Deus é sempre novo: Pensamentos espirituais
De Bento XVI
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Deus é sempre novo - Bento XVI
Título
Deus é sempre novo – Pensamentos espirituais
Autor
Bento XVI
Tradutora
Ana Sassetti da Mota (prefácio)
(Os demais textos foram extraídos da sua versão oficial
em língua portuguesa consultada em www.vatican.va)
Edição e copyright
Lucerna, Cascais – fevereiro de 2023
© Princípia Editora, Lda.
Título e copyright originais
Dio è sempre nuovo – Pensieri spirituali
© Dicastero per la Comunicazione – Libreria Editrice Vaticana, 2023
Design da capa Rita Maia e Moura (© fotografia Vatican Media)
Execução gráfica Artipol • Depósito legal 510993/23
Lucerna
Rua Vasco da Gama, 60-B – 2775-297 Parede – Portugal
+351 214 678 710 • lucerna@lucernaonline.pt • www.lucernaonline.pt
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Prefácio
Fico contente por o leitor poder ter nas mãos este texto de pensamentos espirituais do saudoso Papa Bento XVI. O título já exprime um dos aspetos mais caraterísticos do magistério e da própria visão que o meu antecessor tinha da fé: sim, Deus é sempre novo porque Ele é fonte e razão de beleza, de graça e de verdade. Deus nunca Se repete, Deus surpreende-nos, Deus traz-nos novidade. A frescura espiritual que transparece destas páginas confirma-o claramente.
Bento XVI fazia teologia de joelhos. Completava o seu argumentário de fé com a devoção do homem que se abandonou totalmente a Deus e que, guiado pelo Espírito Santo, procurava compreender cada vez melhor o mistério daquele Jesus que o fascinava desde muito novo.
A coletânea de pensamentos espirituais apresentada nestas páginas mostra a capacidade criativa de Bento XVI para questionar os vários aspetos do cristianismo com uma fecundidade de imagens, de linguagem e de perspetiva que se transformam num estímulo contínuo para cultivarmos o dom precioso de acolher Deus nas nossas vidas. O modo como Bento XVI soube fazer interagir coração e razão, pensamento e afetos, racionalidade e emoção constitui um modelo fecundo sobre a maneira como se pode fazer saber a toda a gente a força disruptiva do Evangelho.
O leitor poderá confirmá-lo nestas páginas, que representam – graças também à competência do organizador da obra, para quem vão os nossos sentidos agradecimentos – uma espécie de «síntese espiritual» dos escritos de Bento XVI: aqui brilha a sua capacidade de mostrar a profundidade da fé cristã de maneira sempre nova. Basta uma pequena antologia. «Deus é um acontecimento de amor», expressão que só por si presta justiça a uma teologia em que razão e afeto se harmonizam plenamente. «E o que nos pode salvar a não ser o amor?» perguntou aos jovens na vigília de oração em Colónia, em 2006, numa meditação que aqui oportunamente se recorda, colocando uma questão que faz eco a Fiódor Dostoiévski. E, quando fala da Igreja, a sua paixão por ela fá-lo pronunciar palavras inflamadas de pertença e de afeição: «Nós não somos um centro de produção, não somos uma empresa com fins lucrativos, somos Igreja».
A profundidade do pensamento de Joseph Ratzinger, fundado na Sagrada Escritura e nos Padres da Igreja, ainda hoje é uma grande ajuda para nós. Estas páginas encaram um leque muito vasto de temáticas espirituais e incentivam-nos a ficar abertos ao horizonte de eternidade que faz parte do ADN do cristianismo. O pensamento e o magistério de Bento XVI são e serão sempre fecundos no tempo porque ele soube sempre concentrar-se nas referências fundamentais da nossa vida cristã: antes de mais, a pessoa e a palavra de Jesus Cristo, depois as virtudes teologais, ou seja, a caridade, a esperança e a fé. E por tudo isto a Igreja lhe ficará grata. Para sempre.
Em Bento XVI, uma devoção incessante e um magistério iluminado resultaram numa aliança harmoniosa. Quantas vezes falou da beleza com palavras tocantes! Bento XVI sempre considerou a beleza um caminho privilegiado para abrir homens e mulheres ao transcendente, para assim poderem encontrar Deus o que, para ele, constituía o dever mais elevado e a missão mais urgente da Igreja. A música, particularmente, foi para ele uma arte próxima para elevar o espírito e o interior. Mas, enquanto verdadeiro homem de fé, isso não lhe desviava a atenção das grandes e espinhosas questões do nosso tempo, que observava e analisava conscientemente e com um corajoso espírito crítico. Através da escuta da Escritura, lida na tradição sempre viva da Igreja, soube desde muito novo atingir a sabedoria útil e indispensável para estabelecer um diálogo com a cultura do seu tempo que estas páginas confirmam.
Damos graças a Deus por nos ter dado o Papa Bento XVI: com a sua palavra e o seu testemunho, ensinou-nos que com reflexão, pensamento, estudo, escuta, diálogo e, sobretudo, oração é possível servir a Igreja e fazer o bem a toda a humanidade: ao recorrer a um modo de pensar e de comunicar que pudesse ser entendido pelos seus contemporâneos, ele ofereceu-nos instrumentos intelectuais vivos para permitir a cada crente encontrar a razão da sua própria esperança. Só tinha uma intenção: entrar em diálogo com todos para, conjuntamente, procurarem os caminhos através dos quais pudessem encontrar Deus.
Esta procura do diálogo com a cultura do seu tempo foi sempre um desejo ardente de Joseph Ratzinger: primeiro como teólogo e depois como pastor, nunca se confinou a uma cultura intelectualista, apartada da história dos homens e do mundo. Com o seu exemplo de intelectual rico de amor e de entusiasmo (que, etimologicamente, significa «estar em Deus») mostrou-nos que é possível procurar a verdade e que deixar-se possuir por ela é o ponto mais alto que o espírito humano pode atingir. Nesse caminho, todas as dimensões do ser humano, a razão e a fé, a inteligência e a espiritualidade, têm o seu próprio papel e a sua especificidade.
A palavra e o exemplo de Bento XVI recordam-nos que a plenitude da nossa existência se atinge no encontro pessoal com Jesus Cristo, o Vivente, o Logos encarnado, a revelação plena e definitiva de Deus, que n’Ele se manifesta como Amor até ao fim.
É isto que desejo aos leitores: que possam encontrar nestas páginas perpassadas pela voz apaixonada de um mestre de fé e de esperança a graça de um novo e vivificante encontro com Jesus.
Cidade do Vaticano, 3 de janeiro de 2023
«Deixemo-nos encontrar por Ele»
Pensamentos sobre Deus e Jesus
Onde está Jesus, as pessoas mudam
«[…] existem tantas coisas que não vemos e que existem e são essenciais. Por exemplo, não vemos a nossa razão, contudo temos a razão. Não vemos a nossa inteligência e temo-la. Não vemos, numa palavra, a nossa alma e todavia ela