terça-feira, 1 de outubro de 2013

Dia um de vinte quatro - A ideia de descansar

Férias. Bem, não deveria mais escrever nada depois dessa palavra, mas todos têm em si a ciência que não sou uma mulher de poucas palavras. Após quase seiscentos dias trabalhados, cá estou eu com um sorriso desmedido no rosto e com vestes não apresentáveis. De primeiro relato algo muito onipotente para registrar: desativei o despertador - pausa profunda para um sorriso mais desmedido ainda -. Desculpa, mas acho que esse foi um fato muito marcante. Ontem fiquei trabalhando e tentando, digo tentando, porque sei que era uma missão dura não esquecer de nada, mas tendei deixar tudo em ordem para minha substituta assumir meu posto. Depois me entreguei, me desarmei, deixei pela primeira vez minha emoção assumir meus movimentos. Senti que tudo foi muito perfeito, quase que como uma despedida e ainda sinto que foi. Talvez também não seja boa com adivinhações. Sei que hoje é o dia um de vinte e quatro dias para ser livre e no dia um minha missão foi descansar. A ideia era acordar tarde, mas às 8:00 hs estava de pé. Fui de 100 k/hs à 0 de um dia para o outro. Fiquei na companhia da minha mãe. Mais felicidade do que ter o filho perto não deve existir para ela. Sugou minha tarde e fez de mim verdadeira mulher do lar. Minha mãe adora fuçar os armários, acho que a única coisa que a deixa mais feliz do que promover uma verdadeira revolução no que não vemos é uma boa obra. É uma mulher com sangue de pedreiro e cabeça de engenheiro. Estou doida para presenteá-la com uma obra para enfim ver um sorriso em seu rosto cansado. 
Mas ok. Confesso que senti falta de trabalhar, mas eu em contrapartida não acordei cheia de sono, não fui maltrata e amassada nos coletivos diários, não vi rostos cansados, bocas babando e respirando pela vias erradas. Nos dias atuais criamos verdadeiras guerras dentro dos transportes públicos com a finalidade de ter a tão sonhada qualidade de vida imposta da constituição brasileira. Tenho em mim metas para esses dias sem roteiros, vou colocá-las em prática. Estou com as ideias embaralhadas, mas serão arrumadas.


 Dias de trabalho.


 Me captando em espelhos.

Camila gerou a Carol.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Do lado de cá

Cá me estou de volta. Pouco mudada, muito mudada ou nada mudada. Vamos deixar que os fatos aqui relatados e revelados sirvam de provas de inquérito para enfim termos uma resposta. Estou tão mais solta e me distanciando de maneira linear do que eu era quando simplesmente comecei a narrar minhas histórias em pequenas linhas aqui. Estou sozinha de minhas velhas companhias e cheia de velhas novas existências. Por solidão tenho me captado em espelhos. Mantenho em mim um poço de questionamentos. Mudei algumas ideias que eram meus pertences e outras mantive de forma feroz. Tive uma metamorfose capilar e agora dei a mão para a água oxigenada. Por mais que não tenha escrito, todos nós sabemos que infelizmente as palavras às vezes não abrangem todos os aspectos da vida, não são quaisquer palavras que conseguem descrever qualquer coisa nesse mundo. Por isso acho que precisei de um tempo longínquo para fazer do silêncio um licor. O fato é que em meio à um trânsito pesado de horas em pé, de trabalhar por oito ou mais horas a fio em meio ao caos, tiram a vontade de escrever, mas acho que sou uma pessoa melhor quando me expresso. 
Vamos tentar me verbalizar novamente.




domingo, 13 de janeiro de 2013

Está se principiando

Acontece que tanta coisa aconteceu. Ando vivendo muito em muito tempo. Esse ano se principiou com grandes entregas, desafios e escolhas. Os meus dias andam me sombrando, ando triste e perdida. Fico ansiando por mudanças e até saí da inércia e de fato já ando vivendo algumas dessas coisas novas. Resolvi me entregar à algo novo e essa entrega me deu medo. Desde de muitos meses, ansiava pelo tempo certo a me doar para ele, mas acho que não aconteceu no momento certo. Em contradição a tudo, como ele mesmo me fala: estou vivendo o momento. Fui à lugares inesperados, fiz coisas inesperados, tive sensações inesperadas e boas. É um misto de ser criança e princesa. Deixei de ser tããão relutante e agora me entreguei. 
Coisas ruins também aconteceram e me deixaram sem chão, mas quanto a esses vou me abster a falar e deixar os caminhos seguirem.


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Pelas tabelas

Tentando viver meus 23 anos, esses dias foram tão cheios de gente, música e agito. Mal parei em casa. Agora realmente estive um tempo fora, fui me lançar nas ruas, me aventurar, conhecer gente nova, me arriscar no novo ou quem sabe com o velho? Mais um ano está na minha porta, ele está batendo ainda, eu não abri.  Depois de tanto viver esses dias, hoje me dei de presente um tempo na cama em baixo do maravilhoso ventilador de teto e com uma camisola branca. Estou em passos lentos de dança ainda, depois me banhar em um sol escaldante na companhia de alguns amigos, ser uma gota no meio de uma multidão e estar aos berros no ouvido de um menino devido a música alta, hoje nada se encontra em mim. Não consigo encontrar muitas palavras agora, queria poder me expressar melhor, mas nada faz moradia em mim. Fui me entregar ao sono já pelas tabelas das manhã e uma mensagem de texto de madrugada acendeu uma esperança de começo de ano melhor que do ano passado. Então vamos viver o novo e reatar laços passados. 






Festa mega animada, não é Ari?



Bem vindo!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Passo seu, passo meu.

Fiz um caminho diferente para a volta. Elegi o mais longo só pelo prazer das minhas escolhas, porque eu só tenho poder cima das minhas opções e não as alheias. Sai do trabalho com o sol todo-todo no céu, peguei três ônibus até chegar em casa e ao passar por toda a cidade vim namorando as "janelas". Sempre quando passo por lugares que têm apartamentos, fico tentando enxergar por detrás dos vidro, me colocar no plano de dentro e imagino cada pedaço da minha casa. Olho todas as janelinhas à minha volta, por onde quer que eu ande -  isso desde  pequena, acho que herdei do meu pai, ele e sua vontade de ter um apartamento em Icaraí - e depois opto pela aquela que me fisgou. Não sei o porquê, mas vim com uma pessoa na cabeça. Quanto mais ia se aproximando de casa, mais o pensamento ficava forte. E não é que o encontrei com um sorriso pronto no rosto. Completamente diferente de um tempinho atrás e cheio de atenção. Demorei um pouco até tomar o rumo de casa, tentei resisti em falar pouco, mas como falar pouco com quem você conversava por horas a fio e sempre com vírgulas e vírgulas e nunca ponto final? Quando dei por mim as horas já não eram minhas amigas e ao adentrar em casa pensei o quão a vida surpreende. Ele era tão encantador e agora só espelho um menino. Estou mais paciente agora, acho que paciência é a palavra companhante do substantivo velho. Velho aprende a ser praticamente irmão da poderosa paciência. Penso tanto em você e isso para por ai. Passo seu, passo meu? 







terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Em vidros

Relutei um pouquinho para escrever esses últimos dias. Não me pergunte o motivo, porque eu não sei. Sexta -feira aconteceu a festa de fim de ano do meu setor, já havia relatado a do ano passado aqui. Fiquei sentada o tempo todo e conversando com minha amiga surda em Libras. Não fico muito contente em não deixá-la a par do que acontece e falam nesses eventos. Ano passado, não tinha a presença dela e não agi diferente, me mantive quieta, olhando em volta e desejando uma janelinha ali. Mas até que minha amiga é mais animada que eu, certo momento da festa lá a avistei, na pista de dança, dando passos melhores que muito ouvinte por ai. Eu queria ser mais sociável, e não é que eu não seja, é que as pessoas que me circulam não me causam muita vontade de falar. Embora eu goste de todas, sou uma pontinha vermelha num mar azul. Cheguei em casa já de manhã e aproveitei os dias a mais em casa, continuando uma limpeza nas minhas coisas, organizando e me livrando de tudo que não tem mais serventia para mim. Nesses dias estive perto da minha vó, visitei a costureira e eu como muito tagarela (com as pessoas mais velhas) fiquei por lá até ela puxar a cadeira e oferecer um suco e dá um sorriso contente por ter com quem falar. Acho triste a solidão indesejada. Encontrei fotos antigas no meu guarda-roupa e morri de rir sozinha. Algumas eu estava tãããão bonita, com tanta vida e alegria. No meio de várias fotos, havia uma que estava virada para baixo e ao desvirar eis que vi uma foto de mim linda... abraçada com um amigo e ex-namorado. Aqui perto de casa, no centro da cidade tem um shopping onde vários adolescentes ficavam namorando e olhando para a Baía de Guanabara. Hoje eu acho horrível pensar em parar por lá, mas naquela época era meu grande desejo e esse "namoradinho" realizou isso por mim. Por ironia do destino ainda o encontrei de fato e trocamos algumas horas de conversa e sorrisos, hoje não somos mais tão próximos, mas estão com ele anos da minha vida. Depois de tanto recordar do que passou é impossível não fazer um balanço de tudo que aconteceu esse último ano. 2012 não foi um dos melhores anos da minha vida. Esse ano eu me tornei mais introspectiva do que antes, passei a relatar muitas angústias e sentimentos aqui, não estudei nada, ao invés ler muito eu trabalhei até às 23:00. Mas também aconteceram coisas boas é claro: fiz duas viagens maravilhosas, conheci pessoas que não se perpetuaram da minha vida, mas que me agregaram e me fizeram melhor, deixei meu quarto quase do jeitinho que eu gosto, comprei presentes para minha família, descobri sites incríveis na internet, fui muito à cinemas, exposições e algumas peças, bebi cerveja em companhias agradáveis, estive em praia e cachoeiras, namorei, desmanchei, me aventurei pelas ruas, puxei braços para cima de mim, conheci uma casa que desembocava numa prainha, corri atrás do trio elétrico, falei francês, suei, peguei vento no rosto, fiquei confusa, comi a maior macarronada da minha vida, ri mas RI demais, passei horas no telefone aos sorrisos mais felizes e abertos, estive ao lado de um bom amigo, andei de trem, tive com quem dividir ideias, ouvi muito que estava linda por muitos dias, senti frio da barriga, continuei com a presença da Ariana minha amiga mais amiga, vi o dia amanhecer muitas vezes, você me leu bastante e eu me apaixonei perdidamente por você faltando muito pouco para o fim do ano - talvez seja para salvar esse 2012 e seu fim do mundo. E acho que por isso que desde sábado de manhã deixei meu telefone na gaveta até ele morrer. Fiquei com medo de algumas noticias e me ausentei de qualquer meio que fosse trazer qualquer informação. Eu queria estar com você. E então o que será de 2013?

1. Amigos do colégio. 2. Shopping com as amigas da faculdade e fazendo careta para as mil fotos que Thais tirava. 3. Saída da Faculdade. 4. Minha mãe fotógrafa. 5. Thais e eu super loira. 6. Com a fofa da Tássia.


1. Parada Gay. 2. Ruiva. 3. Com Rebeca a Manu. 4. Com Rebeca. 5. Carnaval. 6. Minhas amigas de infância. 7. Até hoje tenho mania de peixinho.
 Minhas melhores lembranças.
Aos 18 com Léo. 
Surpresa na bolsa.
É a minha cara (:
 Deus, eu era um homenzinho (:
                                                                      Sempre desajeitada. 
Ariana e minha salvação.

 Viajei com o Rodrigo

 Morri de rir com essa criatura até de manhã.
 Virei um camarão.
Bebi demais.
Um dia terei uma filha com a beleza da Ana Laura.
Me captei em cabines. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Esperei e desisti

Esse fim de semana passou e nem sequer senti-lo. Fui embalada por doces sonhos e algumas horas a brincar com minha cachorrinha. Arrumei algumas bagunças e joguei fora algumas roupas velhas. Vi fotos minhas jovem aos 16 em um site antigo e senti saudades do que se passou. Ando amadurecendo algumas ideias que se fizerem na minha cabeça e decidir mudar grande parte do que se perpetuou. Fiquei algumas horas no telefone com um amigo e chorei lágrimas inesperadas. Resolvi caminhar pela praia em uma companhia e estou gostando de mudar. 
Estou no meu quarto a meia luz, tudo se encontra em perfeito estado organizacional e me faz bem. Já espero a segunda chegar e penso e penso e penso: quero um novo.
Escuto barulhos de trovoadas e me olho no espelho. Percebo o quão dessemalhante estou do que vi em foto pretéritas. Peço a Deus para mudar mais, pois odeio o que não me causa surpresas. E assim termino a noite: descansando pernas cansadas e escutando Nouvelle Vague.



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