Joanildo A Burity
I am a social scientist of religion, trained as a political scientist (PhD, Essex University), working with sociologists and in close company with anthropologists. I cannot do my work properly, though, without dialoguing with philosophers, theologians, and social activists. I live in Brazil and work for a public research centre, the Joaquim Nabuco Foundation, as lead researcher and professor on the Professional Masters in Sociology-National Network (Profsocio). I am also a professor at the Federal University of Pernambuco, where I lecture and supervise postgrads in Sociology and Political Science. I have explored religion both empirically and theoretically in connection with politics, glocalisation, populism, collective action, identity and culture, policymaking, and democratic governance. My work uses a poststructural approach, drawing on Laclau, Mouffe, Derrida, Connolly, post- and decolonial theories, and Latin American critical thought. I combine theoretical interests and empirical, using qualitative methods, with particular focus on French discourse analysis and constructivist epistemologies. Blog: religiaoditaefeita.blogspot.com.
Supervisors: Ernesto Laclau
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Papers by Joanildo A Burity
mobilizations generate or participate in efforts to enhance global cooperation. I seek to address two related questions in this context: (1)
How can one think of cooperation within situations in which conflict and dis-
agreement thrive and uncertainty regarding the future looms large? (2) What
resources can be found within religious traditions that point towards a cooperative future without a pre-established blueprint? This is done by exploring cases drawn from comparative research on
transnational, specifically glocal, ecumenical social activism between Europe
and Latin America. This ecumenical activism was originally Christian social
activism that has, over many decades, taken on an interfaith outlook by
seeking to embrace difference, engage with development and conflict issues, and offer a vision of the future that is open, pluralistic, just, and cooperative. The focus is on several forms of interaction between Argentine,
Brazilian, and British ecumenical organizations and their participation in
interfaith and secular networks that seek to set agendas and mobilize change and cooperation at regional and global levels.
com seus representantes e lideranças quanto a agendas, formas de atuação e objetivos últimos. Discute-se ainda, a formação e projeção da elite parlamentar e pastoral evangélica e a disputa por legitimidade enfrentada por ela, tanto da parte de atores seculares quanto dos religiosos.
objetiva entre lo religioso y lo secular, como también, en cierta forma, la imbricación entre política y espiritualidad en una llave no teológica. En lo siguiente, identifico trés modalidades de articulación entre espiritualidad y política que llamo espiritualidades del consumo, del resentimiento y del agonismo político. Esas modalidades que me parecen estar implicadas en una mirada política sobre el tema de la espiritualidad, desde la perspectiva de que el fenómeno de la religión pública repone o recoloca la espiritualidad –y no sólo la dimensión organizada de la religión– en contextos que presionan por su confrontación a un exterior que está más allá de lo estrictamente religioso. Finalmente, esa clasificación es "aplicada" a dos casos latinoamericanos: el pentecostalismo y el movimiento ecuménico.
After over a decade of so-called progressive governments across the region, there are strong signs of a concerted backlash engaging local and global elites and corporate actors against hard-won achievements in addressing renitent inequalities, which affirmed multidimensional rights (thus articulating citizens’ rights to women, blacks, indigenous people, gays, religious minorities claims to recognition and justice). In this new scenario, the adversaries of capital are denounced as “populist”, but the very discourse against those sounds a lot like a right-wing version of populism.
A struggle for “the people” is then at work, and religion is very much part of it, whether through emerging actors or the underlying logics of the dispute. This chapter will explore the recent politicisation of religion in Latin America and its coupling with what Laclau called “the populist reason”, as demonstrated in three related cases: the emergence of Pentecostalism as popular and public religion, ecumenical transnational networks of socio-political activism and the travails of democratisation in the context of a new religion/capitalism assemblage in the South akin to what William Connolly called the “evangelical-capitalist resonance machine”.
Este texto se propõe a discutir um dos loci, nada óbvio e largamente ignorado, dessa trajetória, as instituições e redes ecumênicas no âmbito cristão, a partir de um diálogo com elaborações teóricas surgidas para dar conta do contexto acima introduzido, tais como a problemática do populismo de Ernesto Laclau, a ideia do pluralismo agonístico de Chantal Mouffe e a literatura sobre o liame militância-formação em estudos sobre redes, ONGs e movimentos sociais contemporâneos.
boca em boca, a “revolução” se repetia. Mas que os protestantes, sabidamente ausentes e resistentes a qualquer aproximação das “coisas do mundo”, ou seja, das questões e problemas sociais e políticos, se pusessem lado a lado com os movimentos sociais e políticos do período, isto sim é digno de surpresa.
O livro analisa o discurso da revolução tal como articulado por um grupo de intelectuais, teólogos e ativistas leigos protestantes, em diálogo com interlocutores católicos e seculares, entre meados dos anos 1950 e 1964. Em particular, analisa-se o momento culminante desta elaboração, a chamada Conferência do Nordeste, promovida pelo Setor de Responsabilidade Social da Igreja da Confederação Evangélica do Brasil, em julho de 1962, em Recife, sob o tema "Cristo e o Processo Revolucionário Brasileiro". Utilizam-se fontes documentais e emprega-se uma metodologia de análise do discurso, de corte pós-estruturalista.
de diversionismo estratégico, seja na de partilhar o desfecho de
uma derrota política. Responsáveis, em parte, pelo alargamento do espaço público, os atores religiosos emergentes foram transformisticamente cooptados pelo velho status quo autoritário, patrimonialista e predatório.
O cerne do argumento a ser desenvolvido, de certa maneira obliquamente, é que uma perspectiva possibilista, pluralista e não-essencialista nos permite perceber a multidimensionalidade ou o cruzamento de várias linhas de força num processo de luta pela estabilização do imaginário democrático, estabilização da qual participam atores com diferentes graus de compreensão desse imaginário e de compromisso com sua materialização em práticas e instituições.
Essa perspectiva nos ajuda a situar, analitica e politicamente,
os novos atores religiosos minoritizados no contexto do próprio
processo de democratização e, no entanto, aparentemente
obstinados em violentá-lo por meio de uma confluência perversa
(o termo é de Evelina Dagnino) entre sua pauta autorreferenciada
e um esforço de recomposição das velhas forças da reação por
meio de seus novos representantes.
Essa perspectiva nos ajuda a situar, analitica e politicamente,
os novos atores religiosos minoritizados no contexto do próprio
processo de democratização brasileiro e, no entanto, aparentemente obstinados em violentá-lo por meio de uma confluência perversa entre sua pauta autorreferenciada
e um esforço de recomposição das velhas forças da reação por
meio de seus novos representantes. Procuro demonstrar o caráter ineludível do processo de minoritização como dimensão positiva da luta pela democratização, seu ancoramento numa ampliação do espaço público por meio de uma redefinição da cultura como lugar de mobilização coletiva, e o desaguamento de uma de suas vertentes na emergência de minorias religiosas que, se hoje parecem dominadas pelos chamados “evangélicos”, continuam vivas e em movimento, definindo um novo regime da religião pública muito além do catolicismo (institucionalizado ou popular). Assim, apresento o conceito de espaço público em sua contestabilidade e permanente construção, não só como lugar de conversação social pública, mas também de disputas pela modelagem
da ordem social que melhor traduziria a imaginação e as
demandas de distintos campos sociopolíticos.
Individual chapter: "Religião e cidadania: alguns problemas de mudança sociocultural e de intervenção política"