Prisma N° 44

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miada con Medalla de plata en la Exposición ] ternc^l<^aJ¡cTg Jjüjilán d4 ]906

DIRECTOR - C L E M E N T E ^roStMi^CA CENTRAL

L i m a , á 22 de junio de ^ b " fc R H T E G A NUM. 44


^ojLiUL,^Ajy:;'

Espejo de Venecia (Cuadro de J . Blanche)— «Salón»-iyo7


2 PRISMA

Vn pueblo nruerto
- rv4

E n los nidos ele antaño, t á sombreada por un suche secular y florido; enreda en
no hay pájaros ogaño. su techumbre un blanco j a z m í n , y una tosca v e r j a cierra
CERVANTES—ii. I.XXIV. su puerta, temiendo que alguien escapase. I n ú t i l precau-
ción. L a casa e s t á desierta y sola. E s el pueblo ideal pa-
i. pueblo g r i s de R u s i ñ o l existe, existe ron su calma ra los amantes d é l a soledad y del silencio.
dulce y silenciosa, con su colorido opaco, con su E n las m a ñ a n a s alegres del domingo, l a campana
tristeza de cementerio, con su olor á tomillo y á l l a m a á misa, pero no sé que timbre s o m b r í o tiene el so-
madreselva. E n la porción m á s agreste de la comarca y nido de ese bronce, que parece un lamento, un doble f u -
en el fondo de una hondonada, oculta entre unos sauces nerario. L a iglesia abre su postigo y dos filas largas,
viejos y mustios, que solo dejan ver un campanario de- m o n ó t o n a s , de feligreses y labriegos desaparecen en él.
rruido, dorado por los arreboles de un sol poniente, allí L a iglesia, v i e j a y f r í a , huele á humedad, á flores mar-
e s t á l a aldea. B o r d é a l a un pantano, i m á g e n de su vida, chitas, y conserva ese olor acre de los cirios apagados.
en el que verdean las rosas del agua, flores raras y ex- Como les vidrios de la linterna de la bóveda hace muchos
t r a ñ a s como la vida del pueblo. ¿ A c a s o las emanaciones a ñ o s que desaparecieron, las palomas anidan y revoletean
de l a c i é n a g a , los vapores de l a charca, h a b r á n adorme- por la cornisa de l a iglesia. L o s fieles llevan en ofrenda
cido á sus moradores? L a nat raleza lo domina todo con ramos de m a r g a r i t a s y de albahacas y un aliento de pri-
los perfumes de sus flores, con su olor á campo y á esta- mavera inunda los altares. E n la penumbra misteriosa
blo. L o s postes del alambre t e l e f ó n i c o reverdecen y en él de los retablos negros y obscuros, apenas disipada por l a
se posa una hilera de g-orriones alegres y cantores. E l luz a m a r i l l e n t a de los cirios, se entreven santos moribun-
pantano entona un eterno silbido y las c h i c h a r r a s empie- dos y ensangrentados. De un zahumador de plata se ele-
zan su himno m o n ó t o n o á l a tarde. A la entrada del pue- va una columna de incienso. E l oficio termina; los mozos
blo h a y una fuente: las mozas van á e l l a c o n e l c á n t a r o al del pueblo con sus t r a j e s de fiesta se ponen del lado de
brazo, á peinar sus cabellos en el espejo de las agrias. E s - una cruz jigantesca é historiada, para ver s a l i r á las mo-
te pueblo tan poético y triste es el pueblo de Surco, v i e j a zas. Hit pasan, y á se pierden, y á vuelve el pueblo á su
aldea que se derrumba y muere; que tuvo en otros tiem-
s u e ñ o . H a s t a el amor lleva ese sello de apacible tristeza
pos pasadas grandezas, que e s t á n pregonando los porta-
de la aldea. L o s amantes van á l a fuente y a l l í se miran
les en ruina de sus antiguas casas solariegas, y cuentan
y se vuelven á mirar en las aguas, para volver á subir
los abuelos que h a s t a rodaron por su plaza solemnes ca-
luego la cuesta que al m a n a n t i a l conduce. Son las doce,
bezas. ¡ O h , la plaza del pueblo, qué plaza tan grande, tan
y, como el domingo hay merienda en casa del pastor de
vacía y desierta! Solo la cruzan en lenta caravana viejos
almas, un d ó m i n e largo y apergaminado, con grandes
que cabalgan en asnos pacientes, pobres viejos que se
g a f a s , manteo y sembrero de t e j a , comienzan á reunirse
aduermen arrullados por el t n d a r lento y perezosa de sus
los concurrentes; el juez, el boticario, el barbero, que es
cabalgaduras, que solo dan s e ñ a l e s de vida*en el riiovi-
m í e n t o de sus pies acompasado y r í t m i c o . t a m b i é n albeitar, y otros notables m á s . P r e s i d e el d ó m i -
ne en silla de baqueta, lecuerdo ú n i c o de la pasada edad.
L a s calles del pueblo son largas, tan l a r g a s y muer- A l a sobremesa se cuentan leyendas, se narran historias,
tas que han llamado á l a una calle de l a A m a r g u r a ; pero siempre las mismas, porque l a novedad ha tiempo
s o m b r é a n l a unos á r b o l e s verdes, oscuros y frondosos, y que se m a r c h ó del pueblo.
de trecho en trecho, cerno rompiendo l a m o n o t o n í a , un No h a y pueblo sin fiestas, y en este, precisamente por
ramillete de retamas silvestres. P o r entre las v e r j a s de la necesidad de olvidor un momento esa eterna nostalgia,
las huertas se divisan como una alfombra de verdura, los las fiestas son su v i d a . A l e g r a ver correr un m a n a n t i a l
s e m b r í o s de marg-aritas y de juncos. d e s p u é s de contemplar la i n m ó v i l quietud del pantano.
¿ Y las gentes, donde e s t á n los moradores de l a akb a A q u í las fiestas son tan r a r a s y v i e j a s como el pueblo.
desierta?—A l a puerta de sus casas tomando el sol en s i - E p o c a hubo en que l a r e i n a de ellos eran les moros y
llas tan antigrias como sus d u e ñ a s , e s t á n las abuelas pei- cristianos. Se representaban h a z a ñ a s caballerescas, se
nando á las nietas ó haciendo calceta. L o s chiquilllos lucían los aceros y se e x h i b í a n t r a j e s y caballos; la plaza
parecen viejos, ni ríen, n i g r i t a n , ni jueg"an, y los perros se c o n v e r t í a en palenque, y l a multitud se a p i r a b a en
que no son como todos sus hermanos, ní ladran, ni se derredor. Pero pasaron los tiempos, y con ellos los moros
mueven. ¡Qué tristeza tan grande la tristeza del pueblo! y cristianos. H o y sólo suenan por la P a s c u a l a flauta y
S u s casas son p e q u e ñ a s y bajas, la eterna regularidad de el arpa, que a c o m p a ñ a n el baile de las payas y la a l g a -
sus puertas y ventanas oscuras hace pensar en las negras r a b í a que de tarde en tarde ocasionan las jugadas de ga-
bocas de los nichos. L a s puertas se quejan y chillan al llos. Q u e d ó , empero, una fiesta religicsa y o r i g i n a l , que
abrirse ó cerrarse, pues la c? room a ha hecho su morada rompe l a quietud del pueblo, que lo preocupa y a g i t a .
en ellas, como que fueron hechas per los padres de las R e ú n e n s e los hermanos y eligen mayordomos, a p r é s t a n -
que hoy son abuelas. L l a m a n á la una « c a s a del jabone- se los pecadores 3' los devotos agradecidos para vestir el
ro», ¿ P o r q u é ? Nadie lo sabe, nadie lo pregunta, nadie h á b i t o del penitente en l a procesión del V i e r n e s Santo.
p o d r í a decirlo. U n vago misterio se une á su belleza: es- E n mis tiempos, que y a t a m b i é n soy viejo, era en una
PRISMA
3

de e s a s n o c h e s c á l i d a s á l a l u n a de r u a r l o . U n a l u n a p á - r r o s ; l a s v i e j a s que se a d u e r m e n en e l s i l e n c i o de u n m e -
l i d a , que sa l e v a n t a b a l e n t a m e n t e de los t r á g i c o s montes d i o d í a e s t i v a l y l o s c h i c o s que p a r t e n á l a e s c u e l a . A l a
de S a n J u a n , alumbrábala vagamente con s u plateada c a í d a de l a t a r d e s u e n a e l A n g e l u s l a c a m p a n a de l a i g l e -
luz, h a c i é n d o l a misteriosa cual p r o c e s i ó n de s o m b r a s y s i a , e s c ú c h a s e e l m u g i r de l o s g a n a d o s que v u e l v e n á l o s
f a n t a s m a s . D e s p u é s de d e s c e n d e r de l a c r u x á un cristo e s t a b l o s , el s o n i d o de l a s e s q u i l a s , e l b a l i d o de l a o v e j a s .
y e r t o y amoratado, c u y a l a r g a y sedosa cabellera p e r f u - L o s bueyes, cansados y sedientos después del trabajo,
m a b a n a r o m a s n a t u r a l e s , se l e d e p o s i t a b a e n u n s e p u l c r o d e s f i l a n h a c i a l a f u e n t e ; 'es s i g u e n l o s m o z o s t a ñ e n d o u n
florido y e x t r a ñ o . L o a c o m p a ñ a b a llorosa una muñeca r o n d í n ó entonando u n a copla cuyo sonido repite e l eco-
pálida y denegrida: l a Dolorosa. S e g u í a n l a , rígidos y Y , luego, n a d a . E n t ó r n a n s e las p u e r t a s y u n o que o t r o
m u d o s , los p e n i t e n t e s e n a y u n o , e n c a p u c h a d o s de b l a n c o , q u i n q u é a l u m b r a . p e n a s sus calles negras y desiertas.
con l o s a c e r o s d e s n u d o s . U n o de e n t r e ellos, v a r ó n santo C u a n d o v o y á ese p u e b l o , h a s t i a d o de l a ciudad, de su
y v i r t u o s o , h a c í a de C h r e i s t o s , e n m a s c a r a d o y c u b i e r t o c o n v i d a , de los h o m b r e s , p i e n s o q u a l a f e l i c i d a d reside en
l a r g a t ú n i c a y cargaba un leño enorme y pesado. Este esa aldea c a l l a d a y s o l i t a r i a . P e r o ¡oh i r o n í a ! sus mora-

c o n j u n t o , que t i e n e de a p a r i c i ó n y d e s f i l e de p e n a s y á n i - d o r e s , los p a c í f i c o s c a m p e s i n o s , e n v i d i a n l a v i d a y e l b u -
l l i c i o de l a c i u d a d . E s a es l a m á s g r a n d e de l a s t r i s t e z a s
mas, e r a a l u m b r a d o m i s t e r i o s a m e n t e por l a v a c i l a n t e l u z
de l a v i d a : n a d i e e s t á c o n t e n t o con su suerte, nos agita
de l a s v e l a s que l l e v a b a n l o s v i e j o s y l a s v i e j a s de l a a l -
s i e m p r e u n a s e d de n u e v a s i m p r e s i o n e s . S i n e m b a r g o , e l
d e a , y l a l e n t a p r o c e s i ó n se d e s e n v o l v í a d o l o r o s a e i r ó n i -
i d e a l de u n a c i e r t a f e l i c i d a d no es t a n ¡ e j a n o é i r r e a l i z a -
c a por l a c a l l e de l a A m a r g u r a . ¡ P a r o d i a a d m i r a b l e de l a
ble; e s t á en el d e s a r r o l l o l i b r e de u n a a c t i v i d a d , de una
V i a C r u c i s de J e r u s a l e m ! ¡ E n c a r n a c i ó n de l a p r o c e s i ó n de
e n e r g í a e n el t r a b a j o . A s i lo s i n t i ó R u s k i n , e l maestro,
á s i m a s con que t r o p e z ó e l H i d a l g o de l a M a n c h a ! T a m -
c u a n d o d i j o : « v e d l a s c o s a s que h a c e n f e l i c e s á los h o m -
b i é n se f u e , p e r d i ó s u p o e s í a v e l a d a con l a luz del d í a , y
b r e s , v e l a n p a r a que g e r m i n e e l g r a n o ó c r e z c a n las flo-
como c a r i c a t u r a h a quedado hoy sólo u n a r i d i c u l a masca-
res, r e s p i r a r penosamente sobre el a r a d o y l a p a l a , leer,
rada.
orar, amar, pensar.»
P e r o , m á s que e l p u e b l o e n fiesta, me e n c a n t a el p u e -
blo de s i e m p r e , el p u e b l o m u e r t o , el p u e b l o de los m o z o s
que á l a a l b o r a d a se v a n a l t r a b a j o , de las m o z a s de l a JUAN B . D E L A V A L L E .
f u e n t e ; en que s ó l o q u e d a n l a s v i e j a s , los c h i c o s y los pe- MCMVII.

Wé'#&'

A mi inolvidable compañero P i e l eco de l a p e n a que me d e m o r a ,


.

P u e s q u i e n a l l í e n l a s t a r d e s me a g u a r d a a h o r a .
A ú n e n m i s o í d o s t u voz r e s u e n a .
E s tu retrato sólo, tu imagen fría,
M i c o r a z ó n l l e n a n d o de a m a r g a p e n a ,
S i n voz, s i n m o v i m i e n t o , s i n a l e g r í a !
C u a n d o a l s a l i r de c a s a por u n i n s t a n t e
A c u d e á m i s p u p i l a s acerbo llanto,
D e m í te d e s p e d í a s c o n beso a m a n t e :
— ¿ S a b e s d ó n d e te e s p e r o ? — S í , v i d a m í a , M i ser entero agobia m o r t a l quebrante,

E n e l l u g a r de s i e m p r e : L a L i b r e r í a . Y en estas l a r g a s h o r a s c r e p u s c u l a r e s
Sola con m i s recuerdos y m i s pesares,
Y al encontrarnos luego, ¡ c u á n t a ventura
H a c i a la tierra inclino la mustia frente
R e v e l a b a n tus ojos, y q u é ternura!
Con toda l a t r i s t e z a del S o l poniente!
E n esas dulces horas crepusculares,
P e r f u m a d a s de r o s a s y de a z a h a r e s , L A S T E N I A L A R R I V A DI? LEONA.
I r r a d i a r yo v e í a sobre t u f r e n t e
G u a y a q u i l , m a y o 2 1 de 1907.
T o d a l a a u g u s t a p o m p a del S o l p o n i e n t e !

E s o t r a L i b r e r í a donde h o y te m i r o ( 1 )
(1) A l u d e á un retrato de L i o n a que se exhibe actualmente
Y a l c o n t e m p l a r t e e x h a l o ; q u é hondo suspiro, en l a L i b r e r í a « L a Viña» de esta ciudad.
4 PRISMA
"ifftfy^WWi?

DE PROVINCIAS
IDepartameíato cLe Z^a.m.loa^oq.vLO
( >

P l a z a Lainbaycque Chiclayo.—Plaza A^nirre


PRISMA 5

CAMPO SANTO
(OFRENDA D E CARIÑO DEDICADA A L RECUERDO D E L A SEÑORITA MARTHA FURLONG)

y|.\KTiiA, e s t á s ausente y a del mundo de los v i v o s . E l E r a s l a paz. porque en t u leal c a r i ñ o podía descansar l a
tiempo, con su marcha veloz, te d e j a r á a t r á s en p á - fe de tus amigas; eras el recreo, porque t r a í a s contigo l a
l i d a lontananza; la claridad de tu imagen se borra- s i m p a t í a por los placeres bellos y sencillos. P e r m a n e c í a s
r á , y el dolor que embarga I103' l a a t m ó s f e r a se desvane- agena á las luchas, las dudas y los problemas del traba-
c e r á como las coronas que marchitan sobre tu tumba jo, y en la mirada de tus ojos azules se transparentaba
recien cavada. L a naturaleza, vigorosa y eterna, sig'ue un s u e ñ o religioso. T u e s p í r i t u rechazaba el m a l , a s í co-
creando seres por cada organismo que se deshace, seres mo á las puertas de la iglesia se repudia las m a n i f e s t a -
tan preciosos como los anteriores, tan hechos para amar ciones 110 sagradas. N i l a obsesión del deber austero, n i
y ser ainados. Pero tú, M a r t h a , has cerrado con llave de el a f á n de obras arduas o p r i m í a tu pecho. T u vida no
oro una época de mi existencia, porque las c o m p a ñ e r a s f u é un cielo completo de l a existencia: f u é solamente l a
nuevas que e n c o n t r a r é no conocerán los recuerdos que aurora de l a h e b d ó m a d a , el proemio del porvenir.
llvamosen el cerebro juntos, t ú y yo. Nosotros dos evo- Duerme en el cementerio, duerme. Siempre te acer-
c á b a m o s con una palabra los d í a s felices en m i hogar, caste sin t e m j r á tu lecho, l a sepultura de tu hermauito
las luces en l a b a h í a del Callao, l a caída vaporosa de las cubierta de violetas. ¿ T e quejas en los brazos de l a m a -
aguas de l a a l t u r a de T a n g a c h u c o . dre que te acuesta? Pobre M a r t h a , es que a c a b ó el do-
J a m á s al pensar en t í p e n s é en la muerte; pensaba en mingo y vienen los d í a s graves. A f u e r a se quedan l a s
todo aquello que significa a l e g r í a , solaz y afecto. T u mariposas multicolores y las hierbas f r a g a n t e s que te
perteneces a l c í r c u l o de las almas puras que simbolizan gustaban. Desde las torres l e j a n a s suena l a campanada
una sonrisa en el cielo como en 1Í: t i e r r a . que despide una fecha cumplida.
Y o te veo a l lado de mi padre-, no muerta, sino rebo- ¿Con qué razón s e ñ a l a el calendario cristiano el do-
sando en los juegos de tu inocencia i n f a n t i l . N o puedo mingo como principio de l a semana, cuando s e g ú n l a le}"
echar el manto de l a tristeza sobre t í que tuvistes el del A n t i g u o Testamento el d í a de descanso debiera ter-
corazón ligero de los n i ñ o s buenes y te extraviasteis en m i n a r l a ? Hubo l a necesidad de establecer esta diferencia
e l m á s a l l á sin sospechar la f a l t a que h a r í a s á los t u - entre l a religión del h i j o y del siervo. E l padre prodiga
yos. un temprano obsequio mientras que el amo reserva un
«Un cambio incesante, tal es l a v i d a » , he a q u í la f r a s e pago t a r d í o . E n las seis jornadas en que lo b a j o y lo co-
en que m i madre condensa l a solemnidad de sus medita- m ú n abundan, tenemos el p r i v i l e g i o de llevar con noso-
ciones y l a vehemencia de sus pesares. E s el cambio á l a tros l a s e n s a c i ó n de amar y el recuerdo de una realidad
vez que el milagro perenne con que Dios refresca' nuestro , suprema. De nuestra conciencia parten el calor que d i -
á n i m o , y l a sentencia severa con que nos niega las cosas suelve el hielo y l a luz que a l u m b r a las tinieblas.
que han pasado. ¡El cambio es la herida abierta para los L a s almas sanas no se lamentan; se distinguen por e l
unos y el secreto oculto para los otros que no lo sienten! aire confiado con que se pasean entre los t ú m u l o s fune-
E n el bullicio de l a actividad diurna cuantos hombres no rarios y el i n t e r é s con que se dejan distraer por los f e n ó -
se dan cuenta del instante en que el sol pasa el meridia- menos infinitos del orden u n i v e r s a l .
no. Puede haber culminado el astro del d í a en nuestro E l l a f u é sana, l a que visitamos a q u í . Quiero espantar
zenit sin que lo sepamos. Pero poco á poco nos apercibi- de s u oído los suspiros enfermizos y brindarle a l e g r í a y
mos de los vientos de l a tarde, y el primer callar de los salud. Delicado es el grano que se echa en el surco. T a l
p á j a r o s nos hace pensar en l a s voces que se s u m i r á n en vez que a l s e m b r í o de ayer le dieron l l u v i a cuando p e d í a
silencio d e s p u é s . Sí, l a dirección invertida de l a s som- sol, ó le dieron sol cuando pedía nieve. ¡Dios grande, per-
bras nos dice que las esperanzas se van tocando en r e - mite que este g é r m e n que te encargo crezca hasta alcan-
trospectivas. L l e g a r á a l fin la hora en que no deberemos zar la plenitud del desenvolvimiento!
ya pedir, sino dar las gracias por lo recibido.
DORA M A Y E R .
¿ M a r t h a , con que te c o m p a r a r é para pintar tu retra-
to?—con el domingo entre los siete d í a s de l a semana. Callao, junio de 1907.
PRISMA

EL "REAL. FELIPE"
U N PLAN A UDAZ

I biertas las cabezas con gorros de cuartel, de los que usa-


ba la i n f a n t e r í a e s p a ñ o l a ; colocados lejos de la v i g i l a n -
liemos llegado ai día dieciseis de julio de 1818. cia inmediata de los superiores, simples soldados de l a
De entre las enramadas de la huerta de Presa surgen, g u a r n i c i ó n , al parecer unidades perdidas, en las cuadras
como rumores de bulliciosos manantiales, gritos de ale- y el c a n c h ó n ; y bajo la protección de los cabos y sargen-
g r í a , risas estridentes, cantos y aplausos. tos del cuerpo, á las doce de la noche, los conjurados y
Hermosas h i j a s del K i n i a c celebran allí el aniversario sus cómplices militares, d u e ñ o s de las armas y de los
de su natalicio; las libaciones perturban los cerebros y puestos de guardia, a b r i r í a n las rejas de los prisioneros,
agitan los nervios; y el baile, ese r í t m i c o movimiento, y, sin resistencia, s i n disparar un proyectil el castillo
calma, en parte, l a anormalidad producida por el licor. sería suyo.
Mientras al placer se rinde culto en ese templo, que Apresado el T e n i e n t e Gobernador; cambiados los cen-
tiene por c ú p u l a el azul de los cielos, en ia sala que y a tinelas; custodiadas las entradas de la fortaleza por los
conocemos un grupo de hombres se entrega á otros de- exprisioneros; establecidas partidas en los caminos de
leites, á otros e n s u e ñ o s ; á f o r j a r ilusiones quizás, naci- L i m a , se o b l i g a r í a al j e f e de l a plaza á firmar un oficio
das en medio de l a embriaguez que produce la persecu- para el V i r r e y , breve y conciso, pero apremiante.
ción de un ideal; de l a embriaguez del n i ñ o que cae y — L o s prisioneros se han sublevado y tomado algunas
rueda hasta lo m á s hondo del barranco, cuando r i s u e ñ o armas, quejosos del m a l tratamiento que dicen se les da.
c o r r í a tras de la multicolor mariposa. ( 1 ) No quieren ceder mientras su excelencia no los oiga y
E l domingo 19 de j u l i o estaba fijado para celebrar garantice, bajo su palabra de honor, mejorar su condi-
una revista m i l i t a r : unas maniobras, un simulacro de v i - ción.
da de c a m p a ñ a , al que llamaron el «Campo v o l a n t e » . — L a s «Si su excelencia se presenciaba, s e r í a igualmente
tropas e s p a ñ o l a s d e b í a n salir á los alrededores y s i m u l a r «preso y se le h a r í a firmar oficios para el s e ñ o r Inspec-
una acción de guerra en defensa de l a plaza. L a ciudad t o r ( 4 ) y jefes de los cuerpos residentes en L i m a , para
q u e d a r í a casi desguarnecida y l a a t e n c i ó n del virrey y «que se presentasen en el indicado castillo del «Real P e -
los jefes d i s t r a í d a en esa o p e r a c i ó n . «lipe» para el consejo de guerra que d e b í a celebrarse con-
¿ Q u é mejor oportunidad para dar el golpe decisivo, t r a los dichos prisioneros por haberse sublevado y hecho
la sorpresa cuidadosamente preparada y lista y a para ser « a r m a s , lo que. verificado, s e r í a n arrestados del pro-
ejecutada? ( 2 ) pio modo.» ( 5 )
F a v o r e c í a aun m á s la ejecución del plan la circuns- M á s vastas eran las aspiraciones de los revoluciona-
tancia de que en ese día, tres de los comprometidos per- rios.
tenecientes al «Real I n f a n t e » , los cabos don L u i s R a m í - Apoderarse de l a f r a g a t a de guerra « V e n g a n z a » , y
rez, don J o s é Z a u r a y don J o s é L e ó n , e n t r a r í a n de guar- d e m á s buques surtos en l a b a h í a , mientras fuerzas des-
dia en el principal y la prevención. ( 3 ) tacadas de la plaza i r í a n á apoderarse de los cuarteles de
A s i l o pensó el c ó m a n t e Gómez y ese pensamiento ob- L i m a , al mando del comandante don J o s é G ó m e z , y «pro-
tuvo la a p r o b a c i ó n de sus leales y audaces colaboradores. v o c a r un levantamiento general en el P e r ú y entregar
E s tiempo de que descubramos el proyecto; de estu- el p a í s á S a n M a r t í n . »
diarlo y hacer su a n á l i s i s con sano criterio, sin prejuicios
ni apasionamientos. III
Tenemos los datos necesarios para apreciar si era
factible, ó sólo un delirio de imaginaciones enfermas; de L o s siguientes fragmentos de declaraciones recibidas
hombres sin criterio, de e s p í r i t u s desequilibrados, ó enlo- revelan el proyecto, en toda su e x t e n s i ó n , y comprueban
quecidos por la obsecacióu que les p r o d u c í a la idea de la las aserciones que acabo de exponer.
independencia. Dice J o s é Casimiro E s p e j o en 5 de octubre de 1818.
«Que Gómez le m a n i f e s t ó en el camino de esta ciudad
II para Santa O l a y a que ganado el castillo y preso el T e -
niente Gobernador hacerle firmar los partes para el exce-
E l plan, que con r a r a uniformidad describieron ante l e n t í s i m o señor V i r r e y , s e ñ o r Inspector, Mayor de la
la j u s t i c i a los actores don J o s é Gómez y J o s é Casimiro plaza y jefes m a n í Pesiando en ellos ser precisa su presen-
E s p e j o , era el siguiente: cia en aquella plaza, pues t e n í a que comunicarle asuntos
Contando Gómez, como y a contaba con la tropa del tos arduos, y luego que entrasen en ella las personas cita-
b a t a l l ó n tercero del regimiento «Real I n f a n t e don Car- das, levantar el puente levadizo y arrestarlas é inmedia-
los», diez ó doce hombres e n t r a r í a n en el castillo en las tamente mandar á Zabarburu en la f r a g a t a inglesa con
primeras horas de l a noche. el aviso de lo que h a b í a ejecutado á S a n M a r t í n . —Que
E n v u e l t o s en sus ponchos ó en capotes militares y cu- para ese plan contaba con los prisioneros de casas-ma-
tas.»
(1} I a s fiestas del 16 de j u l i o en l a huerta de P r e s a e s t á n
v E l comandante don J o s é Gómez puesto y a en capilla,
comprobadas con los testimonios de doña N a r c i s a Gómez, her-
mana den don J o s é ; y de doña F r a n c i s c a V e r g a r a de Pagador. el 1° de enero de 1819 se expresa a s í :
(2] 20 de j u l i o , decía don V i c e n t e V i v a neo¬
— V e a usted. ;Qué conejos estos! N u n c a mejor que ayer para (Continúa).
apoderarse de l a plaza del Callao y cuarteles de l a ciudad.
(3) I n s t r u c t i v a s de J o s é Casimiro E s p e j o y confesión de don (4) Ül señor general L a - M a r .
J o s é Gómez. [S] T e x t u a l en l a d e c l a r a c i ó n de Gómez.
CRISMA

JOYELES EAEBAEOS

>A literatura uruguaya es para nosotros casi descono- E l libro de versos que acaba de publicar con el título
cí cida. Poco, muy poco sabemos de ese pintoresco de joyeles Bárbaros es una colección de sonetos en la que
país, en el que Rodó cincela con paciencia de ofebre la predominan las evocaciones históricas y los paisajes de
palabra y ennoblece los contornos de su prosa perfecta. la naturaleza. Víctor Pérez Petit, como poeta, pertenece
Entre los más notables literatos orientales figuran á la escuela parnasiana, sus visiones son objetivas y plás-
Victor Pérez Petit, crítico, cuentista y poeta. E s un ce- ticas. L a emoción que produce no dimana del poeta sino
rebro robusto y sólido, de amplia cultura, entusiasta de quese desprende del cuadro que nos pinta.
D'Anunzzio el admirable, espirito refinado, sensible y E n su tríptico titulado La misión del Gólgota se en-
artístico. cuentra el siguiente soneto:
Pérez Petit en sus primeras campañas esgrimió el lá-
tigo de la crítica. Sus páginas valientes y fustigadoras Un día allá en Judá un pueblo entero
le obtuvieron cosecha profusa de malquerencias y odio- en un vértigo inmenso de locura,
sidades. Cansado de tan austero sacerdocio se enderezó clavó una cruz en la montaña obscura
por sentido diverso. Penetró en la novela y en el cuento y en medio de la cruz á un Justiciero.
y hoy, finalmente, se nos presenta en el verso.
Tembló el orbe. Y el sol en un postrero
Una notable evolución ha experimentado el credo ar- resplandor, proyectó por la llanura
tístico de este escritor. E n Gil, su primera novela corta, la sombra de una cruz, cuya figura,
se manifiesta amante (leí naturalismo, ferviente de Zola. parecía abrazar á un mundo entero.
Gil, es un libro amargo y desolado, envuelve un pensa-
miento trágico y humano. Sinembargo, encuentro en él Luego vino la noche, lentamente,
un detallísmo asfixiante y una marcada exageración es- callaron los rumores. E l ambiente
colástica. E l sectarismo naturalista, el zolismo fanático se estremeció con un horror incierto
que guió los primeros impulsos de Víctor Pérez Petit, le
y los astros 03 eron con espanto
r

han hecho concebir el tipo de ese Gil, hijo fatal de una


surgir de pronto el formidable llanto
herencia de prostitución y de presidio; modificado momen-
de los grandes leones del desierto.
táneamente por la educación, pero víctima alfin,de un le-
gado de desequilibrio, de neurosis y de locura. Mas en Joyeles Bárbaros, al lado de sonetos tan her-
A l leer este libro se comprende que el autor está fue- mosos como el que acabo de citar, se hallan otros inar-
ra de su esfera, y que solo pueden haberlo encaminado mónicos en su factura, duros en su ritmo y desacertados
por ese rumbo una imitación artificial, y no verdaderas en sus metáforas. Pérez l'etit tiene sentimiento y abun-
simpatías de tendencias, y afinidades de temperamento. dante inspiración poética; pero le faltan conocimientos
Y pese al grotesco elogio con que le brindó Vargas V i l a , tos en el arte de versificar y dominio de la métrica y
Pérez Petit ha cambiado de orientación. Dejó de un lado del ritmo. Se nota en sus sonetos labor de depuración y
los h'pos naturalistas y entró de llenoen una producción cincel; pero poca propiedad en los términos. Hace á ve-
compleja y variada. Explotó el cuento en sus múltiples ces uso de vocablos rebuscados é impropios que no sólo
formas. Los ha escrito galantes y ligeros, de aristocráti- dislocan un verso, sino que hacen desmerecer inmensa-
cos perfiles, graciosos é intencionados como: La liga y mente composiciones como las suyas que aspiran a la
Sugestión. Los tiene de hondo análisis psicológico como: pureza de la forma.
Crimen de Juan Irisar, trágica historia de venganza y Entre la prosa y los versos de Pérez Petit existe una
de dolor y también los hay delicados y poéticos como: La notable diferencia. Como prosador Pérez Petit es un ar-
música de las flores. Escritos todos con estilo animado y tista verdadero, un virtuoso de la palabra, un cantear
colorista, con frase flexible y armoniosa. distinguido; como poeta le hallo, desigual, falto de origi-
Creo que son estos cuentos lo mejor de su producción, nalidad y con muchas pinceladas falsas.
lo más notable de ella, lo que más durará de su obra.
í'kISMÁ

E l milagro de Z o b c i d a

c ^ - ^ N i E M P R E prudente y s a b í a , Zobeida a l a r g ó despacio verso. Creemos que la fe en los milagros es una supersti-
la cabeza entre dos ramita's de mirto, á fin de ave- ción buena para vosotros los musulmanes que vivís en l a
Orv r í g u a r q u é clase de gente hablaba junto al surti- i g n o r a n c i a de l a V e r d a d , y para sacaros del error, he ve-
dor de agua, á la sombra fresca del murode ladrillo rojo, nido yo aquí, humilde pastor de la I g l e s i a reformada.
y cuando vio que era el reverendo J o h n Feathercock, su —Invocando el nombre de A l á — r e s p o n d i ó Mohamed
señor y d u e ñ o , discurriendo como de costumbre con Mo- con gran solemnidad, — y por virtud de l a c l a v í c u l a de
hamed-si-Koualdia, se d i r i g i ó hacia ellos resuelta, aun- S a l o m ó n , p o d r í a yo hacer que esa tortuga que nos escu-
que lentamente. Cuando estuvo cerca se detuvo, y d i r í a - cha creciese todos los d í a s el t a m a ñ o de una u ñ a .
Y al pronunciar estas palabras, hizo un movimiento
que o b l i g ó á Zobeida á replegar su cabeza bajo el c a p a -
razón.
— T ú no puedes hacer eso—dijo el r e v e r e n d o ; — t ú ,
Mohamed. un hombre lleno úe pecados, un m u s u l m á n
que yo he visto borracho.. . .
— Y o estaba b o r r a c h o — r e p l i c ó Mohamed,—pero me-
nos que t ú .
— ¿ herías tu capaz de forzar l a voluntad de A l á ? —
p r o s i g u i ó el reverendo.
—Inmediatamente—dijo Mohamed, mientras cogía á
Zobeida y la colocaba sobre lo mesa.
L a t o r t u c a , asustada, h a b í a vuelto á replegarse so-
bre sí misma y sólo se veían los cuadros amarillentos
cercados por l í n e a s negras de su c a p a r a z ó n , junto al
pastel jugoso.
Y entonces Mohamed p r o n u n c i ó lentamente las s i -
. •.•
guientes palabras:
— T ú misma eres un milagro, ¡oh tortuga! Porque t u
cabeza es de serpiente, tu cola de r a t a de agua, tus hue-
se. al ver el brillo de sus ojos negros, que los escuchaba sos de p á j a r o y tu pelo de piedra. E r e s un milagro ¡oh
atenta. Pero es lo cierto que su m i n ú s c u l o cerebro, su bo- tortuga! porque se diría que sólo eras una concha, y, s i n
ca y su vientrecillo, sólo deseaban la pulpa a m a r i l l a y embargo, eres un animal que come. Lome, pues, de ese
perfumada de un pastel colocado sobre la mesa, al pie de pastel ¡oh tortuga! y crece esta noche el t a m a ñ o de una
las grandes copas casi llenas de la nieve de los sorbetes. u ñ a de mis dedos. Crece ¡oh tortuga! si A l á lo permite.
Porque Zobeida era una tortuga de l a especie ordinaria Y cuando hayas crecido esta noche el t a m a n o d e u n a u ñ a
que se encuentra entre la hierba de los prados, alrededor de mis dedos sigue comiendo otro pastel, y sigue crecien-
de Damasco. do todos los d í a s hasta llegar á tener el t a m a ñ o de una
Mohamed continuaba su historia: mezquita. T ú eres un milagro; haz otro milagro, si A l á
— . . .Por eso te digo ¡oh reverendo lleno de virtudes! lo permite, ¡si A l á lo quiere!
que el león que vive cerca de T a b a r i a t era en otros'tiem- Zobeida, tranquilizada por la m o n o t o n í a de aquella
pos un león muy fuerte, un león extraordinario: el león voz, se decidió á sacar primero l a punta de su hocico,
de los leones. T o d a v í a puede matar un camello de un d e s p u é s sus ojillos negros, su cola gruesa y dura y sus
zarpazo, y d e s p u é s de hincarle los colmillos en el espina- fuertes patiats, V i ó el pastel, hizo un gesto de asenti-
zo, e c h á r s e l e á lomos de un boleo. P o r desgracia suya, miento y empezó á comer.
un d í a que cazando h a b í a derribado un cabra de un bufi- — ¡ B a h ! s e r á i n ú t i l — d i j o el reverendo un tanto turba-
do, e x c l a m ó : «¡No hay m á s Dios que Dios, pero yo soy do.
tan fuerte como Dios!» Y A l á que le escuchaba, A l á eí — Y a v e r á s — r e s p o n d i ó Mohamed gravemente.—Vol-
Todopoderoso dijo en voz a l t a ; «¡Oh, león de T a b a r i a t , veré m a ñ a n a .
intenta llevarte tu presa!» Entonces el león c l a v ó sus t en efecto, al d í a siguiente volvió, m i d i ó á Zobeida
dientazos entra las v é r t e b r a s de l a cabra, d e t r á s de las y exclamó:
orejas, para sacudirla y e c h á r s e l a sobre el lomo, y todo — ¡ H a crecido!
f u é tan i n ú t i l como si tratara de levantar el monte L i b a - A l otro d í a el reverendo Feathercock se l e v a n t ó muy
no; y se c a y ó y se r o m p i ó una pata; y entonces, l a voz temprano, midió la tortuga y o b s e r v ó que s e g u í a crecien-
de A l á r e s o n ó de nuevo: ¡«León de T a b a r i a t , nunca j a - do. E l reverendo p e r m a n e c i ó silencioso.
m á s p o d r á s matar una cabra! ¡ A c u é r d a t e ! » Y a s í h a su- Y de d í a en día Zobeida crecía en dimensiones, en v i -
cedido. E l león de T a b a r i a t conserva f u e r z a bastante gor y en apetito. A l principio era de grande como el
para arrebatar un camello, á pesar de su cojera, pero es platillo de una taza de t é . y sólo c o n s u m í a pocas onzas
incapaz de hacer el menor d a ñ o á un cabrito recien na- de alimento. D e s p u é s f u é como un plato de postre; luego
cido, desde entonce?. como un plato sopero. S u boca vigorosa r o m p í a de gol-
— M o h a m e d - d i j o el reverendo F e a t h e r c o c k con des- pe la corteza de los pasteles, y en una semana a d q u i r i ó
d é n , — e s o s son cuentos para n i ñ o s . el t a m a ñ o de una fnente de pescado. E l reverendo no
— ¿ R e h u s a s creer que A l á puede hacer cuanto quiere, osaba acercarse al monstruo, en cuyos ojos r e s p l a n d e c í a
y que el mundo entero es un perpetuo s u e ñ o suyo? ¿ Y t ú un fulgor demoniaco.
que eres cristiano, reniegas del sumo poder del Hacedor? L a s ovejas espirituales del pastor protestante supie-
—Soy cristiano—dijo el reverendo con cierto embara- ron que el reverendo t e n í a una tortuga encantada por el
zo,—pero desde hace mucho tiempo nosotros los pastores nombre de A l á , lo cual p e r j u d i c ó hondamente el c r é d i t o
del Occidente civilizado hemos convenido en que Dios no de sus sermones. Pero el reverendo rehusaba obstinada-
p o d r í a , s i n desmentirse á s í propio, cambiar el orden na- mente creer en el milagro de Mohamed, que no h a b í a
t u r a l de las cosas por el establecido cuando creó el uni- vuelto á poner los pies en la casa, permaneciendo á l a
PRISMA •9
puerta de un c a f e t í n sentado y meditando. U n d í a s e pre-
s e n t ó ante el reverendo y le dijo:
— ¡ D e s g r a c i a d o ! No has querido creer t o d a v í a . ¡ E s p e -
ra! ¡Desde m a ñ a n a la tortuga e m p e z a r á á menguar! ¡Alá
lo quiere!
E l reverendo t r a t ó de reír, y sólo hizo tina mueca. E s -
taba aterrado.
E l domingo siguiente, los pocos fieles que asistieron
á los oficios le miraban descon liados. - Todo Damasco su-
po que Zobeida se h a b í a achicado. Cuando iba á a f e i t a r -
se, el barbero griego le dijo: «Señor, esa tortuga e s t á
e n c a n t a d a . » Cuando f u é al orfelinato anglicano, los n i -
ños sirios, los n i ñ o s drusos y los n i ñ o s judíos dibujaban
tortugas en las hojas de los libros, y los aguadores, los
pescadores y los vendedores de pan, de habas y de paste-
les, gritaban al verle pasar: «¡Mister T o r t u g a ! ¡Mister
Tortuga....!»
Mientras tanto Zcbeida d i s m i n u í a diariamente, desde
el t a m a ñ o de un plato sopero hasta el de un plato de pos-
tre; d e s p u é s f u é como un platillo de taza de t é , y por fin tu c o r a z ó n . T e n g o el honor tls participarte que el reve-
una m a ñ a n a a p a r e c i ó como tina cosita redonda, f r á g i l , rencio J o h n Feathercock acaba de partir con dirección á
t r a n s l ú c i d a , una mancha p e q u e ñ i t a , como un reloj de se- Beyrouth; pero que en sus maletas va e s c r i t a l a de L i v e r -
ñ o r a , casi invisible, junto á l a fuente, y al otro d í a no pool, v i l l a s e g ú n mis informes del reino de I n g l a t e r r a , y
hubo nada: ni tortuga n i olor de tortuga siquiera. a s í espero no volverle á ver. E s p e r o t a m b i é n que me en-
E l cónsul de I n g l a t e r r a l l a m ó á M r . Feathercock y le víes la segunda mitad de la recompensa que me tienes
dijo f r í a m e n t e : prometid a, a s í como nn regalo para H a k e m , el boy de
— L o mejoi que puede usted hacer es marcharse á Mr. Feathercock, que llevaba todos los d í a s á l a casa del
fundar u n a misión en otra parte. reverendo una tortuga diferente debajo de su albornoz.
E l reverendo, consternado, t o m ó entren de Beyrout, « T e ruego igualmente que hagas saber á tus amigos
y aquella misma noche, Mohamed-si-Koualdia se d i r i g i ó que puedo venderles á precios excepcionales cincuenta y
á la casa de Antonio, i n t é r p r e t e y escribiente p ú b l i c o , y cinco tortugas de diferentes t a m a ñ o s , desde l a mayor
le d i c t ó l a siguiente carta d i r i g i d a al padre E s t e f a n o , que se conoce, hasta la m á s p e q u e ñ a , en l a cual A l á plu-
prior del convento de hierosolimitas griegos: ga d i b u j a r los m á s delicados colores y las m á s graciosas
—Pueda el cielo florecer tus mejillas con los colores lineas.»
de l a salud, venerable padre, y que la felicidad reine en PEDRO MILLE.

L o s T7olca,nes ZLJSLS punas

Cada volcán levanta su figura, Silencio y soledad N a d a se mueve


cual si de pronto, ante la faz del cíelo, Apenas á lo lejos, en hilera,
suspendiesen el á n g u l o de un velo las v i c u ñ a s con r á p i d a carrera
dos dedos invisibles de la a l t u r a . pasan, á modo de una sombra leve.

L a cresta es blanca y como blanca pura: ¿Quién á medir esa e x t e n s i ó n se atreve?


l a e n t r a ñ a hierve en inflamado anhelo; S o l ó l a desplegada cordillera,
y sobre el horno aquel contrasta el hielo, que se encorva d e s p u é s , á l a manera
cual sobre una pasión un alma d u r a . de un colosal p a r é n t e s i s de nieve.

L o s volcanes son t ú m u l o s de piedra, V a n o s e r á que busque la mirada


pero á sus pies los valles que florecen a l e g r í a de vividos colores,
fingen alfombras de i r i s a d a yedra; en la tristeza de l a puna helada:

y por eso, entre campos de colores, sin mariposas, p á j a r o s , n i flores,


al destacarse en el azul, parecen es una inmensidad deshabitada,
cestas volcadas derramando flores como sí fuese un a l m a sin a m o r e s . . . .
JOSÉ SANTOS CHOCANO.
£o 3)BSPUÉS del deslumbramiento de l a s grandes cíuda- lones de P a r í s ; S a r a h Bernardt cede á M a r í a Guerrero
. JÍ^A des norte americanas, de l a severa magnificencia el teatro de la Renaissance; en Berlín se representa l a
(y~ de Londres,¡del encanto ú n i c o y sugestivo de P a r í s , E l e c t r a de P é r e z G a l d ó s y en Estados Unidos se publica
has sentido, al llegar á E s p a ñ a , la i m p r e s i ó n de confia- las novelas de P a l a c i o V a l d é s al mismo tiempo que en
do reposo de quien, tras una serie de fiestas suntuosas se E s p a ñ a . E n t r e tanto l a joven intelectualidad americana
encuentra en su hogar modesto: l a mesa es pobre, l a ca- se inspira tan poco en l a madre patria que el idioma en
sa es humilde; pero son J a s propias; si como á buena que escribe casi no es el castellano y los d e m á s apenas
latino-americana, te ha ocurrido al v i s i t a r E s p a ñ a des- conocen de l a r i c a producción e s p a ñ o l a otra cosa que l a
p u é s de otros p a í s e s m á s adelantados. E n las vetustas mescolanza h í b r i d a de equívocos chocarreros y decora-
poblaciones de C a s t i l l a l a V i e j a queda a ú n algo de los ciones f a n t a s m a g ó r i c a s que nos dan las empresas teatra-
s o m b r í o s tiempos modioevales; en sus calles descuidadas les en vez de esas joyitas del g é n e r o chico en que campea
te asalta una turba haraposa de mendigos, q u i z á s de el donaire castizo de R i c a r d o de l a Veg"a, el fácil ingenio
ociosos y vagabundos; pero te piden limosna en tu her- de V i t a l A z a ó l a sana y r i s u e ñ a filosofía de los herma-
mosa lengua n a t i v a . Desde las ventanillas de un sleeping nos Quintero.
car, i n f e r i o r á los vagones de primera de I n g l a t e r r a y Q u i z á si la culpa de este alejamiento es de ellos m á s
F r a n c i a , ves extenderse, con fortificante m o n o t o n í a las que nuestra. L a dignidad de los h i s p a n o - a m e r í c a n o s se
llanuras de la Mancha, á r i d a s y grises; pero en ellas se siente ofendida il ver que bajo la cordialidad que se les ma-
esfuma la l a r g a silueta de don Quijote, embrazado el es- niliesta'hay una ignorancia completa y casi despreciativa
cudo y la lanza en ristre para vengar agravios y desfa- sobre estos p a í s e s (pie un día fueron e s p a ñ o l e s y prefieren
cer entuertos, símbolo eterno de su raza exaltaba y s o ñ a - beber el divino líquido de las ciencias y del arte en las
dora. E l hotel que te a l o j a en M a d r i d tal vez carece de fuentes e s p l é n d i d a s de A l e m a n i a , de F r a n c i a y de I n g l a -
algunos refinamientos de comodidad; pero por sus balco- terra. Apagando estas rencillas de f a m i l i a se eleva l a
nes entra todo el atronador bullicio de la P u e r t a del Sol voz de la raza y por eso l a s a t i s f a c c i ó n de quién se halla
con su incesante t r á f i c o de v e h í c u l o s y su alegre vocerío entre los suyos, vibra en tu carta, escrita d e s p u é s de un
de g r a n u j a s , que pregonan periódicos y venden juguetes largo paseo por la calle de A l c a l á y por el R e t i r o , mien-
á perra grande; y es de tan limpio azul el cielo primave- tras tu retina conserva a ú n el brillante e s p e c t á c u l o y tu
ral y tan grato el perfume de las tempranas lilas que flo- oído el eco de los piropos con que la g a l a n t e r í a callejera
ta en el ambiente, que no resistes al deseo de mezclarte á saluda el paso de la mujer.
esa a n i m a c i ó n , de confundirte con esa abigarrada multi- A p r o p ó s i t o : no dejes de enviarme el concurso de pi-
tud de chulas con el p a ñ u e l o sobre los hombros para l u - ropos que p r o m o v i ó A . B . C . como ofrenda de la musa
cir los primores de su peinado, de damas que realzan con cortesana á la reina g e n t i l . ¡ P o b r e soberana ríe veinte
l a gracia m a d r i l e ñ a su indumentaria p a r i s i é n , de obre- a ñ o s que ha sentido los rug-idosde l a a n a r q u í a dominan-
ros con blusa y boina, de sportmans en a u t o m ó v i l e s ó do las entusiastas aclamaciones de bienvenida, que ha
guiando lijeros carruajes, de horteras endomingados, y visto manchada de sangre l a albura de su traje nupcial
s e ñ o r i t a s cursi? que parecen escapadas de una crónica de y que sabe que las bombas de dinamita se ocultan bajo
T a b o a d a , de políticos célebres y toreros famosos, de ce- las flores! C u á n t o s temores la h a b r á n agitado durante el
santes mal t r a í d o s y modistillas salerosas, todo ese v a - bautizo y la p r e s e n t a c i ó n á la V i r g e n de A t o c h a del re-
riado tropel que da tan poderoso y típico atractivo á la gio n i ñ o , que q u i z á s e s t á llamado á devolver todo su es-
hermosa capital de esa nación a la que los americanos plendor al viejo trono ibérico ó q u i z á s á verlo abatido
consideramos como nuestra casa solariega y que sin em- para siempre, por l a fuerza incontrastable de la idea re-
bargo tan poco conocemos. publicana.
Sobre los lugares, como sobre los individuos, pesan Por el cable s é y a que ning"ún acontecimiento funes-
ciertos prejuicios, y a s í como al pensar en P a r í s evo- to ha turbado l a s fiestas del P r í n c i p i t o de A s t u r i a s ; aho-
camos solo la v i l l a de lujo y de placer, olvidando ra espero tus cartas, nutridas de detalles y del efectoque
l a labor continua y m e r i t í s i m a de c l í n i c a s y universi- te ha causado la á r c a i c a pompa m o n á r q u i c a . ¿ T e sobre-
dades, de museos y laboratorios, E s p a ñ a se nos pre- saltaba la idea de un atentado como el de l a calle Mayor,
senta como una nación en que no hay sino conven- ó s e r e n a y sonriente, posabas a q u í y allá tus lindos ojos
tos y plazas de toros. S i n embargo, sus sabios y sus ar- curiosos?
tistas t r i u n f a n de esa a t m ó s f e r a hostil: E e h e g a r a y y E n espera de un relato minucioso, te abraza c a r i ñ o s a -
R a m ó n y C a j a l , obtienen el premio Nobel; Sorolla y mente tu a m i g a
Moreno Carbonero merecen primeras medallas en los S a - ARACEI,I.
£RÍSMA n

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llillíll. i l u j j JJ
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U terremoto de Valdivia
R E G I S T R A D O POR E L SISMOGRAFO
D E L A SOCIEDAD GEOG ¿AFICA

1 E l terremoto. —2 Pabellón en el que está instalado el apa-


rato.—3 Señor Hope Jones.—4 E l s i s m ó g r a f o .
12 PRtsMA

EL GRAN PREMIO 'COMERCIO

•pMiíNKMOS, indudablemente, en este a ñ o sportivo de 1907, una


GT alegre temporada de carreras, fomentada por el Jockey
5

C l u b con un tino delicado y saludable; y nada m á s s a t i s f a c t o r i o ,


en esta prestigiosa etapa de r e n o v a c c i ó n y de progreso h í p i c o s ,
que el e s p í r i t u de unión y de mutuo apoyo que mantienen hoy
nuestro studs, que aleja de s u s luchas toda suceptibilidad pi-
cante y enojosa p e r m i t i é n d o l e s marcar serios rumbos á la afi-
ción y crear v í n c u l o s , de franco y leal compa fieri sino, qne hacen
igualmente gratas todas las victorias é igualmente sensibles
todas las derrotas.
L a r e v a n c h a de " L l a n o " , predicha por nosotros, nose ha he-
cho esperar mucho tiempo. E l altivo h i j o de " M i l l e n i u n " , que
se p r e s e n t ó en nuestras pistas C 3 i i unos per for nances tan
honorables, como los que t r a í a de la A r g e n t i n a , ño podía resig-
narse á ocupar eternamente el insignificante l u g a r á que, una
mala estrella implacable, lo h a b í a relegado, en dos reuniones
consecutivas de c a r r e r a s ; y a s í como f u é ruidosamente vencido
en el gran premio del Jockey C l u b de Buenos A i r e s , a s í , ruido-
samente t a m b i é n , volvió el domingo, en un premio no menos
importante, á recobrar y enaltecer, en un decisivo y arrogante
despuite, entre sinceras y prolongadas ovaciones, su color aban-
donado, su punto perdido.
L e v a n t a d a s las cintas de la partida, en las precisas circuns- " L l a n o " , notro c a s t a ñ o F . S . 3a. por " M Ü ' e n i u m " y "Tenebreusse" del
tancias en las que acostumbra hacerlas siempre el starter inte- S t u d l a y a l t l , perteneciente á los s e ñ o r e s A t p i l l a g a , sanador del c l á s i c o
rino señor E n r i q u e D . B a r r e d a , " V e n t a r r ó n " y " D a n d y " toma- Comercio. - Preparador J . Casellu, — Jockey U. Uiaz.
ron l a dirección del lote con un t r a i n i n g f u e r t e y r á p i d o , segui- de los propietarios y perjudiciales s i m p a t í a s de los j o c k e y s por
dos á lo lejos por " L l a n o " y " G i g o l ó " , c o n t i n u á n d o s e a s i el determinados animales. Ante ambos resultados las preguntas
resto de la correrra, sin mayores variaciones sólo se desta- se hacen comentario! m á s persistentes y los m á s inciertos. ¿ S i
caba, el amplio y tranquilo galope dei pupilo del S t u d C a y a l - Stern hubiera montado á " V a l d'or", M;i her h a b r í a t r i u n f a d o con
t i , que admirablemente manejado por Diaz, s i n el tosco f r e n o " C i c e r o " ? ; l a respuesta es indescifrable. ¿Si Cerda hubiera gine-
argentino, que avanzaba, vigoroso y confiado, en una acceión- teado á " G i g o l ó " , Díaz h a b r í a ganado, tan f á c i l m e n t e , con
desenvuelta. A l 1 legar á l a ú l t i m a c u r v a se inició l a atropella- " L l a n o " ? ; esta respuesta n o s l a d a r á m a ñ a n a , con grandes emo-
da emociante y definitiva. " L l a n o " que corría contenido, solta- ciones, el C l á s i c o Invierno.
do oportunamente por su jockey, se a d e l a n t ó entonces y con
L o cierto es que " V e n t a r r ó n " 110 pudo resistir el e s f u e r -
grandes b r í o s díó el ú l t i m o ataque, que lo llevó á l a victoria,
zo de caballos como " L l a n o " y " G i g o l ó " ; y que este últi-
sostenido á su vez, por " G i g o l ó " , que sólo c o n s i g u i ó colocar-
mo, muy confiado, hizo una atropellada m a g i s t r a l , pero t a r d í a ,
se segundo á un cuerpo del vencedor.
que en otra oportunidad h a b r í a arrancado muchas voces de
T a l ha sido á grandes rasgos la manera general como se rea- aliento d é l a s tribunas, h a b r í a suscitado muy intensas y hondas
lizó l a c l á s i c a prueba, una de las m á s interesantes, que se han sensaciones y hasta h a b r í a llegado, á perturbar l a suave victoria
corrido en S a n t a Beatriz, tanto por l a calidad y n ú m e r o de los del vencedor.
animales, que tomaron parte en ella, cuanto por e l inmenso in- L a s d e m á s pruebas del programa estuvieron á l a a l t u r a de
t e r é s que hab.a despertado en el público. la fiesta. Dos match9 i n t e r e s a n t í s i m o s en los premios C a l i b a n y
L a prensa u n á n i m e m e n t e h a b í a excluido de los favorito*, á Kiinac, que nos hizo recordar el uno, con la r e a p a r i c i ó n de " Q u i -
los representantes del S t u d C a y a l t i . Pero dados los antees- , d o r a " , á dos antiguos y queridos amigos nuestros, decididos y
dentes. a s í como eran discretos los p r o n ó s t i c o s á f a v o r del entusiastas spormen, (¡ue la importaron a c o m p a ñ a d a de " V i -
Stud Bonheur era en cambio aventurado elevar á " V e n t arrie- s i ó n " , en una época, y a distante, en que a l i m e n t á b a m o s muy r i -
r e " sobre " L l a n o " c o n d e n á n d o l o á un olvido iujusto. s u e ñ a s esperanzas para el Stud N i v e r Mind; y la otra que nos
" L l a n o h a b í a progresado en su p r e r a c i ó n : estaba m á s igual hizo a p l a u d i r con verdadera s a t i s f a c c i ó n el e s p l é n d i d o t r i u n f o
y m á s alegre de mirada. L a monta por otra parte era intacha- de Benites en " A t e n t a " , aumentado, m á s tarde, con el otro muy
ble. E n tales condiciones se presentaba con muchas probabili- import" nte t a m b i é n en " M e d o c " donde los tres caballos, como
dades á su fabor. los cuatro, que tomaron parte en el anterio premioCuspe, llega-
" G i g o l ó " , el ganador del C l á s i c o Argentino, se p r e s e n t ó á ron casi juntos á l a meta, comprobando l a igualdad de los han-
su vez, en un estado inmejorable sólo que en l u g a r de ser dicaps del señor A l f o n s o Heudebert.
corrido por Cerda lo f u é por el segundo ginete del stud. ¿A L a s carreras del 1(>, han sido a s í , de l a s m á s interesantes y
que o b e d e c í a esa c o m b i n a c i ó n de t.<a montas? Pudieron creer correctas que se han realizado en estos (fltimos tiempos, dejan-
ñas propietarios que " V e n t a r r ó n " l l e g a r í a á obtener, do en el á n i m o tie todos los concurrentes muy agradables impre-
el g r a n premio, á despecho de animales de la talla de " G i - siones, que esperarnos reanudar el p r ó x i m o domingo con encuen-
g o l ó " y de " L l a n o " ? P a r e c e que sí, y que no sólo ellos sino el tros tan discutidos como los que forman su programa. P a r a 110
mismo Cerda ¡ l u c í n a d o s , sin duda, por el poco y l i g e r í s i m o peso pecar de indiscretos ni inconstantes en el clásico Invierno, nos
que llevaba, creyeron obtener con e l v í e j o c a m p e ó n una victoria inclinamos ante el Dios é x i t o , tan sugestivo é imponente, y pre-
doblemente meritoria y sensacional. Se equivocaron desgracia- s e n t á n d o l e el obligado tributo de nuestro homenaje y a d h e s i ó n ,
damente y el resultado ha venido á probarles, de una manera indicamos favorito al hijo de " M i l l e n i u n
inevitable, lo contrario; ¿pero hasta Edmond Blanc no s u f r i ó
una derrota semejante, en un d í a memorable? E l t a m b i é n d e j ó
que su jockey Stern escogiera, entre los dos hijos de F l i u x F o x ,
al que d e b í a representarlo en el Derby de E p s o n de 1905; y el cé-
lebre ginete p r e f i r i ó á " J a r d y " sobre " V a l d ' o r " , que se quedó Mis preferidos en l a s c a r r e r a s de m a ñ a n a son;
en F r a n c i a , coutiauando su temporada de carreras.
E l 31 de mayo se e f e c t u ó la gran prueba y " J a r d } ' ' f u é ven-
7
En los 1,300 metros; Tip-Top.
cido por " C i c e r o " . Poco d e s p u é s , " V a l d'or'' enviado especial- En los 1,400 metros: E l S t u d Iquiqiie.
mente á I n g l a t e r r a , á vengar l a derrota del n a r a n j a , obtuvo en
efecto, en g r a n estilo, una notable victoria sobre el ganador de En los 2,000 metros; Llano.
Derby, el 21 de julio, en el premio E c l i p s e S t a k e s . Como se Ve En los 1,200 metros: Honor y S o r p r e s a .
pues hay una evidente a n a l o g í a entre el Derby de 1905 y el Co- En los 1,000 metros: T a r a p a c á y Dooftul,
mercio de S a n t a Beatriz del último domingo; condescendencias JIP.

*

VESTIDO DE PASEO, por Laferríere TOILETTE DE PASEO
14 PRISMA

CRONICA D E L A SEMANA
^T\n.estxa, l r x f o r w i a c l d r i gxÁtXQQ,

E n el parque municipal situado en la plazuela de l a


exposición, se h a instalado como dependencia de la pro-
gresista Sociedad G e o g r á f i c a , el primer aparato sismó-
g r a f o de importancia científica que se trae a l P e r ú . E s t e
aparato es del sistema m á s perfecto que construyen las
casas europeas y el que ha tenido la preferencia en los
principales observatorios y estaciones s i s m o g r á f i c a s del
mundo. E n ¿1 quedan registrados, con la indicación de la
hora en que se realizan y su d u r a c i ó n , los movimientos
de la tierra, desde el temblorcillo insignificante que ape-
nas si a l a r m a r í a á una hormiga hasta los grandes cata-
clismos que destruyen ciudades y regiones. E l registro
se hace por medio de un rayo finísimo de U u que cae en
el centro de una cinta de papel sensible, que se desen-
vuelve con regularidad i s ó c r o n a . E l menor movimiento
de la tierra repercute en una fina palanca, una de cuyas
extremidades e s t á en contacto con el suelo, pioduciendo
desviaciones en el rayo de luz y por consiguiente desvia-
ciones en la linea que el rayo d i b u j a en la c i n t a . E l apa-
rato de la Sociedad G e o g r á f i c a no sólo registra las v i b r a -
ciones ondulatorias sino los movimientos rectos ó reper-
cusiones trasversales, de manera que la simple inspección
de la cinta cuando acusa un temblor, basta para deter-
minar la naturaleza del movimiento. E n el pedazo de
cinta que reproduce el grabado e s t á el primer terremoto
registrado por el aparato, es el terremoto de V a l d i v i a
que se realizó el 13 del actual. E l grabado e s t á ampliado
á doble t a m a ñ o a s í como la escala, en la que cada d i v i -
sión corresponde á un minuto; s e g ú n esto p o d r á verse que
los movimientos de tierra que produjeron la d e s t r u c c i ó n
de gran parte de la ciudad de V a l d i v i a lian durado al re-
dedor de cuarenta y cinco minutos. E n la parte superior
é inferior de la cinta hay unas divisiones correspondien-
tes á un espacio de una hora.
E l s e ñ o r Hope Jones, alto empleado de l a cawa Grace, Sr. W I L L I A M R. S H E P H E R D Foto Moral.
Profesor do l¡i Universidad de Columbia

ha sido el instalador del aparato y en-


cargado por la sociedad de su cuidado
y estudio.
Publicarnos una vista del aparato,
otra del local y un retrato del s e ñ o r J o -
nes para completar nuestra i n f o r m a -
ción.
•>Q**¿^*

E l martes de la semana que termi-


na contrajo matrimonio el s e ñ o r E r -
nesto M a r s h a l l con la s e ñ o r i t a W i n i -
fred Simpson, ambos pertenecientes á
distinguidas f a m i l i a s inglesas y muy
bien relacionados en nuestra sociedad.
Pocos d í a s antes los amigos del s e ñ o r
M a r s h a l l le ofrecieron una comida de
despedida de la s o l t e r í a en que r e i n ó
a l e g r í a cordial. Nuestro f o t ó g r a f o to-
mó la vista que publicamos.
í & í S D

A fines de la pasada semana falle-


ció en L i m a el estimado caballero don
B A N Q U E T E A L Sr. f l A R S H A L L Fot». Valverde
Manuel Camino. E r a el s e ñ o r C a m i -
PRISMA 15

no uno de los propietarios del molino de S a n t a C l a r a , y


con su i n f a t i g a b l e laboriosidad y su clara inteligencia
h a b í a hecho prosperar ese establecimiento i n d u s t r i a l . E l
difunto caballero era padre de nuestro colaborador s e ñ o r
don Carlos Camino C a l d e r ó n á quien P R I S M A da su m á s
sentido p é s a m e .
ifQfaS^

Constantemente ciudadanos ilustres de l a g r a n r e p ú -


blica del Norte, hacen paseos de estudios ó curiosidad
por estas r e p ú b l i c a s de Sud A m é r i c a én las que las cien-
cias tienen mucho que investigar y muchos problemas
é t n i c o s , a r q u e o l ó g i c o s é h i s t ó r i c o s que resolver. 'í< segu-
ramente que en los institutos de Estados Unidos se saben
de estas cosas mucho m á s de lo que sabemos nosotros. E l
s e ñ o r W i l l i a m R . Shepherd, profesor fie la Universidad,
de Colombia e s t á recorriendo las r e p ú b l i c a s del P a c í f i c o
en v i a j e de vacaciones y tomando notas que han de s e r i n - •
teresaates dada su g r a n r e p u t a c i ó n de hombre de estudio
E l gobierno de los E s t a d o s U n i d o s apreciador de la com-
petencia h i s t ó r i c a del s e ñ o r Shepherd lo comisionó para
que estudiara en los archivos de E s p a ñ a los documentos
relativos á la colonización de Estados Unidos, logrando
el señor Shepherd revisar y catalogar m á s de medio mi-
llón de documentos. Actualmente e s t á en L i m a y de a q u í
if< S r . nanuel Camino Foto. Courrct
s e g u i r á v i a j e á VAS d e m á s ciudades h i s t ó r i c a s importantes
del sur del P e r ú ,

i'^Thfe'i

trajee cío un prisma'


E s t a semana no ha tenido clou. E l asunto Bauer que do completamente las previsiones y augurios de la socio-
era el tema de las charlas de todos, es y a un punto ÍÍVWÍ?- l o g í a : los Estados Unidos y la A m é r i c a del S u r y la E u -
dé. porque el vocal llamado á decidir si las h a z a ñ a s Ne- ropa misma son los manjares que el J a p ó n en sus ensue-
vadas á cabo por el beati rica ble - s e g ú n el triple doctor ños de grandeza saborea hoy una vez que ha saboreado y
F a r i ñ a - d o n Gustavo Bauer eran suficientemente sospe- d i j e r i d o e l m a n j a r de la civilización occidental. E l J a p ó n
chosas como para justificar su detención en el chalet a l - d e s p u é s de vencer á R u s i a s u e ñ a en aporrear á los E s t a -
menado de Guadalupe, ha declarado que s e g ú n su leal dos Unidos, mientras manda observadores á la A m é r i c a
saber y honrado entender de vocal dirimente creía que del Sur y siembra con su e m i g r a c i ó n de subditos en este
bien se estaba don Gustavo en el lugar donde se le alo- continente los pretextos para intervenciones f u t u r a s .
jaba, tanto m á s cuanto que no le e s t á prohibido allí el Desde la paz con R u s i a , hecha como los Estados Unidos
f u m a r los k i l o m é t r i c o s puros de costumbre, ni el entre- q u e r í a n , el J a p ó n , el pueblo j a p o n é s , que á pesar de sus
garse á la m e d i t a c i ó n sobre las m á s trascendentales ope- p e q u e ñ o s ojos vé lejos, ha comprendido que sus victorias
raciones bancarias. Y a s í como el vocal deja tranquilo á no le han dado frutos positivos y que esto f u é debido á la
don Gustavo, así t a m b i é n su aventura y s u defeusa'ha hábil i n t e r v e n c i ó n de M r . Rooselvelt. Y desde entonces
dejado de ser la comidilla de todos. L a banalidad nece- 4
hay un sordo rencor y una odiosidad s u b t e r r á n e a para
saria de los rigores del tiempo es el tema obligado, por- los Estados Unidos en quienes l a solidaridad de l a raza
que efectivamente se siente en estos d í a s un friecillo hú- blanca ha podido m á s que la ligera a d m i r a c i ó n que les
medo y desapacible que nos tiene á todos inquietos. E l hizo simpatizar por un momento con los japonesesduran-
reuma y los catarros son los amos actuales de nuestros te camp; ñ a . Y dtsde entonces la paz entre el J a p ó n y
huesos y de nuestras nances. Todo el mundo e s t á con l a los Estados Unidos h a peligrado constantemente. A la
influenza y hasta la c o m p a ñ í a que a c t ú a en el Olimpo tu- p r i m i t i v a s i m p a t í a ó i n t e r é s h a sucedido en losyankees
vo que suspender sus funciones porque una tiple se le un orgulloso desdén cuyas consecuencias no s e r í a extra-
influenzó, un partiquino c a y ó con el reuma, el b a r í t o n o ño que se palparan t r á g i c a m e n t e .
se a c a t a r r ó y al tenor se le veló la voz. Pero quienes P r i m e r o l a expulsión de los n i ñ o s japoneses de las es-
parece que no se acatarran son los japoneses. E s e pueblo cuelas de n i ñ o s blancos en S a n F r a n c i s c o , y hoy una re-
de hombrecillos r i s u e ñ o s y corteses que p a r e c í a de as- ciente pedrea de nipones en otra ciudad de la U n i ó n han
piraciones tan p e q u e ñ a s como l a estatura y los ojos de puesto en muy tirante cQndición las relaciones de los
sus hombres, es hoy una de las potencias m á s terribles dos p a í s e s haciendo presumir que una tercera circuns-
del mundo y uno de los mayores peligros para la paz y tancia un poquito m á s grave, dado el estado de los á n i -
para el porvenir de las naciones civilizadas. L o s sociólo- mos, encienda la guerra, l a guerra m á s sangrienta que
gos han convenido en dividir el mundo en tres c a t e g o r í a s h a y a n visto los siglos, porque no hay seres m á s f a m i l i a -
de pueblos, los civilizados, los s e m i - b á r b a r o s y los b á r - rizados, casi enamorados de l a muerte, que esos demon ios
baros. Y s e g ú n las leyes de la lógica s u p o n í a n que las de hombrecillos de ojos diminutos y cuerpecillos de i m -
dos ú l t i m a s c a t e g o r í a s de pueblos estaban destinadas á p ú b e r e s , y á su vez no hay seres, m á s llenos de recursos
servir de alimento y e x p a n s i ó n de los primeros; y su v i - científicos para matar que esos demonios de yankees.
da y su a u t o n o m í a actual no eran sino una graciosa con- Sólo que á veces los (pie vencen son nolos que saben ma-
cestón, q le t e n d r í a su l í m i t e en las necesidades del f u - tar sino los que saben morir. Y si esto sucediera en el
turo. E l J a p ó n , l a C h i n a , las r e p ú b l i c a s de A m é r i c a y l a caso de una nipon-yankee ¡pobre P e r ú , pobre A m é r i c a
T u r q u í a eran los pejes chicos que l a Providencia siem- del Sur, que no cuentan para defenderse eficazmente de
pre bondadosa reservaba á las hambrunas de e x p a n s i ó n ía avalancha tie hombrecitos amarillos, m á s que con los
que guardan los siglos á l a civilizada E u r o p a en é p o c a s forzudos biceps de p a p á S a m !
f u t u r a s . Pero hete a q u í que los esfuerzos de un pueblo
de p e q u e ñ o s hombres ha volcado el pastel, y tergiversa- KLINGSOR.
16 PRISMA

l v £ i Tío Ba.rloa.sso"U-
CNOVELA D E MARIO UCHARD)

( i 'üii!u;tutn¿)¡ )
Y , tomando un cortaplumas, descosió el forro de su america- visiones del buen sentido. Dcj i pues de maravillarte so pena de
na, de donde sacó unos papeles. descender al último grado de mi estima.
—Toma, dijo alargándomelos; aquí tienes setecientos mil Sentado pues que soy el sobrino de mi tío, vuelvo al resu-
francos de letras sobre Londres y P a r í s ; encárgate de cobrarlas. men de mi situación. A saber: mi difunto había resucitado, pe-
- - M u y bien, querido tío, respondí. Y ¿qué desea usted que ro pretendía conservar sus ventajas de difunto, obligándome á
haga con esta suma? quedarme en posesión de su herencia, y yo acababa de darle las
— E s o es cosa tuya, muchacho. Y a supondrás que, puesto buenas noches, mientras que él pensaba en sus camellos. . . . No
que has heredado, no voy á meterme en esas cosas. puede darse nada menos complicado. SÍ todo esto no se halla
•--Por lo menos puede usted darme un consejo. estrictamente conforme con el carácter i"e Barbassou, que ven-
— E n ese caso, hijo mío, sería yo el que ine fastidiase de to- ga Dios y lo vea. Sin embargo, este día, se' ¡i lado por su regreso,
dos modos.. .. Déjate de uu'.sicas y guárdalos Eso te servirá debía dar lugar á incidentes de alguna ini po"tanc¡a.
para que me des dinero para mis gastos menudos. Dicho esto se Acababa de separarme de mi tío, y me dirigía hacia la b¡-
acostó, le di las buenas noches y ya iba yo á salir, cuando me 1 lioteca para esci ib ir al notario, cuando Francisco me anunció
llamó de nuevo. que una mujer ele K a s r me estaba aguardando desde hite'a una
---Oye, Andrés, escribe maraña al notario, que venga, hora.
— ¡ A h ! repliqué, al fin cede usted. De vez en cuando venía al castillo una dé las mujeres grie-
— ¡No cedo en nada! exclamó con el tono más resuelto. Sólo gas, ya para algún recado, ya para pedirme ó r J j n e s . Compren-
que quiero saber lo que ha sido de mis camellos Figúrate dí inmediatamente que, no habiéndome visto ni durante el día,
que yo tenía intención de regalarlos á la Sociedad zoológica. ni durante la velada, mis a n í m a l i t o s , inquietos, deseaban tener
Por lo tanto es preciso que los encuentre... .Buenas noches. noticias mías. Me dirigí á mi h a b i t a c i ó n , donde me dijo E r a n -

f IX
Seguramente, querido L u i s , sería hacerte una injuria gra-
cisco que estaba. Al en rar la vi de pie, inmóvil cerca ele la ven-
tana, envuelta en su gran veto obscuro, Pero apenas hube ce-
rrado la puerta, cuando de pronto oí gritos y sollozos. Cayó el
velo y reconocí á Kouyé-
tuita el llamarte la atención acerca de lo raro de los aconteci- Gul que se abalanzó* á mi
mientos que nos suceden desde hace cuatro meses. No creo que cuello, dando muestras de
mortal alguno há^a pasado j a m á s por peripecias más originales. la mayor desesperación.
L a fúnebre misiva del notario, mi instalación en Ferouzat, el — ¡Cómo! ¿eres tú? le di-
je. ¿Cómo has venido?. . , .
testamento de mi tío, un harén que me cae como llovido del cie-
Anhelante ahogada por
lo, la toma de posesión definitiva de mi herencia y, poi corona- los sollozos, no pudo res-
miento y remate, el regreso del difunto. Estoy seguro de que no ponderme. Adivine más
me n e g a r á s que hay en todo esto incidentes con que no tropieza bien que oí las siguientes
uno de todos los d í a s . Sin embargo-, si deseas conocer mi sentir, palabras:
te confesaré que todo no me parece actualmente otra cosa que — ¡Me he escapado!'Ven-
lo lo necesario y lo c nitingcnle filosóficos en su expresión más to á morir contigo!
sencilla. Hasta sostendría que no podría ser de otra manera, — ¡Pero e s t á s loca, loca
tratándose del sobrino de mi tío, porque sería desconocer los reina ta da! exclamé. ¿A qué
más elementales principios de la lógica el admirarse de algunas viene eso de morir?... -
insignificantes aventuras desde el momento en que Barbassou
¿Qué ha pasado?
;< Ihl lo sabemos todo,
bajá figura como causa primera. E l substrato de mi tío obra tan repujo. ¡Barbassou bajá
poderosamente sobre mi destino, que parecería enteramente pa- ha vuelto! ¡Es terrible!
radójico, en sentir mío, suponer que las cosas pueden suceder- ¡va á matarte y á no-
me como á cualquier mortal. Deja pues de asom brarte de algu. sotras también, y á Moha-
ñas particularidades extrañas y que apenas son lo bastante ex. 111 ed!
céntricas para embotar á un espíritu mezquino. Semejante á Y , casi delirante, se agarraba á mí con todas sus fuerzas, có-
esos planetas errantes que se d e s v í a n á veces de su camino, me mo si ya se viese amenazada de muerte.
muevo en torno de este astro sorprendente que se llama Baiba- — ¡Pero criatura! ledije. Todo eso no tiene pies ni cabeza.
ssou bajá y me arrastra en su órbita extravagante. A despecho
¿Quién te ha contado esta historia?
de una vana apariencia de complicación romántica, te d e s a f í o á
que e icueutres en todos los sen . i l asimos sucesos que te he refe- —Mohamed ha sabido el regreso del bajá y se ha escon-
dido.
— Pero si mi tío es más bueno que el pan; me adoray no pien-
sa siquiera en veros; su regreso no cambiará en nada nuestro
modo de vivir.
Al verme tan tranquilo, e m p e z ó á serenarse; sin embargo es-
taba demasiado imbuida en las ideas turcas para admitir desde
luego semejante infracción de los usos y costumbres
— E n ese caso, dijo e n j u g á n d o s e las l á g r i m a s , ¿no matará
masque á Mohamed?
— Ni siquiera á Mohamed. Mohamed es un cobardón i quien
diré mañana c u á n t a s son cinco. p < i i a qu_- lio os vaya más con se-
mejantes historias.
rido el menor átomo de inconsecuencia. Todo se haya ligado en- --¿De veras? repuso; ¿sólo recibirá una paliza?
tre sí por los medios más naturales y por las m á s vulgares pre {Continúa.)

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