Ana e Artur descobrem a grécia
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Ana e Artur descobrem a grécia - Silvana Salerno
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Segredos de quintal
ilustra_capPlóft! E uma coisa rolou perto dela.
A menina acordou de seu sonho. Deitada embaixo da árvore, continuou de olhos fechados curtindo aquele perfume. Adorava sentir cheiro de fruta, e o de manga era um dos seus preferidos. Naquele estado acorda-não acorda, Ana pensava no suco, no sorvete e na musse de manga – delícias que a mãe fazia. Mas, onde estava, de olhos fechados, imaginou-se descascando com as mãos aquela manga caída do pé e chupando tudo até o caroço. Abriu os olhos, espreguiçou-se e foi o que fez: descascou a manga com as mãos e lambuzou-se inteira.
Nesse momento, Artur chegou. Veio correndo pelo quintal e se deitou ao lado da prima, no saco de dormir que ela estendera no chão, e fixou os olhos naquela trama de galhos e folhas que formava a copa da mangueira. Era uma das árvores mais altas do pomar e dava uma sombra danada de boa! Ao lado dela, a jabuticabeira fazia a festa de todos quando ficava branquinha, com o tronco tomado de flores que se transformavam nas frutinhas pretas que todos adoravam. Logo abaixo, a laranjeira e o limoeiro exalavam um odor azedinho. Ana adorava sentir aqueles cheiros e sabia identificar cada um deles direitinho.
Artur admirava a energia das árvores: seu tronco vigoroso, que suportava um emaranhado de galhos e folhas, além das frutas. Mergulhava o olhar na copa da mangueira e se perdia por lá... À sombra da grande árvore, ele viajava com o pensamento. Lembrava o que tinha acontecido na escola, a menina de quem ele gostava, o jogo de bola com os colegas, o pito dos professores, os garotos que o zoavam e os amigos.
– Oi – disse Artur para a prima.
– Oi – respondeu Ana.
E nenhum dos dois falou mais nada. Relaxando embaixo da mangueira, cada um deixava o pensamento voar. Ana pensava no que Neusa, sua melhor amiga, tinha dito. Ficou com raiva da Neusa, porque ela sabia que Ana gostava do Gil fazia um tempão e, como se nada estivesse acontecendo, disse pra Ana que ele tinha dado uma olhada daquelas pra ela...
Ana ficou passada. Não disse nada para a amiga, mas ficou magoada. Enquanto lutava com seus sentimentos sem saber o que dizer, Neusa se despediu porque a aula ia começar. Ana entrou no banheiro e lavou o rosto.
Ainda por cima, ela falou que tinha gostado...
, pensava Ana indo para a classe. Como eu não disse nada, ela vai pensar que o caminho está livre.
Ana não prestou atenção na aula, estava de cabeça cheia. Os pensamentos se acumulavam, um por cima do outro, e ela foi ficando zonza com tudo aquilo. Tudo isso foi dando uma grande dor de cabeça nela.
Na penúltima aula, pediu ao professor de Inglês para sair da classe pois precisava arrumar um remédio para dor de cabeça. Na secretaria, dona Estela lhe deu um copinho de chá e em seguida um analgésico. Ela agradeceu à dona Estela e voltou para a classe.
Enquanto andava pelos corredores do colégio, mais relaxada, foi pensando que não ia desistir do Gil sem mais nem menos. Com essa decisão, foi tirando a Neusa e o Gil da cabeça e assistiu à última aula com muita atenção. Assim que a campainha tocou, foi para o portão e ficou esperando a amiga. Quando ela passou, Ana disse:
– Neusa, preciso falar com você.
– Só se for rápido, hoje tenho dentista – respondeu a amiga.
– É o seguinte, Neusa. Eu comecei a gostar dele antes de você.
– Eu não tenho culpa se ele está me paquerando, Ana.
– O quê?! Só porque ele te olhou, já acha que ele está a fim de você?
– Claro! Se fosse com você, seria a mesma coisa.
– Puxa, Neusa, não esperava isso de você...
– Nossa, como você é!
– Eu é que sou?!
– Bom, é melhor a gente conversar outra hora, tenho de almoçar e correr pro dentista – disse Neusa se despedindo.
Ana não conseguia engolir aquilo. Não sabia se estava com raiva pela atitude da amiga ou pelo fato de Gil não ter dado bola pra ela. Ou pelas duas coisas. No caminho, foi pensando, pensando, até que uma luz acendeu na sua cabeça: E se Neusa estivesse imaginando coisas?
.
Agora, repassando a cena embaixo da mangueira, ela via como tinha sido bom pensar. No caminho da escola para a casa da avó, suas ideias estavam embaralhadas. O ciúme e a raiva não a deixavam raciocinar. Quando se deitou no quintal e começou a relaxar é que as ideias foram se encaixando e ela