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Psicologia + Bíblia = Sabedoria e Felicidade
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Psicologia + Bíblia = Sabedoria e Felicidade
E-book198 páginas2 horas

Psicologia + Bíblia = Sabedoria e Felicidade

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Sobre este e-book

Através de magníficos experimentos, a psicologia e a neurociência têm avançado, proporcionando uma compreensão profunda do que realmente importa em nossas vidas. É uma descoberta incrível constatar que as respostas mais profundas reveladas pelo avanço científico estão perfeitamente alinhadas com os ensinamentos bíblicos. Temos em mãos a oportunidade de adquirir sabedoria e felicidade em abundância. No entanto, a compreensão por si só não é suficiente; precisamos aprender a vivenciar as lições aprendidas. Neste livro, embarque em uma jornada que une ciência e espiritualidade. Descubra como o conhecimento científico e a sabedoria bíblica se entrelaçam, revelando belas lições para uma vida plena. Com histórias envolventes, pesquisas atuais e reflexões práticas, este livro oferece um guia para aplicar os princípios científicos e espirituais em nosso cotidiano. Explore temas como a mente, as emoções e os relacionamentos, desvendando os ensinamentos que nos capacitam a viver de maneira significativa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de ago. de 2023
ISBN9788595135673
Psicologia + Bíblia = Sabedoria e Felicidade

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    Psicologia + Bíblia = Sabedoria e Felicidade - Fernando H. De Marchi

    Sabedoria

    O que é sabedoria?

    A sabedoria é um tema profundo que merece reflexão. Ela envolve inteligência, habilidade e conhecimento, sendo a mistura desses elementos e ainda mais do que isso. Não basta ter inteligência se não possuímos informações coerentes, nem ter informações coerentes se não temos habilidades para utilizá-las. Por exemplo, uma pessoa pode ter inteligência e conhecimento, mas, se não tiver maturidade emocional, pode permanecer infrutífera.

    Para adquirir sabedoria, não é necessário ser um visionário genial, pois podemos aproveitar o conhecimento acumulado pelos outros de várias maneiras. É possível alcançá-lo por meio de um professor competente, bons livros ou utilizando as informações disponíveis na internet. Mas o conhecimento só será de fato convertido em sabedoria pela prática.

    É possível que um indivíduo demonstre sabedoria mesmo que não viva de forma sábia, assim como aquele que conquistou grandes riquezas, mas vive miseravelmente, por ser avarento demais para aproveitar o que possui. Para essas pessoas, a sabedoria adquirida não tem valor algum.

    Podemos alcançar a sabedoria sem saber tudo, mas é necessário aprender o suficiente para obter algum domínio próprio. Sem autocontrole, é difícil afirmar que alguém seja sábio. Muitas pessoas têm grande genialidade e conhecimento, mas são perversas ou insensatas. Embora produtivas, é difícil considerá-las sábias, porque sua produtividade tende a se tornar uma fonte de desgosto e ruína.

    Uma pessoa inteligente que se baseia em informações falsas tende a ser levada ao erro. Por essa razão, a verdade é essencial à sabedoria genuína. Ter sabedoria significa ter a habilidade de discernir a verdade, permitindo-nos distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado, o justo e o injusto. No entanto viver de forma sábia envolve ser capaz de escolher o que é certo.

    ***

    O que não é sabedoria?

    Hoje em dia é comum encontrar pessoas inteligentes defendendo a subjetividade da verdade.  Essa conduta torna a distinção entre o bem e o mal, o certo e o errado, o justo e o injusto uma questão puramente de perspectiva e, dessa forma, o conceito de sabedoria também se torna subjetivo. Porém, mergulhar nesse vazio existencial da subjetividade não é uma atitude sábia.

    Ao crer em Deus, a subjetividade desaparece, visto que ele é a fonte da verdade libertadora. Por isso, é importante destacar que as ideias expressas neste livro serão fundamentadas na Bíblia, buscando nela referências e apoio. Além disso, será abordado o conhecimento gerado pela ciência, com ênfase na psicologia e na neurociência, com o objetivo de aproveitar o acúmulo do conhecimento humano.

    Após afirmar que nos criaria à sua semelhança, o Senhor nos orientou: Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão (Gênesis 1:26).  Ainda que Deus não tenha explicado exatamente de que forma somos semelhantes a ele, a resposta pode estar justamente no direcionamento que nos foi dado para dominarmos tudo ao nosso redor. Ou seja, fomos feitos para compreender, reorganizar, criar e amar. Assim como ele, também somos pequenos criadores. E desenvolver ciência faz parte de nossa natureza. Considero até mesmo que desenvolver ciência seja nossa obrigação, porque Deus nos deu a ordem de dominar a natureza e não podemos fazê-lo de forma prudente sem conhecer tudo o que nos rodeia o máximo possível.

    É importante destacar que o conhecimento científico em si não pode ser classificado como bom ou mal, já que essa classificação depende da forma como o utilizamos. Portanto, apresentarei diversos experimentos e ideias de pesquisadores renomados, mas o verdadeiro valor desse conhecimento será determinado pela maneira como o aplicaremos. Escrevo com as melhores intenções, mas cabe a você, caro leitor, decidir como utilizar o conhecimento acumulado nestas páginas. Lembre-se sempre de que o conhecimento, por si só, não é suficiente, porque é preciso estar disposto a vivenciá-lo na prática!

    A humanidade já acumulou conhecimento satisfatório para gerar grande sabedoria. No entanto, parte dessa sabedoria consiste em ter consciência de que nunca alcançaremos a plenitude nessa vida, visto que nosso conhecimento e compreensão são incompletos e imperfeitos. Nesse sentido, Paulo nos ensina: Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá (1 Coríntios 13:9,10).  Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor (1 Coríntios 13: 9,13).

    Capítulo 2

    Cérebro, mente e consciência

    O que somos?

    Nós somos seres complexos, compostos por um corpo e uma mente que estão interligados de maneira espetacular. Nossos corpos e mentes se influenciam mutuamente a todo momento, de diversas formas. Nossos hormônios afetam nossos pensamentos e emoções, enquanto nossos pensamentos e emoções também afetam a produção de hormônios e desencadeiam reações fisiológicas em nosso corpo. Assim, nossas ações e reações a estímulos são tanto físicas quanto mentais, em múltiplos níveis.

    Quer saber como os hormônios nos afetam? Pense na Tensão Pré-menstrual (TPM). Às vezes, minha esposa passa do ponto, quando seus hormônios entram em erupção e, quando a repreendo, em momentos de autoconsciência, ela reconhece o exagero e me diz: Me desculpa, eu mesma não estou me aguentando!.  A verdade é que só aguento porque a amo e porque ela tem atributos que desejo muito! Obviamente estou falando do amor, carinho e respeito que ela tem por mim, apesar desses momentos insanos, mas, se você, caro leitor, pensou que eu me referia a atributos físicos, podemos incluí-los na lista também, já que fazem parte de como os meus hormônios me influenciam!

    A realidade é que somos influenciados de maneiras que é até difícil aceitar. Para termos uma compreensão mais precisa de como nossa mente e corpo interagem, é útil explorar um experimento mencionado pelo renomado psicólogo Daniel Kahneman em seu livro Rápido e Devagar.  Ele descreveu:

    Em um experimento que se tornou um clássico instantâneo, o psicólogo John Bargh e seus colaboradores pediram a alunos da Universidade de Nova York — a maioria entre 18 e 22 anos — para montar frases de quatro palavras partindo de uma série de cinco palavras (por exemplo, acha ele isso amarelo instantaneamente). Para um grupo de alunos, metade das frases embaralhadas continham palavras associadas com pessoas idosas, como Flórida, esquecido, careca, grisalho ou ruga. Quando haviam completado a tarefa, os jovens participantes eram encaminhados para outro experimento numa sala no fim do corredor. Essa curta caminhada era o objetivo do experimento. Os pesquisadores mediam discretamente o tempo que levava para as pessoas irem de um lado a outro do corredor. Como Bargh previra, os jovens que haviam sido incumbidos de formar uma frase com palavras de temática idosa percorriam o trajeto de um modo significativamente mais lento do que os outros.

    O experimento mencionado é bastante profundo, pois demonstra como somos influenciados, de forma inconsciente, por estímulos ao nosso redor. Mesmo sem que a palavra velho tenha sido mencionada, apenas o contato com palavras associadas a pessoas idosas foi suficiente para fazer os jovens participantes andarem mais devagar. Esse fenômeno é conhecido como efeito Priming na neuropsicologia, em que um estímulo influencia em uma resposta subsequente sem que haja qualquer consciência quanto à influência absorvida.  Esse efeito é estudado, por exemplo, para compreender como uma propaganda pode influenciar um consumidor. A intenção costuma ser a de nos induzir a gastar mais, e pode acreditar, funciona!

    ***

    Acabamos de ver que nosso corpo influencia a nossa mente, enquanto a mente influencia nosso corpo de forma coordenada e integrada. Nessa perspectiva, podemos compreender o corpo e a mente como uma unidade. Ao estudarmos essa unidade, podemos aprender e compreender muito sobre nós mesmos. Por outro lado, também podemos aprender quando consideramos o que somos de forma fragmentada. Assim, vale a pena pensar um pouco sobre o cérebro, mente e consciência.

    É fundamental destacar que, cientificamente, ainda não compreendemos como a consciência se origina em nossos corpos. Embora a neurociência e a psicologia tenham algumas respostas sobre o funcionamento do cérebro e da mente, a consciência ainda é um grande mistério que tentamos compreender.

    ***

    Em 1848, Phineas Gage, um jovem americano de 25 anos, sofreu um acidente enquanto trabalhava com dinamite. Durante a explosão, uma barra de ferro grossa perfurou sua cabeça, entrando abaixo do olho esquerdo e saindo na parte superior do crânio, destruindo seu lobo frontal esquerdo e deixando um buraco em seu cérebro. Embora se esperasse que Gage morresse, ele sobreviveu, recuperou a consciência e começou a conversar normalmente com seus colegas.

    Após passar por uma cirurgia, Gage enfrentou um longo período de recuperação, sofrendo várias complicações. Ele permaneceu sob cuidados médicos por três meses e, depois de se recuperar, voltou para a casa dos pais. Ainda que sua capacidade motora e de aprendizado tenha permanecido intacta, ao longo do tempo, tornou-se evidente que Gage não era mais o mesmo. Ele perdeu grande parte de seu tato social e se tornou impulsivo, inconsequente, desrespeitoso e agressivo, levando muitos a afirmar que ele não era mais o mesmo homem.

    O estudo do caso de Gage contribuiu para a compreensão da importância dos lobos frontais, na regulação comportamental e emocional, evidenciando a complexidade da interação entre as diferentes regiões do cérebro. Atualmente conhecemos as funções e consequências dos danos em diversas áreas cerebrais. Todavia a interação entre as diferentes partes é complexa, e nosso entendimento permanece fragmentado.

    O neurologista António Damásio, em seu livro E o Cérebro Criou o Homem, pondera: nenhum mecanismo isolado explica a consciência no cérebro, nenhum dispositivo, nenhuma região, característica ou truque pode produzi-la sem ajuda, do mesmo modo que uma sinfonia não pode ser tocada por um só músico, e nem mesmo por alguns poucos. Muitos são necessários. A contribuição de cada um é importante. Mas só o conjunto produz o resultado que procuramos explicar.

    Pense em um computador, que tem sua estrutura física e sua programação para funcionar. Fazendo uma analogia, nosso cérebro seria como o computador, a mente seria como a programação e nós seríamos a consciência que utiliza tanto o computador quanto sua programação. Se o computador sofrer algum dano, isso pode limitar ou até mesmo impedir sua utilização. Foi exatamente o que aconteceu com Gage, cujo cérebro sofreu danos em uma região específica. No entanto, com o tempo, relatos indicaram que ele começou a recuperar parte da sensibilidade perdida após o acidente. Podemos dizer, então, que o cérebro humano tem uma incrível capacidade de se recuperar de danos. Hoje sabemos que o cérebro pode se adaptar e que funções prejudicadas, em uma determinada região, podem ser realizadas por outras regiões.

    No que se refere à mente, que pode ser comparada a um programa que faz um computador funcionar, também é possível danificá-la. Por exemplo, traumas psicológicos podem causar sérios distúrbios sociais em um indivíduo. Um exemplo é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), que pode afetar soldados após retornarem da guerra aparentemente ilesos fisicamente, mas profundamente afetados emocionalmente. O tratamento para esses casos pode ser longo e difícil, porém, com a ajuda de terapia e medicamentos, é possível alcançar a recuperação.

    Ainda podemos ser corrompidos em um terceiro nível, que é o endurecimento da própria consciência. A Bíblia nos alerta que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência (1 Timóteo 4:1-2). Quando cauterizamos nossa consciência, queimamos a nós mesmos com mentiras constantes. Esse fato pode fazer com que percamos a capacidade de sentir a dor que vem do reconhecimento dos nossos erros. Enquanto uma pessoa saudável sofre, quando sabe que errou, uma pessoa com a consciência cauterizada já não sente mais essa dor.

    Para entender melhor a diferença entre mente e consciência, podemos lembrar de um momento difícil de nossas vidas em que pensamentos perturbadores nos incomodavam constantemente. Isso acontece porque nossa mente, em estado de alerta, tenta reagir aos riscos percebidos, gerando ansiedade, medo e outros impulsos automáticos. Porém é possível identificar, enfrentar e até mesmo controlar esses pensamentos e emoções por meio da consciência. Não é fácil, mas não é impossível.

    Pense assim: Necessitamos que nosso cérebro funcione bem (computador), o qual inclui uma programação que o faz ser funcional (nossa mente), contudo, ao mesmo tempo, somos um usuário consciente de tudo isso (consciência), inclusive, nossa consciência age como um programador capaz de modificar a programação original de nossa mente.

    Podemos ser vistos como pequenos programadores, tanto de nós mesmos quanto dos outros, pois estamos constantemente nos influenciando. Entretanto, a programação original que nos foi dada é muito bem construída e não é fácil de ser amplamente manipulada. Em alguns casos, não temos controle

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