#EscutaEssaTirinha‬ 0481 – Dia da voz

16 de Abril é o dia da voz, você gosta de cantar no karaoke ou prefere soltar a voz no chuveiro?

Resenha Literária – Livrai-nos do Mal, de Rose Wilding

Título: Livrai-nos do Mal | Título Original: Speak of the Devil
Autora: Rose Wilding | Páginas: 350
Ano: 2023 | Gênero: Suspense | Editora: Record

Com um título tão intrigante e provocador, e sendo um thriller de vingança com um forte viés feminista, fiquei completamente curiosa desde as primeiras páginas. A trama, que inicialmente apresenta uma série de personagens e um enredo aparentemente complexo, vai se desdobrando com maestria, revelando gradualmente os segredos e o passado de 7 mulheres cujas vidas se entrelaçam com a de Jamie Spellman. A partir desse momento, a história ganha uma profundidade que me prendeu até o fim.

Logo no início, somos levados a uma cena impactante: sete mulheres reunidas em uma sala, diante da cabeça de um homem que todas conhecem e têm motivos para odiar. Mas a grande questão é: quem foi a responsável pela morte de Jamie? O suspense se instala e, a partir desse momento, somos imersos em uma narrativa intensa e cheia de reviravoltas.

Ao longo do livro, acompanhamos as difíceis jornadas dessas mulheres, muitas das quais enfrentaram abusos psicológicos, físicos e emocionais, vivendo em relacionamentos tóxicos e muitas vezes sem perceber. É interessante como a história nos conduz a refletir sobre o abuso de poder e a manipulação, levando a questionamentos profundos sobre como nossas experiências passadas moldam quem nos tornamos.

Embora Jamie seja, sem dúvida, um personagem manipulador e egoísta, uma pergunta que o livro levanta, de forma sutil, é: ele sempre foi assim? Ou foi a falta de amor e o ambiente opressivo em que cresceu que o transformaram no homem cruel?
Essa dúvida sobre a natureza humana é uma das questões da obra.

Com personagens de grande carga emocional e cenas impactantes, este é um livro que não poupa o leitor, tratando de temas difíceis e trazendo à tona questões sensíveis. Sua narrativa intensa e realista, repleta de gatilhos emocionais, deixará muitos leitores tocados.

No final, cada linha de mistério é desvendada, não deixando pontas soltas.
Se você é fã de thrillers emocionantes e quer se ver imerso em uma trama profunda, com personagens complexos e um mistério envolvente, este é um livro que você não pode perder.

Alerta:
A trama possui temas delicados e muitos gatilhos

Vamos falar um pouco da parte técnica do livro?
A capa possui uma diagramação bem interessante com letras que passam a ideia de que o título do livro foi entalhado na capa. A diagramação interna é graciosa e muito bem cuidada, com uns riscos imitando cortes no início de cada capítulo. As páginas foram impressas em papel off-white, o que suaviza a leitura e não cansa os olhos, com tipologia adequada que facilita a leitura. O livro possui 350 páginas.         

Capa estrangeira:

Sobre a autora: Rose Wilding é uma autora queer do norte da Inglaterra que escreve sobre crimes. Ela estudou na Universidade de Manchester, na Universidade de Sunderland e na Towson University. Quando não está matando seus personagens, pode ser vista desfrutando de um bom café, lendo ficção científica feminista ou postando infinitas fotos de seus dois chihuahuas no Instagram.

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Resenha Literária – Enquanto Bela Dormia, de Elizabeth Blackwell

Título: Enquanto Bela Dormia | Título Original: While Beauty Slept
Autora: Elizabeth Blackwell | Páginas: 368
Ano: 2016 | Gênero: Romance | Editora: Arqueiro

Eu sempre fui fã de contos de fadas, e por isso, fiquei muito feliz em encontrar essa releitura de Bela Adormecida. A história, que se passa em um reino medieval marcado por luxo e dificuldades, me surpreendeu pela forma como mescla elementos clássicos e contemporâneos, criando uma trama envolvente e atemporal.

A narrativa é envolvente desde o começo, e o modo como ela se desenvolve é simplesmente fascinante. O dilema da rainha Lenore, que enfrenta a infertilidade, a jovem Rosa, que não aceita viver protegida em uma redoma, e a destruição causada pela inveja dentro da família real, são questões que, embora retratem um conto de fadas, são profundamente humanas e atuais.

A introdução da tia Millicent, com seus poderes mágicos e sua vingança, dá um toque sombrio e intrigante à história. Quando a princesa Rosa é amaldiçoada, a narrativa realmente ganha força, mostrando a luta da família para protegê-la e as consequências da vingança.

A escolha de ter Elise, a dama de companhia e confidente da princesa, como nossa narradora, foi uma jogada brilhante. Ela nos oferece uma perspectiva única e nos permite vivenciar as emoções e os destinos de todos os personagens de forma profunda e tocante.

O que mais me encantou foi como a história nos lembra que o verdadeiro poder está no amor. É essa força que, no final das contas, determina o rumo da vida de Rosa e nos mostra que qualquer um, quando movido por um amor verdadeiro, é capaz de criar seu próprio final feliz.

A história não é só sobre magia, mas sobre a capacidade de transformação que todos nós temos quando nos guiamos por nossos sentimentos mais puros.

Essa releitura me conquistou por sua habilidade de unir o charme de um clássico com questões que tocam o coração, fazendo-nos refletir sobre o que realmente importa em nossa vida.

Vamos falar um pouco da parte técnica do livro?
A capa toda possui aplicação de verniz (brilho) e orelhas. A diagramação interna é graciosa e muito bem cuidada, com uma letra medieval no início de cada capítulo. As páginas foram impressas em papel off-white, o que suaviza a leitura e não cansa os olhos, com tipologia adequada que facilita a leitura. O livro possui 368 páginas, divididas em parte I e II, e com dezenove capítulos, prólogo, epílogo e agradecimentos.         

Trailer:
   
  
Capa estrangeiras:        

       
Sobre a autora: Elizabeth Blackwell se formou em história e comunicação na Universidade Northwestern e fez mestrado em jornalismo na Universidade Columbia. Teve muitos empregos – entre eles o de editora de uma revista e escritora freelance –, mas o de autora é, de longe, seu preferido. Mora no subúrbio de Chicago com o marido, três filhos e uma pilha cada vez maior de livros de cabeceira.




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