Papers by Xavier VAN WELDEN
Anais do VII Seminário de Integração Científica da Universidade do Estado do Pará, 2018
QUESTÃO AGRÁRIA, CAMPESINATO E ANARQUISMO – INTERSEÇÕES ENTRE RÚSSIA REVOLUCIONÁRIA E A AMAZÔNIA ORIENTAL, 2018
RESUMO Desde o século XIX os intelectuais da teoria crítica se debruçam sobre os elementos que fo... more RESUMO Desde o século XIX os intelectuais da teoria crítica se debruçam sobre os elementos que formam, compõem e condicionam a Questão Agrária. Esses debates tomaram os primeiros sentidos na segunda metade do século XIX, especialmente a partir da construção da Associação Internacional dos Trabalhadores-AIT, popularmente conhecida como Iª Internacional. Nesta arena destacaram-se duas grandes leituras da realidade que o desenvolvimento do sistema capitalista colocava para o campo. Uma primeira matriz cujos principais teóricos eram James Guillaume e Mikhail Bakunin, conhecidos como socialistas libertários. E a segunda representada por Karl Marx e Frederick Engels, classificados como a ala autoritária do socialismo. Uma das polêmicas que esses dois campos travaram foi sobre interpretação da Questão Agrária. Apesar de existirem vários pontos convergentes sobre o entendimento do fenômeno, outros tantos eram divergentes. Tanto os que se referem a sua natureza como suas consequências. A primeira delas diz respeito ao futuro que os camponeses teriam no aprofundamento das relações de produção especificamente capitalista. Neste sentido, o presente artigo busca as interseções possíveis para se compreender a Questão Agrária colocada na Amazônia Oriental a partir da luta dos subalternos e àquelas enfrentadas pelos camponeses durante o processo revolucionário russo.
Tradução - Dossiê Revolução Russa do ITHA
RESUMO As seculares tradições dos camponeses, o seu apego com a coletividade, o "mir", suas quali... more RESUMO As seculares tradições dos camponeses, o seu apego com a coletividade, o "mir", suas qualidades morais, a sua cultura artística e poética, suas crenças, ingênuas e puras, eram realmente inúteis ou mesmo nocivos durante a criação da nova sociedade? Todavia, na realidade, nem o campesinato nem a classe operária não têm realmente participado da criação da sociedade pós-revolucionária, porque a concepção bolchevista-leninista do socialismo lhes tirou muito cedo qualquer possibilidade de intervenção democrática corretiva. O partido sozinho achava que sabia tudo, queria fazer tudo sozinho, subordinando a vida do país ao Estado onipotente. De modo que o Estado burocrático, sem nenhum controle público, e o regime soviético, hoje em dia, são obra apenas do partido de Lênin e dos seus epígonos. Quanto à velha discussão entre o populismo e o marxismo, é mais do que nunca presente, não só para a Rússia, mas para outros países e outros continentes. O campesinato, não só na Rússia, mas em todo o mundo, não é econômica, política e culturalmente uma classe útil e criativa, ou precisa subjugá-la ou mesmo eliminá-la, para criar uma sociedade socialista? Eis as perguntas que, através da Rússia, levantam-se ao mundo inteiro.
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