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Herdeiros da Aliança
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Herdeiros da Aliança
E-book297 páginas3 horas

Herdeiros da Aliança

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Sobre este e-book

A verdadeira educação cristã oferece muito mais que métodos de instrução secular salpicados com histórias bíblicas. Ela ensina pessoas de todas as idades a pensar e a viver de maneira cristã. E ela nos transforma a todos em professores. Quer vocês sejam pais, avós, professores cristãos, líderes de mocidade ou pastores, todos são responsáveis por auxiliar a comunidade dos crentes em Cristo a desenvolver-se e transformar-se numa comunhão vibrante e unificada e a reunir as famílias mediante relacionamentos comprometidos que se estendem além das fronteiras das gerações.

Este plano prático para integrar a educação cristã em todas as áreas da vida demonstra o que acontece quando, dia após dia, semana após semana, geração após geração, os cristãos exercem os privilégios e as responsabilidades de viver no contexto da aliança. Qualquer que seja o seu papel no reino de Deus, essa é a motivação para deixar um legado de fé para a próxima geração e viver cada dia para Cristo no seu lar, na igreja e na comunidade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mar. de 2023
ISBN9786559891801
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    Herdeiros da Aliança - Susan Hunt

    Herdeiros da Aliança. Deixando um legado de fé para a próxima geração. Susan Hunt. Cultura Cristã.Herdeiros da Aliança. Deixando um legado de fé para a próxima geração. Susan Hunt. Cultura Cristã.

    Herdeiros da Aliança

    Susan Hunt

    Herdeiros da Aliança © 2008 Editora Cultura Cristã. Traduzido de Heirs of the Covenant © 1998 by Susan Hunt, publicado por Crossway Books, uma divisão de Good News Publishers. Wheaton, Illinois 60187, USA. Edição em português autorizada por Good News Publishers. Todos os direitos são reservados.

    1ª edição, 2008

    H9391h

    37 Hunt, Susan

    Herdeiros da Aliança / Susan Hunt, tradução de Heloisa Cavallari R. Martins — São Paulo: Cultura Cristã, 2007

    Recurso eletrônico (ePub)

    Tradução de: Heirs of the Convenant

    ISBN 978-65-5989-180-1

    1. Educação – Filhos I. Titulo

    Editora Cultura Cristã

    Rua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci

    01540-040 – São Paulo – SP – Brasil

    Fones 0800-0141963 / (11) 3207-7099

    www.editoraculturacrista.com.br – cep@cep.org.br

    Superintendente: Clodoaldo Waldemar Furlan

    Editor: Cláudio Antônio Batista Marra

    Sumário

    Agradecimentos

    Prefácio

    Introdução

    1 O conteúdo da aliança

    2 O contexto da aliança

    3 O livro da aliança

    4 Lar e igreja

    5 Uma estratégia pactual para o crescimento da igreja

    6 Ensinando no contexto da aliança

    7 Uma estratégia para a educação cristã

    8 A comunidade e seus integrantes

    9 Pela coroa e aliança de Cristo

    Notas

    Dedicatória

    Meu marido, Gene, ensina-me o conteúdo da aliança no contexto de um amor pactual. Este livro pertence a nós dois. Juntos, nós o dedicamos aos:

    Nossos filhos e filhos em amor,

    Richie Hunt

    Dean Barriault

    Scott Coley

    Louvando a Deus pela sua graça em ação em cada um deles e com gratidão a eles por ensinarem aos nossos netos o conteúdo da aliança no contexto do amor pactual.

    Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus,

    o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam

    e cumprem os seus mandamentos.

    Deuteronômio 7.9

    Agradecimentos

    É totalmente desconcertante ter o seu nome na capa de um livro que você sente que não escreveu. Em primeiro lugar, este livro vem de Deus e foi escrito para ele. Em segundo lugar, ele mesmo enviou muitos servos fiéis à aliança que me cercaram com conhecimento, capacidade, incentivo e amor. Seus nomes deveriam figurar na capa deste livro. Posso apenas mencionar alguns deles, mas a minha profunda apreciação é dirigida a todos.

    Dennis Bennet, Sharon Betters, Lynn Brookside, Allen Curry, Charles Dunahoo, George e Karen Grant, Sue Jakes, Tom e Jane Patete, Paul e Georgia Settle e Barbara Thompson leram os capítulos, compartilharam sua experiência e sabedoria e permitiram que eu recebesse os créditos pelas suas idéias.

    O grupo de estudos bíblicos da classe de senhoras da Escola Dominical da Igreja Presbiteriana Midway, que se reunia às terças-feiras, merece uma medalha de ouro pela sua paciência. Elas me ouviram tagarelar até que os meus pensamentos se tornassem claros, fizeram perguntas que me levaram a pensar com maior precisão, incentivaram-me, envolveram-me com amor e oraram por mim.

    Os homens e mulheres que escreveram as histórias que iniciam cada capítulo, e aqueles a respeito de quem essas histórias foram escritas, dão vitalidade a este livro. Sinto-me abençoada por elas e creio que isso será verdadeiro para você também.

    Gene, nossos filhos, nossos netos e minha mãe diariamente demonstram o esplendor da fidelidade da aliança de Deus para com as famílias. Eles são a razão e o conteúdo deste livro... eles são a minha alegria e coroa (Fp. 4.1).

    Prefácio

    Cornelius Van Till escreveu: Na aliança e na noção da criação encontramos uma ordenança divina para a instrução. O nosso programa instrucional comprometido com a noção da aliança está baseado no conceito da criação e essa noção da criação está, por sua vez, fundamentada no nosso conceito de Deus. E quanto ao nosso conceito de Deus, nós nos apegamos a ele não como um luxo moral ou mental, mas como a própria fundamentação da estrutura da nossa experiência humana.1 Essa afirmação reforça a importância deste livro.

    Grande parte da estrutura individualista do nosso mundo ocidental não reconhece a validade do esforço de treinamento, instrução e qualificação em seu sentido comunitário mais amplo. Isso é verdadeiro até mesmo na comunidade cristã. A instrução verdadeira, essencial e duradoura é a instrução cristã. Ela ensina a verdade de Deus por meio da sua Palavra. Deus confere esse processo aos pais e às igrejas; portanto, trata-se de uma instrução centrada na aliança. Susan Hunt compreende essa verdade e a tem ensinado com sucesso há muitos anos.

    Herdeiros da Aliança não é um livro de diagnóstico sobre os atuais desafios, oportunidades e problemas da instrução. É um livro que estabelece as premissas certas e procura desenvolvê-las de modo viável e exeqüível tanto para o lar quanto para a igreja. Numa linguagem agradável, Susan toma a parte instrucional da tarefa que compete à comunidade cristã de fazer discípulos e a coloca numa estrutura totalmente bíblica.

    Herdeiros da Aliança ajudará as famílias e a comunidade cristã a trabalhar em conjunto no contexto das promessas de Deus expressas na aliança. Uma vez que o nosso propósito é conhecer a Deus e à sua Palavra, necessitamos de recursos e métodos teocêntricos que nos ajudem a comunicar a fé que professamos aos nossos filhos e aos filhos dos nossos filhos. As incursões do modernismo e do pós-modernismo na nossa cultura atual representam um enorme desafio para as famílias e igrejas. Este livro será um fantástico recurso para nos preparar melhor para alcançarmos uma geração de crucial importância.

    Herdeiros da Aliança propiciará o crescimento da igreja ao desenvolver maneiras de renová-la e revitalizá-la. A instrução centrada na aliança nos ajudará a recordar quem somos, por que estamos aqui e qual é o legado que devemos passar às gerações presente e futura. Deus nos tem dado muito, e é nossa responsabilidade transmitir essas riquezas aos nossos filhos. O modo como comunicamos a verdade de Deus e ensinamos a sua Palavra deve estar fundamentado numa base bíblica e teológica muito firme, se desejamos que o nosso ensino e disciplina apresentem resultados duradouros. Susan Hunt demonstra uma fantástica compreensão da nossa herança e fé bíblicas e sabe como comunicar essas verdades de maneira prática. Como pai, professor e educador, recomendo enfaticamente a leitura de Herdeiros da Aliança.

    Dr. Charles H. Dunahoo

    Coordenador de Educação Cristã e Publicações

    Igreja Presbiteriana na América

    Introdução

    Seis meses depois de terminar o curso superior, senti-me chamada para o ministério vocacional. Estávamos em 1962. Se a controvérsia sobre ordenação de mulheres estava começando a fermentar, eu me sentia inteiramente alheia a ela. Fiz o que qualquer moça da minha denominação faria se estivesse interessada em abraçar um ministério vocacional, isto é, cursei o seminário e iniciei a preparação com vistas a uma pós-graduação em instrução cristã, como propósito de me tornar uma Diretora de Instrução Cristã. Essa era uma trajetória ministerial aceitável e viável para mulheres.

    Eu me formei e consegui um trabalho na igreja situada dentro da comunidade onde ficava o nosso seminário. E, o mais excitante, eu me casei com umestudante do seminário. Quando Gene se formou, partimos para a nossa primeira igreja. Ambos tínhamos o coração na instrução cristã e durante anos tivemos maravilhosas experiências práticas ao desenvolver programas e aperfeiçoar a nossa filosofia e teologia de educação cristã, tanto em casa quanto na igreja. Porém, em algum momento da História, a instrução cristã na igreja como um todo aparentemente afundou. Gene e eu estávamos tão ocupados cuidando da nossa família e servindo às nossas congregações que não percebemos o que estava acontecendo. Foi como se, de repente, olhássemos ao redor e descobríssemos, para nosso espanto, que a instrução cristã havia perdido a sua importância. Poucas faculdades cristãs e seminários ofereciam cursos e títulos acadêmicos em instrução cristã e poucas igrejas empregavam pessoas para trabalhar nessa área de atuação.

    Sem dúvida há muitas razões para isso. O crescimento de alguns movimentos dentro da igreja contribuiu para o enfraquecimento de outros. Mas eu me pergunto se uma das razões pelas quais a instrução cristã perdeu a sua influência não foi o fato de que a controvérsia sobre ordenação de mulheres não estava mais fermentando, mas fervendo. Isso nos deixou a todas, inclusive eu mesma, relutantes e esquivas. Na nossa reação à tendência prevalecente, jogamos fora o bebê com a água do banho, como diz o ditado. Reagimos de maneira exagerada e nos retiramos para uma posição que não deixava nenhuma opção para as mulheres na equipe ministerial das igrejas. Como objetávamos contra a ordenação de mulheres, temíamos admitir que elas ocupassem qualquer posição ministerial.

    Entristece-me o fato de que as mulheres não sejam estimuladas a reivindicar o exercício desse ministério, pois sinto que elas são bem qualificadas para o trabalho criativo, nutridor e minucioso da instrução cristão numa igreja local. Fico ainda mais triste ao verificar que, qualquer que seja a razão, a instrução cristã perdeu o seu poder de atração na igreja moderna. Penso que a razão é muito mais profunda que uma simples questão de gênero.

    Ao refletir sobre esse fenômeno, descobri que as minhas conclusões são muito mais intuitivas do que resultado de uma investigação mais profunda. No fundo do meu coração, sinto a forte convicção de que o movimento de queda da instrução cristã é devido a uma diminuição na ênfase teológica. Vários estudiosos têm relatado a história e os efeitos dessa mudança (No Place for Truth [Semlugar para a verdade], de David Wells é um excelente exemplo). Entretanto, a pergunta que me persegue é a seguinte: Se o escoamento teológico foi a causa da queda da instrução cristã, quem provocou o declínio da ênfase teológica? Teríamos sido nós que estávamos envolvidos com a instrução cristã? Será que, até certo ponto, nós nos deixamos levar por movimentos e tendências evangélicas vistosas e superficiais em vez de resolutamente ensinar o povo de Deus a pensar teologicamente? A maioria de nós não rejeitou a importância da teologia, apenas aderiu à moda. Nós assumimos que todos participavam de um consenso teológico e os nossos alunos foram arrastados para a ignorância teológica. Então, os nossos programas se transformaram em estruturas sem substância e logo não havia mais necessidade das estruturas.

    Não vou encher páginas catalogando as conseqüências. Apenas um exemplo é suficiente. De acordo com uma pesquisa realizada por George Barna, a única diferença significativa entre os cristãos e os não-cristãos é o fato de que os cristãos vão à igreja mais freqüentemente, dão mais dinheiro para a igreja e possuem mais Bíblias. Outros indicadores como o número dos que crêem na Bíblia como verdade absoluta, a taxa de divórcios e o alcoolismo são essencialmente os mesmos.

    Oro para que possamos retomar a nossa paixão pelo que é substancial. A estrutura tomará forma se a substância estiver presente.

    Nós, que temos paixão por ensinar o povo de Deus a pensar e a viver de maneira cristã, devemos parar de lastimar a falta de atenção dada à instrução cristã. Devemos nos levantar e assumir a nossa responsabilidade. Pais e mães, avós, professores cristãos de escolas seculares, professores de Escola Dominical, líderes de mocidade e pastores devem fazer o trabalho básico e primário de ensinar ao povo de Deus linha após linha, preceito após preceito. Devemos parar de correr atrás do ouro e procurar a mente e o coração. Alguns dizem que provavelmente já perdemos esta geração de jovens. Não quero desistir sem lutar. Mas a única razão essencial e sólida o suficiente em nome da qual poderemos conclamar e reivindicar esta geração é o evangelho da graça porque é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê... (Rm. 1.16).

    O evangelho da graça proclama a mensagem do soberano rei do universo entrando num relacionamento com o seu povo. Como isso pôde acontecer? Foi necessário uma aliança ou pacto.

    Muito se tem escrito sobre o conteúdo da aliança, mas pouco se tem dito sobre os privilégios e as responsabilidades de se viver numa relação de aliança com Deus e com seu povo dia após dia, semana após semana, geração após geração. Este livro explorará como o conteúdo da aliança deve ser vivido no contexto da comunidade da aliança, e como isso culmina em autêntico Cristianismo.

    Este livro refere-se à instrução cristã não apenas no sentido estrito de programas e salas de aula, mas no sentido da relação pactual na qual o povo de Deus vive em aliança com ele e uns com os outros.

    A instrução cristã deve ser intencionalmente pactual ou será apenas uma tênue tentativa de santificar filosofias e métodos seculares salpicando-os com alguns versículos bíblicos.

    A instrução cristã deve ser integradoramente pactual ou se degenerará num moralismo insípido cujo objetivo é a procura por mudança comportamental à parte da graça.

    A instrução cristã deve ser inclusivamente pactual oufragmentará o povo de Deus em divisões artificiais por faixas etárias o que lhes rouba a oportunidade de aprenderem e crescerem uns com os outros em comunidade.

    Este livro tem um escopo limitado. Ele explorará as razões e os modos de sermos intencional, integradora e inclusivamente pactuais à medida que continuamos a viver e experimentar o nosso relacionamento com Jesus Cristo.

    Embora tenha sido escrito para o leitor individual, grandes benefícios poderão ser alcançados quando grupos de pessoas o estudam em conjunto. Ele pode ser usado por classes da Escola Dominical e grupos de estudos bíblicos, em grupos integrados de adolescentes e adultos, por grupos de pais e seus filhos adolescentes e para treinamento de professores para o ministério instrucional da igreja, do lar e de escolas confessionais cristãs. Um Manual do Professor com planejamento completo para estudos interativos está disponível pelo telefone 1-800-283-1357.

    Uma desculpa final. Estou surpresa por escrever este livro. Durante anos acreditei que ele deveria ser escrito, mas cria que alguma outra pessoa deveria fazê-lo. Não sou teóloga e nem especialista no assunto, mas Deus não me desculparia por essas razões. Na realidade, eu finalmente cheguei à conclusão de que, uma vez que este livro não é dirigido a teólogos nem a especialistas, Deus poderia usar uma pessoa comum para escrevê-lo, de modo que outras pessoas comuns possam usá-lo.

    Possa Deus abençoar-nos com valorosos obreiros da educação cristã, dispostos a deixar um legado de fé para a próxima geração.

    Engrandecei o Senhor comigo,

    E todos, a uma, lhe exaltemos o nome.

    Salmo 34.3

    1

    O conteúdo da aliança

    Nosso filho Richie é marido, pai, estudante de tempo integral na faculdade e diretor, em tempo parcial, do ministério infantil da nossa igreja. Ele continua em oração diante de Deus para saber qual será a vontade do Senhor para a sua vida depois da formatura. Ele se pergunta se Deus o estaria chamando para um ministério de tempo integral com crianças.

    Certo dia, quando conversávamos sobre isso, eu lhe fiz alguma perguntas: Por que você acredita que a igreja deve oferecer um ministério infantil de boa qualidade? Quando você recruta professores, o que o leva a pensar que essas pessoas deveriam se envolver nesse ministério? O que o levaria a trabalhar nesse campo em tempo integral?

    Sem hesitar, ele respondeu: Desejo que as crianças conheçam e amem a Jesus. E gostaria que elas tivessem um relacionamento de tal maneira significativo com as pessoas da igreja que isso as impedisse de se desviarem durante a adolescência.

    Minha resposta: Isso é louvável, e os programas que você tem desenvolvido são uma confirmação da sua visão e paixão. Porém, a sua visão e paixão nunca o habilitarão a atingir o seu objetivo. Você fracassará ao longo do caminho. Creio que a sua visão e paixão possuem raízes teológicas, mas é necessário que você saiba disso na sua mente e no seu coração. Quer você se empenhe nesse trabalho como uma vocação ou como um voluntário, você precisa ser capaz de articular com clareza uma razão teológica para o que você faz. Você necessita de uma apologética bíblica para um ministério educacional.

    Sua pergunta: O que eu devo saber?

    A minha resposta foi a seguinte...

    Vivendo e ensinando dentro de uma relação de aliança

    A herança

    Uma linhagem de educadores cristãos deixou uma rica herança na Escócia.

    O jovem Patrick Hamilton, da Escócia, era um estudante talentoso. Na busca por aperfeiçoar os seus estudos, ele viajou para a Universidade de Wittenberg onde se encontrou com Martinho Lutero e Filipe Melancthon, líderes de um novo movimento de Reforma.

    Por intermédio desses mestres ilustres, ele foi instruído na verdadeira religião com a qual tinha tido pouca oportunidade de se familiarizar no seu próprio país, pois o pequeno remanescente na Escócia estava sob o domínio da opressão... Ele adquiriu uma fantástica competência... e logo tornou-se tão zeloso na confissão da verdadeira fé quanto havia sido diligente na tarefa de conhecê-la... Tomou a decisão de voltar ao seu país e lá, diante de todos os perigos, comunicar a luz que havia recebido. Assim, sendo ainda muito jovem, com pouco mais de 23 anos de idade, ele começou a semear a semente da palavra de Deus aonde quer que fosse...1

    Hamilton tornou-se um mestre da técnica de ensino por meio de lições práticas. Ele era a prática, a autoridade da Palavra de Deus era a lição. Em 1527, aos 24 anos de idade, ele foi queimado na fogueira. Foi o primeiro mártir pela causa da Reforma na Escócia, mas não o último. Enquanto o fogo crepitava ao seu redor, ele gritou: Até quando, Senhor, a escuridão dominará este reino? Até quando sofrerás a tirania destes homens? Senhor Jesus recebe o meu espírito.2

    Depois da morte de Hamilton, muitos líderes protestantes se refugiaram em outros países. Em 1544, quando a perseguição aos protestantes assolava a Escócia, George Wishart voltou ao seu país e reassumiu o seu trabalho de pregação e ensino. Dois anos depois, ele também foi queimado na fogueira. Quando Wishart foi preso, um de seus alunos insistiu em permanecer com ele. Wishart o mandou embora com estas palavras: Volte... e Deus o abençoe. Um é suficiente para o sacrifício. O aluno era John Knox, que se tornou, para usar as palavras inscritas no monumento à sua memória em Glagow O principal instrumento nas mãos de Deus para a Reforma na Escócia.

    Knox, um defensor da instrução cristã afirmou: Visto que Deus determinou que a sua igreja na terra deveria ser instruída, não por anjos, mas por homens, é necessário zelar muito bem por uma instrução virtuosa e uma criação piedosa dos jovens deste reino. Sua liderança no estabelecimento de escolas para instruir os jovens e sua pregação ardente e destemida prepararam o povo para viver intransigentemente em meio às lutas e ao tumulto político e eclesiástico. Seu ensino preparou também a sua família para viver de maneira a dar um testemunho firme.

    A filha de Knox, Elizabeth, casou-se com John Welch, um pastor conhecido pela sua pregação fiel e sua intensa vida de oração. Ele se levantava durante a noite para orar. Certa noite, Elizabeth o ouviu orando: Senhor, tu não me entregarás a Escócia? E, depois de uma pausa, Basta, Senhor, basta. Mais tarde, quando ela lhe perguntou o que ele queria dizer com Basta, Welch lhe contou que tinha estado

    lutando com o Senhor pela Escócia, e descobriu que logo haveria um período de tristeza, mas que o Senhor seria gracioso com um remanescente... Ele continuou o seu ministério em Ayr até que o propósito do rei Tiago de destruir a igreja da Escócia por meio do estabelecimento de bispos, estivesse maduro, e, então, tornou-se seu dever edificar a igreja da Escócia mediante o seu sofrimento, como ele havia anteriormente

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