Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa

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The best seafood restaurants in Lisbon

The best seafood restaurants in Lisbon

There’s something special about eating seafood on a sunny summer’s day, especially after a dip in the sea, but no matter when you’re visiting Lisbon, it would be a mistake not to try the city’s seafood offering – after all, it’s right on the coast, so fresh, diverse seafood is easy to come by. Our Lisbon editors have selected the very best seafood restaurants in Lisbon and the surrounding areas for this list, including true institutions, reinvented classics, and fresh new spots. The best approach is to pick a place, peruse the menu, grab a bib – better to be safe than stained and sorry – and dive in. Finish it all off with a lemon-scented wipe, a prego do lombo (a steak sandwich, which the Portuguese traditionally eat after seafood), and an ice-cold beer.  RECOMMENDED: 🍴 The best restaurants in Lisbon🏠 The best Airbnbs in Lisbon🎭 The best things to do in Lisbon🛍️ The best shops in Lisbon🎷 The best places to listen to jazz in Lisbon This guide was written by the editorial team at Time Out Lisbon. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines.  

12 esplanadas para fingir que é Verão

12 esplanadas para fingir que é Verão

Somos bons amantes de esplanadas e não é o frio que nos impede de sair de casa ao lusco-fusco. Pelo contrário. Não há fins de tarde escuros que nos façam desistir de fazer uma pausa numa destas esplanadas (algumas delas até têm aquecedores, mantinhas e bebidas quentes, se essa for a vontade). Pegue no casaco, abandone a preguiça e finja que é Verão numa destas esplanadas em Lisboa. Há novidades fresquinhas (mas aquecidas) e clássicos que nunca passam de moda. Afinal, mesmo com o frio a chegar, as esplanadas continuam a ser uma desculpa perfeita para estar na rua. Recomendado: Actividades com crianças – as melhores atracções para dias frios

O melhor da agenda na gastronomia

O melhor da agenda na gastronomia

Somos adeptos de boas mesas, mas somos sobretudo a favor de bons encontros, fartos e bem regados. As novidades gastronómicas multiplicam-se e para que não perca pitada, organizamos-lhe a agenda. Foodies, gastrónomos, chefs, restaurateurs e todos aqueles a quem a gastronomia interessa, eis os eventos a não perder. Festivais de talento, mercados de vinhos, debates de ideias, jantares a várias mãos com nomes bem conhecidos da gastronomia mundial, e festas que celebram a diversidade de sabores. É o maravilhoso mundo da gastronomia portuguesa em eventos a acontecer nas próximas semanas. Recomendado: Descobertas do ano – dez grandes vinhos até 15€

All the Michelin-starred restaurants in Lisbon for 2024

All the Michelin-starred restaurants in Lisbon for 2024

Foodies flock to Lisbon for its famed pastels de nata, exceptional seafood dishes, and, of course, to bag some trendy tinned fish as a souvenir. Beyond these classic options, the city’s high-end dining scene is becoming increasingly impressive, with 17 Michelin-starred restaurants as of 2024, two of which have earned a highly-coveted second star. This list covers a wide range of cuisines: some restaurants play with classic French influences; some reinvent Portuguese classics; some take inspiration from Japan; and others combine the best of many cultures, with Brazilian stews appearing on the same menu as Goan curries. You’ll find Alma, Belcanto, Epur and Encanto in the elegant Chiado neighbourhood, but if you fancy a jaunt outside the city, the imposing Fortaleza do Guincho is perched right on the edge of the Atlantic.  RECOMMENDED: 🍴 The best restaurants in Lisbon🏠 The best Airbnbs in Lisbon🎭 The best things to do in Lisbon🍷 The best wine tours in Lisbon🏨 The best hotels in Lisbon This guide was written by the editorial team at Time Out Lisbon. At Time Out, all of our travel guides are written by local writers who know their cities inside out. For more about how we curate, see our editorial guidelines.

Os melhores sítios para beber chocolate quente em Lisboa

Os melhores sítios para beber chocolate quente em Lisboa

Dias frios ou chuvosos pedem bebidas quentes. E dentro das bebidas quentes, e a fumegar, há poucas tão gulosas e tão aconchegantes quanto o chocolate. Com ou sem chantilly, mais ou menos doces, muito ou pouco cremosas, mais ou menos intensas, opções não faltam para aquecer o corpo e a alma nos próximos meses. Nesta lista, damos-lhe algumas sugestões de sítios para beber chocolate quente em Lisboa. São perfeitos para fazer uma pausa na azáfama da cidade, mesmo que possam ser uma gulodice (mas uma gulodice de vez em quando pode bem curar a alma). Recomendado: As melhores chocolatarias em Lisboa

Seis jantares terrivelmente assustadores para celebrar o Halloween em Lisboa

Seis jantares terrivelmente assustadores para celebrar o Halloween em Lisboa

Não é uma tradição por cá, mas há muito tempo que o Halloween se tem vindo a tornar uma data festiva também no nosso calendário. Os miúdos saem à rua, há festas até de manhã que pedem bons disfarces e nos restaurantes e hotéis multiplicam-se os jantares especiais feitos à medida do acontecimento, tanto na decoração como nos pratos que servem. É o caso destes jantares que aqui lhe sugerimos. Alguns acontecem só mesmo no Halloween, outros prolongam-se mais uns dias – certo é que prometem surpreender com as suas escolhas assustadoras. Recomendado: Estes doces de Halloween são um susto

Estes doces de Halloween são um susto e tornam qualquer mesa assustadora

Estes doces de Halloween são um susto e tornam qualquer mesa assustadora

Doce ou travessura? Não há respostas erradas, mas só uma é aceitável, garantimos. Brincadeiras e partidas à parte, o Halloween é só a desculpa para se fazer a estes doces. É verdade que não precisamos de datas especiais para comer um bom docinho e estas marcas são a prova disso já que nunca nos abandonam ao longo do ano. Ainda assim, estes bolos, dónutes e bolachinhas merecem a nossa atenção, nem que seja porque são edições limitadas, só à venda nestes dias. São perfeitos para deliciar os miúdos e causar sensação. Se está à procura de ideias para doces de Halloween, veio parar ao sítio certo. Recomendado: As lojas de doces em Lisboa onde é fácil perder a cabeça  

Os melhores sítios para comer ramen em Lisboa

Os melhores sítios para comer ramen em Lisboa

Cura para constipações e ressacas, aconchego em dias frios, comida de conforto. O ramen ganhou espaço na cena gastronómica lisboeta e há cada vez mais sítios na cidade que o fazem bem – tenha atenção às armadilhas e não se deixe iludir pela decoração animada. O ramen ancestral é um trabalho de muita dedicação e horas. É feito com um caldo consistente, com carne de porco, vaca ou peixe, ao qual se juntam vegetais, ovos, legumes e claro, os noodles (se forem caseiros, ainda melhor). Conheça os melhores sítios para comer ramen em Lisboa.  Recomendado: Os melhores restaurantes japoneses em Lisboa

Cafés em Lisboa para se abrigar do frio

Cafés em Lisboa para se abrigar do frio

Chega o frio e com ele chega a vontade de bebidas quentes em cafés aconchegantes. Trocam-se tantas as vezes as esplanadas (apesar de existirem algumas quentinhas também) por mesas junto a janelas, de vonde se vê a chuva a cair. O cheiro a torradas ou a pão acabado de fazer são conforto imediato. Seja para pôr a conversa em dia, ler um livro, trabalhar ou simplesmente aquecer, estes cafés em Lisboa são perfeitos para se abrigar do frio. Do mais saudável aos melhores dónutes da cidade, até à mercearia e à livraria transformadas em cafés, nestes sítios o tempo passa mais devagar. Recomendado: As melhores atracções para ir com crianças nos dias frios

Os melhores restaurantes em Alvalade

Os melhores restaurantes em Alvalade

Há poucos bairros com a diversidade gastronómica de Alvalade. São muitos os restaurantes do mundo, da Itália ao Japão, mas o grande destaque, talvez, vá para a cozinha tradicional portuguesa – de tal forma que a grande novidade na zona é uma nova tasca antiga (a Vida de Tasca, de Leonor Godinho). Bons bitoques? Há. Cozido à Portuguesa? Só é preciso acertar no dia, mas também há. Peixe grelhado? Mais fresco é difícil. Cabidela? Até parece que estamos no Minho. Bem-vindos aos melhores restaurantes em Alvalade – só não se esqueça de reservar. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As lojas de doces em Lisboa onde é fácil perder a cabeça

As lojas de doces em Lisboa onde é fácil perder a cabeça

Somos fãs de gomas, dos ursinhos aos tijolos bem ácidos, mas também de rebuçados e caramelos – e não resistimos a um bom chocolate, seja uma tablete ou um bombom. Talvez por isso, não acreditemos naqueles que dizem que não gostam muito de doces. Nestas lojas de doces em Lisboa, felizmente, encontramos de tudo, até sortidos para aqueles que não se conseguem decidir. Nas datas festivas, como a Páscoa ou o Halloween, lá aparecem guloseimas à medida da ocasião. Para festas de aniversário ou outras que tais, também é aqui que encontra boas opções. Dependendo da escolha, até encontra doces menos doces, se é que isso faz algum sentido. Recomendado: As melhores chocolatarias em Lisboa

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje.  Recomendado: Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

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Chefs On Fire

Chefs On Fire

O festival gastronómico dedicado à cozinha de fogo regressa à Fiartil, no Estoril, novamente para três dias de boa comida e concertos. Depois de Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, ter decidido apostar num dia extra no ano passado, o Chefs on Fire volta acontecer em dose tripla, de 20 a 22 de Setembro. Entre os chefs anunciados, destacam-se no cartaz aqueles que este ano brilharam na gala do Guia Michelin: Vítor Matos, que conquistou duas estrelas Michelin para o Antiqvvm e uma para o 2Monkeys; João Sá (uma estrela no Sála) e Rodrigo Castelo (uma estrela e estrela verde no Ó Balcão). Com uma estrela Michelin, estão também confirmados Luís Brito (A Ver Tavira), Arnaldo Azevedo (Vila Foz) e Pedro Pena Bastos (Cura) – os três em estreia no festival onde todos os pratos preparados têm de passar pelo fogo. Capitão Fausto, Bárbara Tinoco e RIOT B2B Pedro da Linha são os cabeças de cartaz, encerrando, respectivamente, os três dias de evento. Bilhetes: quanto custam e onde comprar A entrada diária, que inclui cinco doses de comida e duas bebidas, tem o preço de 90€, enquanto bilhete para os três dias, com 15 doses de comida e 10 bebidas, custa 230€. O bilhete infantil custa 20€ por dia e inclui quatro doses de comida e bebidas ilimitadas na zona kids. Os bilhetes estão à venda online. Crianças até aos seis anos não pagam entrada. Quem cozinha o quê e quando Sexta-feira, dia 20 Mauricio Vale (Soi) Flatbread negro com leitão vietnamita e pickles de mexilhão fumado Luis Gaspar (Bri

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No Taza, partilham-se os sabores do Médio Oriente em sanduíches

No Taza, partilham-se os sabores do Médio Oriente em sanduíches

Frescura é o lema deste novo restaurante no Cais do Sodré, a funcionar desde Setembro. Já por isso se chama Taza, que em árabe se traduz para fresco. Para além do pão Kaaké, a estrela do menu, todos os ingredientes usados são frescos e “de qualidade muito alta”, garante Anthony Abi Haidar, o chef e proprietário. DR Anthony, que outrora trabalhou em restaurantes de fine dining, mudou-se para Lisboa depois de umas férias. Tinha-se apaixonado pela capital portuguesa e queria também fugir à guerra no Líbano. Já instalado, percebeu que as sanduíches “estavam em falta” e decidiu por isso abrir um espaço dedicado às suas origens, com ajuda do primo Aziz Maakaroun e da mulher deste, Joelle Kiami. “Eu achei muito similar ao nosso país. O clima é parecido, as pessoas são parecidas, e os ingredientes são mediterrâneos como os nossos”, conta Anthony.  Quando passamos pelo balcão somos confrontados com um grande forno, onde é colocado o pão Kaaké, uma mistura entre o pão pita e o bagel, coberto com sementes de sésamo e farelo de trigo, infundido com uma especiaria feita de sementes de cereja, que lhe confere um aroma de baunilha. Feito em frente aos clientes, sai do forno estaladiço. "Queremos que as pessoas se envolvam com os seus cinco sentidos. É uma experiência completa”, acrescenta o responsável.  Do Mercado da Ribeira chega grande parte dos ingredientes, do Médio Oriente chegam, essencialmente, as especiarias. Não se fazem fritos e procura apostar-se em produtos biológicos. É o ca

Novo chef do Ritz não aguentou mais de quatro meses no cargo

Novo chef do Ritz não aguentou mais de quatro meses no cargo

A substituição de Pascal Meynard, o chef francês que no final de 2023 anunciou a saída do hotel Ritz Four Seasons de Lisboa, onde estava há 15 anos, continua difícil de resolver. O italiano Daniele Polito assumiu a chefia executiva em Junho, mas acabou por abandonar o cargo ao fim de quatro meses. O departamento de comunicação do hotel de cinco estrelas justificou a saída com “motivos pessoais” do chef, mas a Time Out sabe que a integração de Polito não foi pacífica. Há um novo processo de contratação em curso. Antes de chegar a Lisboa, Daniel Polito era sous chef executivo no Four Seasons em Londres, na Ten Trinity Square. Natural de Pescara, foi em Itália que Polito se iniciou na cozinha, ainda miúdo – tinha 14 anos –, para depois se formar na ALMA, a Escola Internacional de Cozinha Italiana. Desde então, trabalhou em várias cidades do mundo, com uma carreira feita em restaurantes de hotéis, grande parte da cadeia Four Seasons. Em Lisboa, o italiano assumia pela primeira vez a chefia. Estavam nas suas mãos o Varanda, bem como toda a gestão que a chefia executiva do hotel implica, dos pequenos-almoços aos grandes eventos. Enquanto não é encontrado um novo substituto – o processo de contratação está em curso, sem que exista uma data prevista para uma nova entrada –, têm assumido o comando da cozinha o seniour sous chef André Mendes, há dois anos no Ritz, vindo do estrelado Eleven, e o sous chef Bruno Nunes, que ali trabalha há sete anos.  Em Maio, a Time Out já noticiava como

The Best Chef Awards: Portugal tem 13 chefs no topo da gastronomia mundial

The Best Chef Awards: Portugal tem 13 chefs no topo da gastronomia mundial

No ano em que os prémios internacionais mudaram o sistema de votação para eliminar o ranking que apontava os 100 melhores chefs do mundo, Portugal saiu a ganhar, reflexo também do momento que a gastronomia nacional atravessa. José Avillez (duas estrelas no Belcanto, uma no Encanto e outra na Tasca, no Dubai) e Hans Neuner (duas estrelas no Ocean) conquistaram a distinção máxima de três facas. Houve ainda mais 11 chefs distinguidos, de Marlene Vieira (Zunzum e Marlene,) a Vítor Matos (duas estrelas no Antiqvvm e uma no 2 Monkeys). Rasmus Munk, do Alquemist, duas estrelas em Copenhaga, é o melhor chef do mundo.  Se desde que foram criados em 2015 pela neurocientista polaca Joanna Slusarczyk e pelo gastrónomo italiano Cristian Gadu que os The Best Chef Awards apontavam os 100 melhores chefs do mundo, este ano a organização decidiu mudar a forma de votação e de apresentação dos premiados com o intuito de oferecer uma visão mais abrangente e inclusiva da excelência culinária. O ranking deixou de existir para passarem a ser atribuídas uma, duas e três facas, consoante o nível de excelência do chef, mantendo-se, ainda assim, o pódio para os três nomes mais votados. O dinamarquês Rasmus Munk, elogiado por ter transformado o momento do jantar com as suas experiências imersivas e os pratos que pretendem levar o cliente à reflexão, ficou à frente do espanhol Albert Adrià (Enigma, Barcelona), em segundo. O pódio encerrou com o também dinamarquês Eric Vildgaard (Jordnær, Gentofte).  DRRa

Depois da vitória inédita em 2023, Portugal ficou de fora da competição do melhor jovem chef do mundo

Depois da vitória inédita em 2023, Portugal ficou de fora da competição do melhor jovem chef do mundo

Se no ano passado, Nelson Freitas, então no estrelado Fifty Seconds, deu que falar quando se tornou no primeiro português a vencer o concurso mundial San Pellegrino Young Chef Academy, nesta nova edição não haverá representante nacional na final, depois de Francisco Avalada, junior sous chef do A Ver Tavira, ter sido afastado da prova ibérica que o podia eleger. O espanhol José María Borrás, à frente do Agroturismo Santa Mariana, em Menorca, foi o grande vencedor da final regional que aconteceu esta terça-feira na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. O título de melhor jovem chef do mundo é disputado em 2025 em Milão. Em dez concorrentes, apenas um era português numa final que tinha por missão apontar o chef que vai representar a Península Ibérica no concurso mundial San Pellegrino Young Chef Academy. Nem a vitória inédita de Nelson Freitas, nem a visibilidade conquistada ou o percurso feito pelo português, hoje no peruano Central (restaurante de Virgilio Martinez e Pía León que em 2023 foi nomeado o melhor do mundo nos 50 Best Restaurants), pareceram convencer outros jovens chefs a seguirem-lhe as pisadas. DRFrancisco Avalada e Luís Brito Francisco Avalada, do estrelado A Ver Tavira, foi a única candidatura portuguesa. Ao lado de Luís Brito, chef do restaurante algarvio e seu mentor, Avalada apresentou um “Polvo de Santa Luzia”. Acabaria por ser o prato “Lagosta e Leitão Balear”, numa combinação entre mar e montanha que presta homenagem à cozinha das Ilhas Baleares, a

Maior, com esplanada, vista para o rio e novidades na carta. É assim o novo Ground Burger

Maior, com esplanada, vista para o rio e novidades na carta. É assim o novo Ground Burger

O espaço é amplo e luminoso, o rio Tejo ao fundo reluz. À entrada, um balcão, onde se destacam as várias torneiras de cerveja – 20 no total. Na sala, dezenas de mesas e uma cozinha aberta numa espécie de aquário. A esplanada, quase em cima do rio, em pleno Cais da Pedra, ali ao lado do Lux. À primeira vista, o novo Ground Burger nem é assim tão diferente da casa-mãe, junto à Gulbenkian. Miguel Lopes, um dos responsáveis da marca, destaca “o ambiente transparente e luminoso” comum aos dois espaços. Porém, há novidades que só em Santa Apolónia se vão poder provar, muito graças às condições que esta morada oferece.  RITA GAZZO “Esta localização era algo que queríamos há algum tempo. O próprio espaço em termos de design e conceito, assim mais industrial, tem tudo a ver com o Ground Burger”, começa por dizer Miguel à Time Out, já depois de um almoço de apresentação do restaurante à imprensa, onde antecipava para a mesma zona a abertura no próximo ano de mais dois espaços americanizados, como é apanágio do grupo. O primeiro há de ser um restaurante dedicado a cachorros quentes (e que se tudo correr como planeado funcionará 24 horas, mesmo a pensar naquelas noites no Lux que acabam de manhã) e o outro uma mercearia.  RITA GAZZO Mas cada coisa a seu tempo. “Agora, estamos focados no Ground Burger de Santa Apolónia”, justifica, explicando que este surge precisamente da “necessidade de expandir um bocadinho mais o conceito americano”. Os hambúrgueres que dão fama à casa continuam a

No Aqui Há Peixe, a tradição mantém-se, mas o esforço para ficar no Chiado é cada vez maior

No Aqui Há Peixe, a tradição mantém-se, mas o esforço para ficar no Chiado é cada vez maior

Não há ameaças de expulsão ou outro tipo de pressões a que já nos habituámos, infelizmente, a acompanhar, apesar de a renda ter também subido. O que há é um novo bairro, uma nova dinâmica. Entre tantas novidades, Miguel Reino quer lembrar-nos que há clássicos que se mantêm, em tempos cada vez mais difíceis, como acontece com o seu Aqui Há Peixe, há 15 anos no coração do Chiado.  Francisco Romão Pereira “O Chiado mudou muito. Aquele bairro emblemático que tinha lojas boas, restaurantes bons agora virou um centro comercial, como outro qualquer, mas ao ar livre”, diz-nos Miguel, depois de um almoço mais tranquilo do que desejava. Não é sempre assim, ainda são muitos os clientes habituais, talvez sejam menos os passantes. “Estamos em Lisboa desde 2009, quando foi aquela grande crise. Mas fomos fazendo a casa devagarinho, degrau a degrau. Tínhamos muitos portugueses, porque o Chiado ainda tinha muitas empresas e residentes. As pessoas vinham passear para o Chiado, mas foi mudando”, conta o proprietário e chef, irmão de Gigi, hoje na Quinta do Lago.  É, aliás, com Gigi que a história do Aqui Há Peixe começa, ainda na Comporta, na Praia do Pêgo. “É uma casa desde 1996, já são 27 anos. É uma grande história”, afirma Miguel, que já antes teve outros negócios na restauração. “Temos clientela desde os primeiros projectos, até mesmo desde o Brasil, onde começámos o negócio”, contextualiza.   Francisco Romão PereiraPicanha de tamboril No Chiado, entre o Largo do Carmo e o Largo Rafae

Nuno Mendes está de volta a Lisboa e não podia estar mais livre

Nuno Mendes está de volta a Lisboa e não podia estar mais livre

O entusiasmo é visível e não há cansaço que apague isso. O restaurante não estava oficialmente aberto ao público e Nuno Mendes, enquanto recebia amigos e jornalistas, disparava ideias ao mesmo tempo que se desculpava pelo que ainda havia para afinar. Não é para menos. Desde que saiu do Bairro Alto Hotel, em 2022, que o chef mantinha o desejo de ter um restaurante em Lisboa. O seu nome chegou a ser falado para outros projectos, mas foi o novo Santa Joana, no recém-inaugurado hotel Locke de Santa Joana, junto ao Marquês de Pombal, que o conquistou. Pela ligação ao grupo londrino White Rabbit, pelo potencial do espaço e pela liberdade. Com Maurício Varela, que vinha a dar nas vistas no Dahlia, no Cais do Sodré, como head chef, Nuno Mendes quer fazer deste restaurante um sítio “boémio, divertido e sofisticado, que não seja fine dining, mas fun dining”. Francisco NogueiraNo balcão, são preparadas e servidas as entradas frias O espaço é imponente, qual convento, com um projecto de interiores da responsabilidade do estúdio do catalão Lázaro Rosa-Violán, que também já tinha dado que falar com os interiores do JNcQUOI Avenida ou do Rocco. É sóbrio e elegante, de tal forma que fica difícil imaginar que aqui chegou a funcionar um posto da PSP e que onde agora estão as mesas chegaram a estar carros estacionados. À entrada, destaca-se um balcão alto no qual são servidos apenas pratos frios. Na mesma sala, há várias mesas. Acima, um bar; abaixo mais mesas, num ambiente mais íntimo – e há

A representar o Alentejo, o chef Filipe Ramalho conquistou o concurso de cozinha Troféu Portugal

A representar o Alentejo, o chef Filipe Ramalho conquistou o concurso de cozinha Troféu Portugal

Oito chefs, cada um a representar uma região do país, disputaram ao longo de quatro dias o Troféu de Portugal, na sua quarta edição. Filipe Ramalho, chef do Patéo Real, em Alter do Chão, foi o vencedor do concurso que desafia cozinheiros a apresentar um prato que seja um reflexo do lugar de onde vêm. No caso de Ramalho, o cozido de grão à alentejana conquistou o júri, depois de três eliminatórias. “Estou muito feliz por poder representar a minha região numa competição desta envergadura. E poder levar o troféu para casa é o melhor de tudo”, reagiu em comunicado Filipe Ramalho, destacando como o prato “foi sendo afinado, a cada fase, conforme o feedback do júri”. “O meu objectivo foi sempre potenciar sabores, texturas e aplicar alguma técnica”, acrescentou ainda o chef que começou a competição na segunda-feira contra Rita Magro, à frente da cozinha do Blind, no Porto, e que ainda este ano foi distinguida na Gala do Guia Michelin como jovem chef do ano.  JOAO NUNO PEPINOO cozido de grão à alentejana Seguiu-se nas meias-finais, Gonçalo Reguinga, do Tasko D'Adega, em Santarém, a representar o Ribajeto, e que antes tinha vencido Annakaren Fuentes, do restaurante O Pastus, em Oeiras – a chef representava precisamente a região da Grande Lisboa. Competiram ainda nos quartos de final, Cláudio Pontes (Açores), Patrícia Gerardo (Centro), Jossara Martins (Algarve) e Carlos Gonçalves (Madeira).  Foi com Carlos Gonçalves, que preparou um pargo com gamba da Madeira, pil pil e chícharo, que

No Colombo, mas na rua e com esplanada. Já abriu a primeira Pret a Manger em Portugal

No Colombo, mas na rua e com esplanada. Já abriu a primeira Pret a Manger em Portugal

O nome é francês, a cadeia é britânica e abriu pela primeira vez em Portugal nesta quinta-feira. A Pret a Manger fica no Centro Comercial Colombo, embora ainda do lado de fora, no piso térreo, com uma pequena esplanada. E é em tudo igual às muitas lojas da marca espalhadas pelo mundo.  Faltava pouco mais de uma hora para a inauguração, apenas para convidados, e à porta já eram alguns os curiosos que paravam e fotografavam a loja, hoje decorada com balões. É tempo de celebração: quase 40 anos depois da sua criação, a Pret a Manger estreou-se em Portugal pela mão do grupo português de restauração Ibersol, que explora marcas como Pizza Hut, Pans & Company, KFC ou Taco Bell.  Num curto discurso, Alberto Teixeira, administrador e co-presidente da Ibersol, apontou o lugar de destaque do grupo no panorama nacional, mas também internacional. “Ao longo de três décadas, tornámos-nos um dos mais importantes grupos da restauração moderna em Portugal e um dos maiores na Península Ibérica”, disse. “Ano após ano, mantivemos sempre uma forte dinâmica, sempre atentos a oportunidades e novos desafios”, acrescentou ainda, explicando que foi em 2022 que foi feito o acordo de expansão com a Pret a Manger. Em dez anos, o grupo deverá abrir 70 lojas em Portugal e Espanha.  JOAO_CAUTELA À Time Out, Alberto Teixeira explicou que a primeira loja ibérica era para ter aberto em Portugal, mas acabou por acontecer antes, no final do ano passado, em Barcelona, no aeroporto de El Prat, devido a questões c

Ela come pelo mundo e desta vez gravou em Lisboa: “Nunca tinha provado carne de porco à alentejana”

Ela come pelo mundo e desta vez gravou em Lisboa: “Nunca tinha provado carne de porco à alentejana”

Verónica Zumalacárregui é uma jornalista espanhola que se tornou conhecida nos últimos anos com o programa de televisão Comer Pelo Mundo (Me Voy a Comer el Mundo no original), a passar em Portugal no canal Casa e Cozinha. Quatro temporadas, dezenas de episódios e milhares de milhas depois, Verónica aterrou em Lisboa para, com a ajuda de locais, descobrir o que se come por cá. “Gravar em Lisboa foi especial porque mesmo sendo uma cidade que conheço e que visitei em muitos momentos da minha vida, foi diferente estar dentro das casas lisboetas, cozinhar e comer com eles.” O episódio passa esta terça-feira, às 22.05.  No Tendinha do Rossio ao balcão come um pastel de bacalhau e uma bifana. Não muito longe dali, bebe uma ginjinha. Sobe a Alfama para comer no restaurante Lisboa Tu & Eu, passa pelo Ofício de Hugo Candeias e pelo Brilhante de Luís Gaspar e acaba a beber um copo no Pensão Amor. Pelo meio, houve tempo ainda para uma ida a Setúbal e ao Mercado do Livramento. Ainda assim, se tivesse de resumir a sua vinda a Lisboa, Verónica Zumalacárregui falaria das pessoas e das suas casas. “O propósito de Comer Pelo Mundo é que seja autêntico. O que há de mais autêntico do que uma pessoa local a mostrar-me o que tem no seu frigorífico e explicar-me o que come em casa?”  DR É assim que os episódios normalmente acontecem. Em cada destino, Verónica é recebida por pessoas daquele país, cujo único requisito é que falem espanhol. Com eles, passeia e descobre restaurantes, acabando quase s

Benfica é a primeira paragem do Ramen Station

Benfica é a primeira paragem do Ramen Station

Não era para ter sido assim, mas o espaço fez a ocasião. “A base de tudo isto é um laboratório de ramen. By the way, temos aqui uma ramen station acoplada”, resume António Carvalhão, que com João Azevedo Ferreira, acabou a escolher precisamente esse nome para a nova marca, irmã do Ajitama. Ao contrário dos restaurantes da Avenida Duque de Loulé e na Rua do Alecrim, no Ramen Station o serviço é rápido e menos personalizado e o menu é curto, tal como acontece numa estação de comboios japoneses. Neste caso, é em Benfica que tudo acontece – e tudo é muita coisa, mesmo que possa não parecer.  “Nós queremos chegar a mais pessoas, a mais momentos de consumo, a mais locais da cidade e a outras cidades, e com a marca Ajitama só é mais difícil de fazer isso do que se tivermos duas marcas diferentes, cada uma com uma proposta diferente”, explica António, revelando que Benfica surgiu, na verdade, da necessidade de aprimorar o Ajitama, nascido em 2017 num supper club que rapidamente se tornou num fenómeno e que ganhou forma de restaurante dois anos mais tarde. “Este laboratório de ramen não foi feito a pensar no Ramen Station porque há quatro anos ele não existia, foi feito a pensar no Ajitama, também para alicerçar o crescimento”, conta. “Nós já estamos aqui há três anos, mas só agora conseguimos concluir este laboratório por ser um projecto muito ambicioso”, acrescenta, apontando a necessidade de a dupla ter um sítio onde possa “dar continuidade à criação e ao processo de inovação” sem

Em Alvalade, o Spike combina cachorros e milkshakes à medida do cliente

Em Alvalade, o Spike combina cachorros e milkshakes à medida do cliente

Milkshakes e cachorros pode não parecer um negócio óbvio para Lisboa, mas numa cidade em constante transformação, Mauro Tanaka viu uma oportunidade. Com os sócios William e Olívia Cardoso abriu em Alvalade o Spike. A funcionar desde Abril, o menu é simples, mas tão variado quanto as muitas combinações possíveis de hot dogs. Para acompanhar, há milkshakes de diferentes sabores.  “O cachorro está presente na vida do português, mas não está tão presente na restauração”, acredita William Cardoso que, após a sua chegada a Portugal em 2020, sentiu que era necessária uma maior oferta de cachorros na zona. Mauro, que chegou em 2018, acrescenta ainda que, comparado com os hambúrgueres, o cachorro está “pouco representado”.  Francisco Romão Pereira / Time Out Mauro, para além de músico e psicólogo, foi proprietário de um restaurante no Brasil de hambúrgueres e sanduíches onde William era cliente. Ao frequentarem também a mesma igreja, a conversa foi surgindo e a ideia de abrir um espaço em Portugal parecia cada vez mais aliciante. “Acho que vai dar certo. Lisboa precisa de um hot dog diferente”, remata Mauro.  Foi William, porém, com lojas de açaí no país, inclusive uma em Alvalade (perto do Spike), que foi conhecendo o público português, já que Mauro, aquando da sua chegada, havia deixado os negócios com os sócios e abandonado a “vida estressante” da restauração. Mas a verdade é que depois sentiu falta. E William confessa: “Achei que nunca ia conseguir trabalhar com restauração”. As