Desde que se juntou à equipa da Time Out Lisboa, em 2009, Luís Filipe Rodrigues editou as páginas de Noite, Música e Filmes, e assinou artigos em todas as restantes. Estudou cinema, fez rádio, leva o dia a ouvir música e ainda passa um discos de vez em quando.

Luís Filipe Rodrigues

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ANO Q e mais concertos a não perder em Lisboa esta semana

ANO Q e mais concertos a não perder em Lisboa esta semana

Todas as semanas, quase todos os dias, há música para ouvir nos bares e salas de espectáculos da cidade, da pop-rock mais orelhuda ao jazz mais livre, de pequenas bandas locais a grandes nomes internacionais, passando por tudo o que se encontra no meio. E porque alguns concertos valem mais a pena do que o resto, ou porque uns são potenciais surpresas enquanto outros são valores mais ou menos seguros, toda a informação ajuda. Siga as nossas dicas e sugestões. Não se vai arrepender. Recomendado: Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa

Os melhores concertos que vimos nos festivais deste Verão

Os melhores concertos que vimos nos festivais deste Verão

O Verão está a chegar ao fim. Está bem que os festivais não acabam com ele (há cerca de duas dezenas no Outono), mas o ritmo vai abrandar e o mediatismo e quantidade de nomes confirmados começa finalmente a diminuir. E, já com o Luna Fest, o Festival F e a Festa do Avante! no retrovisor, a equipa da Time Out Portugal decidiu fazer o balanço dos melhores concertos que viu ao longo destes três meses. Entre centenas de bandas e artistas ouvidos, de norte a sul do país, em pequenos e grandes festivais, estes destacaram-se. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa no que resta de 2024

MIL e outros concertos em Lisboa em Setembro

MIL e outros concertos em Lisboa em Setembro

Setembro é um mês muito peculiar. Por um lado, queimam-se os últimos cartuchos do Verão. Por outro, é a altura da rentrée, dos regressos às rotinas e aos palcos. O que se traduz numa agenda musical recheada de concertos. O mês começa com o primeiro de dois concertos de Ney Matogrosso em Lisboa e o regresso da Festa do Avante! e continua forte, com concertos de The Tallest Man on Earth, Ben Frost ou Rodrigo Amarante. Mais perto do fim do mês há ainda festivais como o Ano Q, o MIL, o Caixa Alfama. Estes são os concertos a não perder em Lisboa em Setembro. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana

Programa das festas para Setembro em Lisboa

Programa das festas para Setembro em Lisboa

O que não falta em Lisboa são sítios para dançar até o sol nascer. Antes disso, pode sempre aquecer os ânimos num bonito bar lisboeta, explorar tudo o que é novidade ou quem sabe fazer um aquecimento caseiro com os vinis recentemente adquiridos. O programa das festas para este mês de Setembro vai da noite ao dia e vice-versa, com festas que apelam aos amantes das electrónicas, mas não só. O importante é sair, aproveitar a noite na cidade. E beber muita água, se não quiser acordar de rastos no dia a seguir. Recomendado: MIL e outros concertos em Lisboa em Setembro

LCD Soundsystem e mais concertos a não perder no MEO Kalorama

LCD Soundsystem e mais concertos a não perder no MEO Kalorama

O último grande festival de Verão europeu realiza-se em Lisboa pelo terceiro ano consecutivo, entre quinta-feira, 29 de Agosto, e sábado, 31. Dezenas de artistas vão passar pelo Parque da Bela Vista no final do mês, e não vai dar para ver tudo. E a Time Out está aqui para o ajudar a decidir o que vale mesmo a pena ver ao vivo. Dos cabeças de cartaz Massive Attack, LCD Soundsystem e Burna Boy aos artistas portugueses que merecem mais o nosso tempo e atenção do que a maior parte dos estrangeiros (mesmo que os cachês não o reflictam), passando por cartas fora do baralho como DJ Python, estas são as actuações a não perder no MEO Kalorama. Recomendado: Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa

Dez concertos a não perder no Vodafone Paredes de Coura

Dez concertos a não perder no Vodafone Paredes de Coura

O icónico festival minhoto é um dos mais belos do país. E, passadas três décadas, mantém-se fiel às suas origens, apostando sobretudo – mas não só – na música de guitarras e de corte alternativo. Entre 14 e 17 de Agosto, velhos figurões indie como Sleater-Kinney (15), Cat Power (16) Slowdive, Superchunk e The Jesus and Mary Chain (todos a 17) vão cruzar-se, em Paredes de Coura, com novos e genuínos talentos, como Bar Italia, Hotline TNT ou Wednesday, entre outros. Mas há também um par de colossos do hip-hop chamados Killer Mike e André 3000 (que vai tocar o álbum New Blue Sun, no primeiro dia desta edição) no cartaz. E uns quantos DJs e produtores de electrónica, para prolongar a festa pela noite dentro. Eis os concertos a não perder. Recomendado: Dez coisas para fazer em Paredes de Coura para lá do festival 

‘Star Wars Outlaws’ e outros videojogos que vão marcar este Verão

‘Star Wars Outlaws’ e outros videojogos que vão marcar este Verão

O Verão trouxe consigo um dos videojogos mais aguardados do ano. Ou melhor, a expansão mais aguardada do ano: Elden Ring – Shadow of the Erdtree, disponível desde 21 de Junho. Desde então, mais nenhum lançamento fez correr tanta tinta. Tivemos umas quantas boas surpresas em Julho – como The Legend of Heroes: Trails Through Daybreak ou Dungeons of Hinterberg – mas nada com o mesmo mediatismo que o título da FromSofware. Só vamos voltar a ver algo parecido no final do mês, quando a Ubisoft editar ‘Star Wars Outlaws’, a sua grande aposta para 2024; a que se vai seguir, nem duas semanas depois, Astro Bot, o próximo exclusivo da PlayStation 5, desenvolvido pelo Team Asobi. São os jogos de vídeo que vão marcar este Verão. Recomendado: Os videojogos estão a tentar ser mais inclusivos. O Access prova-o

MEO Kalorama e outros concertos em Lisboa em Agosto

MEO Kalorama e outros concertos em Lisboa em Agosto

Entra Agosto e a oferta cultural em Lisboa definha, com a população autóctone refugiada no Algarve e noutras paragens. A música ao vivo também não abunda, apesar de haver uns quantos espectáculos que valem a pena, de talentos locais mas não só; em festivais citadinos e fora deles. Do mediático rapper Travis Scott aos grandes nomes internacionais convocados para o Jazz em Agosto e outras propostas pontuais, como as actuações dos norte-americanos Snõõper e Sheer Mag na Zé dos Bois, estes são os concertos a não perder em Lisboa em Agosto. Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana

Cervejas há muitas: os principais estilos e tipos de cerveja artesanal

Cervejas há muitas: os principais estilos e tipos de cerveja artesanal

Cervejas há muitas. Há milhares de marcas e receitas espalhadas pelo mundo, e só os estilos e tipos de cerveja são mais de 100, uns com pequenas e outros com enormes diferenças entre si. Seria ingrato, e em última análise inconsequente, estar aqui a enumerá-los todos, mas é preciso separar o trigo do joio. Ou da cevada.  Basicamente, há duas grandes famílias de cerveja: as ales, de alta fermentação, que usam determinadas leveduras (como Saccharomyces cerevisiae), e as lagers, de baixa fermentação, que usam outras leveduras (normalmente Saccharomyces pastorianus) – no entanto, há ales que usam leveduras de lagers e vice-versa. E ainda há cervejas de fermentação espontânea, como as lambics, que não se inserem em nenhuma das duas categorias. Confuso? Continue a ler que já passa. Recomendado: As melhores esplanadas em Lisboa

Os melhores sítios para beber cerveja artesanal em Lisboa

Os melhores sítios para beber cerveja artesanal em Lisboa

A cerveja artesanal demorou a impor-se em Lisboa, mas hoje já não vivemos sem ela. E cada vez menos gente encara o consumo como uma moda, mas antes como uma evolução natural da nossa relação com a cerveja. Não é por acaso que cada vez mais negócios têm pelo menos uma marca e duas ou três variedades de cerveja artesanal por onde escolher. E depois há os sítios especializados, onde as pessoas vão quando querem mesmo provar um bom néctar de cevada. Desde restaurantes a brewpubs, bares ou lojas, estes são os melhores sítios para beber cerveja artesanal. Recomendado: Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Karol G e outros concertos em Lisboa em Julho

Karol G e outros concertos em Lisboa em Julho

Há muitos festivais a lutarem pela nossa atenção durante o mês de Julho – na cidade, mas não só. Os maiores trazem veteranos de peso e artistas emergentes a Lisboa e arredores, dos Pearl Jam ao rapper 21 Savage, passando pelos Air e Patti Smith. Mas também há grandes espectáculos em nome próprio, incluindo um par de datas de Karol G, uma das mais populares cantoras do reggaetón e da música urbana latina de agora, na MEO Arena. Para quem não gosta de confusões, há concertos mais pequenos, como a reunião de Cansei de Ser Sexy no Lisboa Ao Vivo. É só escolher.  Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana

Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa

Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa

Há sempre música entre nós, como diz a canção. O que, neste caso, quer dizer que há sempre concertos em Lisboa que vale a pena ver e ouvir. É verdade que o melhor provavelmente já passou – como a estreia nacional de Taylor Swift ou o debute da reggaetonera Karol G –, mas o calendário continua carregado de grandes espectáculos na segunda metade do ano. E ainda não sabemos tudo o que nos espera. Das datas consecutivas de Travis Scott na MEO Arena às múltiplas visitas de Rodrigo Amarante ao B.Leza, eis alguns dos concertos a não perder em 2024 em Lisboa. Recomendado: Os melhores festivais deste Verão

Listings and reviews (19)

MEO Kalorama

MEO Kalorama

O último grande festival do Verão europeu tem argumentos de peso para nos levar ao Parque da Bela Vista pelo terceiro ano consecutivo. A começar pelos reunidos LCD Soundsystem e a adição de The Postal Service + Death Cab For Cutie, dois projectos de Ben Gibbard, que estão a comemorar os 20 anos de um par de clássicos indie. Não chega? Massive Attack, Sam Smith, Filipe Sambado, Glockenwise, The Kills, Jungle, Ana Moura, Yves Tumor, Soulwax e mais 40 bandas e artistas também vão passar pelo antigo recinto do Rock in Rio Lisboa entre quinta-feira, 29, e sábado, 31. Os horários dos concertos 29 de Agosto Palco MEO17.15 Mulleca XIII18.25 Ana Lua Caiano20.15 Massive Attack23.10 Sam Smith Palco San Miguel17.40 Monobloc19.10 Gossip22.00 Loyle Carner00.40 Peggy Gou Palco Lisboa18.00 Filipe Catto19.25 Vagabon22.00 Jalen Ngonda00.45 Filipe Sambado Palco Panorama17.00 Yizhaq19.00 Ketiov21.00 Kiddy Smile23.30 Cheriii 30 de Agosto Palco MEO17.00 Vilson18.35 Olivia Dean20.45 Jungle00.00 LCD Soundsystem Palco San Miguel17.45 Emmy Curl19.40 The Kills22.05 The Postal Service + Death Cab For Cutie01.35 Folamour (A/V) Palco Lisboa17.00 Unsafe Space Garden18.20 Glockenwise20.00 English Teacher23.00 Nation of Language00.30 Ezra Collective Palco Panorama17.00 Noia19.30 Merve22.00 CC:DISCO!00.30 Cormac 31 de Agosto Palco MEO17.00 Br!sa18.00 Cláudia Pascoal19.45 Ana Moura22.00 Raye00.30 Burna Boy Palco San Miguel17.15 Fabiana Palladino18.50 Luiza Lian20.55 dEUS23.30 Overmono01.50 Soulwax Palco Lisboa

CA Vilar de Mouros

CA Vilar de Mouros

Durante muito tempo, os Queens of the Stone Age foram os únicos artistas confirmados para este CA Vilar de Mouros. Contudo, a menos de um mês do concerto, foram forçados a cancelar a viagem, por motivos de saúde. Entretanto, já havia mais algumas confirmações, todavia a organização ficou sem o seu principal trunfo – e sem tempo para arranjar substitutos à altura. Ainda assim, o mais antigo festival de Verão português resiste. O primeiro dia, 21, originalmente reservado para a banda de Josh Homme, tem agora um cartaz exclusivamente português e entrada livre. Amália Hoje, Delfins, GNR, The Legendary Tigerman e Fogo Frio são os músicos arregimentados. Nos três dias seguintes, passarão pelo festival grupos como The Cult, Soulfly (22), Die Antwoord, Crystal Fighters (23), The Darkness e The Libertines (24), entre outros. O cartaz completo 21 de AgostoAmália HojeDelfinsGNRThe Legendary TigermanFogo Frio 22 de AgostoThe CultXutos & PontapésSoulflyMoonspellRamp 23 de AgostoDie AntwoordOrnatos VioletaCrystal FightersCapitão FaustoSulfur Giant 24 de AgostoThe DarknessThe LibertinesThe WaterboysDavid FonsecaVapors of Morphine Ainda há bilhetes? Quanto custam? Ainda há bilhetes para todos os dias. Os ingressos diários custam 50€, enquanto o passe geral, que dá acesso aos quatro dias do festival e ao campismo, custa 95€. A que horas abrem as portas do recinto? Se precisa mesmo de saber, às 16.00. Mas, se chegar no pico do calor, hidrate-se. Há objectos proibidos? Claro. Segundo a organiz

Bons Sons

Bons Sons

Depois de um ano de paragem, o Bons Sons prepara-se para voltar a encher a pequena aldeia de Cem Soldos de músicos e músicas portuguesas, entre 8 e 11 de Agosto – com a noite de quarta-feira, 7, reservada para a recepção aos campistas. Ana Lua Caiano, Club Makumba, Conferência Inferno, Gisela João, The Legendary Tigemran, Rafael Toral, Teresa Salgueiro, Unsafe Space Garden, Valete, Vaiapraia, MДQUIИД. ou a vencedora do Festival Termómetro 2023, Femme Falafel, são alguns dos nomes confirmados para esta edição. Destaca-se também o concerto musical Quis Saber Quem Sou, de Pedro Penim, com direcção musical de Filipe Sambado. Os horários dos espectáculos 7 de Agosto22.30 Hause Plants23.30 Hermanas Sisters 8 de Agosto14.30 Manuel Dordio15.30 Femme Falafel16.30 Diana Combo18.35 The Twist Connection19.40 Zarco20.45 Quis Saber Quem Sou23.00 Ganso00.00 Cláudia Pascoal01.15 Valete02.15 Sheri Vari 9 de Agosto14.30 Joana Guerra15.30 Malva16.30 Ambria Ardena18.20 Vaiapraia19.20 Estilhaços20.20 Solar Corona Elektrische Maschine21.30 Adiafa22.50 Gisela João00.10 Plasticine01.15 Club Makumba02.15 Mão na Anca 10 de Agosto14.30 Luísa Amaro15.30 Velhote do Carmo16.30 Fala Povo Fala19.00 emmy Curl20.00 Expresso Transatlântico21.10 Silk Nobre22.30 Edmundo Inácio23.50 Cara de Espelho01.10 Unsafe Space Garden02.10 Maria Callapez 11 de Agosto14.30 Rafael Toral15.35 Conferência Inferno16.30 A Azenha16.40 Coro da Cura18.45 Ana Lua Caiano19.50 Hélio Morais21.15 MДQUIИД.22.20 Teresa Salgueiro23.50 The Le

Sudoeste

Sudoeste

A MEO ainda se chamava TMN quando começou a patrocinar – e se tornou quase indissociável – do Festival Sudoeste, em 2005. Esta relação de 18 anos chegou ao fim em 2023 e não foi encontrado um novo patrocinador entretanto. Sem uma marca à ilharga pela primeira vez em mais de duas décadas, e com um orçamento reduzido, entre 7 e 10 de Agosto, a Música Coração vai levar à Zambujeira do Mar o elenco mais entusiasmante que reuniu nesta década. Vai do afrobeat de Tems (7) ao trap de Don Toliver (8) e Lil Yachty (10), passando pelo funk brasileiro de Anitta (9). As cerejas no topo do bolo são os portugueses Da Weasel, que tocaram na primeira edição, em 1997, e se reuniram há um par de anos. Encerram o palco principal, a 10 de Agosto. Os horários dos espectáculos 7 de Agosto Palco SW20.00 Bárbara Bandeira22.00 Matuê00.00 Tems02.15 Martin Garrix Palco JD18.30 Soraia Tavares21.00 Gama WNTD23.00 Teezo Touchdown Palco After01.15 Shaka Lion03.00 DJ Dadda04.30 DubVision 8 de Agosto Palco SW20.00 Van Zee22.00 Rich the Kid00.00 Don Toliver01.45 Charlotte de Witte Palco JD18.30 Pikika21.00 Pérola23.00 Chico da Tina Palco After01.15 Red Bull FrancaMente03.00 Holly04.30 Lusu 9 de Agosto Palco SW19.15 Oxlade21.00 Richie Campbell23.00 Anitta01.30 Kura Palco JD18.00 Yang20.15 Brazy22.00 Blaya Palco After01.00 Cíntia03.00 Blazy04.30 ZenGxrl 10 de Agosto Palco SW19.15 Mizzy Miles21.15 Lil Yachty23.15 Da Weasel02.15 Alok Palco JD18.15 Azart20.15 SleepyThePrince22.15 Kappa Jotta Palco After01.15 Pedro

Travis Scott

Travis Scott

Quem é Travis Scott? É uma das figuras mais mediáticas do hip-hop norte-americano. Nascido em Houston, no Texas, é rapper, cantor e produtor, mas não seria injusto pensar nele antes de mais como um curador. Desde a primeira mixtape, Owl Pharaoh (2013), que dezenas de outros artistas desfilam pelos seus discos. No último, Utopia, editado há um ano, são mais as faixas em que se escutam duas vozes além da sua – sete, ao todo – do que aquelas em que está sozinho – seis; tantas como aquelas em que há apenas um rapper ou cantor convidado. Não é raro encontrar tantos convidados num disco de hip-hop, mas poucos convocam nomes tão sonantes e díspares, de cantores indie ao cómico Dave Chapelle, passando pelos maiores figurões do trap, do r&b, até do reggaetón. Quem nunca ouviu a sua música conhece-o provavelmente pela relação com a ex-namorada Kylie Jenner, do clã Kardashian; ou pelo festival Astroworld, que organizou durante uns anos na sua cidade natal e acabou em tragédia, em Novembro de 2021, com uma dezena de mortos e milhares de feridos. É a primeira vez que vem a Portugal? Não. A estreia em Portugal aconteceu na MEO Arena, em 2018, durante o Super Bock Super Rock, pouco antes do lançamento de Astroworld. E voltou cá no ano passado, para um concerto no festival Rolling Loud, em Portimão. Pouco depois, lançou o álbum Utopia. Quando é que vamos voltar a vê-lo em Lisboa? Está quase. O rapper regressa à MEO Arena a 2 de Agosto, pelas 21.00. É o primeiro de três concertos consecutivos

Super Bock Super Rock

Super Bock Super Rock

O Super Bock Super Rock volta a instalar-se na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, entre quinta-feira, 18 de Julho, e sábado, 20, com quase tanto hip-hop como rock na ementa. Måneskin, 21 Savage e Stormzy são os cabeças de cartaz do primeiro, do segundo e do terceiro dia, respectivamente. Destaca-se ainda a celebração dos dez anos do álbum Pesar o Sol, que os Capitão Fausto vão tocar de fio a pavio a 18 de Julho. E a reunião dos históricos Mind Da Gap, no último dia. A distribuição dos concertos 18 de Julho Palco Super BockMåneskinNina KravizTom MorelloRoyal BloodAlice Merton Palco Pull&BearCapitão FaustoWill Butler + Sister SquaresMarc Rebillet Palco SomersbyVictoriaAnna PriorNew Max 19 de Julho Palco Super Bock21 SavageBlack CoffeeSlow JMahalia Palco Pull&BearAminéMabelKenny Mason Palco SomersbyChromeoYen SungGryffin 20 de Julho Palco Super BockStormzyMind Da GapFisherVulfpeck Palco Pull&BearD4vdAnna CalviHause Plants Palco SomersbyPartiboi69Diana OliveraKneecap A que horas abrem as portas do recinto? Se precisa mesmo de saber, às 16.00. Mas, se chegar no pico do calor, hidrate-se. O recinto fecha às 04.00. Quanto custam os bilhetes? Ainda há? Há pois. E para todos os dias. Os bilhetes diários custam 72€. Ou 154€, se quiser ver os concertos no chamado golden circle. O acesso ao campismo tem um custo de 14€ por noite. Há ainda passes de três dias, com acesso ao campismo, à venda por 164€ (ou 174€ nos dias do festival). Quem não quiser acampar, poupa 10€. Por outro lado, es

Karol G

Karol G

Quem é Karol G? Basicamente, a primeira mulher a chegar ao primeiro lugar do top norte-americano com um álbum cantado em espanhol. Mañana Será Bonito, o tal disco, saiu em Fevereiro do ano passado e, desde então, lançou mais uma mixtape, ganhou três Grammy Latinos, incluindo o de Álbum do Ano, e foi nomeada para um Grammy.  Como é que convenceu os gringos a ouvi-la cantar em espanhol?  O mérito não é todo dela. A verdade é que cada vez mais pessoas falam espanhol nos Estados Unidos. E, de acordo com os últimos censos, nalguns dos mais populosos estados do país, a maior parte da população já se identifica como latina. É natural, por isso, que cada vez mais artistas cantem em espanhol – e tenham público.  Mas atenção: Mañana Será Bonito é mesmo especial. Ao longo das suas 17 canções, ouvimos a cantora colombiana a reunir os pedaços de um coração partido, enquanto reformula o reggaetón, colando-o a outros ritmos caribenhos e da América Latina. Com alguns dos mais requisitados produtores de música urbana ao seu lado – incluindo Tainy, habitual co-conspirador de Bad Bunny e um dos responsáveis pela reinvenção e reapreciação do reggaetón desde o final da década passada. E acompanhada pelas vozes de Shakira, Bad Gyal, Sean Paul e muitos outros. Quando é que se estreia em Lisboa, mesmo? No domingo, 7 de Julho, vamos ouvir as suas canções em Portugal pela primeira vez. A actuação começa às 19.30, as portas devem abrir uma hora antes, e não está anunciado nenhum nome para a

POSTMODERNIST GAMES: Dead Club

POSTMODERNIST GAMES: Dead Club

Primeira sessão dos Postmodernist Games da editora Russian Library no Desterro. O programa gira em torno de Glitterbug, derradeira obra completada por Derek Jarman, compilando filmes em Super 8 datados de 1971 a 1986 e capturados em jeito de diário visual. A sua exibição será acompanhada por uma instalação de vídeo de Marisa Tristão e Sebastião Bizarro, DJ sets de João Castro com Isabela Abate, e de Astrea, performances de Bruno Humberto e de Pedro Henrique, e um concerto dos Dead Club. O duo de Violeta Luz e João Silveira acaba de editar o single "I Need It", com uma versão da "Space Oddity" de David Bowie no lado B, e tem um novo EP na calha para o Outono. A sua música é um lânguido exorcismo synth-punk, com tanto de assombrado como de sedutor.

Lisboa Games Week

Lisboa Games Week

Três anos depois da última edição física, o Lisboa Games Week volta a ocupar os pavilhões da FIL, no Parque das Nações, entre 17 e 20 de Novembro. Ao longo destes quatro dias, no maior evento de videojogos do país, vai ser possível experimentar e conhecer novos títulos e plataformas de jogos, desde consolas e simuladores de realidade virtual a computadores e telemóveis; mas também experimentar máquinas de arcada vintage e consolas retro.  Os e-sports voltam a ser um dos principais focos da programação, com várias competições a disputarem-se no recinto. Continua também a haver espaço para o cosplay e a cultura pop, com espectáculos de wrestling, bancas de artistas independentes, merchandising e sessões de autógrafos. Há ainda conferências e uma aposta no serviço educativo, para levar os videojogos ao maior número de pessoas. E o maior número de pessoas à FIL.

Sortidos MIL

Sortidos MIL

Ainda falta mais de meio ano para a próxima edição do MIL. Mas, para assinalar o início das candidaturas de artistas para o festival de 2020, o Musicbox decidiu fazer uma espécie de MIL em ponto pequeno, com artistas emergentes do continente europeu. A primeira a subir ao palco, no sábado, será a harpista portuguesa Carolina Caramujo (na foto), que se encontra a gravar o primeiro álbum a solo, com lançamento previsto para Novembro. Segue-se a cantora e compositora indie catalã Núria Graham, que editou em 2017 o disco Does it Ring a Bell? por El Segell del Primavera. Depois é a vez de GENTS, duo dinamarquês de synthpop romântica e nostalgica, cujo novo álgum Humam Connection, deve sair a 11 de Outubro. O último concerto da noite é o de Kukla, cantora eslovena de turbo-pop. Depois há Dj sets de Dinamarca, que apesar do nome é chileno e vive na Suécia, e do português Progressivu.

Built To Spill

Built To Spill

Os Built to Spill ajudaram a definir e a expandir o som do indie rock americano nos anos 90. Liderados por Douglas G. Martsch, cantor, herói da guitarra, principal compositor e único membro permanente do grupo ao longo das décadas, gravaram temas que se tornaram clássicos da canção eléctrica americana e álbuns que mais parecem monumentos, cuja influência foi quase imediata e se continua a sentir. Discos como There’s Nothing Wrong With Love (1993) um disco de indie-pop de guitarras, áspero, conciso e com o coração na lapela, sem o qual os primeiros (e bons) trabalhos dos Death Cab For Cutie nunca teriam existido. Ou Perfect From Now On (1997), o terceiro álbum e o primeiro com o selo da multinacional Warner, com as suas canções paisagísticas e cordilheiras de guitarras que se confundiam com o mapa americano e nas quais escutávamos pontos de contacto com o que os contemporâneos Modest Mouse estavam a fazer. Ou Keep It Like A Secret (1999), o terceiro clássico consecutivo e combinação quase perfeita entre a abordagem mais directa do disco de 1993 com a epicidade do seu sucessor. É precisamente Keep It Like A Secret que ouviremos esta quarta-feira na Zé dos Bois, Um segredo mal guardado depois dos concertos de Oruã e Shaolin Soccer. Doug Martsch e companhia têm celebrado ao vivo os 20 anos do disco, e um dia antes de actuarem no NOS Primavera Sound trazem a Lisboa os segredos mal guardados que são as suas canções. Não faltará nenhuma. Desde clássicos indie efusivos como “The Plan

Ciclo Maternidade

Ciclo Maternidade

Vários artistas da Maternidade vão desfilar pelo palco do Auditório Municipal António Silva, no Cacém, entre sexta-feira e sábado: Filipe Sambado, Bejaflor, Catarina Branco, Aurora Pinho e Vaiapraia. O convite partiu do teatromosca, mas a promotora teve “carta branca” para fazer o que quisesse, garante o cantor e compositor Filipe Sambado. “Optámos por ter só concertos de bandas associadas à Maternidade porque nunca tocámos no Cacém. Nenhum de nós”, diz Rodrigo Araújo, vulgo Vaiapraia, outro dos mentores da agência. Desde finais de 2014 que a promotora Maternidade dá música a Lisboa e ao resto do país. Além de agenciar cantores como Luís Severo, Filipe Sambado e Vaiapraia, entre outros, teve durante muito tempo
uma mensalidade nas Damas, onde deu
a conhecer inúmeros e bons músicos independentes portugueses (chegou recentemente ao fim), e ao longo dos anos trouxe várias bandas estrangeiras a Portugal, em muitos casos pela primeira vez. No Ciclo Maternidade deste fim-de-semana, os concertos começam às quatro da tarde de sexta-feira, na estação ferroviária do Rossio, onde vai actuar a cantora/ compositora indie Catarina Branco, que editou o primeiro EP, ‘Tá Sol, este ano.
 O cantor e produtor de pop caseirinha e electrónica Bejaflor, que se estreou com um belo disco homónimo no ano passado, é o segundo a tocar, a partir das nove no Auditório Municipal António Silva. A noite termina com Filipe Sambado (na foto). “Naquele belo formato solo, muito comunicativo, de guitarra ao peito

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The spirit of the late Sabotage comes alive at SMUP this October

The spirit of the late Sabotage comes alive at SMUP this October

The alarm had sounded in 2019: Sabotage, which had established itself as a key player in Lisbon's underground scene since 2013, was set to close to make way for yet another hotel. The owners tried to find a new home but ultimately couldn’t withstand the pandemic. They shut down in 2020, and four years later, musicians and fans are still yearning for that concert space. With them in mind, one of the former owners, Carlos Costa, has decided to resurrect Sabotage, if only for one night, at SMUP. The venue wasn’t chosen by chance. Calmly and surely, the century-old Sociedade Musical União Parede has, over the past two and a half years, become one of the few places able to entice locals to hop on public transport and head out to the capital's peripheral municipalities for live music. Those arriving in Parede around dinner time may have crossed paths with Carlos from Sabotage at the restaurant Sociedade, which he runs with another partner on the ground floor of SMUP. DRThe Parkinsons Alongside Carlos, who will step away from the restaurant to greet guests in the main hall, and former resident DJ Nuno Rabino, ensuring the soundtrack remains true to the old days, The Parkinsons will also be returning to this out-of-doors Sabotage. The band, born from the ashes of Tédio Boys, who made waves in London in the early 2000s, graced the Cais do Sodré stage when it was barely a year old and returned several times to celebrate anniversaries and launch albums. They simply had to be part of t

Na antecâmara do MIL, 800 Gondomar, Cortada e Yung Xalana espalham o amor e soltam o rock no Musicbox

Na antecâmara do MIL, 800 Gondomar, Cortada e Yung Xalana espalham o amor e soltam o rock no Musicbox

“Preferem uma doner box ou primeiro álbum de Black Midi? Só podem [ter] um para o resto da vida”, indaga Lourenço Dias, vulgo Yung Xalana, outrora de Panado, ainda de MEIA/FÉ. Lança o desafio no Instagram, num grupo onde estão também os Cortada (Bernardo Pereira, Daniel Fonseca, Lourenço Abecasis, Pedro Pimenta Almeida) e Rui Fonseca, baterista e vocalista dos 800 Gondomar. Estamos reunidos para falar do cartaz desta quinta-feira, 19 de Setembro, no Musicbox, que junta as três bandas. A entrevista começou pouco depois das 22.30, já com toda a gente despachada dos ensaios e de outros compromissos laborais, e não tardou a descambar. Esta data só foi confirmada há umas semanas, depois de se saber o cartaz do MIL. Entre os dois anúncios, Pedro Azevedo, o programador do Musicbox, fora questionado sobre a ausência de mais e violento rock no cartaz do festival. Na altura, apontou alguns nomes que lhe tinha custado deixar de fora. Ei-los aqui, uma semana mais cedo. Os reunidos 800 Gondomar a apresentar São Gunão, o início do segundo acto da sua história e o melhor capítulo que escreveram até ao momento. Os Cortada com um EP ainda fresco, tesão e tensão prensadas em três faixas; sem tempo a perder. E Yung Xalana a abrir o livro, no terceiro concerto em nome próprio pós-MEIA/FÉ. “Tudo provém do amor” “Doner box dá cinco a zero [a Black Midi]”, responde Daniel, que já acompanhou Vaiapraia ao vivo e hoje, além de ser um dos Cortada, toca com os dois Lourenços em MEIA/FÉ. A sua resposta é

O espírito do saudoso Sabotage materializa-se na SMUP em Outubro

O espírito do saudoso Sabotage materializa-se na SMUP em Outubro

O alarme havia soado em 2019: o Sabotage, que desde 2013 se tinha imposto como uma peça fundamental do mosaico underground lisboeta, ia ter de fechar para dar lugar a mais um hotel. Os donos ainda tentaram encontrar uma nova morada, mas não resistiram à pandemia. Fecharam em 2020 e, passados quatro anos, ainda há músicos e fãs a suspirar por aquela sala de concertos. A pensar neles, um dos velhos proprietários, Carlos Costa, decidiu ressuscitar o Sabotage, por uma noite, na SMUP. O local não foi escolhido por acaso. Calma e seguramente, a centenária Sociedade Musical União Parede impôs-se, nos últimos dois anos e meio, como um daqueles, poucos, espaços capazes de convencer os lisboetas a enfiar-se nos transportes e a rumar aos concelhos periféricos da capital para ouvir música. Quem tiver chegado à Parede a horas de jantar ter-se-á, possivelmente, cruzado com o Carlos do Sabotage no restaurante Sociedade, que dinamiza com outro sócio, no piso térreo da SMUP. DRThe Parkinsons Além de Carlos, que se vai ausentar do restaurante para receber quem entra no salão principal, e do antigo DJ residente, Nuno Rabino, a garantir que a banda sonora não destoa da que se ouvia dantes, também The Parkinsons regressam a este Sabotage fora de portas. A banda nascida das cinzas dos Tédio Boys, que fez estragos em Londres no início dos anos zero, subiu ao palco do Cais do Sodré quando ele ainda nem um ano tinha e voltou lá várias vezes, para celebrar aniversários e apresentar discos. Não podia

Pixies regressam a Portugal para mais um concerto no próximo ano

Pixies regressam a Portugal para mais um concerto no próximo ano

Os Pixies estão prestes a publicar um novo capítulo no cada vez mais longo segundo acto (ou será já o terceiro?) da sua carreira. The Night the Zombies Came, o décimo álbum da sua discografia e o quinto que lançam desde que se reuniram, há duas décadas, sai a 25 de Outubro. E é apresentado em Lisboa a 10 de Maio de 2025. De acordo com os americanos, o novo registo é enformado pelo “druidismo, centros comerciais apocalípticos, restaurantes temáticos medievais, formas poéticas do sec. XII, surf rock, gárgulas, monstros do pântano e o som seco e distintivo da bateria dos Fleetwood Mac de 70s”. É, também, o primeiro disco gravado com Emma Richardson. Conhecida pelo seu trabalho com os britânicos Band of Skulls, a nova baixista entrou há uns meses para o lugar de Paz Lenchantin, que estava com os Pixies desde 2013. É a quarta mulher a tocar as linhas de baixo que Kim Deal escreveu nas décadas de 1980 e 90. E vem com a banda a Portugal pela primeira vez no próximo ano. Teremos sempre os clássicos Já se encontram online quatro canções de The Night the Zombies Came, mais ou menos um terço do futuro disco, incluindo “Motoroller”, partilhada esta terça-feira, 17. A julgar por esta amostra, ainda não é agora que Black Francis, Joey Santiago e David Lovering fazem um trabalho à altura do que gravaram naqueles primeiros anos juntos. Mas pronto. Os Pixies fizeram mais e melhor em cinco anos do que a maior parte dos músicos faz numa vida inteira – Come On Pilgrim, 1987; Surfer Rosa, 198

‘Blitz’ celebra 40 anos com um grande concerto na MEO Arena

‘Blitz’ celebra 40 anos com um grande concerto na MEO Arena

A história da música portuguesa confunde-se, ao longo das últimas quatro décadas, com a marca Blitz. Para assinalar os seus 40 anos, o antigo jornal convidou quatro gerações de artistas para tocarem na MEO Arena a 12 de Dezembro, quinta-feira. Os cabeças de cartaz são os Xutos & Pontapés, cuja carreira precede a fundação do Blitz, mas que cresceram em paralelo com a publicação. Seguem-se dois nomes que não vieram a tempo de ler-se no jornal, no entanto foram celebrados nas páginas da revista: Gisela João, nascida a 6 de Novembro de 1983, que estava a fazer um ano quando a primeira edição chegou às bancas; e os Capitão Fausto, que se juntaram quando a Blitz já era revista. E ainda MARO, com menos dez anos do que a marca. No artigo que anuncia o concerto, a redacção do Blitz escreve que “mais novidades serão reveladas em breve”. Por agora, além da data e do cartaz, sabem-se apenas os preços dos bilhetes, que vão dos 25€ aos 100€ e já se encontram à venda. O jornal que moldou a música portuguesa Dificilmente algum artista surgido nas últimas quatro décadas deixou uma marca tão grande na música nacional como o Blitz. Fundado em Novembro de 1984 pelos jornalistas Manuel Falcão, Rui Monteiro (ex-Time Out) e Cândida Teresa, começou por ser um semanário musical, inspirado em publicações britânicas como o New Musical Express ou o Melody Maker, e assim se manteve durante mais de duas décadas. Até que, em 2006, foi obrigado pelas crises da imprensa e da indústria discográfica

Há um festival de cerveja artesanal em Marvila no próximo fim-de-semana

Há um festival de cerveja artesanal em Marvila no próximo fim-de-semana

Ao longo das últimas semanas, têm-se sucedido os festivais de cerveja nos arredores de Lisboa. Agora é a vez de Marvila receber o Beer Vila. Entre a próxima sexta-feira, 20, e domingo, 22 de Setembro, na Fábrica Braço de Prata, há música, comida e, claro, muita variedade de cerveja artesanal. Oitava Colina, Dois Corvos, Fermentage, Musa, Vadia e Sovina são algumas das mais de 15 marcas que vai ser possível degustar nestes três dias. Haverá também algumas cervejas internacionais, bem como momentos de música e uma boa variedade de menus gastronómicos, com as carrinhas street food a percorrer o espaço. O primeiro dia, 20, tem início pelas 17.00 e termina às 02.00. Já no sábado, 21, as portas do Beer Vila abrem às 12.00 e só fecham às 02.00. O domingo, e último dia, começa também às 12.00, mas acaba às 22.00. A entrada é livre, mas para provar as cervejas é necessário comprar um copo, que custa 3€ e válido para os três dias. Fábrica Braço de Prata. 20-22 Set (Sex-Dom). Entrada livre 🌍 Como está a vida na sua cidade? Responda ao Time Out Index Survey +Tomate como entrada, prato e sobremesa? Sim, domingo no Beato

Discos Submarinos dão à superfície na Costa do Castelo

Discos Submarinos dão à superfície na Costa do Castelo

Os Discos Submarinos vão organizar o primeiro festival, no sábado, 21 de Setembro, no Teatro Taborda. Todos os artistas da editora independente vão estar lá, a partir das cinco da tarde, distribuídos pela sala principal e pelo jardim do Café da Garagem. Fundada há pouco mais de dois anos pelo músico Luís Nunes, também conhecido como Benjamim, em parceria com a Força de Produção, a editora lançou o primeiro EP, Páginas Amarelas, de Velhote do Carmo, a 18 de Novembro de 2022. Desde então, saíram mais cinco álbuns – PRAZER PRAZER, de Beatriz Pessoa; Supermarket Joy, de Margarida Campelo; Bolero, de Tape Junk & Pedro Branco; Vigia, do Tipo; e As Berlengas, Benjamim. Houve ainda os singles “Estrada da Luz >> Poiais de São Bento”, de Benjamim (oficialmente, a primeira edição com o selo dos Discos Submarinos), “Os Raros”, de Benjamim e Samuel Úria, e “Violeta”, de Beatriz Pessoa. Samuel Úria é o único destes artistas que não está garantido para sábado, 21, no Taborda, uma vez que não integra as fileiras da editora. Mas há outro nome confirmado: Rita Cortezão, jovem cantora e compositora que vai lançar o primeiro álbum de originais no próximo ano, através do selo independente lisboeta. Os bilhetes para o primeiro Festival Discos Submarinos já estão à venda online. Custam 25€. Teatro Taborda. 21 Set (Sáb). 17.00. 25€ 🌍 Como está a vida na sua cidade? Responda ao Time Out Index Survey + “Avanti marinai!” Pop Dell’Arte vão revisitar o clássico ‘Free Pop’ n

António Chainho diz adeus aos palcos, mas nunca vai largar a nossa guitarra

António Chainho diz adeus aos palcos, mas nunca vai largar a nossa guitarra

“António Chainho traz todo o passado da guitarra portuguesa para o futuro.” Era assim que há uma dúzia de anos, nas páginas do Público, o fadista Camané se referia ao músico que cresceu a ouvir e a admirar, antes de o acompanhar e de ser acompanhado por ele. Outros, como Francisco Ramos, violinista e compositor do quarteto de cordas Naked Lunch, são ainda menos comedidos quando falam do guitarrista. Para ele, “a história do mestre confunde-se com a história do fado. E, sobretudo, com a história da guitarra portuguesa.” Na sexta-feira, 13, na Praça do Município, António Chainho vai escrever o seu último capítulo. Este espectáculo é o culminar de uma longa volta de despedida, iniciada quando completou 85 anos, em Janeiro de 2023. Desde então, deu uma série de concertos retrospectivos; editou um último álbum, chamado O Abraço da Guitarra, e um livro de memórias com o mesmo nome, assinado pela jornalista Moema Silva; Afonso Cruz está a escrever um romance inspirado nele, e Tiago Figueiredo a realizar um filme. É provável que o documentarista esteja lá na sexta-feira, a filmá-lo, acompanhado pelas vozes de Carminho e António Zambujo, a guitarra portuguesa de Marta Pereira da Costa e as cordas dos Naked Lunch, além de dois companheiros de longa data: o director musical Ciro Bertini, no baixo acústico e acordeão, e Tiago Oliveira, na viola. Para António Zambujo, é um “privilégio” ter sido convidado para partilhar esta noite com o mestre. Marta Pereira da Costa também se considera “p

Franz Ferdinand regressam a Lisboa em 2025 com um novo disco

Franz Ferdinand regressam a Lisboa em 2025 com um novo disco

Ainda faltam três meses e meio para nos despedirmos de 2024, e muitos artistas vão visitar o país antes disso, mas a agenda de concertos de 2025 começa a compor-se. No início da semana, os Imagine Dragons anunciaram o regresso a Lisboa. Agora é a vez dos Franz Ferdinand confirmarem o reencontro, a 14 de Fevereiro, na Aula Magna. Mas o regresso a Lisboa nem é a principal notícia. Alex Kapranos, Bob Hardy e restante companhia também anunciaram, esta quarta-feira, que têm um novo registo na calha. Intitulado The Human Fear e agendado para 10 de Janeiro, o sexto álbum de originais dos escoceses foi produzido por Mark Ralph, que já tinha trabalhado com o grupo em Right Thoughts, Right Words, Right Action, de 2013. “Fazer este disco foi uma das experiências mais afirmativas da vida” do vocalista e principal compositor da banda, Alex Kapranos, que descreve The Human Fear como “um conjunto de canções à procura do entusiasmo de ser humano através dos medos”, num comunicado enviado à imprensa. “O medo lembra-te que estás vivo. Acho que todos somos viciados de alguma forma na adrenalina que isso nos pode dar. Como respondemos ao medo mostra o que significa sermos humanos.” O novo álbum é o primeiro gravado por Dino Bardot e Audrey Tait, que se juntaram aos Franz Ferdinand respectivamente em 2017 e 2021, porém já vieram com eles a Portugal um par vezes, em 2022, ao Campo Pequeno, e 2023, no Super Bock Super Rock. “Audacious”, o primeiro single e a faixa que abre o disco, já se encontra o

Imagine Dragons tocam no Estádio da Luz em 2025

Imagine Dragons tocam no Estádio da Luz em 2025

O Estádio do Sport Lisboa e Benfica voltará a ser palco de grandes concertos no próximo Verão. Os visitantes desta vez são os Imagine Dragons, que vão apresentar o álbum Loom (2024) no nosso continente entre 31 de Maio e 26 de Julho de 2025. Com paragens em 20 cidades, esta será a primeira digressão de estádios europeia dos norte-americanos, cimentando o seu estatuto como um dos mais populares nomes da pop-rock contemporânea. Poucos grupos são, hoje, tão ouvidos. Desde que se estrearam com o álbum Night Visions, em 2012, Dan Reynolds e companhia bateram múltiplos recordes, acumulando milhares de milhões de reproduções nas plataformas de streaming. Numa altura em que a música de guitarras raramente faz mossa nos topes, o seu sucesso é uma excepção. Ao vivo, também ainda não pararam de crescer. Em Portugal, estrearam-se no Coliseu dos Recreios, em 2013; ocuparam posições secundárias nos cartazes de 2014 e 2017 do NOS (e Optimus) Alive; cresceram para a então Altice Arena em 2018; e voltaram ao Passeio Marítimo de Algés em 2022, já como cabeças de cartaz. É rock, é pop, é o que for preciso O sucesso dos Imagine Dragons é uma excepção, mas não é um acaso. Quando escrevemos que são uma banda de pop-rock, não é apenas por fazerem um rock leve e de fácil digestão, como tantos outros grupos aos quais este rótulo se cola; é porque as suas composições são tão abertas a outras sonoridades e elásticas como a pop. Os primeiros álbuns foram produzidos pelo britânico Alex da Kid, com li

‘Visions of Mana’ devolve-nos a um tempo e a um espaço mental onde fomos felizes

‘Visions of Mana’ devolve-nos a um tempo e a um espaço mental onde fomos felizes

★★★★☆ Seiken Densetsu, a franquia japonesa conhecida no Ocidente pelo apelido Mana, começou por ser um spin-off de Final Fantasy com maior ênfase na acção, sem os combates por turnos característicos de outros RPG (role-playing games, ou jogos narrativos) japoneses. Lançado originalmente no Game Boy, o primeiro título, conhecido como Mystic Quest na Europa ou Final Fantasy Adventure nos EUA, era derivativo de The Legend of Zelda. Mas os seus sucessores, editados nos 90s na Super Nintendo e na PlayStation, desenvolveram uma identidade própria e influenciaram muitos outros autores. No século XXI, não obstante, a franquia começou a perder a relevância e a Square Enix deixou de dar-lhe atenção – não era feito um novo jogo, só remakes e derivados, desde Dawn of Mana (2006). Até agora. Anunciado durante as celebrações do 30.º aniversário de Seiken Densetsu, em 2021, Visions of Mana foi desenvolvido pelos Ouka Studios, sob a alçada do produtor da série, Masaru Oyamada, e com o contributo do seu criador, Koichi Ishii, e do compositor Hiroki Kikuta – responsável pelas bandas sonoras dos clássicos da Super Nintendo e dos seus remakes, lançados na PlayStation 4 em 2018 e 2020, para sondar o interesse na franquia. No final de Agosto, chegou finalmente aos computadores e às consolas PlayStation 4 e 5 e Xbox Series X/S, 18 anos depois do anterior capítulo desta narrativa ter visto a luz do dia. Esteticamente, Visions of Mana não destoa de Trials of Mana (2020). Os contornos gerais dos s

“Avanti marinai!” Pop Dell’Arte vão revisitar o clássico ‘Free Pop’ no Lux

“Avanti marinai!” Pop Dell’Arte vão revisitar o clássico ‘Free Pop’ no Lux

Quase 40 anos depois da sua formação, em 1985, os Pop Dell’Arte continuam a ser uma das mais entusiasmantes bandas portuguesas. Tocam apenas quando e aquilo que bem lhes apetece, indiferentes aos ritmos e imposições da indústria, com uma liberdade rara na música popular e até nas músicas periféricas. Os seus concertos são sempre momentos irrepetíveis. Mas o de 10 de Outubro, no Lux, é ainda mais especial, porque vão tocar o álbum de estreia, Free Pop, de uma ponta à outra. Lançado pela Ama Romanta em 1987, meses depois da edição single “Querelle” (com “Mai ‘86” no lado B, ambas deixadas de fora do álbum), Free Pop continua a ser um dos mais importantes discos nacionais da década de 1980 – talvez o mais importante. Um objecto precioso que, apesar de não renegar as raízes portuguesas e reflectir a vivência lisboeta do grupo, estava imperfeitamente sintonizado com e atento ao que artistas como os Einstürzende Neubauten ou The Ex andavam a fazer, e ao que pioneiros como The Pop Group e Lou Reed haviam feito, noutras latitudes. Nas canções de Free Pop há de tudo: ecos do punk, vislumbres de perfeição pop, polifonia aventureira; um contínuo e entusiasmado diálogo com a história da música e outras canções, mas também constantes piscares de olho às vanguardas políticas e artísticas da sua época. É tentador suspirar que “já não se fazem discos assim” à medida que o ouvimos, mas a verdade é que nunca se fizeram muitos discos assim. É por isso que este é especial. E que voltar a ouvi-lo