253907
253907
253907
APARTADO DE LA REVISTA
MAPOCHO
Organo de la Extensin Cultural
Alejandro Sieveking: Animas de da claro 1
C o m e d i a en dos actos.
Personajes:
BERTINA INDALICIO
LUZMIRA NANO
FLORIDE.UA EULOGIO
ORFILIA
Talca. Habiendo iniciado estudios de Arquitectura, los abandon luego para ingresar a la
Escuela de Teatro de la Universidad de Chile, de donde egres en 1959. Ha participado
como actor en numerosas producciones. En esta calidad ha hecho giras al extranjero. Actual-
mente es miembro del grupo teatral ICTUS. Ha estrenado las siguientes obras: Encuentro con
las sombras (1 acto) , Grupo de Arquitectura. T e a t r o Antonio Varas, 1955. Mi hermano
Cristian (2 actos) , 2? ao de la Escuela de Teatro del ITUCH. Teatro Tala, 1957. El Paraso
semi-perdido (I acto) . Giupo Los Feriantes. Teatro Tala, 1958. Cuando no est la pared
(1 acto) , 3.er ao de la Escuela de Teatro. Teatro Lex, 1958. El fin de Febrero (1 acto), l.er
ao, Escuela de Teatro. Teatro Lex, 1958. Parecido a la felicidad (2 actos) , 4? ao de la
Escuela de Teatro. Teatro Lex. 1959. Premio Municipal de ese ao. Giras con esta obra du-
rante un ao al Sur y Norte del pas y a Uruguay, Argentina, Cuba, Venezuela, Colombia,
Costa Rica, Guatemala y Mxico.
La Madre de los conejos (3 actos) , Instituto del Teatro. Teatro Antonio Varas, 1961. Dio-
nisio (2 actos) , Teatro de Ensayo en el Teatro Camilo Henrquez, 1962. Animas de da
claro (2 actos), Instituto del Teatro. Teatro Antonio Varas, 1962.
Animas de din claro se estren el 25 de mayo de 1962. en el Teatro Antonio Varas, con
el siguiente reparto: INDALICIO, Tennyson Ferrada; N A N O , Gonzalo Palta; B E R T I N A , Blgica
Castro; L U Z M I R A , Carmen Bunster; O R F I L A , Mara Cnepa; Z I X M I R A , Kerry Kellcr; FLORIDE-
MA, Mars Gonzlez; EULOGIO, Lucho Barahona; O A V I C E N T A , Mara Valle. Dirigida por
Vctor Jara, con escenografa de Guillermo Nez. El material folklrico de la obra fue reco-
40 gido por Vctor Jara.
ALEJANDRO SIEVEKING: A N I M A S DE DIA C L A R O 41
INDALICIO Capacito.
NANO V a m o a ver, ser m e j o r .
INDALICIO P a r e c e q u e lo q u e t q u e r s es i r t e ah? Si n o se va a a p a r e c e r n a i d e ,
oh. . . Y si a p a r e c e qu? T les tenis m u c h a z o m i e o ah? A m m e
t i n c a q u e son p u r o s cuentos. T eris d e veras en estas cuestio-
nes. . . ?
NANO Ms o menos.
INDALICIO N o seai, o h . A c e r q u m o n o s u n p o c o a la v e n t a n a y le p e g a m o s u n a
loreata pa'entro.
NANO T te atrevs?
INDALICIO Claro, pus. Vamos.
(Se abre lentamente una ventana. Los dos amigos se quedan estupefactos.
Aparece una viejita de unos 80 aos, muy simptica. Los amigos, con
grandes gritos de susto salen corriendo, atropelladamente, hacia el camino).
LUZMIRA De q u estabai h a b l a n d o ?
BERTINA D e los gorriones.
LUZMIRA N O , yo d i g o d i ' u n a g e n t e q u e sali g r i t a n d o .
BERTINA U n o s c h i q u i l l o n e s e r a n . Y u n o era r e g e n mozo. Yo n o s p o r q u
si'arranc.
LUZMIRA D e v e r t e t a n re fea, sera.
BERTINA Fea?
LUZMIRA ES q u e ' a n d a i m s vieja q u e n u n c a h o y da.
BERTINA A n d o vieja? M i r a si ser l e s a . . . N o m e di n i c u e n t a . Se g e l v e n ,
voy a p o n e r m e joven y los voy a r e c i b i r d i ' u n o s 50 aos.
LUZMIRA M e n o s pues, n i a . C o m o a n d a i d e 8 0 a h o r a , 5 0 te p a r e c e poco.
BERTINA De 2 0 . . . ?
LUZMIRA Eso s, p u e s .
BERTINA V o y a estar de 20 c u a n d o g e l v a n . M e gustara q u e g o l v i e r a n .
LUZMIRA Pa q u ?
BERTINA Pa conversar y pa. . .
LUZMIRA Q u e r s qu'ese t i p o te bese p a ' i r t e al cielo?
BERTINA N O . N o m e q u i e r o ir n al cielo toava, qu voy a h a c e r yo all
arriba? H a y t a n t o ngel! Y la tierra es t a n re b o n i t a z a . . . t a n re
b o n i t a q u ' e s n o ? . . . Oye L u z m i r a , si a l g u i e n m e besa, de veras
q u e m e voy a ir p'al cielo..,?
ALEJANDRO SIEVEKING: A N I M A S DE DIA C L A R O 43
(Se abre una ventana y aparecen las otras tres hermanas: Orfilia, Florideraa
y Zelmira, igualmente viejas todas, preguntando al mismo tiempo)
BERTINA T m i r a n d o , se p a r !
ORFILIA Se b a j a 'el caballo!
FLORIDEMA A m a r r a las r i e n d a s en la t r a n c a ! (Gesto de consternacin de las
cinco ).
BERTINA Se le cay la t r a n c a en el pie!
LUZMIRA Ay! El p o b r e . . .
BERTINA G e n o , chiquillas, m e voy a. . . Voy a golver al tiro. No lo ' e j e n
irse! (Le habla al odo a Luzmira, nerviosa). Estai segura q u e q u o
b i e n d e v e i n t e aos? No ser m e j o r d e veinticinco? El p a r que
t u v i e r a veinticinco. . . Voy a ver, m e j o r . . . A t i n d a n l o , entretngan-
lo. (Sale y vuelve inmediatamente). Q u m e p o n g o ? G e n o , ya ve-
r. (Sale y vuelve a aparecer). Ay! A h viene. . . (Sale).
FLORIDEMA Y q u le p a s a a la B e r t i n a . . . ?
LUZMIRA N a d a . Es q u e es t a n c h i j e t a .
L A S TRES Ah!
ORFILIA G r a n d e y, qu ms?
EULOGIO Giieno, hay mucha gente.
FLORIDEMA Ms q u e en T a l a g a n t e ?
EULOGIO M u c h o ms, pues.
FLORIDEMA H a d e ser b i e n g r a n d e , entonce.
ZELMIRA S, pues.
(Entra Bertina con una antigua bandeja con un vaso de agua y va directa-
mente donde Eulogio. Ahora tiene veinte aos y est vestida con el concho
del bal, de un bal que ya tiene ms de sesenta aos. Se ve muy bien,
pero ahora el lunar que tiene en la p u n t a de la nariz est ms marcado.
Lo mira fijamente. El se levanta de la silla) .
EULOGIO U n o q u e otro.
BERTINA Cuntemelo. N o se lo voy a 'ecir a naide, n o se preocupe.
EULOGIO A ver. . . Le gustaba el trago.
BERTINA Pero ese 110 es n pecao aqu en Chile, pues.
EULOGIO Y tamin. . ., eh. . . D i c e n . . .
BERTINA Cunteme, pues.
EULOGIO Dicen q u e le gustaba u n a seora que. . ., eh. . . Mi p a p era viudo. ..
BERTINA T a m p o c o es pecao, entonces. Y q u l'eiba a hacer el pobre, si era
vio. . .? Qu ed tena. ..?
EULOGIO (Cada vez ms en confianza). Sesenta.
BERTINA Sesenta, n o ms? Pero si era u n a guagua! Yo, a los sesenta me
senta u n a niita chica. (Eulogio se re). Qu dije?
EULOGIO (Re). . . .Qu ust.. ., j, j. .., a los sesenta, se senta u n a niita
chica! J, j. . .
BERTINA (Seria). Era u n chiste.
EULOGIO Y re divertido!
BERTINA Oiga, ahora q u e m e acord, le duele el pie, tuava?
EULOGIO Ya no.
BERTINA Ah. . . Sentmonos? Qu hacimos de pie?
EULOGIO Sentmonos.
BERTINA No se le ir a hacer tarde. ..?
EULOGIO No, n o tengo n q u e hacer. . . Ah! De veras q u e n o terminamos
de conversar con la seora. . . Se m e j u el nombre. . .
BERTINA Luzmira?
EULOGIO Ella mismita. Estbamos h a b l a n d o ' e la casa. Yo quera comprarla,
p e r o si ustedes estn aqu, n o las voy a molestar.
BERTINA Nos dejara sin casa si la c o m p r a .
EULOGIO Voy a buscar en otra parte.
BERTINA P o r aqu cerca n o hay n m u y valioso. Ms p'al sur hay unos
terrenos.
EULOGIO M a a n a los voy a ir a ver. . . Y si n o le molesta. . ., m e gustara
pasar a verla.
BERTINA Maana?
EULOGIO A la h o r a q u e m e diga.
BERTINA Y. . . por q u n o se q u e a a a l o j a r aqu? H a y u n a pieza. L a cama
n o es muy gea, pero. . . Est en el piso d i ' a b a j o . Yo, en la noche,
estoy en el piso di'arriba. . ., es decir. . ., yo d u e r m o arriba. L a casa
es triste, tambin, como el j a r d n . . . L a escalera c r u j e c u a n d o . ..
H a c e aos q u e n o c r u j e . . . Y?
EULOGIO Muchas gracias, Bertinita. Le p u e o 'ecir Bertinita?
BERTINA Claro, dgame as, n o ms.
EULOGIO N o voy a poder, pues, fjese. M'estn esperando en la casa'e mi
primo, el Indalicio T a p i a y capaces q u e se alarmen. Son t a n re
divertios! Creo que'icen q u ' e n esta casa p e n a n .
BERTINA Dicen eso?
EULOGIO La seora Luzmira m e contaba. Y ella tambin trataba'e conven-
cerme q u e h a b a n nimas. (Bertina se levanta y se aleja un poco
de l).
BERTINA Yo s muchazas cosas sobre las nimas.
EULOGIO Y p o r q u n o m e cuenta?
ALEJANDRO SIEVEKING: animas de da claro 51
(En ese momento aparece Luzmira en la puerta de la casa, con una bande-
ja con una botella y vasitos de mistela. Detrs de ella viene Orfilia, y lue-
go Floridema y Zelmira, que aparece al final. Todas vienen muy contentas
y riendo entre s) .
(En ese momento Luzmira les sirve a las otras dos hermanas) .
52 MAPOCHO
FLORIDEMA Si n o h a y c o m o la g e n t e e d u c a .
ZELMIRA AS es, p u e s .
ORFILIA Salucita! (Todos beben).
EULOGIO Est m u y rica!
ORFILIA Gracias. C o m o q u e nosotras m i s m a s la hicimos.
EULOGIO Buena mano tienen, pues.
ORFILIA (Muy animada). Srvase o t r a c o p i t a . (Toma la botella y les sirve a
todos). Sirvmonos o t r a c o p i t a , p u e s ! M i r e n que me qued con
g u s t o a poco. Si n o h a y c o m o u n b u e n trago p a a n i m a r s e ! Salu-
cita, p u e s !
TODOS (Chocando los vasos unos con otros). Sal! Sal! (Todos vuelven
a beber).
ORFILIA Huifa!
(Empieza a dar unos pasitos de cueca. Saca un pauelo. Todos ren y pal-
mean las manos llevando el ritmo. A los pocos segundos las hermanas em-
piezan a cantar. Cuando ha comenzado el canto, Bertina empuja a Eulogio
a bailar con Orfilia).
L a s solteritas t i e n e n
ay, ay, ay, miles d e amores.
T i e n e n la boca d u l c e
ay, ay, ay, c o m o a l f a j o r e s
las solteritas t i e n e n
ay, ay, ay, miles d e amores.
C o m o alfajores, s,
ay, ay, ay, chicha c o n a g u a . . .
Adis h e r m a n a s queridas.
M e voy p a tierras e x t r a a s .
Adis q u i e n m e bautiz
y q u i e n m e hizo la e n t r a a s ,
repite
54 MAPOCHO
M e llevara e n su c o m p a a ,
y a h o r a en este m o m e n t o ,
n o s o n d e ir a p a r a r
n i o n d e Dios m e p o n g a asiento.
Ya se j u este p a l o m i t o ,
se p a r e n el f i r m a m e n t o ,
-repite-
(La coge de los brazos y la besa. Al separarse ella est como paralizada,
con los ojos cerrados. Conmovida y maravillada) .
TELON
56 MAPOCHO
S E G U N D O A C T O
LUZMIRA Ya n o va a venir.
BERTINA L a Floridema sac el a r p a y la guitarra, p entretenerlo. . . Y el
i n g r a t o n o v i n o . . . Chist. . .! (Se quedan escuchando, a lo lejos se
oye el trote de un caballo). Es l . . . Luzmira. Es l q u e viene. . .
LUZMIRA El es.. . Voy a d e j a r t e sola con l u n ratito entonces. Despus
vengo.
BERTINA Eres m u y re g e a c o n m i g o . . . N u n c a ms vamos a peliar. . .
LUZMIRA Chiquilla d i a b l a . . . (Re y sale).
BERTINA (Espera ansiosamente, adelantndose a recibirlo). Eulogio. . .
EULOGIO (Entrando). Geas tardes, Bertinita.
BERTINA G e a s noches ser, pues. . . A las horas q u e viene! Y ayer t a n t o
q u e r e j u r a b a q u ' i b a a llegar tempranito.
EULOGIO ES q u e n o sabe n lo q u e m e pas. Me hei a n d a o escapando del
a t u r d i de mi primo, el Indalicio T a p i a . Le dio con q u e yo estaba
e m b r u j a o ; m e quera llevar o n d e u n a seora medio rara qu'hay
all, O a Vicenta.
BERTINA (Alarmada). Oa Vicenta?...
EULOGIO Esa mismita. Icen que's r e e t e n d a en cosas d'iaparecos. Y q u e r a n
q u e juera. Miren si sern. . . (Hace un gesto dando a entender que
son unos babosos). T o t a l , q u e too se golvi p u r a discusin, l m e
eca q u e juera, yo q u e no'iba, y en este tira y afloja se le ocurri
ir a buscar a la seora esa, entonces yo aprovech pa venirme vo-
lando. As q u e p e r d n e m e , n o sea malita.
BERTINA NO vaya o n d e O a Vicenta. Es m e d i o b r u j a . . ., dicen. . . L a Luz-
m i r a . . . Mi agelita n o la p u e ni ver, se lo pasaban peliando.
EULOGIO Por qu?
BERTINA P o r q u e es tan re metete. Desde chica j u as. . . Dicen. Esa naci
pa b r u j a . . . No vaya n, ser m e j o r !
EULOGIO No, si n o voy a ir n. Y el tonto'el Indalicio, q u e m e r e j u r a b a q u e
h a b a visto u n nima aqu. U n a viejita. Y yo le eca q u e n o h a b a
u n a , q u e h a b a n cuatro. . . Y l me'eca: No, pus Eulogio, si son
cinco! P o b r e cabro, parece q u e est m e d i o trastornao. Es q u e son
esas cosas q u e le m e t e n en la cabeza a la gente. Y despus, p u e e n
morirse j u r a n d o q u e son ciertas. . . Y ust, cmo ha estao?
BERTINA Aqu, pues. . . Esperndolo. Soy t a n re lesa q u e c u a n d o ust d i j o
q u ' i b a a venir t e m p r a n i t o , l ' e n t e n d q u ' i b a a venir en la m a a n a .
As q u e de la m a a n a q u e lo estoy esperando.
EULOGIO De la m a a n a q u e me'stoy v i n i e n d o tamin. . . Le t r a j e u n en-
gaito.
BERTINA Pa q u se j u a molestar, qu es?
EULOGIO U n a leserita, n o m s . . . , a ver si m e p e r d o n a . . . (Ella abre el pa-
quete y saca una figurita tpica del lugar, una cermica pintada de
colores vivos. Es una pareja que va a caballo). Esa es ust, y ese
soy yo. . ., y ese es el " a t o " . Mi caballo se llama ato. . . G e n o ,
n u es mo, pero. . . Qu pasa? Qu tiene? (Bertina examina cui-
dadosamente la figurita).
BERTINA Floridema! Venga u n ratito! Floridema!
Voz DE F L O R I D E M A All voy, nia.
EULOGIO QU pas? (Entra Floridema).
58 MAPOCHO
FLORIDEMA Me l l a m a b a n ? P o r q u e la L u z m i r a m e d i j o q u e n o v i n i e r a a mo-
lestar.
BERTINA Mira.
EULOGIO H o y n o se lo p e t r a e r p o r q u e c o m o es d o m i n g o , lo n i c o que
h a b a a b i e r t o , era la pastelera.
BERTINA Ay!, qu ser?
EULOGIO Adivina, gen adivinaor. . .
BERTINA Pero, ayeme u n poquito, siquiera.
EULOGIO NO tiene fin ni principio,
r e o n d o como u n a r u e a ,
es del m e t a l m s precioso,
o n d e se p o n e , ah se q u a .
BERTINA Ah, ya s ! . . . (Sorprendida repentinamente). El anillo...
EULOGIO U n anillo, eso m i s m i t o .
BERTINA (Nerviosa). P q u . . . ?
EULOGIO P a q u e se c o m p r o m e t a conmigo.
BERTINA NOS conocimos ayer, n o ms.
EULOGIO Y a lo m e j o r , m a a n a nos casamos. Y as c o m p r o la casa y vivimos
toos j u n t o s .
BERTINA NO va a p o e r ser.
EULOGIO NO q u i e r e ?
BERTINA NO va a p o e r ser t a n luego. . . Estas cosas n o se p u e e n h a c e r tan
apurs.
EULOGIO Si h a y q u ' e s p e r a r , yo espero. P e r o , ust m e quiere?
BERTINA C l a r o q u e lo q u i e r o . . . pa q u se h a c e el t o n t o c u a n d o se m e n o t a
a la legua. . .?
EULOGIO A m s q u e se m e n o t a .
BERTINA A m se m e n o t a ms.
EULOGIO E n t o n c e s , se va a casar conmigo?
BERTINA NO va a p o e r ser t a n l u e g o . . .
EULOGIO YO la espero. Y la q u i n t a la p o e m o s a r r e g l a r j u n t i t o s .
BERTINA L o s damascos estn secos. . . P e r o se p u e e n p l a n t a r otros nuevos. . .
se d a n t a n g r a n d e s !
EULOGIO Ah! Se m e o l v i d a b a . . . M a a n a voy a v e r los terrenos, esos q u e m e
d i j o u s t ayer, si'acuerda? C o m o este t e r r e n o es t a n r e b a r a t o , a lo
m e j o r m e alcanza p a los dos.
BERTINA T a n t a p l a t a tiene?
EULOGIO Es q u e m i v i e j i t o t e n a dos casas, y las dos las v e n d . . . esta es m i
tierra, y a q u q u i e r o t r a b a j a r .
BERTINA L a tierra d ' i u n o , es la m e j o r .
ZELMIRA D e la B e r t i n i t a y d e la L u z m i r i t a ya m e d e s p e d . L a L u z m i r i t a t e n a
m u c h a p e n a p a salir a e s p e d i r m e , d i j o .
FLORIDEMA E n t o n c e s , vamos.
ZELMIRA C u a n d o ust diga.
(Se van juntas hacia el fondo, seguidas por un rayo de luz plateada que
cae sobre ellas, y se pierden entre los rboles. Bertina sale y las busca por
todos lados. Saca su pauelo y lo agita hacia el bosque y luego hacia el
cielo) .
EULOGIO A q u i n le h a c a seas. . .?
BERTINA A. . . a m i a g e l i t a . Vio el sol? A p e n a s cay u n rayo d e luz y l u e g o
se golvi a c e r r a r el cielo. . . Esta n o c h e va a llover. N o m e gusta n
la l l u v i a .
EULOGIO C u a n d o llueva, v a m o s a h a c e r p i c a r o n e s y sopaipillas en a r r o p e , y
v a m o s a e n c e n d e r u n brasero q u e c a l i e n t e toa la casa. Y v a m o s a
a t e n e r u n p e r r o p a c u a n d o yo vaya a cazar p e r d i c e s y u n gato p a
q u e p e l e e c o n el p e r r o . L a j a u l a t e n d r h a r t o s canarios y. . .
BERTINA P e r o lo m e j o r es q u e v a m o s a p l a n t a r d e n u e v o la q u i n t a y los rbo-
les se v a n a l l e n a r d e flores. . . Damascos. . . n a r a n j o s . . . y cirgiielos.
EULOGIO Las cirgelas, t a m i n se d a n grandes?
BERTINA Grandazas!
EULOGIO Y cirgelas e n t o n c e s . . . P e r o h a y o t r a cosa m s i m p o r t a n t e q u e los
cirgiielos. . .
BERTINA Qu. . .?
EULOGIO Las guaguas. Vamos a tener guaguas.
BERTINA S. . . (Trata de disimular su pena, pero no puede) Ay, n o p u e o m e n -
tir. . .! N o p u e o s o a r con lo q u e n o va a ser n u n c a . . . Ay! Diosito
l i n d o , q u voy a hacer? Q u p u e o hacer? (Sigue llorando desconso-
lada, y Eulogio trata de calmarla) Por q u m e t u v o q u e p a s a r t a n
t a r d e . . .?
EULOGIO NO llore, m ' h i j i t a , n o llore. . . T o o se va a arreglar.
BERTINA NO se va a a r r e g l a r n u n c a . . . N o se va a r r e g l a r . . .
EULOGIO Voy a estar s i e m p r e con ust.
BERTINA (Entre sus lgrimas) Siempre...?
EULOGIO loa la va.
BERTINA Y despus...?
EULOGIO Y d e s p u s e' la va, t a m i n . . . C o m o e n los cuentos!
BERTINA C o m o la d u r m i e n t e esa, q u e la ' e s p e r t a r o n con u n beso?
EULOGIO C o m o esa m e s m a .
BERTINA No m e va a h a c e r t o n t a . . .? No m e va a e n g a a r ?
EULOGIO C m o se L'ocurre. . .! (Le da su pauelo).
BERTINA Cosas q u ' i u n a sabe cli'otras g e n t e , p u e s . P e r o q u se le va a hacerle,
c o m o 'eca la O r f i l i a . P a r q u e los h o m b r e s n a c i e r o n p a ser i n f i e l e s y
las m u j e r e s p a ' e s p e r a r . L a s cosas son as, y as v a n a ser hasta q u ' e l
m u n d o si'acabe. Y u n a , la t o n t a lesa!. . . est c o m o est. . . s i e m p r e
cae.
62 MAPOCHO
(Cuando est mediando la cancin, aparecen por el lado del camino, sin
que Bertina, Luzmira ni Eulogio se den cuenta, Indalicio, Nano y Oa Vi-
centa, que viste de negro y tiene algo de pajarraco maligno. Se quedan
agazapados detrs de la verja) .
BERTINA De q u . ..?
EULOGIO D e l t i e m p o . . . Yo soy d e c a r n e y geso. Soy m s dbil. P u c o cam-
biar. . . P u e o o l v i d a r m e d e ust, p u e o d e j a r d e q u e r e r l a . . . Tengo
m i e o del t i e m p o . . . Y yo la q u i e r o ! . . . p o d r a m o r i r m e p o r ust. . .
p e r o despus. . . n o s, n o s n . Y es t a n fcil j u n t a r n o s . . . e n la
casa. . . hay u n r i f l e . . . c e r r a n d o los ojos. . .
BERTINA N o . . . Es como el c u e n t o , t i e n e q u e cruzar too el b o s q u e espinoso,
p a llegar o n d e la U r m i e n t e . Ella va a estar e s p e r n d o l o . . . Y ade-
ms. . . el b o s q u e espinoso n u es t a n terrible. . . Sabe lo q u e hizo el
p r n c i p e ? . . . N . Se m e t i p a ' e n t r o n o ms, sin m i e o . . . L a va es
g e a , si u n o quiere, la va es g e a . . . Los j a r d i n e s se p u e e n p l a n t a r
d e n u e v o , y las casas es p u e e n golver a p i n t a r . P e r o el v e r d a d e r o , el
verdadero a m o r , ese es u n o s o l o . . . Yo n o tengo mieo por ust,
E u l o g i o . ' E n t r o d i ' o c h e n t a aos, u s t va a golver a q u con su m i s m o
a m o r d e a h o r a , p o r q u e ' e s as. . . El a m o r n o se gasta. . . L a cabeza,
los d e d o s se p u e e n gastar; p e r o el a m o r , el v e r d a d e r o a m o r , ese n o . . .
P o r eso, n o llore, pues. H e m o s l a g r i m e a o ' e lo l i n d o h o y d a . N o h a c e
f a l t a q u e llueva. . . t e i m o s r e g a o too el j a r d n . . . Y a h o r a , se va a ir
c o n t e n t o , con el corazn h i n c h a o c o m o u n a casa. . . se va a acostar
y va a s o a r conmigo. Y m a a n a . . . como el p r n c i p e , se v a a m e t e r
p ' a l bosque, sin mieo. . . Y c u a n d o se le clave u n a espina, hgase
el leso! Se salen solas. . . L a U r m i e n t e va a estar d e s p i e r t a con el
corazn h i n c h a o c o m o u n a casa. . . d e gusto. . . d e gusto. . . H a s t a
entonces, y g e a c o s e c h a . . . (Se levantan). Acurdese d e los da-
mascos.
L a s cortinas se cierran.
TELON F I N A L