#2 Fevereiro
Arqueologia
Baixo Sabor
AHBS
Aproveitamento Hidroelétrico do
Baixo Sabor
No seguimento da Newsleter n.1 de Dezembro de
2011, apresentamos agora a segunda publicação. Este
segundo número reúne um conjunto de textos que
abordam sítios arqueológicos que vão desde a pré-história até ao período contemporâneo.
Dando lugar a diferentes interpretações, procuramos uma maior heterogeneidade no conteúdo desta
newsleter, cabendo a cada autor optar por um
cunho mais pessoal ou cientíico na sua exposição
dos trabalhos ligados ao património desenvolvidos
no vale do Sabor.
Se no primeiro número assumimos um carácter mais
introdutório, neste procuramos ser mais incisivos
na descrição e caracterização de sítios e trabalhos
arqueológicos. Convidamos assim todos os interessados a partir connosco na descoberta deste rico e
vasto património.
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Nascimento de Jesus
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estudo da arte rupestre
Fotograia: Adriano Borges
Dois Abrigos, Dois Mundos
Associadas à arte rupestre, foram construídas e
projectadas diversas ideias nem sempre correctas.
Uma delas prende-se com as técnicas usadas na
sua realização. Vulgarmente designadas de pinturas
rupestres, as graias e imagens da arte rupestre podem ser pintadas e/ou gravadas. A primeira técnica
implica a adição de pigmentos à rocha enquanto a
segunda se realiza a partir da remoção/abrasão de
partes da superfície rochosa.
Os exemplos que aqui trazemos localizam-se nas
imediações do Escalão de Montante e tornam-se interessantes por conterem as duas técnicas citadas. Será
aqui de referir que, pese o facto de algumas técnicas se
associarem mais ou menos a determinados períodos
de produção artística da humanidade, as duas foram
utilizadas desde a pré-história antiga até ao período
contemporâneo.
Relativamente às pinturas presentes do vale do Sabor, foram até ao momento detectados quatro sítios,
três dos quais enquadrados na pré-história recente
(5.500 a.C. a 800 a.C.). A arte pintada relativa a este
período designa-se, nas áreas da especialidade, de
‘Arte Esquemática’. Caracteriza-se por se situar em
abrigos a meia encosta, paredões rochosos junto a
linhas de água e perto de povoados enquadrados na
pré-história recente. São representadas, sobretudo a
vermelho, iguras humanas e de animais, bem como
motivos geométricos e abstractos. O nome ‘Esquemático’ advém do facto de aqui, ao contrário do que
acontece no Paleolítico onde os motivos (sobretudo
animais) são representados de forma extremamente
naturalista, os motivos serem reduzidos a esquemas
básicos. Assim, se olharmos para uma gruta pintada do paleolítico e a seguir para um abrigo com
arte esquemática, temos a impressão de ter passado
de um museu de arte renascentista para outro de
arte contemporânea. Isto é, de Leonardo da Vinci
para, por exemplo, Miró.
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estudo da arte rupestre
Abrigo com Pinturas e Gravuras
(Promenor de pintura).
No abrigo que constitui o Elemento Patrimonial 109 – ‘Abrigo com Gravuras e Pinturas
(A45)’, encontram-se três painéis com arte
rupestre. Em dois podem observar-se gravuras
e, no terceiro, pinturas. São extremamente
raros os sítios deste período que combinam
as duas técnicas sendo que, geralmente, ou
se tratam só de pinturas ou só de gravuras.
Ainda se encontram por estudar e explicar as
causas que levam a este fenómeno. Mas estas
deverão estar ligadas aos motivos que se pretendem representar, aos sítios na paisagem que
escolheram marcar e aos seus signiicados no
passado. Ainda hoje, aquando dos inquéritos
orais realizados pela equipa de antropologia do
Baixo Sabor, foi recolhida uma lenda relativa
a este abrigo onde se fala do aparecimento
de uma menina com olhos muito grandes a
cantar. Em nenhum dos três painéis os motivos
são igurativos, apresentando-se antes graias
geométricas e abstractas e de difícil classiicação. Ainda assim, o painel com pinturas
encontra-se extremamente erosionado pelo
passar do tempo pelo que poderia, no passado,
representar o que nos parecem ser formas
humanas.
No que concerne as gravuras, optamos por
falar um pouco do abrigo que constitui o Elemento Patrimonial 525 - ’Abrigo 2 do Ribeiro
das Relvas’. Esta escolha prendeu-se com dois
motivos: por um lado a sua proximidade física
com o EP109, por outro, a sua distância face ao
EP 109 relativamente às representações gráicas
aí presentes.
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arte rupestre
O EP 525, à semelhança do EP109, corresponde a um abrigo junto a uma linha
de água. Este abrigo é mais pequeno e profundo que o anterior e, no seu interior
foram detectadas gravuras de diferentes períodos cronológicos. Um primeiro
conjunto, mais antigo1, conhece uma grande distribuição no painel e, entre os
seus motivos geométricos e abstractos, encontram-se umas gravuras peculiares
que fazem lembrar uma escrita. Trata-se de quatro alinhamentos que se dispõe
segundo um eixo horizontal onde iguram pequenas graias constituídas por
motivos angulares. O vértice surge maioritariamente direccionado para cima.
Não está claro se os motivos aqui presentes se tratam ou não de caracteres ou
alguma forma de escrita. Nalguma bibliograia por nós consultada, as graias
aqui presentes assemelham-se, por exemplo, ao sistema de escrita venético, bem
como ao designado céltico continental. A semelhança tipológica não indica, no
entanto, tratar-se de alguma destas formas de escrita. Sabemos que no Vale da
Casa (Rio Douro - Vila Nova de Foz Côa), foram identiicadas rochas com arte
rupestre e inscrições ibéricas da Idade do Ferro pelo que não podemos descartar
totalmente esta hipótese. A escrita ibérica deriva das línguas faladas na Penín40 000
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Abrigo 2 do Ribeiro de Relvas (Promenor de gravura iliforme).
sula Ibérica antes da chegada dos romanos. A continuação do estudo e o registo
de aloramentos com arte rupestre no vale do Sabor poderá levar a uma melhor
compreensão deste e outros aspectos.
1 A antiguidade dos traços gravados é perceptível através do que designamos de patine. De uma forma
simpliicada traduz a semelhança/diferença entre o negativo da gravura e a superfície da rocha. Ou seja,
quanto mais gasto, logo parecido com a superfície da rocha for o traço, mais antigo é e mais difícil se
torna a sua visualização. Neste caso diríamos que a patine é antiga.
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estudo da pré-história
abrigo natural do
lombo de relvas
O Elemento Patrimonial 99, designado de
Abrigo Natural do Lombo de Relvas, localiza-se
na reguesia de Cardanha, concelho de Torre de
Moncorvo e distrito de Bragança. Este abrigo
natural vai ser afectado por submersão devido
ao Empreendimento do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor. Deste modo, foi necessária uma intervenção arqueológica que decorreu
durantes os meses de Outubro e Novembro de
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estudo da pré-história
SOUSA, A. C.; SOUSA, F. (2006) - Ilustrar para compreender ou compreender para ilustrar? As ilustrações da exposição “Penedo do Lexim: povoado pré-histórico”. Boletim Cultural. Mara, p. 439-465.
Sondagem efectuada no Abrigo natural do lombo de Relvas.
Abrigo Natural do Lombo de Relvas
Este sítio arqueológico situa-se numa vertente acentuada na margem esquerda 7000 até 1500 a.C. e inclui o Neolítico, o Calcolítico e Idade do Bronze. Dada a
proximidade deste local com outros sítios intervencionados na margem direita
da ribeira de Relvas, aluente da margem direita do rio Sabor. A ribeira de
do rio Sabor (a cerca de 2km), nomeadamente na zona da “Pedreira de Relvas”,
Relvas nasce próxima da localidade de Cabreira, apresentando um leito de
o mais provável é estarmos perante um abrigo enquadrado no Calcolítico.
pequenas dimensões e algo sinuoso encontrando-se seca durante os meses
Na região de Trás-os-Montes e Alto Douro foram já escavados e estudados
de Verão. Este local caracteriza-se pela presença de alguns aloramentos
sítios integrados nesta cronologia. A título de exemplo podemos menem xisto, que por vezes coniguram pequenos abrigos naturais, como é
cionar o recinto de Castelo Velho de Freixo de Numão, local musealio caso que nos ocupa.
zado em Vila Nova de Foz Côa. É um período em que o homem se
A área intervencionada no interior do abrigo apresentava uma
apropria do território e passa a ter um controle mais efectivo sobre
dimensão de aproximadamente 4 m², ou seja, um espaço
o mesmo. O facto de se tratar de sociedades que adoptaram um
bastante reduzido de modo a ser ocupado permanentemodo de vida agrário e pastoril, implica uma nova gestão de
mente pelo homem. Não obstante, a escavação do sítio
recursos o que leva naturalmente ao surgimento de elites.
permitiu recuperar um conjunto de vestígios materiEm Portugal, para além do Recinto do Castelo Velho já
ais constituídos por líticos (produtos e subprodutos
mencionado e geograicamente próximo do vale do Sabde debitagem, seixos rolados com e sem vestígios de uso,
or, surgem no sul grandes povoados como é o caso do Castro
utensílios e núcleos) sem presença alguma de cerâmica.
de Leceia (Oeiras) ou o Castro do Zambujal (Torres Vedras) que,
De entre estes materiais líticos destaca-se uma ponta de seta
dadas as intensivas campanhas de escavação aí realizadas e as suas
talhada em calcedónia e um machado de pedra polida.
grandes dimensões, se tornaram referências internacionais para este
No que se refere à cronologia, estamos perante um local ocupado
período no contexto europeu.
num período da pré-história recente. Entende-se por Pré-História
recente um período longo na História da Humanidade que se estende desde
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estudo da romanização
O sítio do Cabeço da Grincha
(EP 529)
A intervenção arqueológica, desenvolvida ao longo de
Janeiro, no sítio do Cabeço da Grincha (Remondes
–Mogadouro) permitiu por a descoberto um conjunto
de estruturas de cronologia romana, cujos contornos
ainda não foi possível deinir na totalidade.
Tendo em conta as evidências arqueológicas registadas, até ao momento, podemos distinguir dois
edifícios. O primeiro, a nascente, parece tratar-se de
um pequeno anexo rectangular, com uma pequena
divisória interna, que o segmenta em duas partes.
O segundo edifício, de maiores dimensões, 400 m2
aproximadamente, apresenta uma maior complexidade de muros ou estruturas, um pequeno tanque,
cujos contornos ainda não estão totalmente estabelecidos. Parece estarmos na presença de uma unidade
exploração rural, tipo granja, não se excluindo, para
já, outros cenários.
Dado que a escavação ainda não se encontra terminada, bem como a análise do espólio, apenas nos
parece seguro referir que a implantação do sítio terá
ocorrido entre a segunda metade do século I d. C. e
os inícios do século II. Sobre o abandono do sítio não
foi possível recolher elementos cronológicos seguros,
no entanto, o motivo poderá relacionar-se com um
episódio de incêndio, observável em alguns compartimentos.
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Romanização da Península Ibérica
estudo etno-arqueológico
de cilhades
O sítio do Laranjal
Cilhades
Daremos destaque, dentro dos trabalhos de arqueologia que se encontram em desenvolvimento pelo Estudo
Etno-Arqueológico de Cilhades, à intervenção do sítio
do Laranjal.
A identiicação de algumas sepulturas, ainda
aquando das primeiras sondagens de diagnóstico
realizadas nesta pequena propriedade agrícola de
Cilhades, propriedade essa que acabaria por designar
o próprio sítio arqueológico – Laranjal -, onde já era
previsível o seu reconhecimento dadas as informações
orais prestadas por populares sobre a mesma, acabou
por despoletar um alargamento da área em torno da
escavação inicial ali realizada.
A subsequente intervenção arqueológica acabou por
revelar, inequivocamente, a existência naquele espaço
de uma necrópole de dimensões assinaláveis.
À data, encontram-se contabilizadas um total de 90
sepulturas, bem como um elevado número de ossários
(12). Não existe uma grande variedade formal em relação aos sepulcros identiicados, podendo os mesmos
ser subdivididos, ainda que com ligeiras variantes, em
três grandes grupos. A par com enterramentos em
caixa, no que constitui o universo mais representativo
deste cemitério, encontramos enterramentos coninados a fossas simples, achando-se também, por último,
enterramentos em simples covachos mas delimitados
por pedras avulsas. Estes últimos, estratigraicamente,
encontram-se sobrepostos a sepulturas em caixa,
podendo, ao que tudo parece indicar, corresponder à
última fase de sepultamentos desta necrópole.
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Laranjal, vista geral sobre os trabalhos
arqueológicos em curso
Laranjal (Cilhades), planta de pormenor
do(s) edifício(s) identiicado(s) e sepulturas mais próximas.
Tendo em conta a tipologia das sepulturas, assim como as próprias características que as
inumações apresentam, seja ao nível da sua própria orientação, seja ao nível da sua disposição
anatómica, encontramo-nos, claramente, perante uma necrópole de cronologia medieval (muito
provavelmente da Baixa Idade Média). Não podemos, no entanto, descurar a existência de
materiais arquitectónicos reaproveitados nas construções dos muros de divisão da propriedade
do Laranjal, a este propósito será não só de salientar a existência de silhares almofadados, como
o que parece corresponder a uma pilastra com decoração enchacotada, elemento este elaborado a
partir, também, de um silhar almofadado.
A área de necrópole escavada, assim como a grande maioria das sepulturas com ela relacionadas,
localiza-se em zona de vertente, de substrato xistoso e com uma orientação norte/sul, a escassos
300 m para noroeste da actual capela de São Lourenço.
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Período de Ocupação de Cilhades
A par com as sepulturas já referidas, foram também identiicadas as ruínas do
que nos parecem ser duas construções distintas, embora as mesmas possam
ter constituído, a dada altura, um único edifício. Localizadas na extremidade
sul da área intervencionada, apresentam os tramos de muros originais que as
compõem claras diferenças ao nível do aparelho construtivo – há tramos de
muro mais largos no corpo sul, sendo também evidente a sobreposição destes
ao que parece tratar-se de um muro pré-existente.
No corpo perfeitamente delimitado a norte, de coniguração rectangular, medindo 4, 66 m de comprimento
por 1, 88 m de largura, foi identiicado, no que deverá
corresponder ao nível de abandono deste espaço – em
associação a um nível de derrube da cobertura deste
edifício, constituído por telhas de meia-cana, e sobre
o que julgamos poder tratar-se do piso de circulação
deste espaço, em terra batida -, um conjunto de cerâmicas que, ainda que sem cronologias seguras para as
mesmas, apontam para uma cronologia da Baixa
Idade Média. As mesmas reportam-se a loiça de ir
ao lume – loiça de cozinha -, sobressaindo algumas formas perfeitamente associáveis a panelas,
de peril em S e bojos globulares, apresentando-se
decoradas ora por linhas incisas onduladas ou por
cordões plásticos, digitados, aplicados.
Todas estas questões serão desenvolvidas em altura própria, remetendo-nos, por
ora, a um conjunto de considerações gerais sobre a intervenção arqueológica do
Laranjal. Estratigraicamente, o(s) edifício(s), sobrepõem-se a pelo menos uma
sepultura (nº66), esta subjacente ao tramo de muro este daquele que julgamos
tratar-se de uma construção primitiva ali existente e onde, posteriormente, se
“acoplou” uma construção mais recente, aproveitando esta, como já o dissemos,
tramos da construção primitiva a que aludimos. No interior, e sob o piso de circu-
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estudo etno-arqueológico
de cilhades
lação do espaço primitivo, foi também identiicada uma outra sepultura (nº78),
correspondendo esta, dadas as suas dimensões, a um enterramento infantil.
Salvo raras excepções, a estratigraia observada no Laranjal reporta-se a
contextos claros de destruição, acreditando-se que a própria reformulação
daquele espaço pela criação da pequena propriedade agrícola que lhe deu o
nome, já em meados do século XX, tenha contribuído, nomeadamente pela
criação de alguns socalcos agrícolas e outras estruturas, para uma destruição
de larga escala desta importante estação arqueológica.
Tal como já o referimos em trabalho anterior, não descuramos
a possibilidade de parte do(s) edifício(s) posto(s) a descoberto
neste local, nomeadamente o corpo sul, corresponder, eventualmente, à antiga Capela de São Lourenço. A este propósito
deve atender-se, por exemplo, à própria orientação destas
construções, sendo que, ainda que existam algumas variações, se encontram orientadas de acordo com a generalidade
das próprias sepulturas. Para terminarmos a pequena
abordagem ao sítio arqueológico do Laranjal, é de referir
que apenas com o alargamento da intervenção arqueológica deste sítio, já contemplada, se poderão conhecer,
da melhor forma, alguns dos contextos e estruturas
arqueológicas entretanto identiicadas.
Actualmente, e embora a intervenção arqueológica ainda não
tenha terminado, a mesma decorre, sobretudo, pela intervenção
antropológica que ali se encontra em desenvolvimento. É credível que
uma boa parte das 37 sepulturas seladas, possam conter enterramentos bem
preservados, havendo a registar, fora deste conjunto, evidências de enterramentos
simples em fossa por intervencionar, assim como é previsível a identiicação de
um grande número de ossários, alguns dos quais se estabeleceram sobre o espaço
interno de antigas sepulturas.
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Laranjal. Pormenor do ossário 7 localizado
no interior da sepultura.20
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Período de Ocupação de Cilhades
estudo dos elementos edificados
de carácter etnográfico
Fotograia: André Rolo
O último Moleiro do Sabor
Fotograia: André Rolo
Fotograia: André Rolo
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No âmbito dos trabalhos de registo etnográico do Baixo Sabor, o estudo
dos Sistemas de Moagem deste vale veio a revelar parte da grande riqueza
patrimonial deste rio.
No decorrer destes trabalhos, quando a nossa equipa se encontrava a localizar
todos os moinhos do Baixo Sabor, conhecemos o Sr. Freitas, o último moleiro
do Baixo Sabor que, com o advento das moagens eléctricas e a grande onda
de emigração das décadas de 60 e 70, viu o abandono progressivo desta
actividade e das estruturas a ela associadas.
Demos com ele e o seu rebanho na margem esquerda do rio, num sítio prístino, a 31 de Janeiro do ano passado e precipitadamente concluímos que seria
mais um pastor do povo, do cimo do vale.
Após cordiais saudações, embora sempre com um olho nos cães do Sr. António (não pareciam aceitar a nossa cordialidade...), lá lhe explicamos ao que
andávamos e ele confessou-nos ser ilho de moleiros. Mais ainda, ele próprio
ainda moía cereal no seu moinho, espanto o nosso pois ainda não tínhamos
testemunhado tal fenómeno no âmbito do nosso trabalho no Rio Sabor.
Assim lá nos explicou que “lá mais para o verão” fazia uma “palhota” por
cima da mó “como os antigos”, e lá punha o moinho a trabalhar, com o objectivo de mostrar aos mais novos esta arte em extinção.
Trocamos contactos e icou a promessa de o visitar aquando do funcionamento do engenho. Tal aconteceu a 30 de Setembro último, e tivemos desta
vez a companhia de Lois Ladra, antropólogo, e de André Tereso, técnico de
conservação e restauro, ambos membros da equipa de Arqueologia do ACE e
ávidos aprendizes das artes rurais.
Assim foi que o Sr. António que acreditamos, embora sem certezas, ser o
último moleiro do Baixo Sabor, nos mostrou o que também pensamos ser
o último moinho em funcionamento, pelo menos na área afectada por este
empreendimento.
Já havíamos feito o registo de alguns moinhos mas nunca tínhamos visto
um trabalhar e, pormenor mágico, ouvir o cantar de uma andadeira: uma
mó, um bloco maciço pétreo, a girar a alta velocidade sobre a mó dormente
enquanto agita o chamadouro que precipita o cereal para o olho da mesma.
Já nos deslumbravam os moinhos mas não lhes conhecíamos, até então, a sua
alma...
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Paisagem Tradicional
estudo da proto-história
A Idade do Ferro na zona de Trás-os-Montes desenvolve-se durante o I
milénio a.C., desde, aproximadamente, no ano 800 a.C., até a conquista da
Península Ibérica pelos romanos.
A zona de Trás-os-Montes, e as zonas ronteiriças de Zamora e Salamanca,
mantêm grandes similitudes em quanto ao povoamento durante a Idade do
Ferro, no referente à cultura material, povoados, fortiicações, modos de vida,
armamentos, etc.
Na zona do Baixo Sabor contamos com um importante número de povoados fortiicados. Estes sítios se situam no alto de cerro ou lugares com um
importante carácter estratégico. Contam geralmente com muralhas de xisto
ou granito, em alguns casos com torreões, pedras incadas.
Actualmente se desenvolvendo trabalhos de escavação arqueológica no castro
do Castelinho (Felgar), com o objectivo de poder determinar as características
do mesmo, como sistemas defensivos, estruturação interna, características do
povoamento, fossos, etc.
Nesta zona do Baixo Sabor encontram-se castros e povoados da Idade do
Ferro de grande importância como são o Castelo Marruça (Parada), Cigadonha (Carviçais), Castelo da Junqueira (Adeganha), Castelo dos Mouros
(Adeganha), Castelo de Reginal (Meirinhos), Castelo dos Mouros (Vilarinho
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dos Galegos), Fraga do Castelo (Lagoa), Cerca dos Mouros (Talhas), Castelo
de Santa Justa (Eucisia), Cabeço de Agilhâo (Cerejais), Castelo de Cizonha
(Ferradosa), Nossa Senhora dos Anúncios (Vilarelha), etc.
A causa de esta grande concentração de sítios da Idade do Ferro, que se
estende por toda a zona de Trás-os-Montes, e as vizinhas províncias espanholas de Salamanca e Zamora, é indispensável a realização de um estúdio sobre
o povoamento durante a Idade do Ferro do Baixo Sabor, que permita situar o
povoado que actualmente esta sendo intervencionado do Castelinho dentro
da situação geral da Idade do ferro no NW da Península Ibérica.
A romanização da Península Ibérica afecto determinantemente às populações
indígenas que aqui se assentavam, modiicando seus modos de vida de uma
maneira radical, em ocasiões mediante o abandono de seus originais lugares
de habitat, para se transladar a outras zonas mas proveitosas desde o ponto
de vista agrícola, e onde se pudesse controlar de uma maneira mas efectiva
às populações locais. Por isso vemos, como em muitos casos, estes povos são
obrigados a abandonar sua situação em lugares estratégicos elevados, para se
transladar ao plano onde são mas facilmente controlados.
É importante poder conhecer como este processo de romanização afecto aos
povos de Trás-os-Montes, e especialmente ao povoado do Castelinho.
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gabinete de espólio
Conservação de Metais Arqueológicos
e Etnográicos
No Gabinete de Espólio são realizados tratamentos de conservação de objectos
arqueológicos e etnográicos recolhidos pelas equipas dos diversos estudos
especíicos. Nesta exposição vamos introduzir algumas noções sobre a Conservação de Metais.
porquê de o objecto apresentar determinados danos ou alterações) é necessário compreender os fenómenos de alteração e degradação dos materiais e
a sua relação com os aspectos anteriormente referidos. De seguida pode ser
delineada a base de intervenção.
Conservação
As intervenções desenvolvidas no Gabinete de Espólio visam a estabilização
ou mitigação dos mecanismos de deterioração, favorecendo desta forma
o prolongamento da existência material do objecto. Estes objectivos são
conseguidos através de acções complementares enquadradas no âmbito da
Conservação Directa e da Conservação Indirecta ou Ambiental, tal como
representado no seguinte esquema:
Antecedentes
Para deinir a estratégia de intervenção mais adequada para cada objecto
há determinados aspectos que têm de ser tidos em conta. Este encontram-se
relacionados com:
- a composição química;
- o estado de conservação e;
- condições a que esteve sujeito.
Na realidade, todos estes aspectos encontram-se inter-relacionados e o
Conservador-Restaurador deverá ter essa consciência ao intervir num determinado objecto, em detrimento de se potenciarem alterações irreversíveis e
inesperadas que poderão por em risco a integridade do mesmo.
Para realizar um bom diagnóstico do estado de conservação de um objecto (o
Paralelamente a este aspecto material há também que preservar todos os
valores de que um objecto é portador e que o tornam único, tais como: valor
arqueológico, artístico, histórico, religioso, sentimental, económico, etc..
Os principais tratamentos desenvolvidos no Gabinete de Espólio são:
- Remoção mecânica e química de produtos de alteração;
- Conversão/ estabilização;
- Aplicação de camada protectora;
- Marcação, inventariação e acondicionamento em reserva.
No Gabinete de Espólio são seguidas os princípios e normas que regem a actividades de conservação do património presentes em cartas e recomendações
internacionais, tais como: intervenção mínima, reversibilidade, compatibilidade e respeito pela autenticidade.
Antes, durante e após as intervenções é realizado um registo fotográico e
documental, através de uma base de dados, de todas as acções desenvolvidas.
Após o tratamento conservativo directo é importante deinir as condições
de acondicionamento adequadas a cada objecto/ colecção. As condições de
temperatura e humidade relativa (HR), assim como qualidade do ar (nível
de poluentes), são aspectos importantes a ter em conta. Por este motivo na
reserva de metais do Gabinete de Espólio está implementado um programa
de monitorização dos parâmetros de temperatura e HR. Desta forma poderão
ser tomada medidas correctivas de forma atempada, se necessário.
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estudo antropológico
Toponímia
O Plano de Salvaguarda do Património do Aproveitamento Hidroeléctrico do
Baixo Sabor refere a necessidade de se realizar um levantamento toponímico
para que os nomes de lugar correspondentes aos locais que vão icar debaixo
das águas da albufeira sejam convenientemente registados.
O acto de nomear um território constitui uma maneira simbólica das comunidades humanas que interagem com o território se apropriarem simbolicamente do mesmo. Os nomes de lugar podem ser classiicados genericamente
em macrotopónimos e microtopónimos. Os primeiros correspondem às
designações habituais das povoações e dos principais acidentes geográicos.
Por sua vez, os microtopónimos abrangem todos e cada um dos nomes dados
a pequenos elementos locais: ribeiros, montes, prédios… Os topónimos podem
ser ordenados em diversas categorias, como por exemplo geotopónimos,
itotopónimos, hidrotopónimos, hagiotopónimos, arqueotopónimos…
Os elementos da equipa de antropologia do ACE, em estreita colaboração
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com vários investigadores da zona, estão a desenvolver toda uma série de
inquéritos às populações locais com o propósito de fazer o levantamento da
microtoponímia do Baixo Sabor. A nossa área de actuação prioritária corresponde a Silhades, isto é, aos terrenos da margem direita do rio pertencentes à
reguesia de Felgar. No entanto, também estão a ser recolhidos os microtopónimos luviais e o resto da toponímia felgarense, tanto urbana como rural.
O nosso objectivo no que se refere ao estudo dos nomes de lugar passa pela
realização inal de um inventário e de uma carta de microtopónimos apoiada
na fotograia aérea local. Até à data foram recolhidos numerosos geotopónimos correspondentes a nomes de cabeços e elevações do terreno, itotopónimos relativos a designações baseadas em elementos de origens vegetais,
hagiotopónimos ou nomes de capelas, santuários, alminhas e cruzeiros…
Um dos trabalhos que tencionamos vir a realizar uma vez rematado o inventário de nomes de lugar e a cartograia microtoponímica é o de um pequeno
ensaio que ajude a explicar e compreender o signiicado de todas e cada uma
das designações recolhidas, sem esquecer os etnotopónimos e as etimologias
populares.
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acompanhamento
Acompanhamento arqueológico
A lei portuguesa relativa ao património baseia-se na Convenção Europeia para a Protecção do Património Arqueológico, conhecida como Convenção de Malta.
Nesta lei, encontram-se estabelecidas as bases da política e do regime de protecção e valorização do património, como realidade de maior relevância para a
compreensão e construção da identidade nacional e para a democratização da cultura.
No âmbito do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor, e conforme a legislação acima indicada, o Acompanhamento Arqueológico é uma prática corrente. Assim, o mesmo consiste na observação permanente pelo arqueólogo, em cada rente de trabalho, das acções de abertura de valas, trabalhos de remoção
de terras, desmatação e escavações no subsolo. Deste modo e a título de exemplo, qualquer trabalho de movimentação de terras implica a presença de uma
equipa de arqueologia, sem a qual estes trabalhos não poderão decorrer. Apenas deste modo se podem detectar realidades arqueológicas atempadamente e agir
de forma a salvaguardar o património.
Damos aqui o exemplo do EP 627, designado de Quinta do Rio 16, detectado em Julho de 2010 no decurso de trabalhos de acompanhamento realizados no
limite da pedreira do Escalão de Montante. Dependendo da tipologia e cronologia, os materiais arqueológicos podem ser de difícil distinção no terreno. Isto
torna-se ainda mais verdadeiro quando se tratam de vestígios pré-históricos onde não são visíveis quaisquer estruturas. No caso do EP 627 e como se pode ver
nas imagens, foram apenas detectados ragmentos cerâmicos e uma mó (movente). No decorrer do mês de Agosto e Setembro foram aí realizadas sondagens
pela equipa responsável pelo Estudo da Pré-História. Os trabalhos revelaram um sítio com duas ocupações, a mais antiga atribuída ao Neolítico (7000 – 2900
a.C.) e a mais recente ao Calcolítico (2900 – 2500 a.C.). Entre os materiais descobertos destaca-se a cerâmica penteada, pequenas lareiras e industria lítica
talhada entre a qual martelos em quartzo.
A detecção deste sítio só foi possível dado o acompanhamento arqueológico realizado, aquando da remoção de terras no local.
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1. Área a intervencionar. 2. Inicío dos trabalhos de acompanhamento. 3. Remoção de terras.
4. Fragmento cerâmico detectado em corte. 5. Pormenor do ragmento após limpeza.
6. Escavação do sítio detectado durante o acompanhamento. 7. Vista geral da área intervencionada.
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para mais informações:
Publicações e Comunicações no âmbito do AHBS
SANTOS, Filipe João C. e LADRA, Lois; “A cabeça antropomorfa do Castelinho” Filipe João C.
Santos e Lois Ladra; Os celtas da Europa Atlântica - III Congresso internacional sobre cultura
celta.
SANTOS, Filipe João C.; PINHEIRO Eulália e ROCHA, Fábio; “O sítio e a laje com gravuras do
Castelinho (Felgar, Torre de Moncorvo). Contributos para o conhecimento da II Idade do Ferro
em Trás-os-Monte Oriental” - Artes Rupestres da Pré-história e da Proto-história 2011
SANTOS, Filipe João C.; PINHEIRO Eulália e ROCHA, Fábio; “O povoado fortiicado do Castelinho (Felgar, Torre de Moncorvo, Portugal). Dados preliminares de uma intervenção arqueológica por um sítio da II Idade do Ferro em Trás-os-Montes Oriental” - I Jornadas de Jóvenes
Investigadores del Valle del Duero. Del Neolítico a la Antigüedad Tardía (Zamora).
FEIO, Jorge; SANTOS, Filipe João C.; PINHEIRO Eulália e ROCHA, Fábio; “A intervenção arqueológica do sítio do Laranjal (Cilhades, Felgar, Torre de Moncorvo): contributo para o estudo da
topograia cristã tardo-romana e alto-medieval no conventus Bracaraugustanus” I Jornadas
de Jóvenes Investigadores del Valle del Duero. Del Neolítico a la Antigüedad Tardía (Zamora).
FIGUEIREDO, Soia Soares; XAVIER, Pedro; NEVES, Dário, DIAS, Rodrigo, COELHO, Sílvia;
“As teorias da arte no estudo da arte rupestre: limites e possibilidades.” Mesa Redonda Artes
Rupestres Pré eProto-História, 26 a 28 de Novembro de 2010, no Museu do Côa, em Foz Côa.
COELHO, Sílvia; XAVIER, Pedro; NEVES, Dário; DIAS, Rodrigo; CARVALHO, Luís; MORAIS,
Renata; FIGUEIREDO, Soia Soares; “A rocha do Pitogaio (Ferradosa, Alfândega daFé): imagens rupestres Modernas e Contemporâneas e as suas possibilidades de estudo”, IV Jornadas de
Jovens em Investigação Arqueológica – JIA 2011, Faro, 2011, no prelo.
NEVES,Dário; XAVIER, Pedro; NEVES, Dário; DIAS, Rodrigo; CARVALHO, Luís; MORAIS, Renata; FIGUEIREDO, Soia Soares; “A rocha 1 da Quinta do Feiticeiro (Cardanha,Torre de Moncorvo): contribuições para o estudo do imaginário guerreiro e cinegético da Idade do Ferro”, IV
Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica – JIA 2011, Faro, 2011, no prelo.
FIGUEIREDO, Soia Soares; NEVES, Dário; DIAS, Rodrigo; COELHO, Sílvia; XAVIER, Pedro;
CARVALHO, Luís; “Aproximação a um modelo estatístico aplicado à arte esquemática do Nordeste transmontano”, IV Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica – JIA 2011, Faro, 2011,
no prelo.
FIGUEIREDO, Soia Soares; NUNES, Cristiana; ROSA, Lourenço e GARCIA, Joaquim; “Preservação in situ de maciços rochosos com arte rupestre. Estudos preliminares para a elaboração de
um projecto” - Mesa Redonda Artes Rupestres Pré eProto-História, 10, 11 e 12 de Novembro de
2011, Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
LADRA, Lois e PINHO, Valdemar; “Embarcacións luviais tradicionais en Trás-os-Montes: as
bateiras do río Sabor”. Revista de Investigación “ETNOGRAFIA”, nº3, 2011. I.S.S.N. 1989 - 8541.
PEREIRA, Sérgio; GOMES, Hugo; COSTA, Pedro e BARBOSA, Teresa; “Estudo da Romanização no Vale do Rio Sabor: Primeira Abordagem” - I Jornadas de Jóvenes Investiga-
dores del Valle del Duero. Del Neolítico a la Antigüedad Tardía (Zamora).
ficha técnica
coordenação: Soia Soares de Figueiredo
design gráfico: Renata Morais
redacção: Soia Soares de Figueiredo
Glória Danoso
Sérgio Pereira
Filipe Santos
André Rolo e Sara Oliveira
Lourenço Rosa e André Tereso
Valdemar Pinho e Lois Ladra
fotografia: André Rolo
Adriano Borges
Equipa Arqueologia AHBS
desenhos: Renata Morais
periocidade: Bimestral