Encontrei-te em Veneza
De Inês Pereira
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Sobre este e-book
Robert, Madeleine e Ethan são três estranhos com personalidades totalmente diferentes e que se encontraram no Cais de Veneza pelo mesmo motivo. Depois de uma troca de olhares, a vida dos três muda drasticamente. Será que a amizade e o amor partilhado vão ser suficientes para encontrarem a tão desejada felicidade?
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Encontrei-te em Veneza - Inês Pereira
Dedicatória
Dedico esta obra a todos os sonhadores, que decidiram partilhar comigo as páginas desta mágica história, os meus leitores.
Agradecimentos
Quero agradecer, primeiramente, à minha família, que me proporcionou a maravilhosa viagem que inspirou a escrita desta obra. Quero agradecer, também, a todos os amigos que me apoiaram e me incentivaram na criação de uma nova história.
Três estranhos no cais…
Três desconhecidos encontram-se no cais de Veneza. Quão irónico é o facto de três personalidades tão distintas, três almas tão diferentes se encontrarem num mesmo lugar à mesma hora? Silêncio. Não se esperaria mais nada senão o silêncio entre os habitantes de uma sociedade moderna em que já nem se conhece o vizinho do lado. A água do rio cintilava e o cais era embalado pela ondulação formada pelos barcos a motor. Duas e três gôndolas iam navegando, vagarosamente, arrancando sorrisos de turistas que estavam a dirigir-se a um dos inúmeros restaurantes. Olhares. Incrível como os olhares de três pessoas completamente diferentes podem ter tanto em comum. O brilho, a tristeza e a deceção estampadas nos olhos de quem ali, enfrentando a leve brisa Veneziana, tentava que o rio as levasse, de algum modo, nas suas águas gélidas.
Estávamos em Agosto. As ruas lotadas de turistas e, no entanto, naquele mesmo cais, aquele mesmo de onde se via uma basílica ao longe, estavam apenas três estranhos. Estranhos tão diferentes e tão parecidos que, por mais que as suas vidas agitadas exigissem, arranjaram tempo para se lamentar junto ao rio. Os três desconhecidos tinham nome, vida e uma razão para estarem ali, no mesmo dia, no mesmo momento. No entanto, pareciam todos tão perdidos nos seus pensamentos que nem reparam na presença uns dos outros.
Madeleine era uma mulher diferente. No auge dos seus vinte e seis anos, era uma mulher livre, na prática, claro…! Era livre, porque era independente e auto-suficiente. Apesar de ainda ser tão nova, tinha já uma carreira bem promissora que lhe dava um ordenado agradável. Infelizmente, era prisioneira do seu coração, do seu triste coração que carregava todos os seus desgostos amorosos. Madeleine tinha tido apenas três namorados em toda a sua vida, mas as três relações foram tão desastrosas que perdeu a esperança no amor. Amor…! Uma palavra que tinha significado tanto para a jovem Madeleine, que outrora adorara ler romances e sonhar com a realização da sua própria história de amor. No entanto, com todos os sucedidos, Madeleine apenas se imaginava solteira, com os seus cinco gatos e a chorar todo o dia, como já era sua rotina.
Olhou para o lado e reparou que tinha companhia naquele cais solitário de Veneza. Segurou as lágrimas que se preparavam para lhe inundar o rosto. Não podia chorar à frente de toda a gente! Não queria chamar à atenção! Talvez, por isso se vestia toda de preto, desde que terminou o seu último relacionamento. Uma tentativa de combinar o seu vestuário com o seu estado de espírito. Era tarde e o sol estava quase a pôr-se.
Robert olhava para o rio com o olhar perdido… mais uma discussão com a sua esposa! Sabia que estava a ser traído fazia tempo, mas não tinha coragem para a confrontar. Tristeza e mágoa inundavam o seu coração tanto como o seu olhar. Não podia chorar ali, podia estar devastado, mas não se queria demonstrar assim tão fraco. Reparou na rapariga que estava do seu lado. Trocaram olhares por segundos. Ela era bonita e o seu olhar parecia tão perdido quanto o dele. Não sou o único com problemas
, pensou, como se não fosse algo óbvio. Talvez não o seja, quando estamos magoados, achamos sempre que somos os únicos a sofrer.
Secretamente, Robert queria falar com ela, perguntar o que se passava, não sabia se por desespero de ser compreendido, se por pena. Ignorou. Não podia falar com alguém desconhecido assim do nada! Ainda seria considerado um assediador ou algo assim. Nos dias de hoje, não se arrisca!
Voltou a sua atenção de novo para o rio. A água ia e vinha, assim como era empurrada pelos barcos a motor dos hotéis e dos moradores da zona. Desejou não ter de voltar para casa, não ter de encarar de novo aquela que tanto amou e por quem tanto sofreu e sofria. Amor verdadeiro… O que sabem eles sobre amor verdadeiro? Amor é algo tão verdadeiro como a existência de Unicórnios
, pensou. Como podia ele ter sido traído? Onde tinha errado? Em não comprar aquelas malas caras de três mil euros que a sua esposa pedia todas as semanas? Robert trabalhava dezoito horas por dia, para tentar pagar todas as contas e dar tudo o que podia à sua mulher. Mas, pelos vistos, não era suficiente… Ele não era suficiente... Fechou os olhos. Só queria tentar fugir numa das gôndolas, mas sabia que não podia, não adiantava de nada. Robert não fugia dos seus problemas: enfrentava-os! No entanto, estava tão acabado, a sentir-se tão em baixo que nem reconhecia a sua própria aparência no espelho. Suspirou. Era tarde e o sol acabara de se pôr.
Ethan olhava o rio pacificamente. Acabara de reparar nos dois estranhos que o acompanhavam. Estavam tão entretidos nos seus próprios pensamentos que nem havia dado conta da sua presença. Acabara de sair do seu emprego, um estágio, que nem dava quase para pagar o pequeno apartamento que tinha arrendado, mas, agora, era independente e só isso o fazia feliz. Ethan era feliz… quase feliz… talvez fosse feliz, na verdade... Não era um sortudo, mas era algo feliz. Podia estar sozinho na vida, mas ele mesmo não necessitava de ninguém. Era feliz sozinho. Gostava de apreciar o pôr-do-sol e o cair da noite sozinho. Sentia que não precisava de todo o sofrimento e drama de um relacionamento, para se sentir completo e planeava viver assim. Afinal, ter filhos nunca fora um sonho seu. Vivia para ser feliz. E ser feliz, para ele, significava aproveitar os pequenos momentos que a vida lhe proporcionava para viajar e apreciar o mundo. Um dia, haveria de ser rico, deixar aquele horrível e entediante trabalho de escritório e viajar pelo mundo. Queria sentir-se livre como um pássaro e viajar sem destino seriam as suas asas. Sempre fora desligado do mundo e todos à sua volta se habituaram a tal. Era um rapaz calado e sonhador. Os amores da sua vida eram viajar e ele próprio. Nunca teve grandes amigos e ambicionava a sua independência e solidão, por isso, assim que completou dezoito anos, saiu de casa, no âmbito de um programa de Erasmus, que o levara até Veneza e por aqui ficou.
Falava com os seus pais de quinze em quinze dias. Quase nunca saía do pequeno apartamento para a agitada cidade. Afinal, passar por multidões não era propriamente a ideia de um passeio perfeito para ele. Sair à noite