PhD Candidate and MSc in Library and Information Science, postgraduate student in Autism Spectrum Disorder, specialist in Marketing and Digital Design, bachelor's degree in Communication Studies. Research about autism spectrum within the scope of knowledge organization and philosophy of language. Interest in epistemology, philosophy, information theory, bibliography, diversity and italian culture.
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Marcos Galindo
Universidade Federal de Pernambuco
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Papers by Fernanda Valle
abordagem teórico-conceitual, analisa a pertinência desse mapeamento, considerando a complexidade da mediação, circulação e apropriação da informação estatística no escopo do logos informacional autista. Sustentam a análise, o enfoque crítico ontológico dos conceitos de “informe”, de Menezes, e de sujeito informacional, de Rendón Rojas. Discute-se a dimensão sociopolítica da constituição do ser autista dentro do universo da informação e, portanto, da necessária medição estatística, aqui inserida na macro-discussão da mediação informacional. Sob essa dimensão se associa às estatísticas a categoria de uso da informação “constitutivo da sociedade”, proposta por Braman. A noção de informação a partir de Dantas, Wilden e Vieira Pinto, bem como o pensamento crítico em demografia deste último, abarca a circulação e a apropriação social das estatísticas. Este complexo de abordagens e autorias conduz à metáfora-ferramenta “Estado de mediação” para discutir o “informe” da condição autista na pólis, permitindo identificar que o Censo requer complemento por outras fontes para a circulação de informação para propiciar a desejada visibilidade ao autismo ainda que imerso na macro representação política das existências.
desenvolvimento humano, o autismo instiga a Ciência da Informação a se tornar agente importante na compreensão dos fenômenos informacionais no campo, especialmente em relação à organização e à representação do conhecimento. Em pesquisa documental preliminar, verificou-se escassez de fontes sobre o domínio em Ciência da Informação, indexadas como produção brasileira, além de frágeis relações terminológicas em vocabulários controlados relevantes para o tema, como a Classificação Decimal de Dewey, Classificação Decimal Universal e descritores em Ciências da Saúde. A ausência de informação em saúde no domínio do autismo no contexto das linguagens documentárias sustenta, pois, a hipótese da pesquisa relacionada à produção de desinformação sobre o tema, dada a impossibilidade de recuperação da informação. Nessa direção, o presente trabalho, que integra pesquisa mais ampla, propõe uma reflexão teórica sobre os conceitos de poder, classificação e identidade. A partir da teoria crítica da classificação, discutiu-se a construção dos discursos identitários, a definição ontológica do ser e as classificações científicas em saúde.
Christine de Pizan (1363-1431 d.C.). Italiana radicada na França, a autora
contrapõe a bibliografia patriarcal amplamente reverenciada e referenciada com a seleção de 150 personalidades femininas que se destacaram em diversos campos do conhecimento, com vistas ao seu argumento lógico e memorial à reputação das mulheres. Nessa direção, o artigo é sustentado pela revisão de literatura feita por Eduardo Alentejo (2015), que apresenta a bibliografia tanto como um produto material quanto intelectual sobre o conhecimento produzido, sob a noção de repertório, listas ou descrições de assuntos, sempre orientadas por políticas gerais e escolhas individuais de bibliógrafos, relacionando-se, portanto, com seleção e recorte; e pelo conceito de gesto bibliográfico, conforme definido por Giulia Crippa (2015, 2016). Além de Alentejo e Crippa, fundamentam a investigação, no que tange à esfera bibliográfica, André Araújo (2015), Viviane Couzinet e Patrick Fraysse (2019). Para situar a autora em seu tempo, Rosalind Brown-Grant (1999), Patrizia Caraffi (2003, 2004), Diana Arauz Mercado (2005), Tracy Adams Rechtschaffen (2010), Ana Rieger Schmidt (2020a, 2020b) e Jacques Le Goff (2006). A leitura da obra foi feita em duas versões: traduzida para
o inglês, de 1999, e português, de 2012; ambas foram desenvolvidas a partir do texto original em francês antigo. Como resultado, dadas as diferentes noções de bibliografia e as históricas limitações impostas às mulheres, os esforços empreendidos por Pizan, ainda que, aparentemente, sem a delimitação teórico-conceitual do que se entende por bibliografia hoje, resultam em um notável repertório de referências, que merece ser observado pela lente da bibliografia e da Organização do Conhecimento, e considerado pelo campo em seu aspecto de gesto.
Books by Fernanda Valle
abordagem teórico-conceitual, analisa a pertinência desse mapeamento, considerando a complexidade da mediação, circulação e apropriação da informação estatística no escopo do logos informacional autista. Sustentam a análise, o enfoque crítico ontológico dos conceitos de “informe”, de Menezes, e de sujeito informacional, de Rendón Rojas. Discute-se a dimensão sociopolítica da constituição do ser autista dentro do universo da informação e, portanto, da necessária medição estatística, aqui inserida na macro-discussão da mediação informacional. Sob essa dimensão se associa às estatísticas a categoria de uso da informação “constitutivo da sociedade”, proposta por Braman. A noção de informação a partir de Dantas, Wilden e Vieira Pinto, bem como o pensamento crítico em demografia deste último, abarca a circulação e a apropriação social das estatísticas. Este complexo de abordagens e autorias conduz à metáfora-ferramenta “Estado de mediação” para discutir o “informe” da condição autista na pólis, permitindo identificar que o Censo requer complemento por outras fontes para a circulação de informação para propiciar a desejada visibilidade ao autismo ainda que imerso na macro representação política das existências.
desenvolvimento humano, o autismo instiga a Ciência da Informação a se tornar agente importante na compreensão dos fenômenos informacionais no campo, especialmente em relação à organização e à representação do conhecimento. Em pesquisa documental preliminar, verificou-se escassez de fontes sobre o domínio em Ciência da Informação, indexadas como produção brasileira, além de frágeis relações terminológicas em vocabulários controlados relevantes para o tema, como a Classificação Decimal de Dewey, Classificação Decimal Universal e descritores em Ciências da Saúde. A ausência de informação em saúde no domínio do autismo no contexto das linguagens documentárias sustenta, pois, a hipótese da pesquisa relacionada à produção de desinformação sobre o tema, dada a impossibilidade de recuperação da informação. Nessa direção, o presente trabalho, que integra pesquisa mais ampla, propõe uma reflexão teórica sobre os conceitos de poder, classificação e identidade. A partir da teoria crítica da classificação, discutiu-se a construção dos discursos identitários, a definição ontológica do ser e as classificações científicas em saúde.
Christine de Pizan (1363-1431 d.C.). Italiana radicada na França, a autora
contrapõe a bibliografia patriarcal amplamente reverenciada e referenciada com a seleção de 150 personalidades femininas que se destacaram em diversos campos do conhecimento, com vistas ao seu argumento lógico e memorial à reputação das mulheres. Nessa direção, o artigo é sustentado pela revisão de literatura feita por Eduardo Alentejo (2015), que apresenta a bibliografia tanto como um produto material quanto intelectual sobre o conhecimento produzido, sob a noção de repertório, listas ou descrições de assuntos, sempre orientadas por políticas gerais e escolhas individuais de bibliógrafos, relacionando-se, portanto, com seleção e recorte; e pelo conceito de gesto bibliográfico, conforme definido por Giulia Crippa (2015, 2016). Além de Alentejo e Crippa, fundamentam a investigação, no que tange à esfera bibliográfica, André Araújo (2015), Viviane Couzinet e Patrick Fraysse (2019). Para situar a autora em seu tempo, Rosalind Brown-Grant (1999), Patrizia Caraffi (2003, 2004), Diana Arauz Mercado (2005), Tracy Adams Rechtschaffen (2010), Ana Rieger Schmidt (2020a, 2020b) e Jacques Le Goff (2006). A leitura da obra foi feita em duas versões: traduzida para
o inglês, de 1999, e português, de 2012; ambas foram desenvolvidas a partir do texto original em francês antigo. Como resultado, dadas as diferentes noções de bibliografia e as históricas limitações impostas às mulheres, os esforços empreendidos por Pizan, ainda que, aparentemente, sem a delimitação teórico-conceitual do que se entende por bibliografia hoje, resultam em um notável repertório de referências, que merece ser observado pela lente da bibliografia e da Organização do Conhecimento, e considerado pelo campo em seu aspecto de gesto.