Mandorlinfiore
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Sobre este e-book
Você acredita no destino ou é corajoso e inteligente o suficiente para fazer a sua sorte?
Em um mundo dominado pela surperstição, onde fantasmas e deuses competem com dragões, dríades e reis, é melhor você ter inteligência.
Felizmente para Mandorlinfiore, a Princesa Belfiore tem cérebro suficiente para os dois.
Juntos, eles devem sobreviver a enigmas, magia, conspiração e os dentes terrívelmente afiados de um dragão com um gato, seu rato e um livro de poesia surrado.
Inspirado pelo folclore europeu, o contador de histórias por meio de 101 minicapítulos!
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Pré-visualização do livro
Mandorlinfiore - Simon KELLOW BINGHAM
Simon Kellow Bingham
Primeira Publicação em 2020 pelo Projeto de Escrita Criativa, Um Milhão de Histórias.
Primeira Edição.
Segunda Edição publicada em 2023.
Copyright © Texto Simon Kellow Bingham
.
O autor afirma o direito moral sob o Direito Autoral, Desenhos, e as Leis Patentes de 1988, sendo identificado como o autor deste trabalho.
Todos os Direitos Reservados. Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação, ou transmitida em qualquer outra forma ou por qualquer meio sem o consentimento prévio por escrito do autor, nem ser de outro modo circulado em outra forma de vinculação ou capa diferente daquela em que está publicada e sem que uma condição semelhante seja imposta ao adquirente seguinte.
Publicado por Simon Kellow Bingham.
Todos os Direitos Reservados. 2020.
ISBN- 9798861882965
––––––––
Copyright © Fotografia Simon Kellow Bingham
Copyright © Ilustração de Dragão Maya Kellow Bingham
Copyright © Ilustrações de Bandidos Jemima Kellow Bingham
Copyright © Arte da Capa & Desenho Simon, Maya, & Jemima Kellow Bingham
Conteúdos
Mandorlinfiore e os Dragões de Zonza 7
O Cavaleiro Viajante 167
Gufi, o Tolo 184
Notas No Texto 191
Agradecimentos 195
Notas do Autor 196
Mapa do Sul da Córsega
Mandorlinfiore
e os
Dragões de Zonza
1. A Chegada de Um Navio
Há um porto na costa Sudeste da ilha de Córsega que é ideal para o comércio da Itália Continental, da Sardenha, Espanha e África. É fácil defender-se de piratas e outros bandidos marítimos, e por isso, tem prosperado. Nossa história começa muitos anos atrás, antes de existirem trens a vapor ou máquinas voadoras, quando o mundo talvez fosse um lugar mais simples, embora não isento de dificuldades.
Um grande navio comercial acabou de atracar no porto esta noite e os passageiros estão desembarcando. Está vendo ali? Aquele homem é o Rei de Zonza. Ele foi visitar alguém em Marselha para tratar de assuntos políticos e, pela aparência de sua palidez, está feliz por estar de volta à terra firme. Ali, um grande comerciante de Solenzara está descarregando suas mercadorias do navio e empilhando-as em suas carroças.
O Rei parece pronto para voltar rapidamente ao seu castelo nas montanhas. Dizem que sua noiva está esperando por ele. Na verdade, se estivéssemos aqui há dois dias, teríamos visto um navio sob a bandeira Real da Espanha nesta mesma água.
Os homens do Rei se reúnem e preparam os cavalos e, em seguida partem em um ritmo calmo ao longo do cais. O comerciante parece estar pronto para partir ao nascer do sol. Somente o Rei se atreve a viajar pelas estradas da ilha à noite. Dizem que ele tem sangue de feiticeiro e que não há criatura noturna que possa lhe causar medo. Mas não me entenda mal; afinal, o Rei ainda é um homem.
Agora, tanto o comerciante quanto o Rei têm um papel a desempenhar em nossa história. Neste momento, nenhum deles está ciente de seu papel nela, nem podem se encontrar novamente ou estiver tão próximo como estiveram a bordo do navio. Tudo o que fazemos cada ação que fazemos, ou decisão que tomamos, se somará ao longo do tempo e nos levará ao ponto em que estamos. Somos um conjunto das nossas decisões, boas e ruins. Não podemos evitar isso; é assim que nos movemos na vida, escolhendo direita ou esquerda, para cima ou para baixo.
2. Um Bebê Nasceu
––––––––
Suponho que agora é provavelmente o melhor momento para realmente começar a contar a história.
Era uma vez, é como todas as melhores histórias começam. Certo? Bem, vamos ver. Era uma vez, onde um marido e uma esposa em breve, seriam um pai e uma mãe. Ele era um pescador, de olhos atentos e firmes; e ela era uma costureira, rápida com a agulha e fio. No entanto, eles podiam ser pobres, mas estavam moderadamente felizes em boa saúde e com alguns bons amigos. Não queriam muito mais do que tem uma família, então, com grande alegria descobriam que a esposa estava esperando o primeiro filho.
Nossa história começa na fatídica noite que define o futuro de todos nós, a noite que o bebê nasceu. Nesta cidade tinha o costume do marido ficar na porta pronto para anunciar para a comunidade o nome e a condição dessa nova chegada. Nosso jovem marido estava ansioso durante todo o longo dia. Ele ansiou por um filho para poder levar ao mar como ele tinha sido levado pelo pai dele. Na cidade, havia também a crença que quem quer que fosse que passasse em frente a porta no momento em que a criança estava nascendo, concederia seu desejo particular ao bebê. Para contrariar isso, era habitual o amigo da família cuidar a porta para que nenhuma pessoa indesejada chegasse perto.
Na noite em questão, no entanto, descobrimos que as marés não estavam muito boas e todos os que eram companheiros do marido estavam no mar, e suas esposas também estavam comprometidas com a nova mãe ou com seus próprios bebês.
Então, uma pequena gangue de piratas com seus copos cheios e cantando suas canções sangrentas faziam barulhos com seus sabres e esporas, eles cambaleavam no cais. E o marido falou para sua esposa; Pelo amor de Deus, não tenha o bebê ainda e justamente agora.
Ela não teve o bebê e o marido ficou aliviado novamente. Mas quando ele olhou para cima novamente, viu um par de traficantes de escravos com os seus cruéis chicotes atados nos cintos. E o marido de novo para sua esposa, Ainda não, ainda não.
Ela não teve o bebê e o marido ficou aliviado novamente. Portanto, quando ele olhou para cima novamente viu um dono de bar com meretrizes tropeçando até o cais. E ele falou para ela, Por favor, ainda não.
Ela não teve o bebê e o marido ficou aliviado novamente. Ele rezava para seus amigos retornarem em segurança da maré para proteger o destino de sua família. Mas quando ele olhou para cima novamente, quem ele viu fora de sua porta foi o Rei, e naquele mesmo momento seu filho nasceu.
Imediatamente o novo pai gritou; Um Rei nasceu entre nós! Um Rei nasceu entre nós.
E houve muita alegria na casa.
3. De Reis E Pescadores
Ora, o próprio Rei não estava presente a essa hora da noite na cidade, nem estava habituado aos costumes desse lugar. No entanto, ele era um homem muito supersticioso. Ele tinha conseguido a coroa através das artimanhas de um Mazerre, um metamorfo e feiticeiro que encontrou nas montanhas perdido e órfão muitos anos atrás. Ao ouvir que o pescador proclamou que um Rei havia nascido ele ordenou que seus homens o anunciassem à porta do homem.
Sua Alteza o Rei de Zonza!
, eles proclamaram, pois, ele era.
O novo pai foi imediatamente ver seu novo bebê, um garoto, e apareceu na porta com ele nos braços.
Ele é muito pequeno para um Rei
, comentou o Rei de Zonza, pois na época ele era muito jovem e não estava familiarizado com crianças, ainda assim, visto que sou um Rei e você é um pobre pescador, faz mais sentido que me entregue à criança de tal forma que eu possa ensinar o caminho de ser um Rei. Não tenho filho afinal de contas.
Desculpe-me, meu Rei, mas não posso dar o meu filho para o senhor. Ser um pescador é ser um Rei dos mares. Essa criança irá comandar um barco, não um Reino. Ele será mestre de redes, não de homens.
O Rei de Zonza considerou o caso do pescador e perguntava-se se estava sendo precipitado, mas como ele observou a humilde casa do pobre pescador e recordou como é difícil a travessia do mar que ele tinha feito para a Itália no ano anterior, sua determinação se tornou mais firme.
Você dará a criança para mim. Ele aprenderá os talentos necessários para o Reinado. Comerá bem e será vestido bem e será bem aceito nas cortes da Europa.
Mas sua Alteza, não posso dar o nosso único filho,
disse o pai chorando. Sua esposa alarmou-se e as mulheres ficaram em frente ao pequeno quarto da casa.
Você terá mais filhos; apenas certifique-se que não tenha mais Reis.
Não posso permitir isso, senhor,
disse o pai.
Indignado e negando-lhe sua vontade, o Rei ordenou que a criança fosse tirada a força se necessário. De imediato os homens do Rei tinham suas espadas na garganta e no estômago do pai. Uma lâmina deslizou atrás de seu pescoço.
Você me dará a criança ou eu ficarei coma criança e a tua cabeça pescador
, disse o Rei, pergunte à sua esposa o que será melhor.
Vendo seu marido ser encurralado por tanto aço real fez levá-la ao desespero total. Poupe meu marido e poupe o meu bebê. Pode levá-lo e torná-lo Rei, mas ele sempre será um pescador em seu coração.
Então, o Rei de Zonza foi capaz de tirar o recém-nascido Rei dos braços de seu pai, e levá-lo para seu cavalo. Os homens do Rei recuaram e deixaram o pescador afundar-se em sua tristeza. A última vez que a mãe viu seu filho naquela noite, foi sendo levado na estrada que vai para as montanhas.
4. O Dilema do Rei
É verdade que o rei de Zonza tentou manter a criança quieta, mas seu conhecimento sobre crianças era pouco, e por isso, ao nascer do sol, ele tinha se cansado do choro constante do bebê. Em sua mente, o barulho que a criança tinha feito estava longe de ser real e começou a duvidar da sua contestação de criar um filho de um estranho para ser seu herdeiro, pensou se era a coisa certa a se fazer. À luz do dia, tudo parecia ter sido uma coisa terrivelmente precipitada, afinal, o pescador parecia ser uma pessoa decente Mas ele não podia desfazer o que tinha feito e devolver a criança, portanto, significaria que ele teria que admitir ter tomado uma decisão ruim. Foi mesmo um quebra-cabeça.
Se ele devolvesse a criança, então o destino poderia levá-lo a desafiar a coroa de Zonza. Se ele mantivesse, então ele poderia crescer e traí-lo, e assim também reivindicar a coroa de Zonza. A única coisa que ele poderia fazer seria matar a criança, pois assim, ela estaria fora do alcance dos Deuses e dos homens.
Com esse pensamento em um determinado momento, o Rei viu que tinha chegado a um pequeno bosque de amendoeira. Ele ordenou seus homens para guardar seu cavalo e atravessou o portão. Então, levou o bebê e colocou-o entre as raízes dela. O Rei de Zonza desembainhou a espada e colocou a ponta na garganta do bebê. À medida que a lâmina cravava na pele do recém-nascido e as pétalas brilhantes dos primeiros sangues apareciam no aço real, o Rei estremeceu. Embora, não possuísse habilidade ou conhecimento sobre crianças, viu-se repelido pela sua própria ação, de modo que retirou a lâmina.
Acontece também que o povoado criava a raça local de porcos selvagens da montanha. Eram criaturas amigáveis e curiosas, mas tinham a fama de comer todo o resto que fica no chão.
Os porcos podem comer você ou manter você. Se o destino assim determinar, esperarei para cravar lhe essa espada quando for homem.
Com isso, o Rei de Zonza limpou a mancha de sua lâmina nas folhas aos pés da amendoeira e subiu de volta em seu cavalo. Ao retorna à cidadela de Zonza, encontrou uma Princesa, a filha do Rei da Espanha e suas concubinas à sua espera. O Rei deveria se casar com a Princesa, e assim o fez. Ele apaixonou-se por ela no tempo oportuno e tiveram uma linda filha a qual se chamava Belfiore. Então, o Rei de Zonza esqueceu completamente do filho do pescador.
O interior selvagem de Córsega.
5. A Descoberta do Comerciante
––––––––
Como havia dito antes, os porcos dessa região eram selvagens, mas de uma raça curiosa e amigável. Eles passam seus dias procurando fungos no chão da floresta, frutas e nozes caídas, e de noite se amontoam juntos em lugares rochosos ou em abrigos arruinados. Naqueles dias, os lobos e outros animais selvagens vagueavam pelas redondezas e com isso, um porco da montanha era uma festa para eles.
Os porcos que haviam se aproximado desse bosque de amêndoas, eram tão amigáveis e curiosos como qualquer outro, quando ouviram os choros do menino rapidamente cheiraram e fungaram em volta dele. Ele tinha o tamanho e a cor de um grande leitão, e ainda por cima cheirava algum aroma de sua mãe.
Por algum milagre da natureza, uma jovem porca que já tinha desmamado suas três crias gostou da criança e o amamentou por uma noite e um dia.
Aconteceu que nesse dia, o Rei tinha sido seguido até à montanha pelo comerciante de Solenzara, aquele com quem tinha atravessado o mar Tirreno. O comerciante tratava de tecidos finos do Oriente e ervas raras do Norte, joias do Sul e ouro do Oeste.
Ele e sua esposa haviam sido servos fiéis do Senhor e