Meus Motivos

Meus Motivos

Paulo Henrique Shadow

23º Livro

Meus Motivos

Ouro Fino-MG

Edição do Autor

2022

Copyright © 2022, Meus motivos, Paulo Henrique Shadow

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998.

Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida sem a autorização por escrito dos editores, sejam quais forem os meios empregados.

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Este livro foi elaborado por Paulo Henrique Shadow.

Revisão: Barbara Gabriela Silva

Capa/Diagramação: Paulo Henrique Shadow - Resolução Digital

S524

1. Meus motivos!, 2. Vamos namorar?, 3. Encontro estranho.

I. Título.

Shadow, Paulo Henrique

Preso no tempo

Independently published, 1. ed. - Ouro Fino, Edição Independente, 2022.

112p.; 15x21.

Inclui Bibliografia.

ISBN: 9798794169737

CDD 898

Outras obras do Autor

Livro 1 - Despertar

Livro 2 - Influência Perigosa

Livro 3 - O PH da Sedução

Livro 4 - Propaganda & Markting

Livro 5 - Deus Existe?

Livro 6 - Ninho da poesia

Livro 7 - Os Visitantes - 1º Edição

Livro 8 - Canto triste da Fênix

Livro 9 - Mundo em Choque - Texto RPG

Livro 10 - Influência Perigosa II

Livro 11 - Dominatrix

Livro 12 - O Escravo

Livro 13 - Solilóquio

Livro 14 - Conversa com a Morte, Roteiro para Teatro

Livro 15 - As Crônicas do Menino da Porteira

Livro 16 - Jambo

Livro 17 - Poesia canto novo da Fênix

Livro 18 - Conto de Ouro; Contos Biográficos não autorizados de Shadow

Livro 19 - Misterios de Encatados

Livro 20 - Tempo para vingança

Livro 21 - Última Jogada

Livro 22 - Preso no Tempo

Sumário

Meus motivos! 7

Vamos namorar? 17

Encontro estranho 28

Quando tudo está muito bom... 41

Superando 71

Prefácio

Não tinha medo tal João de Santo Cristo, era o que todos diziam quando ele se perdeu., Faroeste Caboclo, Legião Urbana.

Nosso personagem João de Santocristo dos Santos também se trata de um cara sem medo, até mesmo sem noção, que sai do interior rumo à capital, com pouca ou nenhuma informação sobre a vida moderna virtual, onde viverá altas aventuras e novas descobertas em todos os âmbitos de sua vida. Um romance com um personagem improvável, mas com seu jeito simples e carismático, faz grandes amigos e isso sem contar na vida financeira que é uma história a parte.

Essa história nos mostra que a sorte existe sim e qualquer pessoa pode ter e se beneficiar dela. Nos mostra também que simplicidade e bom humor podem te levar a lugares e posições inesperadas.

Um enredo cheio de humor, drama e com o final inesperado aguardam por você.

Barbara Gabriela Silva

Meus motivos!

Estou aqui para falar sobre minha vida amorosa! Talvez não seja nada interessante para muita gente! Aliás, nem sei se minha vida amorosa era interessante para mim mesmo até este meu último relacionamento. Perturbado, confuso, perigoso, diferente e prazeroso são os adjetivos que podiam descrever tudo no meu relacionamento e não precisaria falar mais nada sobre o assunto! Só que eu não sou uma pessoa de poucas palavras. Então já vou te avisando desde já! Se tem pressas na vida, não queira perder tempo em ler minhas aventuras.

Sou um cara normal! Tenho altura mediana, peso também na média padrão, não faço exercícios em academia em que poderia fazer meu corpo ser aquela coisa maravilhosa de revista, sou moreno claro, iguais milhares esperando o trem na estação (aliás, ainda existem trens?). Não sou estudado, terminei o oitavo e com uma certa dificuldade. Posso também dizer que não tenho uma habilidade maravilhosa como jogar bola ou cantar divinamente. Artista em mim só aparece quando tento dar uns passos de dança em um forró da vida e sei que no mínimo a pessoa que está comigo vai dar um sorriso de Tudo bem! Pelo menos tentou!! Como mencionei! Não sou nenhum ser digno de ser escutado. Atente a isto antes de prosseguir e depois ficar chateado comigo.

Moro em Minas Gerais, numa cidade pequena nos confins do mapa que nem o nome aparece! Sei pescar! Nisso eu sou bom! Sou muito bom em ficar horas e horas esperando o anzol ser mastigado para eu poder fisgar um peixe. Quantos finais de semanas desperdiçado em frente a um açude para ficar ali parado pescando? Muitos cálculos para fazer agora! Não me atrevo dizer horas e nem dias!

Trabalhava na fazenda do patrão junto com meu pai! Meu pai caseiro, aprendeu com o pai dele a função e orgulhosamente esperava eu seguir os seus passos. Dizia que eu era esperto! O único da família que estudou e até hoje meu pai acha que até onde eu fui na escola, é coisa de gente muito inteligente. Talvez eu seja o maior orgulho dele, já que igual meu avô, ele não sabe ler e nem escrever! Minha mãe lê! Ela provava com seus livros e recortes de receitas na cozinha e, só isto que a vi lendo na minha vida inteira. Minha mãe é nova! Ela é dezesseis anos mais velha que eu. Neste momento eu me encontro com vinte oito anos e por favor! Não me faça fazer cálculos para dizer a idade da minha mãe! Vamos apenas dizer que se não nos conhecerem, ao ver nós juntos, passo fácil como irmão alguns anos mais novo! Ela é bem bonita, não posso negar que minha mãe é uma morena muito bonita. Baixinha e magrinha, casou com o primo alto e magrelo! Talvez eu não deva entrar nos casos de família, porquê, se você se atreve a ficar espantado que meus pais são primos, não queira conhecer minha cidadezinha minúscula. A cidade é apelidada de Os Primos por causa da família de primos que se casou com primos.

Somos um bando imenso de pessoas religiosas. Tem igrejas mais do que bares, pelo menos é o que me parece! Vou confessar aqui que não frequento muito nenhum dos dois lugares. Minha mãe rezava para que eu conseguisse enxergar logo a salvação e fosse para a igreja e meu pai queria um parceiro de truco para jogar no bar com ele. Tá certo! Criei um motivo de desafeto e também um desapontamento para meus pais por não ter escolhido um lado! Só que não me lembro em nenhum momento que fiz entender que eu era um santo ou um jogador de cartas. Tem outra, santo não teria espiado a sua própria tia tomar banho e ainda, ter perdido a virgindade com a própria prima né?! Calma! Estou um pouco afoito! Tem coisas que não precisa ser mencionada...

Gosto de animais! Temos três cachorros, sete gatos, várias galinhas, três galos, patos, tartarugas, passarinhos em gaiola e dois porcos em um chiqueiro minúsculo. Não somos os maiores criadores do lugar! Só meu primo Afonso, um metido de cabelo loiro e olhos azuis, que se acha o dono do mundo. O idiota tem nove porcos e ainda tem duas éguas, um cavalo e um jumento. O cara tem até uma moto vermelha e fica se engraçando com a Aninha, a prima já mencionada e onde conheço a intimidade do banho de sua mãe! O Afonso também não é o mais rico da família. Temos um primo chamado Luiz que mora na cidade grande! A capital! Fica uns duzentos quilômetros da gente e quando ele vem, sempre aparece com um carrão, anda com roupas chiques, fala bonito e consegue falar até língua do inglês. Muito chique este nosso primo. Nunca foi casado! Igual eu! Não achamos a prima certa pelo jeito! Só que Luiz sempre está com um cara negro e musculoso que ele o chama de guarda costa. Quando estão juntos parecem ser muito amigos mesmo. Se abraçam, ficam de risadinhas pelo canto e as vezes parece até que andam de mãos dadas. Uma amizade bem sincera pelo jeito. Meu primo Luiz tem um carinho enorme por este seu amigo. Quando alguma prima chega perto do seu amigo, o Luiz logo entra no meio e as afastam. Acho que ele gosta de proteger as pessoas de nossas primas assanhadas.

Foi em um dessas vindas de Luiz para visitar nosso lugarzinho que conversando com ele, eu disse que gostaria de ir visitar a capital. Ele atencioso, disse que se eu fosse, ele me receberia e mostraria algumas coisas da cidade. Dois meses depois, bem no dia do natal, ao descer na rodoviária, liguei pra ele dizendo que estava lá. Parece que o peguei de surpresa e depois daquele dia, nunca mais consegui conversar com ele e não sei o motivo. Mas consegui me virar! Sou estudado e inteligente lembram?!

No começo procurei uma pensão baratinha e encontrei! Um quarto que cabia uma cama apenas e um banheiro coletivo pra pensão toda. Fiquei até a virada do ano ali e depois fui procurar emprego. Se eu conseguisse qualquer lugar em um período de trinta dias, eu tentaria ficar na capital. Quinze dias depois eu encontrei um emprego numa academia de ginástica. Quando me descrevi lá no começo em uma pessoa que não frequentava academia para ficar saradão, você não esperava por isto né? Para fazer exercícios nunca fui, para trabalhar já são outras conversas.

Portanto, antes de entrar no assunto da academia (alerta de spoiler), onde conheci a relação perturbada que é o incentivo deste desabafo, tenho que falar sobre o Shopping. Prometo que você vai gostar e vai fazer sentido lá na frente, caso não me esquecer de dar o link do assunto.

Vinte dias trabalhando na academia, eu já tinha achado um lugar melhor que a pensão! O lugar era do lado de onde eu trabalhava! Na verdade, também era um lugar pequeno. É no fundo de uma casa, onde era constituído de um quarto, um banheiro e cozinha que era junto com a sala. Pagaria um terço do que eu ganhava para ficar naquele lugar. Para mim estava excelente.

Fiz algumas amizades com outros funcionários e me falaram do tal Shopping. Nunca tinha ido ou ouvido falar e a curiosidade me bateu! Em um final de semana eu peguei um ônibus! Não foi difícil esta parte, porque no ônibus estava escrito Shopping, achei chique demais! Ao chegar, me encantei com aquele lugar enorme. Vocês não vão acreditar! A porta da frente abre sozinha! Só você chegar perto e ela abre! Parece que tem duas temperaturas naquele lugar! Quente do lado de fora e frio do lado de dentro. O mais interessante, a meu ver, era a escada que andava sozinha! Tinha um treco também que tem o nome de elevador! Sobe e desce dentro do shopping te levando andar por andar... desculpa! Só em lembrar destas descobertas todas eu fico emocionado. Já me encontrava dentro do Shopping umas três horas só brincando de subir elevador e descer escada rolante ou subir escada rolante e descer de elevador que me deu uma baita fome. Pasme! Tem um local ali que só vende comidas. Como posso explicar! Um monte de mesa no meio de vários compartimentos que vende um monte de coisas gostosas e coloridas. Fiquei indo de um em um olhando cardápios bonitos e conversando com atendentes sorridentes. Acabei comendo um lanche que vi um dia um palhaço no comercial de televisão falando muito bem dele e depois tomei um delicioso leite batido geladinho que chamaram de milk shake. Povo muito chique mesmo!

Neste de ficar ali admirando as coisas desde lugar que era só área de comida, eu vi umas três mulheres próxima de mim sorrindo e olhando para o meu lado. As amigas de uma gordinha a cutucava quando a olhei. Sorriam e está se mostrou tímida e sem graça. Sei lá o que deu em mim, fui conversar com ela. Cheguei e perguntei