Fui na
Casa Mário de Andrade. Tinha curiosidade em conhecer esse espaço. É um belo museu, muito bem equipado, com vários itens de acessibilidade. Modernizaram toda parte elétrica, então tem boa iluminação e climatização. O espaço costuma abrir palestras e apresentações.

A casa de Mário de Andrade era somente um desses sobrados. A Barra Funda era no passado um local de vila operária e indústrias. Hoje o quarteirão está mais isolado em meio a inúmeras grandes avenidas. Tem ainda alguns resquícios de sobrados, igualmente descaracterizados. Mário de Andrade voltou a morar com sua família em um desses sobrados onde viviam sua mãe e sua tia e foi lá que ele faleceu. Três sobrados eram da sua família, os três germinados lado a lado. O último, o da esquina era de outro morador. Após sua morte conseguiram todas as casas e transformaram no museu bem equipado. Eu sinto falta de terem deixado ao menos uma fachada original para termos ideia. E particularmente não gosto nada desse excesso de vidros na fachada, mas o espaço já está tão descaracterizado que não faz muita diferença.
O museu está com duas exposições. Uma é
Estúdio de uma vida com os móveis de
Mário de Andrade que integram o Instituto de Estudos Brasileiros, o IEB, na USP.
Mário de Andrade pedia móveis sob medida, em madeira escura, confesso que achei eles sóbrios demais, escuros demais.
Ele encomendava muitas estantes para livros.
A outra exposição é
Eu Mesmo, Carnaval, com figurinos de carnaval.
Mas o que eu gosto mesmo em espaços como esses são os objetos. Também gosto muito de ver como as pessoas viviam. Tanto que adorei ver as máquinas de escrever.
Gosto de cada detalhe.
O museu tem um jardim interno que estava fechado para visitantes, só era possível ver através de portas e janelas. Nesse jardim está um painel da exposição Amarelo, a obra é Toka da Onça Oka de Tamikuã Txiki.
Há várias estantes com objetos de Mário de Andrade, fotos, livros, cartas, cartões postais. São várias salas com estantes como essas e objetos.
Beijos,
Pedrita