The Dreamers

The Dreamers

“The Dreamers”, espantosamente e de forma totalmente despretensiosa, se tornou um dos melhores filmes que já assisti. A relação bizarra entre os gêmeos, mas ao mesmo tempo poética, é um tipo de conexão que me intrigou. A sensação era de que eles realmente acreditavam ser apenas um único indivíduo.

Os diálogos e as referências ao cinema clássico ao longo do filme me fizeram me apaixonar pelos personagens. Ver os debates entre Matthew, Isabelle e Théo e perceber (sem que eles precisem dizer explicitamente) quais são seus ideais e no que acreditam nos proporciona um aprofundamento enorme na história. Isso nos traz uma conexão quase íntima com o trio, como se fizéssemos parte daquele universo.

A forma como a sensualidade é trabalhada reforça a humanidade dos personagens. Muitos dizem que a nudez e o sexo não são necessários em um filme… conservadores, puf. Aqui, essas cenas não são apenas estéticas ou provocativas, mas fazem parte do desenvolvimento dos personagens e da narrativa. A relação na qual Matthew se envolve não é apenas física, mas carrega uma revelação emocional e psicológica. Nos faz refletir sobre o que é o amor, sobre os limites entre desejo, liberdade e dependência.

Há muito mais a ser dito sobre The Dreamers, mas já não encontro palavras para descrever tudo o que senti ao assisti-lo. É um filme que não se explica, mas se vive.

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