SATCO
SATCO
SATCO
net/publication/316869266
CITATIONS READS
5 2,129
5 authors, including:
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Photobiomodulation via a cluster device associated with a physical exercise program in the level of pain and muscle strength in middle-aged and older women with
knee osteoarthritis: a randomized placebo-controlled trial View project
All content following this page was uploaded by Cristina Sá on 04 November 2017.
89
PESQUISA ORIGINAL
Versão brasileira da Segmental Assessment of Trunk
Control (SATCo)
Brazilian version of the Segmental Assessment of Trunk Control (SATCo)
La versión brasileña de la Segmental Assessment of Trunk Control (SATCo)
Cristina dos Santos Cardoso de Sá1, Francis Meire Fávero2, Mariana Callil Voos3, Francine Choren4,
Raquel de Paula Carvalho1
RESUMO | Traduziu-se e adaptou-se para o português translated version of consensus was generated (TU).
do Brasil o teste Segmental Assessment of Trunk Control Two translators performed two versions in English (BT1
(SATCo). Dois profissionais proficientes na língua inglesa and BT2) of the TU version. A new process of consensus
traduziram, independentemente, a escala original para between translators and researchers resulted in an English
o português do Brasil (T1 e T2). Em seguida, gerou-se version (BTfinal) that was compared with the original
a versão traduzida de consenso (TU). Dois tradutores version, aiming to detect possible semantic differences.
realizaram duas versões em inglês (RT1 e RT2) da versão The version of the instrument in Brazilian Portuguese
TU. Um novo processo de consenso entre tradutores (TU), called Segmental Assessment of Trunk Control, was
e pesquisadores resultou em uma versão em inglês revised by the experts’ committee, composed of three
(RTfinal), que foi comparada com a versão original, com physical therapists for content checking and the second
vistas a possíveis diferenças semânticas. A versão do version of agreement was generated (Tfinal). Tfinal was
instrumento em português do Brasil (TU), denominada submitted to one of the original scale authors to check
“Avaliação Segmentar do Controle de Tronco”, foi the understanding of the Brazilian Portuguese version.
revisada pela comissão de especialistas, composta por After this step, 20 physical therapists applied the scale in
três fisioterapeutas, para verificação do conteúdo e children with Cerebral Palsy. Part of the physical therapists
gerou a segunda versão de concordância (Tfinal). Tfinal indicates the need for complementary information in the
foi encaminhada a uma das autoras da escala original description of instructions and score.
para verificar o entendimento da versão em português Keywords | Trunk; Scales; Measurement; Child; Evaluation.
do Brasil. Após essa etapa, 20 fisioterapeutas aplicaram
a escala em crianças com paralisia cerebral. Parte dos RESUMEN | Se tradujo y se adaptó al portugués de Brasil
fisioterapeutas indica a necessidade de complementação la prueba Segmental Assessment of Trunk Control (SATCo).
de informação na descrição das instruções e na descrição La escala original fue traducida de forma independiente por
da pontuação. dos expertos en lengua inglesa al portugués de Brasil (T1 y
Descritores | Tronco; Escalas; Medidas; Criança; Avaliação. T2). Después se produjo una versión traducida en acuerdo
(TU). De esta versión, fueron realizadas dos versiones en
ABSTRACT | The Segmental Assessment of Trunk lengua inglesa por dos traductores (RT1 y RT2). Se formó
Control (SATCo) test was translated and adapted to un nuevo consenso entre traductores e investigadores
Brazilian Portuguese. Two English language proficient del cual generó una versión en lengua inglesa (RTfinal),
professionals independently translated the original scale en que se comparó al original para encontrar diferencias
for the Brazilian Portuguese (T1 and T2). Following, the semánticas. La versión del instrumento en portugués
1
Docente do Departamento de Ciências do Movimento Humano da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Campus Baixada
Santista – Santos (SP), Brasil.
2
Doutora, Departamento de Neurologia/Neurocirurgia, Universidade Federal de São Paulo, Brasil.
3
Doutora, Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação, Faculdade de Medicina Universidade de São Paulo, Brasil.
4
Doutora, Pacific College of Oriental Medicine (PCOM) – Chicago (IL), USA.
Endereço para correspondência: Cristina dos Santos Cardoso de Sá – Departamento de Ciências do Movimento Humano, Unifesp – Rua Silva Jardim, 136, Vila Matias – Santos
(SP), Brasil – CEP: 1015-020 – Telefone: (13) 3878-3763– E-mail: cristina.sa@unifesp.br – Fonte de financiamento: Nada a declarar – Conflito de interesses: Nada a declarar –
Apresentação: nov. 2016 – Aceito para publicação: mar. 2017 – Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo sob parecer nº 209.239.
89
Fisioter Pesqui. 2017;24(1):89-99
brasileño (TU) se llamó Avaliação Segmentar do Controle de chequear la comprensión de la versión en portugués de Brasil. Tras
Tronco (Evaluación Segmentaria de Control del Tronco) y fue esta etapa, veinte fisioterapeutas aplicaron esta escala a niños con
corregida por un conjunto de expertos, constituido de tres parálisis cerebral. Una parte de los fisioterapeutas señalan que es
fisioterapeutas, para chequear el contenido, siendo que al final necesario complementar informaciones sobre la descripción de
generó una segunda versión por consenso (Tfinal). Esta segunda las instrucciones y de los puntajes.
versión la mandaron a una de las autoras de la escala original para Palabras clave | Torso; Escalas; Medidas; Niño; Evaluación.
90
de Sá et al. Avaliação controle de tronco
91
Fisioter Pesqui. 2017;24(1):89-99
cada condição. O apoio dado deve ser suficiente para GMFCS II, cinco com GMFCS III, seis com GMFCS
assegurar que o tronco esteja em postura neutra vertical. IV, e quatro com GMFCS V –, de ambos os gêneros,
O assistente, posicionado preferencialmente fora com idade 6,1 anos (±4,8). Foram excluídas crianças
da linha de visão da criança, gera um desequilíbrio com PC que apresentavam déficit visual e/ou auditivo e
horizontal, com as pontas dos dedos na região do que não compreendiam comandos verbais simples.
manúbrio do esterno, no nível da vértebra C7 e nos
acrômios direito e esquerdo. Procedimentos de teste e análise dos dados
Para cada nível de suporte são testados controle
estático, no qual a criança deve permanecer estática, Cada fisioterapeuta convidado a testar a escala
fixando o olhar a frente; controle ativo, no qual solicita- SATCo avaliou cada item do instrumento em relação
se que a criança faça com a cabeça uma rotação lenta à descrição das instruções; ilustrações; descrição da
e maior que 45º para cada lado; e controle reativo, no pontuação e formulário para avaliação, classificando-
qual um desequilíbrio é gerado pelo assistente nos os para os diferentes aspectos do instrumento em
pontos fixos, com intensidade suficiente para perturbar (a) adequado como está; (b) necessidade de inclusão
o equilíbrio momentaneamente. de alguma questão/informação; (c) necessidade de
A habilidade da criança para manter ou recuperar exclusão de alguma questão/informação; ou (d)
rapidamente a posição vertical do tronco sem apoio em necessidade de modificação de alguma questão/
todos os planos é avaliada durante os testes estático, informação. A partir das informações recebidas, foi
ativo e reativo e anotada na ficha do SATCo. Em cada organizado um banco de dados para sistematizar a
nível de suporte a presença ou ausência de controle é revisão da versão brasileira do SATCo, tomando-se o
marcada, sendo utilizados os símbolos “” (presente), devido cuidado para que essa revisão não modificasse
“-” (ausente) e “NT” (não testado). o conteúdo do instrumento.
A presença de controle é considerada quando a
criança tem um leve distúrbio de equilíbrio, i.e, reage
balançando-se, mas é capaz de voltar à posição inicial. RESULTADOS
A ausência de controle é assinalada quando o distúrbio
de equilíbrio é de moderado a grave, e a criança perde Tradução da SATCo
o equilíbrio e vai para os limites de sua amplitude de
movimento. O teste continua com a redução do nível Após a tradução, o instrumento foi denominado
de apoio oferecido até que a criança não possa mais se “Avaliação Segmentar do Controle de Tronco”, mas
manter ou voltar rapidamente à posição de partida. optou-se pela permanência do uso da sigla em inglês,
SATCo, associada com a abreviatura de Brasil, “BR”,
Participantes logo, SATCo-BR. Na comparação entre a versão
traduzida e a original realizada pela comissão de
Para testar o instrumento traduzido, participaram especialistas foram encontrados alguns itens que,
do estudo 20 crianças com PC – quatro identificadas embora não estivessem incorretos, dificultavam a
no nível I de acordo com o Sistema de Classificação compreensão e a interpretação das informações, sendo
da Função Motora Grossa (GMFCS), uma com assim alterados (Tabela 1).
Tabela 1. Alterações realizadas após a retrotradução da versão em português e das alterações propostas pela comissão de especialistas
para versão da SATCo-BR
Termos da retrotradução na versão em português Alterações propostas pela comissão de especialistas
Examinador Avaliador
Escápula inferior Ângulo inferior da escápula
Nenhum suporte dado e faixas em pelve/coxas removidas Sem suporte do avaliador e sem as faixas em torno da pelve/coxas
IMC (kg/m2) 21,7 (2,96)
92
de Sá et al. Avaliação controle de tronco
Tabela 2. Alterações realizadas na versão em português da SATCo após ser testada por fisioterapeutas
Descrição das instruções Ilustrações Descrição da pontuação Formulário para avaliação
– Na instrução da colocação da faixa (enfaixa-
mento), foi descriminada a figura;
Foi colocado em destaque que o símbolo
– Foi inserido na descrição do estímulo a ser No primeiro nível de controle,
() deve ser utilizado quando o compo-
aplicado no componente reativo: “com leve – foi inserido que o braço está
nente do controle está presente e o símbo-
pressão”; apoiado em aparato anterior.
lo (-) quando o controle está ausente.
– Apoio do avaliador, conforme indicado no
formulário de registro para cada nível.
93
Fisioter Pesqui. 2017;24(1):89-99
aplicado no componente reativo, foi inserido o termo 3. Saavedra SL, van Donkelaar P, Woollacott MH. Learning
“com leve pressão”, indicando intensidade desse about gravity: segmental assessment of upright control
as infants develop independent sitting. J Neurophysiol.
estímulo. Incluiu-se que o apoio do avaliador para 2012;108(8):2215-29. doi: 10.1152/jn.01193.2011.
cada nível deveria ser seguido como indicado na ficha 4. Rachwani J, Santamaria V, Saavedra SL, Woollacott MH. The
de avaliação da SATCo. Essas modificações, realizadas development of trunk control and its relation to reaching in
após sugestões dos 20 fisioterapeutas, facilitaram a infancy: a longitudinal study. Front Hum Neurosci. 2015;9:94.
interpretação do instrumento. doi: 10.3389/fnhum.2015.00094.
Em relação às ilustrações do instrumento, 100% dos 5. Pavão SL, Santos AN, Woollacott MH, Rocha NA. Assessment
of postural control in children with cerebral palsy: a
fisioterapeutas concordaram que essas eram adequadas review. Res Dev Disabil. 2013;34(5):1367-75. doi: 10.1016/j.
para a utilização do instrumento. Já em relação ao quesito ridd.2013.01.034.
“pontuação”, 50% dos fisioterapeutas não utilizaram o 6. Reid DT. Development and preliminary validation of an
símbolo correto empregado pelo instrumento, usando instrument to assess quality of sitting of children with
os termos “presente” ou “ausente”. Dessa forma, houve a neuromotor dysfunction. Phys Occup Ther Pediatr.
1995;15(1):53-82. doi: 10.1080/J006v15n01_04.
necessidade de colocar em destaque o símbolo (), que
7. Heyrman L, Molenaers G, Desloovere K, Verheyden G, De Cat
indica presença e o símbolo (-) que indica ausência. J, Monbaliu E, et al. A clinical tool to measure trunk control in
Para tal, usou-se o negrito. children with cerebral palsy: the trunk control measurement
Por fim, no formulário de avaliação foi reforçado que scale. Res Dev Disabil. 2011;32(6):2624-35. doi: 10.1016/j.
ridd.2011.06.012.
no primeiro nível de controle, que indica controle de
cabeça, os braços do avaliado deveriam estar apoiados 8. Saether R, Helbostad JL, Adde L, Jørgensen L, Vik T.
Reliability and validity of the Trunk Impairment Scale in
anteriormente na mesa colocada à frente. children and adolescents with cerebral palsy. Res Dev Disabil.
O uso do SATCo permite identificar a área do tronco 2013;34(7):2075-84. doi: 10.1016/j.ridd.2013.03.029.
que está com o controle postural reduzido, informação 9. Butler PB, Saavedra S, Sofranac M, Jarvis SE, Woollacott
fundamental para traçar uma intervenção adequada a MH. Refinement, reliability, and validity of the Segmental
Assessment of Trunk Control (SATCo). Pediatr Phys Ther.
cada paciente com alteração do movimento. Estudos
2010;22(3):246-57. doi: 10.1097/PEP.0b013e3181e69490.
usando a SATCo mostram que a avaliação precisa do
10. Coster WJ, Mancini MC. Recomendações para a tradução e
nível de controle de tronco em crianças com PC permite adaptação transcultural de instrumentos para a pesquisa e a
melhor direcionamento da terapia, visando a melhorar prática em Terapia Ocupacional. Rev Ter Ocup. 2015;26(1):50-
o controle postural ou a compensar a falta de controle 7. doi: 10.11606/issn.2238-6149.v26i1p50-57.
com o uso de tecnologia assistiva, com o propósito de 11. Butler PB. A preliminary report on the effectiveness of trunk
targeting in achieving independent sitting balance in children
alcançar maior desempenho funcional do indivíduo1,17.
with cerebral palsy. Clin Rehabil. 1998;12(4):281-93.
Em resumo, a tradução e a adaptação da Escala
12. Major RE, Johnson GR, Butler PB. Learning motor
Segmentar do Controle de Tronco (SATCO) auxiliará control in the upright position: a mechanical engineering
clínicos e pesquisadores a identificar o nível de approach. Proc Inst Mech Eng H. 2001;215(3):315-23. doi:
controle de tronco de indivíduos com desordem do 10.1243/0954411011535911.
movimento, objetivando direcionar as intervenções e o 13. Saether R, Helbostad JL, Riphagen II, Vik T. Clinical tools to
assess balance in children and adults with cerebral palsy: a
acompanhamento da evolução desse controle de modo
systematic review. Dev Med Child Neurol. 2013;55(11):988-99.
preciso, confiável e de fácil aplicação. doi: 10.1111/dmcn.12162.
14. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines
for the process of cross-cultural adaptation of self-report
REFERÊNCIAS measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.
15. Pedroso RS, Oliveira MS, Araujo RB, Moraes JFD. Tradução,
1. Curtis DJ, Butler P, Saavedra S, Bencke J, Kallemose T, Sonne- equivalência semântica e adaptação cultural do Marijuana
Holm S, et al. The central role of trunk control in the gross Expectancy Questionnaire (MEQ). Psico-USF. 2004;9(2):129-
motor function of children with cerebral palsy: a retrospective 36. doi: 10.1590/S1413-82712004000200003.
cross-sectional study. Dev Med Child Neurol. 2015;57(4):351-
16. Helmstadter GC. Principles of psychological measurement.
7. doi: 10.1111/dmcn.12641.
New York: Appleton-Century-Crofts; 1964. (Century
2. Karthikbabu S, Rao BK , Manikandan N, Solomon JM , Psychology Series).
Chakrapani M, Nayak A. Role of trunk rehabilitation on trunk
17. Heyrman L, Desloovere K, Molenaers G, Verheyden G, Klingels
control, balance and gait in patients with chronic stroke: a
K, Monbaliu E, et al. Clinical characteristics of impaired trunk
pre-post design. Neurosci Med. 2011;2(2):61-7. doi: 10.4236/
control in children with spastic cerebral palsy. Res Dev
nm.2011.22009.
Disabil. 2013;34(1):327-34. doi: 10.1016/j.ridd.2012.08.015.
94
de Sá et al. Avaliação controle de tronco
Nível de apoio
Nível funcional Estático Ativo Reativo Comentários
manual
Enfaixamento
Braços e mãos
em pelve/coxas Manter posição neutra vertical da cabeça e do tronco
Nome do paciente: elevados como
usado como acima do nível de suporte manual
Nº. ref.: indicado
indicado
Avaliador:
Data: Manter/
Enquanto vira a recuperar
Mínimo de cinco
cabeça com os rapidamente
segundos
braços elevados após breve
desequilíbrio
Cintura Controle de
escapular. cabeça. Os
Posição da mão braços devem Não testado
do avaliador ser apoiados para controle
pode variar em aparato de cabeça
a partir da anterior ao
horizontal longo do teste
Controle
Axilas torácico
superior
Acima das
Controle
costelas
torácico inferior
inferiores
(continua)
95
Fisioter Pesqui. 2017;24(1):89-99
Nível de apoio
Nível funcional Estático Ativo Reativo Comentários
manual
Enfaixamento
Braços e mãos
em pelve/coxas Manter posição neutra vertical da cabeça e do tronco
Nome do paciente: elevados como
usado como acima do nível de suporte manual
Nº. ref.: indicado
indicado
Avaliador:
Data: Manter/
Enquanto vira a recuperar
Mínimo de cinco
cabeça com os rapidamente
segundos
braços elevados após breve
desequilíbrio
Controle
Pelve
lombar inferior
Nenhum suporte
Controle
dado e faixas
completo de
em pelve/coxas
tronco
removidas
Instruções devem ser elevados para que não haja contato com o
corpo e com as pernas do mesmo, ou com o banco,
Sujeito ou com as mãos do avaliador. Brinquedos podem ser
O sujeito deve estar sentado em um banco, com os usados para motivar crianças, assegurando inclinação
pés apoiados no chão ou em uma superfície estável e a para pegá-los, mas não apreensão.
posição da pelve e das coxas controlada por um sistema Em cada nível de suporte o avaliador deve encorajar
de enfaixamento (Figura 2). A pelve permanece em o sujeito a sentar-se ereto e elevar as mãos e os braços
posição neutra, com relação ao eixo vertical. O sujeito durante o teste de a) controle estático, b) controle
permanece em postura ereta (“sentado reto”) com a ativo, virando a cabeça lentamente para cada lado (>45
presença das curvaturas cervical, torácica e lombar graus, ou até a amplitude que for possível) e c) controle
normais. A cabeça permanece ereta. Os braços e mãos reativo, permanecendo estável durante desequilíbrios
não devem estar em contato com o tronco, coxas, dados por outro avaliador. Essa fase requer um
banco ou qualquer outro contato externo, exceto como assistente para aplicar um único desequilíbrio leve,
indicado. As mãos do sujeito não devem estar unidas. suficiente para perturbar o equilíbrio brevemente, pela
frente (manúbrio/esterno), por trás (C7) e pelos lados
Avaliador (acrômio), usando as pontas dos dedos com uma leve
O avaliador aplica suporte manual firme pressão. Se o sujeito apresentar problemas mínimos
horizontalmente ao redor do tronco em cada um dos de equilíbrio, haverá oscilação excessiva, porém,
níveis designados em cada item. O apoio dado deve ser poderá retornar para a vertical. Se, entretanto, houver
suficiente para assegurar que o tronco permaneça em problemas moderados ou graves de equilíbrio, o sujeito
uma postura vertical neutra e que qualquer instabilidade perderá o equilíbrio e chegará ao limite da amplitude
do tronco seja eliminada. As mãos e braços do sujeito de movimento.
96
de Sá et al. Avaliação controle de tronco
Instruções de enfaixamento
Três faixas e três anéis em forma de D devem ser
firmemente presos à parte inferior da lateral do banco,
para permitir que o sujeito fique fixo ao banco, como
representado nas figuras a seguir.
Pontuação
Em cada nível de suporte, a presença de controle
é registrada utilizando o símbolo (), e a ausência de
controle é registrada utilizando o símbolo (-). “NT” 3 4
indica que o controle não foi testado naquele nível
de suporte – “não testado”. A presença de controle é
mostrada por:
Estático: manter uma postura de tronco vertical e
neutra nos planos sagital e frontal por cinco segundos.
Se a atenção do sujeito for brevemente perdida,
acompanhada pela rotação da cabeça, mas a posição 5 6
vertical for mantida, ainda deve ser pontuado como
presença de controle.
Ativo: pode apresentar leve desalinhamento com
relação à posição neutra (menor que 20 graus), mas
ocorre realinhamento imediatamente, pela trajetória
mais direta. Exemplo: a flexão de tronco é corrigida com
extensão, indo em direção à postura neutra do tronco,
sem realizar flexão lateral (inclinação) de tronco.
7
Reativo: o sujeito se move saindo da posição neutra
vertical, mas rapidamente retorna para o alinhamento Figura 2. Demonstração da colocação do enfaixamento para
pela trajetória mais curta. posicionamento do paciente.
97
Fisioter Pesqui. 2017;24(1):89-99
Puxe as faixas das coxas para frente, cruzando sujeito e retorne pelo anel em forma de D para chegar à
o banco (Figura 2.1). O sujeito deve sentar-se no frente do banco (Figura 2.4). Mantenha a faixa baixa o
banco com as faixas ao redor das coxas (Figura 2.2). suficiente para apoiá-la no sacro e não permitir que ela
Puxe cada faixa para cima, passando entre as pernas escorregue para a região lombar (Figura 2.5). Ajuste
do sujeito, passando por cima de cada coxa e pelos a compressão da faixa até que a pelve fique alinhada
anéis em forma de D. Volte para baixo do banco e fixe verticalmente (Figura 2.6). A proposta dessa faixa é
(Figura 2.3). Em seguida, puxe a faixa pélvica para apenas atuar como “outro par de mãos” para garantir
cima, partindo da frente do banco, circunde a pelve do que a pelve fique vertical (Figura 2.7).
Definição de controle
98
de Sá et al. Avaliação controle de tronco
99
View publication stats