17 de abril de 2025

DESEJO EM FUGA: O QUE FAZER ANTES QUE DESAPAREÇA

Com o passar do tempo, o sexo tende a ocupar novos papéis dentro da vida a dois. Antes considerado principalmente um meio de reprodução, ele passou a ser compreendido também como parte essencial da rotina do casal e da qualidade de vida. No entanto, mesmo com essa valorização, muitos casais enfrentam períodos em que a intimidade física diminui — e isso não necessariamente significa o fim da relação.

Uma psicóloga destaca que a ideia de “sexo constante” pode variar muito de casal para casal, e que o mais importante é reconhecer que a ausência de contato físico, seja por desejo ou pela falta dele, pode afetar profundamente a dinâmica da relação.

É comum observar, em terapias de casal, que esses elementos vão se perdendo com o tempo: o sexo e o beijo deixam de ser expressões de desejo físico e passam a se tornar raros. Quando isso acontece, a conexão emocional também tende a enfraquecer. Mais do que apenas o contato íntimo, o que desaparece são formas de comunicação, de validação do vínculo e de reforço da parceria. Sexo e carinho se complementam, principalmente em momentos de maior desafio na vida a dois.

A frequência ideal de relações sexuais varia conforme as necessidades e desejos de cada pessoa. O mais importante é que ambos os parceiros se sintam confortáveis e satisfeitos com essa dinâmica. Se um dos dois se sente negligenciado ou distante, o diálogo é fundamental — e uma conversa honesta pode ser o primeiro passo para encontrar soluções juntos. Psicólogos recomendam que casais falem sobre o assunto com naturalidade, inclusive nas sessões de terapia.

A intensidade e a frequência do desejo sexual também mudam com o tempo, principalmente em relacionamentos de longa duração. Cansaço, estresse, questões hormonais e preocupações cotidianas são fatores que influenciam diretamente esse processo. É algo humano. O problema surge quando a acomodação se instala, e um dos parceiros (ou ambos) passam a priorizar outras áreas da vida, deixando a intimidade para depois.

Se a distância já se instalou entre o casal, reacender a chama pode parecer difícil — mas não é impossível. E não precisa seguir fórmulas mágicas. Às vezes, tudo começa por criar momentos de prazer e conexão fora do quarto: um jantar especial, uma viagem inesperada, um reencontro com os toques e gestos do início. Reacender o desejo exige interesse mútuo, abertura emocional e, sim, esforço para sair da rotina.

Desejo também se alimenta de admiração, cuidado mútuo e presença real. Quando a intimidade parece bloqueada por questões emocionais ou físicas, procurar ajuda profissional pode ser um passo fundamental. Não há vergonha nenhuma em admitir que algo precisa de atenção.

Nota do autor:
Este post foi criado por Arthur Claro. Ele não é especialista, mas é um observador atento — especialmente dos desafios enfrentados por casais que passam por fases de afastamento íntimo. Recomenda sempre uma boa conversa e a busca por apoio profissional, caso sentir que o gelo já virou bloco. Post criado baseado no artigo "Saiba se um relacionamento saudável precisa de sexo constante" do https://www.metropoles.com/colunas/pouca-vergonha/saiba-se-um-relacionamento-saudavel-precisa-de-sexo-constante