A Missão

Dedico esta obra para:

Minha doce e adorada mãe, dona Dileta, minhas irmãs Márcia e Marta, meus filhos Ana e Vinícius, meu pai Tito (in memoriam), e especialmente a minha companheira de jornada, minha cara metade, minha alma gêmea, minha bússola orientadora dos melhores caminhos a serem seguidos: Mariana Schumann.

Essa obra é uma ficção,

qualquer semelhança é mero acobertamento,

quer dizer, mera semelhança.

Nesta obra o intuito do autor é

fazer com que o leitor libere sua imaginação, descortinando um mundo de novas possibilidades,

onde a mensagem final se resume

no bem maior do amor universal.

CAPÍTULO 1 :

O CONTATO

Quinta-feira, 30 de novembro de 2017, 0h10min da madrugada... O sono é impossível, pois o Grêmio ganhou e o buzinaço está insuportável. E olha que eu sou... ou era... Gremista. Depois que comecei a estudar ufologia, o futebol, BBB, a novela, o MMA, tudo que eu adorava, perdeu a graça. Parece que perdeu o sentido.

Recostado confortavelmente em uma poltrona de jardim ao ar livre, observando as estrelas, já que dormir era tarefa impossível devido a comemoração dos gremistas, Vini lembrava do dia em que saiu como um louco junto com seu pai, outro gremista fanático, em comemoração do título da Libertadores, buzinando até esgotar a buzina. A face de seu pai, já há alguns anos falecido, lhe veio a mente, e, consequentemente... lágrimas nos olhos. Lembrou-se das conversas e causos que seu pai contava. Vindo de família humilde do interior, tendo pouca escolaridade, mas muita sabedoria, seu Carlos era homem gentil, hospitaleiro e conversador. Acreditava em coisa de disco voador... Esse meu pai era meio maluco às vezes, pensou com um sorriso de saudade.

A essa altura, o barulho já tinha acalmado, lá de vez em quando um grito: é... Campeão!!! Mas o sono ainda não tinha vindo. A noite estava bonita como há muito tempo não via. As estrelas lhe saltavam aos olhos... acho que vou acabar dormindo aqui, pensou Vini vestindo um grosso agasalho de inverno; embora fosse Primavera, na Serra Gaúcha, à noite, bate um friozinho danado.

Vini morava em uma bela casa, com um grande jardim que mesmo sendo em área urbana, lhe reservava um certo isolamento dos demais vizinhos.

Fixando o olhar em uma estrela distante, seus olhos pareceram ficar pesados, mas estava tão confortável apesar do friozinho, que Vini relaxa e permite que seus olhos se fechem, entrando assim naquele cochilo. De repente, mesmo com as pálpebras fechadas, Vini percebe uma claridade que não devia estar ali, pois com o rosto para o céu e sem nenhum poste de luz ou qualquer coisa parecida, aquela luz era com certeza anormal.

Lembrou-se de seus recentes e superficiais estudos ufológicos, dos vários relatos de abdução que já ouvira, e então um pensamento lhe veio à cabeça: será que finalmente chegou minha vez de conhecê-los? Será que são os bons? E se forem reptilianos? Bem, ouvi dizer que tem reptiliano bonzinho...será? Será que isso, será que aquilo... apesar do empenho em seus estudos ainda não tinha as respostas de que precisava. Impressionante a quantidade de pensamentos que percorreram seus neurônios em uma fração de segundo. Mesmo antes de abrir os olhos, um sentimento de paz e de conforto lhe tomaram o interior.

Logo uma voz se fez dentro de sua mente: Posso apresentar-me? Não vais ter um... como vocês dizem mesmo aqui? ... Ah! Sim ... um troço?