Erika Zanoni
Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (2003), especialização em Neurociência Clínica (2020), mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná (2005) e doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (2019). É pós-graduanda em Neurogestão (2021). Tem experiência na área de comportamento, atuando principalmente nos seguintes temas: neurogestão, neurociência, estresse, transtornos mentais, intervenções assistidas por animais e meio ambiente. No ensino superior atua desde 2006, como docente. Escreveu um dos capítulos do livro "As vinte melhores estratégias do ensino do bem-estar animal” publicado pela World Animal Protection em 2015. Publicou o capítulo “Ensaios de uma cosmo visão teleológica para uma elaboração de uma legislação específica da TAA” que foi a base do novo projeto de Lei do Congresso Nacional a respeito da Intervenção Assistida por Animais. É membro da Animal Behavior Society, da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e Sociedade Brasileira de Etologia. Atualmente atua como diretora das relações institucionais do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (CESCAGE). No setor de extensão, coordena o grupo Mascotes da Alegria, que realiza intervenções assistidas por animais há 10 anos. Na pós-graduação, é coordenadora da residência de saúde coletiva. Atua também na gestão do Colégio Vila Militar CESCAGE, e como docente no ensino Fundamental II da disciplina de “Cuidar de animais”.
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Papers by Erika Zanoni
sofrimento físico e psicológico. O objetivo do trabalho foi avaliar o estresse e bem-estar
de equinos que participam de provas de tambor e baliza através de testes de
comportamento, hematologia e de bioquímica sanguínea. O experimento foi
desenvolvido na cidade de Maringá-PR, utilizando oito animais da raça Quarto de
Milha. A avaliação comportamental foi realizada no local da prova e os animais foram
classificados em: calmo/alerta/medo/agressivo. Foram realizadas coletas de sangue
para avaliação bioquímica e hematológica com os animais em repouso e após a
competição. Na avaliação psicológica, observou-se que 87,5% dos animais apresentam
alterações em seu comportamento (7/8). Entre as variáveis avaliadas no hemograma a
única que apresentou diferença estatística significativa foi o número de neutrófilos,
porém não acompanhado de linfócitos, como seria esperado. Conclui-se que as provas
de tambor e baliza, podem promover alterações psicológicas nos animais atletas e que
a resposta hematológica frente ao exercício pode estar relacionada ao aumento de
neutrófilos
de roedores, e hoje são considerados membros da família. Na cultura dos egípcios, os gatos são considerados
sagrados, inclusive no passado perderam uma batalha contra os persas porque estes usaram os gatos como escudos. Atualmente temos observado um aumento da procura pela companhia de felinos para animais de estimação por sua independência, higiene e personalidade.
O tutor precisa ter a consciência de que os gatos são animais diferenciados e necessitam de um ambiente
complexo e este está intrinsecamente vinculado à sua saúde física, bem-estar emocional e comportamento do
animal. Hoje em dia, com o estreitamento do relacionamento entre humanos e animais, observamos um aumento nas ocorrências dos problemas comportamentais dos gatos. Os animais possuem necessidades emocionais
como nós, seres humanos. Quando os mantemos com restrições de oportunidades de execução dos comportamentos normais para a espécie, observamos alterações comportamentais e problemas graves relacionados ao
medo e à ansiedade.
Os sentimentos de um animal têm extrema importância para a sua qualidade de vida, bem como administrar
o estresse também é muito útil. Esses são aspectos da biologia de cada indivíduo, desenvolvidos para ajudar na
sobrevivência. Talvez seja possível que alguns sentimentos e comportamentos não confiram nenhuma vantagem aos animais e que sejam apenas reflexos da atividade neural; entretanto, alguns comportamentos inadequados podem indicar que o bem-estar é pobre.
A exposição crônica a eventos estressantes resulta no desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. Os
animais cronicamente estressados apresentam alterações fisiológicas e comportamentais, tais como prejuízos
motores, de cognição, de sono, peso e hipercortisolemia em resposta às frustrações, e estas estão relacionadas
principalmente a um ambiente pouco enriquecido (ambiente sem desafios e diferente do habitat natural). Para
atender às necessidades desses animais, dos proprietários e com o objetivo de melhorar a relação entre eles,
existe uma especialidade na Medicina Veterinária denominada “psiquiatria animal”, cujo tratamento do animal
consiste na tríade de “aconselhamento psicológico” ao dono, manejo do ambiente e terapia farmacológica
(quando necessário).
O objetivo desse material é fornecer aos clínicos, estudantes de Medicina Veterinária e tutores, informações
sobre essa nova ciência que é o bem-estar animal, com ênfase no comportamento felino, que vem ganhando
espaço com o fim de promover e garantir condições para que os animais possam viver com satisfação sob o
domínio do homem.
“Gatos sempre sabem se as pessoas gostam ou não deles. E nem sempre se importam o bastante para fazer
algo a respeito”. Nise da Silveira
enriquecido. A exposição crônica a eventos estressantes resulta no desenvolvimento de transtornos psiquiátricos (depressão, TOC, ansiedade, TAPT, transtorno dissociativo, etc.). Nesse material vou comentar a respeito das principais
ferramentas de avaliação da saúde emocional dos animais de cativeiro. Ademais vou expor dicas de como minimizar os efeitos do estresse.
com morfologia, fisiologia e comportamento alterados. Compreender a domesticação e as suas implicações é fundamental para se cuidar bem uma
espécie que vive sob cuidados humanos.
Antigamente acreditava-se que para cuidar bem de um animal bastava
apenas dar-lhes água, comida e sanidade. Entretanto, hoje sabemos que
animais possuem necessidade internas e ambientais complexas, que quando não atendidas, podem comprometer a qualidade de vida.
O animal é senciente, ou seja, é capaz de sentir dor, medo, prazer e felicidade. Por meio de sinais fisiológicos ou comportamentais, eles demonstram o que estão sentindo. Se o animal não pode manifestar sua motivação
interna e seu comportamento natural a qual foi predestinado, seu bem-estar está comprometido e o relacionamento com o meio fica prejudicado.
O objetivo deste trabalho é fornecer informações básicas sobre cuidados sanitários, de bem-estar e manejo ambiental através da análise da relação social entre animais e seus tutores. Falaremos inicialmente sobre como
essas questões se aplicam a cães e gatos, animais mais comuns nos lares.
Em seguida, abordaremos sobre esse tipo de relação em pets exóticos.