Este artigo tem como proposta pensar um processo de criação artística que se utiliza da fotografi... more Este artigo tem como proposta pensar um processo de criação artística que se utiliza da fotografia para a potencialização de transbordamentos, sentimentos, vivências e acontecimentos. Considerando esta proposta, surgiu a problemática: como a fotografia cotidiana pode possibilitar singularizações, práticas de sí e a criação de outras realidades a partir dos acontecimentos que permeiam meu dia a dia? Para responder à essa problematica, me respaldo em autores como Suely Rolnik e Félix Guattari (2013) com o livro “Micropolítica: cartografias do desejo” e Suely Rolnik (1997), com eles, busco relações entre processo artistico e subjetividade.
Este artigo tem como objetivo pensar as figurações feministas e o devir-mulher a partir da arte p... more Este artigo tem como objetivo pensar as figurações feministas e o devir-mulher a partir da arte para refletir sobre subjetividades inventivas. Em seu conteúdo, aborda-se o contexto do lugar da mulher na arte, desde o apagamento das mulheres até a reapropriação desse espaço pelos movimentos feministas. Para refletir sobre a arte, são apresentados os conceitos de devir e de figuração, bem como artistas que dialogam com esses conceitos. Sob o aporte teórico feminista, o trabalho aponta a arte como um meio de resistência na produção de novas narrativas pelas figurações, além de um estado de devir como resistência, desconstrução e reconstrução, e um modo de viver mais libertário por parte das mulheres.Palavras-chave: Estética feminista. Arte. Devir-mulher. Subjetivação. This article aims to think over the feminist figurations and the becoming-woman through art, in order to reflect on inventive subjectivities. In its content, women's place in art's context is addressed, from their...
Resumo: Diante da crescente serialização subjetiva e captura biopolítica dos corpos, das práticas... more Resumo: Diante da crescente serialização subjetiva e captura biopolítica dos corpos, das práticas estéticas e desejos, faz-se cada vez mais necessário pensarmos na expansão inventiva de nosso território subjetivo como forma de resistência e criação. É diante desse contexto de captura e docilização que recorremos ao feminismo pós-estruturalista, para pensarmos uma possível estética feminista enquanto força afirmativa que tanto desconstrói a ideia de sujeito/a e subjetividade tradicionais quanto produz outras figurações para os corpos e para as subjetividades. Nesse sentido, lançaremos nosso olhar para duas artistas paranaenses, Elisa Riemer e Fernanda Magalhães, para localizar, em seus trabalhos, um artivismo feminista que em um só tempo provoca a desconstrução e a construção de outras relações com os corpos, com as práticas e com a subjetivação.
Os livros de artista são obras de arte que podem nos acompanhar em qualquer lugar e a
qualquer ho... more Os livros de artista são obras de arte que podem nos acompanhar em qualquer lugar e a qualquer hora. Esta exposição mostra um conjunto de obras que são performance e livro ao mesmo tempo, de modo que o transitório se torna permanente, o que era único pode ser repetido indefinidamente
Hélio era o lado de fora de uma luva, a ligação com
o mundo exterior. Eu, a parte de dentro. Nós ... more Hélio era o lado de fora de uma luva, a ligação com o mundo exterior. Eu, a parte de dentro. Nós dois existimos a-partir do momento em que há uma mão que calce a luva.
A partir do famoso Artigo dos Vaga-Lumes, escrito por Pier Paolo Pasolini em 1975, Didi-Huberman ... more A partir do famoso Artigo dos Vaga-Lumes, escrito por Pier Paolo Pasolini em 1975, Didi-Huberman defende a sobrevivência da experiência e da imagem, em um texto que representa um grande guinada na história da arte. Sobrevivência de vaga-lumes analisa obra de Pasolini, estabelecendo conexões com o pensamento de outros intelectuais, especia lmente o de Giorgio Agamben. Os vaga-lumes representam as diversas formas de resistência da cultura, do pensamento e do corpo diante das luzes ofuscantes do poder da política, da mídia e da mercadoria. A visão apocalíptica de Pasolini, expressa em sua afirmativa “não existem mais seres humanos”, e a de Agamben, segundo o qual o homem contemporâneo está “desprovido de sua experiência”, constituem um dos eixos da discussão estabelecida por Didi-Huberman. O autor recorre ao trabalho de Walter Benjamim “Imagem Dialética” para demonstrar que a experiência ainda é possível no mundo contemporâneo.
Pensar a imagem é ao mesmo tempo um título e uma necessidade. Organizado por Emmanuel Alloa, o li... more Pensar a imagem é ao mesmo tempo um título e uma necessidade. Organizado por Emmanuel Alloa, o livro reúne diferentes autores em torno de um objeto durante muito tempo excluído do logos filosófico e que hoje, mais do que nunca, determina nossa relação com o real: a imagem. Em 1994, dois autores presentes neste volume – Gottfried Boehm, na Alemanha, e W. J. T. Mitchell, nos Estados Unidos – abriram o debate ao nos convidarem a substituirmos a “virada linguística”, que marcou o pensamento da primeira metade do século XX, por uma “virada icônica”. Na Alemanha, historiadores da arte como Hans Belting e Horst Bredekamp retomaram esse convite, abrindo caminho para a criação de uma “ciência da imagem”, que faria eco à “ciência da linguagem”. O volume documenta um certo número de debates dos últimos anos, como aquele entre Georges Didi-Huberman e Jean-Luc Godard ou entre W. J. T. Mitchell e Jacques Rancière. Além disso, conta ainda com contribuições de autores como Marie-José Mondzain, Emanuele Coccia e Jean-Luc Nancy. Algumas perguntas centrais desenham o quadro de reflexões a que este livro se dedica: o pensamento ocidental é iconofóbico? É a imagem estruturada como uma linguagem? Há uma lógica das imagens diferente da lógica do texto? Qual a relação entre imagem e poder? Precisamos de uma ética da imagem? As imagens podem funcionar como reparação ou como restituição?
More Info: tradução Carla Rodrigues (&Marianna Poyares, Fernando Fragozo, Alice Serra)
In line with a psychology more attached to the “becoming [devenir]” rather than to the essence, t... more In line with a psychology more attached to the “becoming [devenir]” rather than to the essence, the goal of this paper is to ground the importance of understanding subjectivity as a process, mainly when regarding our current discussions about identity and gender. After that, we do some linkage between art and psychology. For us, art is understood as a powerfulmanner to encourage modes of subjectivation that have difference as an inherited relation. Lastly, we draw our attention upon some fragments of the contemporaneous artist, Mathew Barney’s work-of-art (specially, “Cremaster”), to see how it runs through the binaries of gender boundaries and launches post-identity lines of subjectivation.
Este artigo tem como proposta pensar um processo de criação artística que se utiliza da fotografi... more Este artigo tem como proposta pensar um processo de criação artística que se utiliza da fotografia para a potencialização de transbordamentos, sentimentos, vivências e acontecimentos. Considerando esta proposta, surgiu a problemática: como a fotografia cotidiana pode possibilitar singularizações, práticas de sí e a criação de outras realidades a partir dos acontecimentos que permeiam meu dia a dia? Para responder à essa problematica, me respaldo em autores como Suely Rolnik e Félix Guattari (2013) com o livro “Micropolítica: cartografias do desejo” e Suely Rolnik (1997), com eles, busco relações entre processo artistico e subjetividade.
Este artigo tem como objetivo pensar as figurações feministas e o devir-mulher a partir da arte p... more Este artigo tem como objetivo pensar as figurações feministas e o devir-mulher a partir da arte para refletir sobre subjetividades inventivas. Em seu conteúdo, aborda-se o contexto do lugar da mulher na arte, desde o apagamento das mulheres até a reapropriação desse espaço pelos movimentos feministas. Para refletir sobre a arte, são apresentados os conceitos de devir e de figuração, bem como artistas que dialogam com esses conceitos. Sob o aporte teórico feminista, o trabalho aponta a arte como um meio de resistência na produção de novas narrativas pelas figurações, além de um estado de devir como resistência, desconstrução e reconstrução, e um modo de viver mais libertário por parte das mulheres.Palavras-chave: Estética feminista. Arte. Devir-mulher. Subjetivação. This article aims to think over the feminist figurations and the becoming-woman through art, in order to reflect on inventive subjectivities. In its content, women's place in art's context is addressed, from their...
Resumo: Diante da crescente serialização subjetiva e captura biopolítica dos corpos, das práticas... more Resumo: Diante da crescente serialização subjetiva e captura biopolítica dos corpos, das práticas estéticas e desejos, faz-se cada vez mais necessário pensarmos na expansão inventiva de nosso território subjetivo como forma de resistência e criação. É diante desse contexto de captura e docilização que recorremos ao feminismo pós-estruturalista, para pensarmos uma possível estética feminista enquanto força afirmativa que tanto desconstrói a ideia de sujeito/a e subjetividade tradicionais quanto produz outras figurações para os corpos e para as subjetividades. Nesse sentido, lançaremos nosso olhar para duas artistas paranaenses, Elisa Riemer e Fernanda Magalhães, para localizar, em seus trabalhos, um artivismo feminista que em um só tempo provoca a desconstrução e a construção de outras relações com os corpos, com as práticas e com a subjetivação.
Os livros de artista são obras de arte que podem nos acompanhar em qualquer lugar e a
qualquer ho... more Os livros de artista são obras de arte que podem nos acompanhar em qualquer lugar e a qualquer hora. Esta exposição mostra um conjunto de obras que são performance e livro ao mesmo tempo, de modo que o transitório se torna permanente, o que era único pode ser repetido indefinidamente
Hélio era o lado de fora de uma luva, a ligação com
o mundo exterior. Eu, a parte de dentro. Nós ... more Hélio era o lado de fora de uma luva, a ligação com o mundo exterior. Eu, a parte de dentro. Nós dois existimos a-partir do momento em que há uma mão que calce a luva.
A partir do famoso Artigo dos Vaga-Lumes, escrito por Pier Paolo Pasolini em 1975, Didi-Huberman ... more A partir do famoso Artigo dos Vaga-Lumes, escrito por Pier Paolo Pasolini em 1975, Didi-Huberman defende a sobrevivência da experiência e da imagem, em um texto que representa um grande guinada na história da arte. Sobrevivência de vaga-lumes analisa obra de Pasolini, estabelecendo conexões com o pensamento de outros intelectuais, especia lmente o de Giorgio Agamben. Os vaga-lumes representam as diversas formas de resistência da cultura, do pensamento e do corpo diante das luzes ofuscantes do poder da política, da mídia e da mercadoria. A visão apocalíptica de Pasolini, expressa em sua afirmativa “não existem mais seres humanos”, e a de Agamben, segundo o qual o homem contemporâneo está “desprovido de sua experiência”, constituem um dos eixos da discussão estabelecida por Didi-Huberman. O autor recorre ao trabalho de Walter Benjamim “Imagem Dialética” para demonstrar que a experiência ainda é possível no mundo contemporâneo.
Pensar a imagem é ao mesmo tempo um título e uma necessidade. Organizado por Emmanuel Alloa, o li... more Pensar a imagem é ao mesmo tempo um título e uma necessidade. Organizado por Emmanuel Alloa, o livro reúne diferentes autores em torno de um objeto durante muito tempo excluído do logos filosófico e que hoje, mais do que nunca, determina nossa relação com o real: a imagem. Em 1994, dois autores presentes neste volume – Gottfried Boehm, na Alemanha, e W. J. T. Mitchell, nos Estados Unidos – abriram o debate ao nos convidarem a substituirmos a “virada linguística”, que marcou o pensamento da primeira metade do século XX, por uma “virada icônica”. Na Alemanha, historiadores da arte como Hans Belting e Horst Bredekamp retomaram esse convite, abrindo caminho para a criação de uma “ciência da imagem”, que faria eco à “ciência da linguagem”. O volume documenta um certo número de debates dos últimos anos, como aquele entre Georges Didi-Huberman e Jean-Luc Godard ou entre W. J. T. Mitchell e Jacques Rancière. Além disso, conta ainda com contribuições de autores como Marie-José Mondzain, Emanuele Coccia e Jean-Luc Nancy. Algumas perguntas centrais desenham o quadro de reflexões a que este livro se dedica: o pensamento ocidental é iconofóbico? É a imagem estruturada como uma linguagem? Há uma lógica das imagens diferente da lógica do texto? Qual a relação entre imagem e poder? Precisamos de uma ética da imagem? As imagens podem funcionar como reparação ou como restituição?
More Info: tradução Carla Rodrigues (&Marianna Poyares, Fernando Fragozo, Alice Serra)
In line with a psychology more attached to the “becoming [devenir]” rather than to the essence, t... more In line with a psychology more attached to the “becoming [devenir]” rather than to the essence, the goal of this paper is to ground the importance of understanding subjectivity as a process, mainly when regarding our current discussions about identity and gender. After that, we do some linkage between art and psychology. For us, art is understood as a powerfulmanner to encourage modes of subjectivation that have difference as an inherited relation. Lastly, we draw our attention upon some fragments of the contemporaneous artist, Mathew Barney’s work-of-art (specially, “Cremaster”), to see how it runs through the binaries of gender boundaries and launches post-identity lines of subjectivation.
Uploads
Papers by Roberta Stubs
qualquer hora. Esta exposição mostra um conjunto de obras que são performance e livro
ao mesmo tempo, de modo que o transitório se torna permanente, o que era único pode
ser repetido indefinidamente
o mundo exterior. Eu, a parte de dentro. Nós dois
existimos a-partir do momento em que há uma
mão que calce a luva.
diferentes autores em torno de um objeto durante muito tempo excluído do logos filosófico e que hoje, mais do que nunca, determina nossa relação com o real: a imagem. Em 1994, dois autores presentes neste volume – Gottfried Boehm, na Alemanha, e W. J. T. Mitchell, nos Estados Unidos – abriram o debate ao nos convidarem a substituirmos a “virada linguística”, que marcou o pensamento da primeira metade do século XX, por uma “virada icônica”. Na Alemanha, historiadores da arte como Hans Belting e Horst Bredekamp retomaram esse convite, abrindo caminho para a criação de uma “ciência da imagem”, que faria eco à “ciência da linguagem”.
O volume documenta um certo número de debates dos últimos anos, como aquele entre Georges Didi-Huberman e
Jean-Luc Godard ou entre W. J. T. Mitchell e Jacques Rancière. Além disso, conta ainda com contribuições de autores como Marie-José Mondzain, Emanuele Coccia
e Jean-Luc Nancy. Algumas perguntas centrais desenham o quadro de reflexões a que este livro se dedica: o pensamento ocidental é iconofóbico? É a imagem estruturada como uma linguagem? Há uma lógica das imagens diferente da lógica do texto? Qual a relação entre imagem e poder? Precisamos de uma ética da imagem? As imagens podem funcionar como reparação ou como restituição?
More Info: tradução Carla Rodrigues (&Marianna Poyares, Fernando Fragozo, Alice Serra)
Publisher: Belo Horizonte: Autêntica
Publication Date: 2015
art and psychology. For us, art is understood as a powerfulmanner to encourage modes of subjectivation that have difference as an inherited relation. Lastly, we
draw our attention upon some fragments of the contemporaneous artist, Mathew Barney’s work-of-art (specially, “Cremaster”), to see how it runs through the
binaries of gender boundaries and launches post-identity lines of subjectivation.
Keywords: post-identity; cyborg subjectivity; aesthetics subjectivity.
qualquer hora. Esta exposição mostra um conjunto de obras que são performance e livro
ao mesmo tempo, de modo que o transitório se torna permanente, o que era único pode
ser repetido indefinidamente
o mundo exterior. Eu, a parte de dentro. Nós dois
existimos a-partir do momento em que há uma
mão que calce a luva.
diferentes autores em torno de um objeto durante muito tempo excluído do logos filosófico e que hoje, mais do que nunca, determina nossa relação com o real: a imagem. Em 1994, dois autores presentes neste volume – Gottfried Boehm, na Alemanha, e W. J. T. Mitchell, nos Estados Unidos – abriram o debate ao nos convidarem a substituirmos a “virada linguística”, que marcou o pensamento da primeira metade do século XX, por uma “virada icônica”. Na Alemanha, historiadores da arte como Hans Belting e Horst Bredekamp retomaram esse convite, abrindo caminho para a criação de uma “ciência da imagem”, que faria eco à “ciência da linguagem”.
O volume documenta um certo número de debates dos últimos anos, como aquele entre Georges Didi-Huberman e
Jean-Luc Godard ou entre W. J. T. Mitchell e Jacques Rancière. Além disso, conta ainda com contribuições de autores como Marie-José Mondzain, Emanuele Coccia
e Jean-Luc Nancy. Algumas perguntas centrais desenham o quadro de reflexões a que este livro se dedica: o pensamento ocidental é iconofóbico? É a imagem estruturada como uma linguagem? Há uma lógica das imagens diferente da lógica do texto? Qual a relação entre imagem e poder? Precisamos de uma ética da imagem? As imagens podem funcionar como reparação ou como restituição?
More Info: tradução Carla Rodrigues (&Marianna Poyares, Fernando Fragozo, Alice Serra)
Publisher: Belo Horizonte: Autêntica
Publication Date: 2015
art and psychology. For us, art is understood as a powerfulmanner to encourage modes of subjectivation that have difference as an inherited relation. Lastly, we
draw our attention upon some fragments of the contemporaneous artist, Mathew Barney’s work-of-art (specially, “Cremaster”), to see how it runs through the
binaries of gender boundaries and launches post-identity lines of subjectivation.
Keywords: post-identity; cyborg subjectivity; aesthetics subjectivity.