Daniel Gambaro
Universidade de São Paulo, ECA - School of Communications and Arts, Post Graduate Student (doctorate)
I hold a PhD degree in Communication Sciences at the Post-graduation Program of Audiovisual Media and Processes, School of Communications and Arts of the University of São Paulo, Brazil. The research for my thesis was funded by São Paulo State Research Foundation, and I also received grants from Capes (National Council for Development of Education). In 2017, I did a period of Research Internship at Birmingham City University, under the supervision of professor Tim Wal. I hold a Master's Degree from the same school, achieved in 2011 with a research about radio and digital technologies. I graduated in 2005 at University Anhembi Morumbi, at Social Communication - Radio and Television careers. I was a lecterer at Anhembi Morumbi from 2006 to 2015, returning in 2019. From 2020 to 2022, I held a position as Professor at the Postgraduation Programme in Communication.
Supervisors: Eduardo Vicente
Address: Brazil
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Papers by Daniel Gambaro
The medium is also a curator since many artists and musical groups consolidated their careers as a result from those negotiations and from the listeners’ feedback, sustaining the Brazilian music industry’s profitability. Although sharing with television the public exposure of the musicians, it was the redundan‑ cy of the artists in the radio programming the responsible for their persistency in the listenership’s memory. It is also important to note that domestic music has always been predominant over the international music in Brazil, even with multinational corporations controlling the national market. According to IFPI data, the domestic music catalogue represented 63% of official sales in Brazil in 2011, against 44% in Mexico and only 14% in Argentina. Besides, the period from 1960 to the years 2000 saw the emergency of musical movements of great political and artistic relevance, such as Bossa Nova, Tropicalismo, MPB, Brazilian Rock in the 1980’s and the Mangue Beat in the 1990’s. Primarily we will make a brief historical introduction on the role of “divulgators” – employees of record companies – and how they negotiate with the radio stations the decisions on which music should be played and stressed. This approach results from an investigation conducted by the authors during 2015 and 2016, for which retired and active professionals of both fields have been interviewed. The main subjects are the strategies of record companies, divulgators and station workers to select the music to play on the programming. From those information, we will draw a comparison with the current moment of radio in Brazil, present on the internet and facing competition to the listeners’ attention with streaming services that supposedly replace radio as music curator, such as Spotify and Deezer. Our hypothesis stands that radio keeps its relevance as a curator even though music subscription software brings new formats for musical consumption, especially in massive musical genres as Brazilian country music (Sertanejo) and Brazilian Funk. Radio’s specific language and the presence of stations on the web allow managing demands of both listeners and record companies, complementing the role performed today by software instruments to organise the offering and consumption of cultural content.
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This article discusses radio as a mediator and curator of musical consumption, a historically-defined role that is currently questioned given the introduction of digital tools of music distribution. By means of interviews with professionals from the recording and radio industries, describe the mechanisms used by the record labels’ promotion staff to have a song played on the radio airplay. Practitioners and stations used such commercial relationships to create legitimization strategies that, even with the rapid growth of subscription-based music streaming services, support the curatorial mission. The radiophonic language, centered at the presenter, is complementary of the role undertaken by the software that organize and distribute musical content.
Resumo
O ecossistema midiático está em transformação, uma decorrência da propagação do uso de tecnologias digitais de informação e comunicação em ações cotidianas. Atualmente, mais mídias disputam a atenção das pessoas, que se dividem entre as atividades previamente estabelecidas de consumo de mídia e novas práticas de comunicação. Em meio a essas mudanças, a indústria radiofônica precisa se reconfigurar, como forma de manter seus valores social e cultural. O objetivo central deste trabalho é refletir sobre o rádio contemporâneo, de modo a tornar possível o desenho de táticas de atuação que mantenham o legado histórico do meio, enquanto possibilitam o rearranjo das práticas de acordo com os hábitos de consumo midiático atuais. O principal postulado alcançado nesta investigação determina que o rádio é uma instituição social, isto é, um agregado de práticas discursivas edificadas a partir das associações entre agentes e tecnologias diversas. Estratégias, conceitos e discursos foram instituídos historicamente, enraizados pelos agentes em atuação no campo radiofônico. Esse conjunto de práticas se apresenta, hoje, como uma ambiguidade: é tanto garantia de legitimidade do campo pelo lastro do tempo, como é estrutura rígida que impede mudanças. Assim, é preciso olhar para o passado do rádio para compreender como foi arraigada sua forma atual, tanto quanto é importante prestar atenção aos atributos do ambiente midiático digital, por onde começa a circular a produção dessa indústria. Como metodologia para a discussão proposta, foi realizado um amplo levantamento bibliográfico sobre a história do meio. Esses dados foram organizados e debatidos, para demonstrar o processo de instituição do rádio, bem como as possibilidades de produção existentes e pouco exploradas. Esse referencial inicial orientou uma observação empírica, cujo objetivo foi descrever o rádio contemporâneo. Buscou-se delimitar as formas da produção radiofônica, bem como variações esperadas em diferentes contextos, a partir de exemplos de emissoras de seis mercados: três no Brasil (São Paulo, Porto Alegre e Recife) e três no exterior (Reino Unido, Espanha e Portugal). Tal esforço de pesquisa demonstrou que, apesar da necessidade de renovação, as formas instituídas do rádio se impõem sob a lógica do mercado, impedindo avanços maiores em direção a uma melhor adequação ao ecossistema midiático hodierno. À luz dessas constatações, esta tese propõe caminhos possíveis para a atuação futura do rádio, como parte dos novos agregados sociais, formados a partir dos hábitos recentemente instituídos pelas tecnologias modernas.