Acorde!: um eu dorme em você
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Sobre este e-book
Mapas da personalidade temos vários, e são muitos aqueles que hoje se encontram a nosso alcance.
Mapas da essência são raros e, geralmente, estão esquecidos ou escondidos nos porões das tradições espirituais.
O eneagrama é um mapa da personalidade, claro e prático, profundo e simples, bastante completo quando enriquecido pela categoria dos instintos e pelos subtipos. Mas, como mapa da essência, revela-se ainda mais sua profundidade e sua clareza, dialogando harmoniosamente com as grandes tradições espirituais e guiando o ser humano na jornada de volta ao Paraíso, à Terra Prometida, à Pátria Mãe, à Fonte Divina de onde veio e para onde anseia voltar.
Aqui está a excelência do eneagrama, ou talvez, indo ainda além, a arte de costurar, de modo tão excelente, essas duas dimensões, tão humanas e tão divinas.
Neste livro, fazemos uma viagem muito ampla por toda a tradição do eneagrama, com respeito à sua totalidade e num profundo espírito de serviço ao ser humano. Tudo numa linguagem clara e com um itinerário pedagógico feliz, trazendo abordagens inovadoras e abrindo janelas reveladoras de novas paisagens, para todos aqueles que buscam horizontes de vida mais plena!"
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Acorde! - Luiz Carlos Garcia
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Prefácio
Reza a lenda que um grupo de pessoas, andando pelas praias do Nordeste do Brasil, acampou à sombra de um coqueiral, curtindo a brisa suave dos verdes mares. Caiu um coco. Causou espanto e apreensão. Ninguém conhecia aquele fruto estranho. Os olhares curiosos se encontraram no fruto pesado.
— Para que serve isso? — perguntaram alguns.
— Talvez seja útil — disseram outros.
— Que proveito podemos tirar dele? — lembraram outros ainda.
Rolou muita conversa. Alguém pegou o coco e sentiu seu peso. Outros perceberam sua casca dura e rude. Bateram o estranho fruto em uma pedra e imaginaram a sorte que tiveram por ele não ter caído na cabeça de algum deles. Foram puxando as fibras da casca, aquele emaranhado de fios resistentes, em camadas espessas... E alguém teve uma ideia brilhante: essas fibras são ótimas! Úteis para acender fogueira, ou para adubar a terra, ou até para produzir algo diferente, como tecidos ou almofadas, quem sabe para estofamentos... E brilharam os olhos de alguns pelas vantagens que a fibra do coco prometia. Arrancaram as fibras todas, o que não foi fácil. Ficaram encantados com a quantidade de fibra em um único coco e vislumbraram grandes possibilidades para esse novo achado.
Lá no chão de areia restou apenas uma bola de casca muito dura. Acharam que aquele miolo do coco não serviria para nada. Sua casca era dura demais, e não compensaria ir adiante nas descobertas acerca desse fruto. A maior parte do grupo, tão fascinada que estava pela descoberta e pelas potencialidades de utilização da fibra de coco, foi embora correndo, para agilizar processos aplicando o novo material.
Ficou apenas uma pessoa na praia, debaixo do coqueiral, saboreando a brisa da tarde. Adormeceu... E acordou com muita sede. Olhou aquela bola dura e áspera que restou das fibras arrancadas do coco, e uma intuição, uma sensação de estranha curiosidade veio do profundo de si mesma. Pegou aquela bola, balançou e sentiu algo líquido se mexendo lá dentro. Aumentou a estranha intuição. Havia algo lá dentro! Mas aquela casca era muito dura, não tinha como abrir. Contudo, maior ainda era a curiosidade. Logo, a pessoa viu uma pedra pontiaguda e começou a golpear com ela aquela bola de casca dura. Os golpes aumentaram... De repente, numa batida mais forte, a bola quebrou... E um líquido espirrou e derramou-se em abundância... Apesar da surpresa ela ainda conseguiu reter um pouco dele e o bebeu... Então, ficou encantada! Era deliciosa demais aquela água! Água de coco! Como ninguém tinha descoberto isso antes?! Tão simples e tão deliciosa, ali, bem ao seu alcance!
Depois do prazer daquele sabor, veio à cabeça quanto tinham sido apressados aqueles que se encantaram apenas com as fibras do coco. E seu olhar voltou-se para as metades daquela bola que continha o líquido precioso. Percebeu que havia algo mais no interior daquela casca dura: uma capa gelatinosa de massa branca, muito branca e apetitosa. Novamente sua curiosidade foi despertada, e ela experimentou o sabor. Foi mais um encantamento! Deliciosa aquela massa! O melhor do coco estava ali. A água e aquela massa gostosa! As fibras... Bem, as fibras eram apenas a proteção daquele tesouro! Úteis, sem dúvida, mas nada que se compare ao tesouro do interior!
Caçadores de coco! Somos todos nós! Alguns se encantam pelas fibras e fazem com elas coisas extraordinárias. Outros vão mais além e descobrem a essência do coco... e deliciam-se com ela!
O eneagrama é o coco. Alguém o encontrou nas praias da vida enquanto buscava sobras amenas para suavizar as agruras no calor da jornada. Estava lá, nos coqueirais, plantados por gerações e gerações que se perdem nos milênios da história daqueles que fizeram uma viagem em busca do sentido da vida. Alguns se encantaram com as fibras do coco, outros descobriram algo muito mais profundo ao ir além!
No Meeting Europeu de Eneagrama, realizado em maio de 2016, em Portugal, um slogan proferido por Russ Hudson, e repetido por vários oradores, cunhou as expressões Eneagrama Vertical e Eneagrama Horizontal. Elas são as duas dimensões do eneagrama; ambas válidas, mas inseparáveis, se quisermos respeitar a tradição dessa sabedoria e o mistério que é o ser humano. O eneagrama horizontal corresponde à visão daqueles que enxergam apenas as fibras da casca do coco, ao passo que o eneagrama vertical responde à necessidade daqueles que vão além e descobrem a essência como horizonte espiritual, capaz de saciar a sede infinita que habita o ser humano e que corre nas fontes originais dessa sabedoria que atravessa os séculos perpassando várias culturas.
O eneagrama horizontal nos dá mapas para fazer consertos em nosso comportamento, remendando a personalidade. Já o eneagrama vertical nos convida a um itinerário espiritual em busca da criança sagrada que nos habita, como imagem de Deus. Mas o eneagrama é um todo, um mapa psicoespiritual, porque nasceu da observação do humano, que é reflexo do Uno, por isso respeita sua natureza mais profunda. Mapas da personalidade, temos muitos, e são muitos aqueles que hoje se encontram a nosso alcance. Mapas da essência, são raros e, geralmente, estão esquecidos ou escondidos nos porões das tradições espirituais. O eneagrama é um mapa da personalidade, claro e prático, profundo e simples, bastante completo quando enriquecido pela categoria dos instintos e pelos subtipos. Mas, como mapa da essência, o eneagrama revela-se ainda mais sua profundidade e sua clareza, dialogando harmoniosamente com as grandes tradições espirituais e guiando o ser humano na jornada de volta ao Paraíso, à Terra Prometida, à Pátria Mãe, à Fonte Divina de onde veio e para onde anseia voltar. Aqui está a excelência do eneagrama ou talvez, indo ainda além, a arte de costurar, de modo tão excelente, essas duas dimensões, tão humanas e tão divinas.
A meu ver, o eneagrama das personalidades corresponde 15% à tradição. O conhecimento dos instintos e dos subtipos acrescenta mais 15%, e a compreensão do movimento das asas e das flechas soma mais 20%. Chegamos, então, a 50%. Muito boa essa metade, muito útil e muito prática. Ajuda-nos, sem dúvida, a viver de forma mais satisfatória neste mundo. Os outros 50% da sabedoria do eneagrama convidam ao mergulho na essência. Ideias sagradas e virtudes, centelha divina que somos em nossa verdade mais genuína. A primeira parte do mapa fala do caminho pessoal que somos chamados a percorrer. É trabalho de cada um, imprescindível e inalienável. A segunda parte do mapa é o caminho da essência, e aqui o nosso trabalho cessa, para dar espaço ao transcendente que, a partir do mais profundo de nós mesmos, nos convida a uma experiência de entrega, abandono e confiança. Ação de Deus em nós, deixar-se modelar, abrir-se, entregar-se, perder-se no ser para ser verdadeiramente. Dizia Dostoiévski que dentro de cada ser humano há um vazio do tamanho de Deus
. E, se é do tamanho de Deus esse vazio, só o Infinito pode preenchê-lo. Eras pó e agora começas a perceber que és sopro
, dizia o poeta Rumi, que também falava que a Fonte tem sede de quem tem sede
. Dizem que Deus, quando criou cada Ser Humano, falou baixinho em seu ouvido: Não fuja de mim... porque, se fugir, eu vou ter de procurar você!
Anselm Grün nos lembra de que Mística é tornar-se uno com a criança divina em nós, com o verdadeiro ser, com o mistério da própria individualidade que é partícipe de Deus
. E Mestre Eckhart dizia que O nascimento de Deus se dá no fundo da alma humana, e não fora do homem. O Homem pode realizar esse nascimento, com seu próprio trabalho, voltando-se para Deus
. O eneagrama concretiza isso, dando-nos um mapa do trabalho que podemos fazer para depois contemplar o nascimento de Deus no fundo de nosso ser. Como dizia Tomás de Aquino, Quanto mais eu vou ao encontro de mim, mais encontro dentro de mim um Outro que não sou eu, mas que no entanto é a razão da minha existência
. Esse fio de ouro perpassa toda a história da espiritualidade cristã, passando por Clemente de Alexandria, que entendeu: Parece pois que o mais importante de todos os conhecimentos é o conhecimento de si mesmo; pois quando alguém se conhece a si mesmo ele há de chegar ao conhecimento de Deus
. Guilherme de St. Thierry dizia mais tarde: Conhece-te a ti mesmo, porque és a minha imagem, e assim hás de conhecer a mim, de quem és imagem. Em ti, tu me encontrarás
. Bernardo de Claraval resumia depois: Reconhece-te como imagem de Deus e envergonha-te por a teres recoberto com uma imagem estranha. Lembra-te de tua nobreza e envergonha-te de quanto decaíste! Não deixes de reconhecer tua beleza, para que mais ainda te angusties por tua fealdade
.
Neste tempo maravilhoso que nos é dado habitar, contemplamos a maravilhosa volta do ser humano a si mesmo, depois das viagens ilusórias pelas promessas de felicidade que o desenvolvimento técnico-científico não cumpriu. A era do vazio nos fez chegar mais rápido ao fundo do poço do sem sentido. Muitos se afundam no sofrimento e se veem no beco sem saída da angústia humana. Outros podem encontrar mais cedo a oportunidade de voltar a ser gente, redescobrindo caminhos que os levam à essência. Religião é para aqueles que têm medo de ir para o Inferno; espiritualidade é para aqueles que já estiveram lá
– li uma vez em um para-choque de caminhão. Talvez por isso hoje experimentamos e testemunhamos essa busca sincera, a partir do mais profundo, consciente e livre, clamando por algo suficientemente infinito, capaz de dar sentido à vida. E talvez por isso o eneagrama esteja ressurgindo hoje e desenvolvendo-se de forma tão ampla, por ser uma resposta séria a essa busca angustiante. Acredito que é missão sagrada de cada pessoa que conhece e experimenta esse caminho viver o que ensina e ensinar o que vive
, como dizia Cora Coralina. E tudo nesse coco é útil e prático para as pessoas do nosso tempo, mas, sem dúvida, não podemos deixar esquecido na areia da praia o melhor que o coco encerra, ficando apenas com as fibras.
Fiquei feliz quando recebi o convite do Luiz Carlos Garcia e da Vera Saldanha para fazer a apresentação deste livro. Fiquei encantado quando o li. Há muita gente fazendo coisas maravilhosas com as fibras do coco. Mas é encantador encontrar alguém que se deleita com a água do coco, saboreia sua carne e cria oportunidades para que outras pessoas aí saciem sua fome de amor e sua sede de sentido! Nesta obra, fazemos uma viagem muito ampla por toda a tradição do eneagrama, num respeito profundo à sua totalidade e num profundo espírito de serviço ao ser humano. Se é verdade que a palavra tem a força de quem a diz, este trabalho tem o peso, ou melhor, a leveza da alma de quem o escreve, como transbordar daquilo que vive!
A Comunidade do Eneagrama ganha uma obra abrangente e profunda, muito completa e prática, numa linguagem clara e com um itinerário pedagógico feliz, trazendo abordagens inovadoras e abrindo janelas reveladoras de novas paisagens, para todos aqueles que buscam horizontes de vida mais plena!
Domingos Cunha, CSh.
Agradecimentos
Muitas pessoas estão presentes neste livro, mas algumas para mim estão visíveis quando olho a jornada de minha vida, sobretudo do alto da montanha de anos que tenho hoje.
Contemplo a escada do tempo em cuja base estão minha família, os amigos da primeira fase da vida, a companheira de casamento, os filhos, os amigos evolutivos que encontrei em minha vida de terapeuta e educador e, vislumbrado, o neto. No final dessa escada está o Eu que este livro quer acordar.
Acima da montanha vejo outro horizonte, o céu, o espaço infinito onde as nuvens me lembram de amigos, mestres, fontes de saber que fizeram com que minha vida adquirisse um sentido e sabores de vinhos que hoje posso desfrutar.
A minha família, pai (Toninho), mãe (Nair) e irmãos (Adalberto, Nenê, Marcio, Regina, Lucia e Paulinho), por me ensinar a ir para o mundo e romper limites, forjando em mim um descobridor de outros mundos possíveis, gratidão.
Aos amigos da primeira fase da vida, pela alegria de viver o presente e juntos construir pipas e sonhos de fraternidade, gratidão.
Minha companheira não está visível neste livro somente como coautora, mas viva nos textos que indicam caminhos de autodescoberta e crescimento humano. Cresci e descobri caminhos dentro de mim forjados por sua persistência e sua amorosidade. A Vera Saldanha, gratidão eterna.
A Camilla e Fellipe, por possibilitarem contemplar o milagre da evolução de nossos filhos ao expandir a inteligência e um novo mundo de possibilidades, gratidão.
Ao neto Matheus, pela alegria de voltar a ser criança e rolar no chão, esquecendo os compromissos e os deveres, enfim, por ser o Eu que sou, de entender o que é a expressão EU SOU, gratidão.
Aos amigos de faculdade, Silvia cuja persistência e gentileza passou rápido por este planeta; Carmem pela simplicidade e pela amizade; Talel pela cultura muçulmana adaptada e transformada em sonhos tropicais; Kaká pelos sonhos de crescimento e evolução. Enfim, a todos aqueles com que convivi durante os cinco importantes anos de graduação, gratidão.
Aos amigos evolutivos, o agradecimento e a gratidão por acompanhar os sofrimentos, a pequenez do eu menor e a grandeza de ver o Eu maior desabrochar e firmar a certeza de que todos os caminhos seguem no sentido evolutivo para o encontro com Deus, gratidão.
E, olhando para o alto, meus agradecimentos aos mestres que me ensinam a ser quem SOU. Dona Therezinha Balbão, que me ensinou a sonhar em sair de um círculo pequeno e voar novos horizontes e por manter as memórias de meu grupo escolar. A frei Henrique e frei Emiliano, por me permitirem conhecer e viver com São Francisco de Assis. A dom José Vieira de Lima e dom Geraldo Verdier, por encarnarem uma Igreja Divina.
Etienne Miguet, por me permitir ver o desapego, a espontaneidade e a verdade vindo da velha França, gratidão.
Ainda olhando para o alto, busco as raízes da minha formação – psicólogo e humanista: Freud, cujo primeiro livro lia no trem que me levava aos 13 anos de casa para o seminário franciscano, por me mostrar que meu choro durante a leitura de sua biografia era um desejo imenso de autoconhecimento; Carl Rogers, por me ensinar que a neutralidade do terapeuta cria um ambiente de desenvolvimento, aprimoramento e liberdade para o coachee ou cliente; Jung, pelo fascínio que exerce em mim o outro lado da personalidade humana, que ele chamou de self, a essência; Eliezer Mendes, pelo acolhimento em sua clínica e me permitir viver a experiência do parapsicodrama no mundo das personalidades intrusas; Rogers Woogler, pela aprendizagem do teatro das personalidades e os dramas da alma.
A Pierre Weil, por 30 anos de convivência, trabalho e momentos de pai, amigo, irmão e sonhos em comum, com uma psicologia vasta
como vasto é o ser humano, gratidão.
A Roberto Crema, por me permitir conhecer o humano que deu certo
e a alegria de vivenciar sonhos de irmãos, gratidão.
Ao Grupo Santa Cruz, cujo timoneiro, Francisco Mazon, em sua direção soube escutar as ondas e sentir o vento direcionar as empresas para novos tempos, permitindo a seus colaboradores beber na fonte do eneagrama e resgatando com isso o desejo de espiritualidade de seus fundadores, Eugenio e Sofia Mazon, gratidão.
A Alubrat, em cuja fonte saciei minha sede de conhecimento nos últimos 20 anos, transformando minha vida e a de milhares de pessoas tanto no plano pessoal, com seus congressos e retiros no Brasil e em Portugal, quanto na dimensão profissional, ao criar uma rede de terapeutas com o primeiro curso de pós-graduação em Psicologia Transpessoal em ambos os países, no qual contribuo transmitindo os ensinamentos do eneagrama, minha gratidão
E olhando ainda mais alto para o devir, para as galáxias que ainda não vejo, mas que as tradições espirituais navegam e o poeta Rumi transborda amor ao contemplar em cada ser as nove faces do divino.
Finalmente, gratidão a cada tipo psicológico que me permitiu entender o rosto do divino na expressão de cada ser:
1 Adonay, O Senhor;
2 Theotókos, Mãe de Deus;
3 Elohim, Criador de todas as coisas;
4 Adon Hakavod, sO Rei da Glória;
5 El Rai, O que tudo vê;
6 El Elyon, O Deus Altíssimo
Misterium Tremendum;
7 Yahwest-Yreh, O que tudo provê;
8 Salvaon, O todo-poderoso;
9 Mikadiskim, O que nos santifica.
Eterna gratidão!
"É simples: Pensaste que eras pó e agora descobres que és sopro.
Antes eras ignorante, e agora sabes mais.
O único, que te conduziu até aqui,
te guiará doravante também."
Rumi
Luiz Carlos Garcia
Introdução
Este livro traz os seguintes propósitos:
a) Transmitir conhecimentos sobre o eneagrama da personalidade;
b) Relembrar duas dimensões do eneagrama, a horizontal e a vertical;
c) Apresentar as fontes espirituais do eneagrama sagrado;
d) Oferecer a terapeutas, coaches e pessoas que buscam seu aprimoramento uma metodologia e perguntas poderosas que orientem o processo de autoconhecimento e transformação, com base no tipo psicológico;