Entretanto, era necessário encorajar estes debates, mas impedir a todo custo a imposição de um programa único para a Internacional – projeto que Bakunin atribuía a Marx.
Este escrito, que é um fragmento da 2ª edição do Império Cnuto-Germânico e a Revolução Social, e o mais conhecido da obra de Bakunin, traduzido para uma quinzena de idiomas, é objeto de pelo menos 75 edições. De 1882 a 1973, levantamos 71 edições em quinze idiomas diferentes". Neste mesmo livro há um outro artigo -"Balanço das publicações" -, onde Pécheaux declara que houve quatro versões de Deus e o Estado: a primeira, de 1882, de Carlo Cafiero e Elisée Reclus; a segunda, de 1895, de Max Nettlau; a terceira, uma combinação dos textos contidos nas duas anteriores e a quarta, do citado Nettlau, acrescida de outros escritos de 1870 e 1871. Em função dessas combinações variadas de textos, cria-se a confusão durante muitos anos a respeito do conteúdo de Deus e o Estado, título que coube a Carlo Cafiero, na edição de 1882, mas que foi aproveitado em diferentes edições subsequentes. A tradução para o português é de Plínio Augusto Coelho.
2011
Contos Maravilhosos Europeus coloca o universo dos contos tradicionais ao alcance do grande público, facultando conhecimentos especializados de um modo acessível a não especialistas. Cada um dos volumes da colecção apresenta as variantes literárias mais relevantes de um certo conto e as variantes orais ilustrativas do mesmo. Todas as variantes são apresentadas em texto integral, com comentários sucintos. Assim, é possível utilizar esta obra de maneiras adequadas a idades várias e a interesses diversos. Os contos apresentados resultam de uma selecção a partir de fontes diferentes em várias línguas e foram traduzidos para o português contemporâneo a partir dos textos originais. Capuchinho Vermelho é um dos contos mais célebres do nosso tempo, tendo uma venerável história nas tradições orais eurasiáticas
Assim, de um lado, o Estado, de outro, a revolução social; estes são os dois pólos, cujo antagonismo forma a própria essência da vida social atual em todo o continente europeu, mas de modo mais tangível na França do que em qualquer outro país. [...] Entre a monarquia e a república mais democrática, só há uma diferença notável: sob a primeira, o pessoal burocrático oprime e explora o povo, em nome do rei, para o maior proveito das classes proletárias e privilegiadas, assim como em seu próprio interesse; sob a república, ele oprime e explora o povo da mesma maneira, para os mesmos bolsos e as mesmas classes, mas ao contrário, em nome da vontade do povo. Sob a república, a pseudonação, o país legal, por assim dizer, representado pelo Estado, sufoca e continuará a sufocar o povo vivo e real. O povo, contudo, não terá a vida mais fácil quando o porrete que o espancar se chamar popular. [...] Assim, nenhum Estado, por mais democráticas que sejam as suas formas, mesmo a república política mais vermelha, popular apenas no sentido desta mentira conhecida sob o nome de representação do povo, está em condições de dar a este o que ele precisa, isto é, a livre organização de seus próprios interesses, de baixo para cima, sem nenhuma ingerência, tutela ou coerção de cima, porque todo Estado, mesmo o mais republicano e mais democrático, mesmo pseudopopular como o Estado imaginado pelo Sr. Marx, não é outra coisa, em sua essência, senão o governo das massas de cima para baixo, com uma minoria intelectual, e por isto mesmo privilegiada, dizendo compreender melhor os verdadeiros interesses do povo, mais do que o próprio povo. [...]
Leadership and Social Action, 2013
International Journal of Engineering Research and Technology (IJERT), 2018
Revista Horizonte, 2022
Radovi Instituta za povijest umjetnosti, 2024
Macromolecules, 2005
Shoah : la Dissimulation de la FACE, 2024
Surveys in Mathematics and its Applications 18 (2023), 163 – 182, https://www.utgjiu.ro/math/sma, 2023
Journal of Banking & Finance, 2013
Modernism and Postmodernism Studies Network, 2020
Bandes Desentaforades, 2024
Scientific Reports, 2015
Indonesian Journal of Cardiology, 2020
Global journal of health science, 2024
BRAIN. Broad Research in Artificial Intelligence and Neuroscience, 2023
Review of Philosophy and Psychology, 2015
Revista De Gestão Social E Ambiental, 2024
arXiv (Cornell University), 2023
LÍNGUA INGLESA TURMA: 6º ANO ENSINO FUNDAMENTAL PLANEJAMENTO ANUAL ALINHAMENTO À BNCC, OBJETOS DE APRENDIZAGEM E CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS