Resumo de Ortodontia
Resumo de Ortodontia
Resumo de Ortodontia
Mordida cruzada:
-São anomalias oclusais que se caracteriza pela inversão da oclusão dos dentes no sentido vestibulo-
lingual.
Classificação:
Por localização:
-Anterior.
-Posterior: unilateral ou bilateral.
Por origem:
-Dentaria (simples).
-Funcional (muscular - por postura).
-Esqueletica (complexa – comprometiemnto osseo, de base ossea, maxila presica, mandibula super
desenvolvida).
Etiologia:
*Multifatorial!
-Fatores funcionais (contatos prematuros).
-Fatores ambientais (alimentação, carie, perda precoce,...).
-Fatores hereditarios (mordidas cruzadas esqueleticas).
Etiologia:
-Hereditario (má oclusão de Classe III - mandibula prognata).
-Dentes supranumerarios situados por vestibular (pode ter uma erupção unitopica e esse dente
nascer lingualizado).
-Trauma em dente deciduo (cair, bater os dentes superiores anteriores deciduos e isso causar um
impacto no germe do permanente – deciduos intruem e o germe é empurrado para tras).
-Retenção prolongada de dente deciduo (paciente teve uma anquilose em dente deciduo em região
anterior, podendo retardar a erupçao dentaria).
-Deficiencia no comprimento do arco (falta de base ossea para acomodar os dentes).
Dento-Alveolar:
-Quando a mordida cruzada é determinada por uma inclinação vestibulo lingual anormal de um ou
mais incisivos superiores, causando um trespasse negativo.
-Este tipo de mordida pode produzir uma interferencia oclusal e provocar o deslizamento funcional
da mandibula para frente, resultando em uma maxima intercuspidação habitual (MIH) de pseudo
Classe III.
Esqueletica:
-Quando a mordida cruzada anterior advem de uma discrepancia antero posterior entre as bases
osseas, de Classe III, onde ha retrognatismo maxilar, ou prognatismo mandibular, ou uma associação
de ambos.
Diagnostico:
-O diagnostico diferencial entre mordida cruzada anterior dentaria e esqueletica se faz necessario,
pois determinara a mecanica empregada no tratamento. Para tanto, deve-se levar em consideração:
1.O numero de dentes envolvidos:
-Quanto mais dentes envolvidos, mais chances da mordida cruzada ser esqueletica.
2.Diferenças na relação inter arcos em MIH e Relação Centrica:
-Manipular o paciente em RC: se a relação entre os incisivos se tronar topo a topo, a mordida
cruzada provavelmente será dentaria, se persistir a relação de trespasse horizontal negativo,
possivelmente terá origem esqueletica.
3.Relação Sagital entre os arcos dentarios:
-Dentaria: face harmoniosa, molares e caninos apresentam uma relação de Classe I, e os incisivos
superiores axial anormal (lingualizado).
-Esqueletica: padrão facial Classe III, e há relação mesial de caninos e molares, tanto com MIH
quanto em RC.
-Funcional ou Pseudo Classe III: a relação de topo a topo dos incisivos provoca o deslizamento da
madibula para frente em MIH, portanto os dentes mantem relação de caninos e molares Classe III
em MIH e Classe I em RC.
Tratamento:
-Deve ser realizado assim que a mordida cruzada anterior é diagnosticada.
-A escolha da mecanoterapia mais adequada dependerá da etiologia da mordida cruzada anterior, se
dento alveolar, funcional ou esqueletica.
Cirurgia ortognatica.
Etiologia:
-São provenientes de uma redução na dimensão transversa do arco superior, de origem dentaria ou
esqueletica, podendo ser unilateral ou bilateral.
-Muitas vezes são causadas por habitos deleterios (prejudiciais) como respiração bucal, sucção de
dedo ou chupeta e pressionamento lingual atipico.
Fatores ambientais:
-Postura.
-Retenção prolongada de dentes deciduos.
-Respiração bucal.
-Habitos de sucção.
Fatores hereditarios:
-Fissuras palatinas.
-Padrão facial.
-Desarmonias esquelicas graves.
Diagnostico:
1.Dentaria:
-Resulta da inclinação, em graus variados, dos dentes posteriores, sendo acompanhada pela
modelação do osso alveolar, entretanto sem ocorrencia da atresia maxilar.
2.Esqueletica:
-Resulta da deficiencia no crescimento lateral da maxila, levando a ocorrencia da atresia ossea,
apesar da correta inclinação dos dentes posteriores.
3.Unilateral.
4.Bilateral.
Dentaria e Esqueletica:
-Numero de dentes envolvidos.
-Analise dos modelos de gesso: verificação da inclinação V-L dos dentes posteriores.
-Exame radiografico em norma frontal.
Tratamento:
-É realizado precocemente, assim que a morida cruzada é diagnosticada, por varias justificativas:
1.É uma má oclusão que não se auto corrige.
2.Eliminar as posições descentralizadas do condilo na fosa articular.
3.Aproveitar a bioplasticidade ossea da criança.
4.Possibilitar crescimento e desenvolvimento normal dos arcos dentarios e condilos.
5.Evitar dor muscular devido ao desequilibrio funcional.
6.São empregados expansores que liberam forças transversais, corrigindo a deficiencia lateral do
arco superior.
7.A origem da mordida cruzada, dentaria ou esqueletica, vai determinar o tipo de expansor
empregado.
Expansão:
Lenta:
-Maior efeito ortodontico.
Rapida:
-Maior efeito ortopedico.
*Depende da indicação!
Tipos de aparelhos:
Removiveis:
Expansão lenta: Mola Coffin, Parafuso.
Expansão rapida: -
Fixos:
Expansão lenta: Quadrihelice, Bihelice, Arco em W.
Expansão rapida: Parafuso (expansor tipo Haas, Hyrax e Colado).
Efeitos clinicos:
-Diastema entre incisivos centrais superiores.
-Ruptura da sutura palatina mediana de forma triangular.
-Deslocamento espacial da maxila para baixo e para frente.
-Aumento na permeabilidade nasal.
Como fazer?
-Aparelhos fixos; removíveis e funcionais.
Fibras periodontais:
-Fibras gengivais ou supra-alveolares: dentogengivais, circulares, transeptais e alveolo-gengivais.
-Fibras cemento-alveolares: obliquas, apicais e de crista.
Movimento dentário:
Movimento Fisiológico:
-Erupção, mesialização (extração de um dente adjacente), desgaste oclusal e interproximal.
Movimento Ortodôntico.
HISTÓRICO:
-Aurélio Celsius – 20 a.C. a 40 d.C. - Movimentação dentaria - pressão digital;
-Auchard (1723) - aparelhos;
-Chwalbe, Flouren (1841) - Teoria da reabsorção óssea - pressão- reabsorção; Tração - aposição;
-Andstedt (1901) - comprovação cientifica.
MOVIMENTAÇÃO DENTÁRIA:
-Lado de compressão: Vasos sanguíneos comprimidos, fibras colágenas, menor vascularização
sanguinea – mediadores quimicos – ativação dos osteoclastos.
-Lado de tensão: Fibras colágenas tracionadas e maior luz - vasos sanguíneos – mediadores
químicos- ativação dos osteoblastos.
Forças suaves:
-1ºs segundos: pequena deflexão do processo alveolar.
-1 a 2 s: compressão do fluido tissular do ligamento periodontal (LP) e movimentação dentaria
dentro do ligamento periodontal (LP).
-3 a 5 s: compressão dos vasos sanguíneos no lado de pressão, dilatação no lado de ação.
-Minutos: Alteração no fluxo sanguíneo e oxigenação do Ligamento periodontal (LP).
-Horas: Alterações metabólicas. Inicio da diferenciação celular no ligamento periodontal (LP).
-2 dias: Inicio da remodelação óssea e movimentação dentária.
Tanto faz a quantidade de força? NÃO! Precisamos dosar a força para não sofrer reabsorção óssea,
nem colabar os vasos sanguíneos. -> forças suaves
FORÇAS INTENSAS: Reabsorção óssea à distancia e radicular! Colabamento de vasos sanguíneos->
Necrose do ligamento periodontal.
FOTO-> corte histológico de periodonto submetido à pressão de grande magnitude. Presença de
áreas hialinas e necrose. A área hialina lembra uma cartilagem hialina (cor rósea no HE)
FOTO-> Morte do cementoblasto - exposição do cemento- reabsorção radicular
FORÇAS INTENSAS
1 s: pequena deflexão do processo alveolar
1 a 2 s: Compressão excessiva dos fluidos tissular do LP e movimentação dentária na largura do LP.
3 a 5 s: Oclusão dos vasos sanguíneos nas regiões de pressão do LP.
Minutos: Interrupção do fluxo sanguíneo na área de pressão do LP.
Horas: Morte celular nas áreas de compressão elevada.
3 a 5 dias- Inicio da diferenciação celular nos espaços medulares adjacentes – reabsorção a distancia
7 a 14 dias: Reabsorção à distancia – debilita a lamina dura adjacente ao LP comprimindo e a
movimentação dentaria se inicia, com reabsorção radicular
*Se o dente não movimenta, nem sempre significa que a força foi pouca, ela pode ter sido muita!
FORÇAS INTENSAS
●Dor intensa e prolongada
●Mobilidade dentaria
●Reações pulpares
●Reabsorção radicular
●Alterações da crista alveolar
●Aumento do numero de áreas hialinas.
●Movimento mais lento.
FORÇA ÓTIMA
Proporciona movimento rápido, sem desconforto para o paciente e sem dano tissular (perda óssea
ou reabsorção radicular)
Condições anatômicas
Volume radicular -> Força
Implantação óssea-> dente
Comprometimento periódico -> menor força
Idade do paciente (metabolismo maior)
-Jovem : 2 a 3 dias (reação tecidual)
-Adulto: 10 dias.
Condições metabólicas
Paratormônio (osteoclastos) -> reabsorção;
Calcitonina: inibe clastos;
Hormonio do crescimento (osteoblastos)
●Fatores nutricionais
Falta de proteína- deficiência de aminoácidos - <síntese de colágeno
●Vitaminas
Vitamina C (síntese do colágeno)
Vitamina D (absorção do cálcio)
FORÇA
Ação de um dispositivo mecânico sobre dentes ou ossos faciais (molas, parafusos, elaticos,fios)
Representado graficamente-vetor
- Linha de ação – sentido da força (1)
-Magnitude da força (2)
-Ponto de aplicação (3)
Unidade de mensuração: Grama/ Newton
FOTO-> Vetor
Centro de resistência
Centro de massa do dente;
Unirradiculares – entre terços cervical e médio
Multirradiculares- 1 a 2mm apical à furca
TRANSLAÇÃO OU MOVIMENTO DE CORPO
Movimento de corpo (paralelo)-sem alteração no longo eixo;
Coroa e raiz se movimentam na mesma direção, ao mesmo tempo.
*Usado somente com aparelho orto fixo
Momento
Linha de ação da força distante do centro de resistência;
Tendência a rotação
M=f x d
BINÁRIO
-2 forças paralelas não coincidentes, de igual magnitude e sentidos opostos
-Rotação pura do corpo ao redor do centro de resistência
FULCRO
Encontro entre o longo eixo do dente antes e após movimento
Corresponde ao centro de rotação do movimento
Inclinação
Força distante do centro de resistência (coroa);
Aparelhos removíveis e fixos (fios redondos);
Molas, arco de Hawley.
TORQUE
Movimento de todo o dente, mantendo o ápice radicular imóvel;
Fulcro coincide com ápice radicular;
Binário V-L;
Aparelho fixo, fios retangulares.
INTRUSÃO X EXTRUSÃO
Intrusão: > facilidade; pouca compressão do ligamento – aposição... (não da pra ler)
Extrusão: < facilidade; grande compressão do ligamento – reabsorção do ápice – forças leves
Placa base
Material: Resina acrílica
Funções:
-Suporte para os grampos e elementos ativos
-Elemento de resistência
-Parte ativa (aparelhos funcionais ou reposicionadores linguais)
Grampos
Material: Fio de aço inoxidável- 0,7mm de diâmetro
Função:
-Promover a retenção do aparelho orto
-Removivel na cavidade bucal
Tipos de grampos:
Grampos de Adams
Grampos Auxiliares
[Símbolo]Grampo circunferencial
[Símbolo]Grampo em gota dupla
Pincipios biomecânicos
Leis da dinâmica- Newton
3ª lei – lei da ação e reação
Mesma intensidade, em sentido oposto.
Elementos ativos
Material: Molas, parafusos, elásticos.
Função:
-produzir as forças necessárias para a movimentação ortodôntica.
1.ANCORAGEM
É a resistência que um ou mais dentes devem oferecer à movimentação, em decorrência da força de
reação.
Preservação da ancoragem
Executar a movimentação de diversos dentes, pelas etapas:
Maxima adaptação da placa base (porção acrilica) às estruturas ósseas e dentarias;
A porção acrílica deve estender-se pela maior área possível.
Espessura da porção acrílica – 2 a 3mm
2.FIXAÇÃO OU RETENÇÃO
A retenção é o mecanismo pelo qual o aparelho ortodôntico removível é mantido em posição na
cavidade bucal.