Pesquisa Quantitativa

Scarica in formato pdf o txt
Scarica in formato pdf o txt
Sei sulla pagina 1di 40

PESQUISA

QUANTITATIVA
PAULO ARNALDO
Ponta d’Ouro, 2-5.09.2024
Objectivos

No final da apresentação deverão ser capazes de:


•Conceituar pesquisa quantitativa;
•Diferenciar tipos de estudos quantitativos;
•Identificar o tipo de estudo em protocolos/artigos científicos.
O entende por Pesquisa Quantitativa?
O Desenho de um estudo é crucial para o alcance dos
objectivos preconizados
Desenho de estudo

• O desenho do estudo é um processo em que a metodologia do estudo e a análise estatística são


organizadas para garantir que a hipótese nula seja aceita ou rejeitada e que as conclusões cheguem a
refletir a verdade.

• O desenho de qualquer estudo é mais importante do que analisar seus resultados, pois um estudo mal
planejado nunca pode ser recuperado, enquanto um estudo mal analisado pode ser reanalisado para
chegar a uma conclusão significativa.

• Em vez disso, o desenho do estudo decide como os dados gerados podem ser melhor analisados. A
integridade científica do estudo e a credibilidade dos dados do estudo dependem substancialmente do
desenho do estudo.
2. esquisadores
clínicos colaboram
1.Cientistas de com os participantes
laboratório para testar formas
analisam os novas e
fundamentos de estabelecidas de
doenças e tratamento.
tratamentos

3.Os epidemiologistas
se concentram nas
populações para
identificar a causa e a
distribuição de
doenças

Gordon-Dseugo V& Grace Satterfield G; 2020 (www. openmd.com)


Estudo Observacional & Experimental

• Observacional - não envolve nenhuma


intervenção (tratamento medicamentoso
/ procedimentos terapêuticos /
ferramentas de diagnóstico),

• Experimental - o investigador administra


uma intervenção nos pacientes e o efeito
dessa intervenção no curso da eventos
está documentado.
Estudos Epidemiológicos
Grimes & Schulz, 2002 (www.thelancet.com)
Grimes & Schulz, 2002 (www.thelancet.com)
Grimes & Schulz, 2002 (www.thelancet.com)
Estudos de cohort e o tempo
Estudos Experimentais
Randomização
Ensaios clinicos: Intervenção & Controlo

●Intervenções experimentais podem ser com agentes profiláticos, agentes


de diagnóstico, agentes terapêuticos, procedimentos técnicos
(angioplastia, cirúrgia), alterações dos estilos de vida, educação
psicológica, estratégias dos serviços de saúde.

●Controlo pode ser o tratamento convencional, ausência de tratamento ou


placebo.
Ensaios clínicos: Intervenção & Controlo

Sharma et al.,2020 ( Frontiers in Immunology)


Fases de um ensaio clínico

Fase I

●Calcular a dose máxima tolerada (DMT);

●Avaliar a segurança (farmacovigilância), tolerabilidade, farmacocinética e


farmacodinâmica do medicamento;
Fases de um ensaio clínico

Fase II
●Determinar se o agente tem algum efeito biológico na DMT e calcular a
taxa de efeitos adversos.

● Fase IIA é especificamente desenhada para avaliar a eficácia (quão bem o


medicamento funciona na dose prescrita).

● Fase IIB é especificamente desenhada para avaliar a dose certa (qual a dose de
medicamento a ser administrada).
Fases de um ensaio clínico
Fase III
●Avaliar a eficiência e segurança do agente. Centenas a milhares de doentes.

Fase IV
●Observar a eficiência e segurança do agente a longo termo como acontece
na prática clínica (sem grupo controlo).
● Pós-comercialização
● Vigilância de segurança para detectar efeitos raros ou a longo prazo numa população de pacientes
maior
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 3. Estudos Ecológicos
 avaliam correlações ou tendências baseadas em informações derivadas de outros
grupos;
 áreas geográficas são geralmente as unidades de análise;
 servem para levantar hipóteses;
 são pesquisas estatísticas;
 Exemplo: associação entre álcool e Ca estômago
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Área 1 Tabelas dos Estudos Ecológicos


Doença
Presente Ausente Total
Exposição Presente a1=? b1=? a1+b1
Ausente c1=? d1=? c1+d1
Total a1+c1 b1+d1 a1+b1+c1+d1

Área 2
Doença
Presente Ausente Total
Exposição Presente a2=? b2=? a2+b2
Ausente c2=? d2=? c2+d2
Total a2+c2 b2+d2 a2+b2+c2+d2
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 4. Estudos de Caso-Controle - a investigação parte do “efeito” para chegar às


“causas”
 pesquisa etiológica, retrospectiva, de trás para frente, após o fato consumado;
 as pessoas são escolhidas porque tem uma doença (os casos) e as pessoas comparáveis
sem a doença (os controles) são investigadas para saber se foram expostas aos fatores de
risco.
 Exemplo - Surto de diarréia em General Salgado e via de transmissão - Água da rede
pública e o agente etiológico - Cyclospora cayetanensis
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 Delineamento de um estudo de Caso-Controle

 1. Seleção da população com as características que possibilitem a investigação


exposição-doença;
 2. Escolha rigorosa dos casos e controles
 3. Verificação do nível de exposição de cada participante
 4. Análise dos dados
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 Estrutura de um Estudo de Caso-Controle (Casos)

População
a Expostos Doentes
Grupos de
Análise b Não - Casos
de Expostos
Dados
c
Expostos
Não-Doentes
d Não - Grupo de
Expostos Controles
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Caso-controle: Associação toxoplasmose e debilidade mental em crianças


_______________________________________________________
Sorologia Deficiência mental
para Toxo Sim (casos) Não (controles)

Sim 45 15
Não 255 285

Total 300 300


______________________________________________
OR = (45x285)/(15x255)=3,35 Fonte: Pereira, 1995
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 5. Estudos de Coorte - parte-se da “causa” em direção ao “efeito”


 observam-se situações na vida real - por exemplo - exercício físico e

coronariopatia; dieta e coronariopatia, etc..

 os grupos são acompanhadas por um determinado período de vida

 Estudos prospectivos (dieta e coronariopatia) e retrospectivos (investigação de

surtos)
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Estudo de Coorte
Exposição Doença
Estudo de Caso-
Controle

Estudo Transversal
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Coorte: Associação exercício físico e mortalidade por coronariopatia


_______________________________________________________
Atividade Óbitos
física Sim Não Total Tx. Mort.
por mil
Sedentário 400 4.600 5.000 80
Não-sedentário 80 1.920 2.000 40

Total 480 6.520 7.000 69


______________________________________________
RR= 80/40=2
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 Estrutura de um Estudo de Coorte (amostra) a


Doentes
População
Expostos b
Não-doentes Análise
Casos
de
c Dados
Doentes
Não-Expostos

Controle d
Não-doentes
Observação/medição da
exposição
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 6. Estudos Experimentais - ensaios clínicos randomizados

 parte da “causa” para o “efeito”, os participantes são colocados aleatoriamente nos

grupos - de estudo e de controle;

 realiza-se a intervenção em apenas 1 dos grupos (vacina, medicamentos, dietas, etc..- o

outro grupo recebe placebo);

 Compara-se o RR nos dois grupos

OBS: São estudo de intervenção - os participantes são submetidos à condições artificiais


TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 Estrutura dos Estudos clínicos randomizados:

Expostos

Participantes

Não-expostos

Grupos por
randomização
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Ensaio clínico randomizado: eficácia de vacina e placebo


_______________________________________________________
Grupos Casos de Doenças
Sim Não Total Taxa
Incidência
Vacinados 20 980 1.000 2
Não-vacinados 100 900 1.000 10

Total 120 1.880 2.000 6


______________________________________________
RR= 2/10=0,2
Vacinados = vacina - fator de proteção
Vantagens e desvantagens dos principais desenhos de estudos
epidemiológicos

Tipo Vantagens Desvantagens


Estudo de caso barato e fácil para não pode ser usado para
gerar hipóteses testar hipóteses

Série de casos fornece dados descritivos sem grupo controle, não pode
em doenças características ser usado para testar hipóteses

Transversal permite conhecer prevalência, não permite conhecer tempo


fácil, pode gerar hipóteses da exposição
Ecológico respostas rápidas, pode gerar dificuldade para controlar
hipóteses confundimentos
Tipo Vantagens Desvantagens

Caso-controle permite estudos múltiplos de Difícil seleção de controles,


exposição e doenças raras, requer possibilidade de bias nos dados
poucos sujeitos, logística fácil e de exposição, a incidência não
rápida, não tão caro pode ser medida

Coorte Permite estudos múltiplos de Possibilidade de bias nos efeitos,


efeitos e exposições raras, menor caro, exige tempo, inadequado
possibilidade de bias na seleção e para doenças raras, poucas
nos dados de exposição, a incidên- exposições, perda dos sujeitos
cia pode ser medida

Ensaios clínicos desennho mais convincente, maior mais caro, artificial, logística
randomizados controle para evitar confundimento difícil, objeções éticas
ou variáveis desconhecidas

Potrebbero piacerti anche