Teologia: diferenças entre revisões
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A teologia começa com o pressuposto de que o [[divino]] existe de alguma forma, como na [[física]], no [[sobrenatural]], [[Fenomenologia (filosofia)|mental]] ou [[construção social|realidades sociais]], e essa evidência para e sobre isso pode ser encontrada através de experiências espirituais pessoais e / ou registros históricos de experiências como documentadas por outros. O estudo dessas suposições não faz parte da teologia propriamente dita, mas é encontrada na [[filosofia da religião]], e cada vez mais pela [[psicologia da religião]] e [[neuroteologia]]. A teologia então visa estruturar e compreender essas experiências e conceitos, e usá-los para derivar prescrições normativas para [[significado da vida|como viver nossas vidas]].
Os teólogos usam várias formas de análise e argumentos ([[Espiritualidade|empíricos]], [[filosofia
O estudo da teologia pode ajudar um teólogo a compreender melhor sua própria tradição religiosa,<ref>See, e.g., [[Daniel L. Migliore]], ''Faith Seeking Understanding: An Introduction to Christian Theology'' 2nd ed.(Grand Rapids: Eerdmans, 2004)</ref> outra tradição religiosa,<ref>See, e.g., Michael S. Kogan, 'Toward a Jewish Theology of Christianity' in ''The Journal of Ecumenical Studies'' 32.1 (Winter 1995), 89–106; available online at [http://www.icjs.org/scholars/kogan.html
== História ==
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Nas fontes [[patrística]]s greco-cristãs, ''theologia'' poderia referir-se estreitamente ao conhecimento devoto e inspirado e ao ensino sobre a natureza essencial de Deus.<ref>[[Gregory of Nazianzus]] uses the word in this sense in his fourth-century [http://www.ccel.org/fathers2/NPNF2-07/Npnf2-07-42.htm#P4178_1277213 ''Theological Orations'']; after his death, he was called "the Theologian" at the [[Council of Chalcedon]] and thereafter in [[Eastern Orthodoxy]]—either because his ''Orations''were seen as crucial examples of this kind of theology, or in the sense that he was (like the author of the Book of Revelation) seen as one who was an inspired preacher of the words of God. (It is unlikely to mean, as claimed in the [http://www.ccel.org/fathers2/NPNF2-07/Npnf2-07-41.htm#P4162_1255901 ''Nicene and Post-Nicene Fathers''] introduction to his ''Theological Orations'', that he was a defender of the divinity of Christ the Word.) See John McGukin, ''Saint Gregory of Nazianzus: An Intellectual Biography'' (Crestwood, NY: St. Vladimir's Seminary Press, 2001), p.278.</ref>
O autor latino [[Boethius|Boécio]], escrevendo no início do século VI, usou a "teologia" para denotar uma subdivisão da filosofia como sujeito do estudo acadêmico, lidando com a realidade imutável e incorpórea (em oposição à "física" ', que trata de [[Matéria
Nas fontes latinas [[escolástica]]s, o termo passou a denotar o estudo racional das doutrinas da religião cristã, ou (mais precisamente) a disciplina acadêmica que investigava a coerência e as implicações da linguagem e reivindicações da Bíblia e da tradição teológica (esta última frequentemente representada no ''[[Sentenças]]'' de [[Pedro Lombardo]], um livro de extratos dos [[Pais da Igreja]]).<ref>Ver o título de [http://individual.utoronto.ca/pking/resources/abelard/Theologia_christiana.txt ''Theologia Christiana''] de [[Pedro Abelardo]], e, talvez mais famoso, a ''[[Summa Theologica]]'' de [[Tomás de Aquino]].</ref>
No Renascimento, especialmente com os apologistas platonistas florentinos da poética[[Dante Alighieri
É neste último sentido, a teologia como uma disciplina acadêmica que envolve o estudo racional do ensino cristão, que o termo passou para o inglês no século XIV.<ref>Veja a "nota" na entrada [[Oxford English Dictionary]] para ' Embora possa também ser usado no sentido mais estrito encontrado em Boecio e nos autores patrísticos gregos, significa estudo racional da natureza essencial de Deus - um discurso agora chamado às vezes [[Theology Proper]].</ref><ref>See, for example, Charles Hodge, ''Systematic Theology'', vol. 1, part 1 (1871).</ref>
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{{Artigo principal|Teologia como disciplina acadêmica}}
A história do estudo da teologia em instituições de ensino superior é tão antiga quanto a [[Universidade#História|história dessas próprias instituições]]. Por exemplo, [[Taxila]] era um centro inicial da aprendizagem [[Vedas|védica]], possível a partir do século VI a.C. ou anterior;<ref>Timothy Reagan, ''Non-Western Educational Traditions: Alternative Approaches to Educational Thought and Practice'', 3rd edition (Lawrence Erlbaum: 2004), p.185 and Sunna Chitnis, 'Higher Education' in Veena Das (ed), ''The Oxford India Companion to Sociology and Social Anthropology'' (New Delhi: [[Oxford University Press]], 2003), pp. 1032–1056: p.1036 suggest an early date; a more cautious appraisal is given in Hartmut Scharfe, ''Education in Ancient India'' (Leiden: Brill, 2002), pp. 140–142.</ref> a [[Academia de Platão|Academia platônica]], fundada em Atenas no século IV a.C., parece ter incluído temas teológicos em sua matéria;<ref>John Dillon, ''The Heirs of Plato: A Study in the Old Academy, 347–274BC (Oxford: OUP, 2003)''</ref> o chinês [[Taixue]] transmitia ensino [[Confucionismo|confuciano]] no século II a.C.;<ref>Xinzhong Yao, ''An Introduction to Confucianism'' (Cambridge: CUP, 2000), p.50.</ref> a [[Escola de Nísibis]] era um centro de aprendizagem cristã a partir do século IV d.C.;<ref>Adam H. Becker, ''The Fear of God and the Beginning of Wisdom: The School of Nisibis and the Development of Scholastic Culture in Late Antique Mesopotamia'' (University of Pennsylvania Press, 2006); see also [http://www.nestorian.org/the_school_of_nisibis.html The School of Nisibis] at Nestorian.org</ref> [[Nalanda]] na Índia era um sítio de ensino superior budista desde pelo menos o século V ou VI d.C.;<ref>Hartmut Scharfe, ''Education in Ancient India'' (Leiden: Brill, 2002), p.149.</ref> e a [[Universidade al Quaraouiyine]] marroquina foi um centro de aprendizagem islâmica a partir do século XX,<ref>The Al-Qarawiyyin mosque was founded in 859 AD, but 'While instruction at the mosque must have begun almost from the beginning, it is only... by the end of the tenth-century that its reputation as a center of learning in both religious and secular sciences... must have begun to wax.' Y. G-M. Lulat, ''A History of African Higher Education from Antiquity to the Present: A Critical Synthesis'' (Greenwood, 2005), p.71</ref> como foi a [[Universidade Al-Azhar]] no Cairo.<ref>Andrew Beattie, ''Cairo: A Cultural History'' (New York: Oxford University Press, 2005), p.101.</ref> As primeiras universidades foram desenvolvidas sob a égide da [[Igreja latina]] por [[bula papal]] como [[Studium Generale|''studia generalia'']] e talvez de escolas de catedrais. No entanto, é possível que o desenvolvimento de escolas de catedral nas universidades era bastante raro, sendo a Universidade de Paris uma exceção.<ref>Gordon Leff, ''Paris and Oxford Universities in the Thirteenth and Fourteenth Centuries. An Institutional and Intellectual History'', Wiley, 1968.</ref> Mais tarde, elas também foram fundadas por reis ([[Universidade de Nápoles Federico II]], [[Universidade Carolina]] em Praga, [[Universidade Jaguelônica]] em Cracóvia) ou administrações municipais ([[Universidade de Colónia]], [[Universidade de Erfurt]]). Na [[Idade Média#Alta Idade Média|período medieval inicial]], a maioria das novas universidades foram fundadas a partir de escolas
Durante a Alta Idade Média, a teologia foi, portanto, o assunto final nas universidades, sendo chamada de "A Rainha das Ciências" e servindo de pedra fundamental para o[[trivium (educação)
O lugar preeminente da teologia cristã na universidade começou a ser desafiado durante o [[Iluminismo]], especialmente na Alemanha.<ref>Veja [[Thomas Albert Howard]], ''[https://global.oup.com/academic/product/protestant-theology-and-the-making-of-the-modern-german-university-9780199266852?cc=us&lang=en& Protestant Theology and the Making of the Modern German University]'' (Oxford: [[Oxford University Press]], 2006):</ref> Outros assuntos adquiridos em independência e prestígio, e questões foram levantadas sobre o lugar em instituições que eram cada vez mais compreendidas como devotadas à razão independente de uma disciplina que parecia envolver compromisso com a autoridade de tradições religiosas particulares.<ref>Ver o trabalho de [[Thomas Albert Howard]] já citado, e sua discussão sobre, por exemplo, ''Conflict of the Faculties'' (1798), de Immanuel Kant e ''Deduzierter Plan einer zu Berlin errichtenden höheren Lehranstalt'', de J.G. Fichte (1807).</ref>
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== Criticismo ==
Há uma tradição antiga de [[ceticismo]] sobre a teologia, seguida de um aumento mais moderno da crítica [[secularismo
=== Crítica dos filósofos ===
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O filósofo alemão ateu [[Ludwig Feuerbach]] procurou dissolver a teologia em sua obra "Princípios da Filosofia do Futuro": "A tarefa da era moderna foi a realização e a humanização de Deus - a transformação e a dissolução da teologia na antropologia".<ref>Ludwig Feuerbach, [[Principles of the Philosophy of the Future]], trans. Manfred H. Vogel, (Indianapolis, Hackett Publishing Company, 1986) p5</ref> Isso refletiu o seu trabalho anterior'' [[A Essência do Cristianismo]] ''(pub. 1841), pelo qual ele foi banido de ensinar na Alemanha, no qual ele havia dito que a teologia era uma "rede de contradições e delírios".<ref>Ludwig Feuerbach, ''[[The Essence of Christianity]]'', trans. [[George Eliot]], (Amherst, New York, Prometheus Books, 1989) Preface, XVI.</ref>
[[Alfred Jules Ayer
[[Walter Kaufmann]], o filósofo, em seu ensaio "Contra a teologia", procurou diferenciar a teologia da religião em geral. "A teologia, é claro, não é a religião, e uma grande religião é enfaticamente anti-teológica ... Um ataque à teologia, portanto, não deve ser tomado como necessariamente envolvendo um ataque à religião. A religião pode ser, e muitas vezes tem sido, não teológico ou mesmo anti-teológico". No entanto, Kaufmann descobriu que "o cristianismo é inescapável uma religião teológica".<ref>[[Walter Kaufmann (philosopher)|Walter Kaufmann]], [[The Faith of a Heretic]], (Garden City, New York, Anchor Books, 1963) pp. 114, 127–128, 130.</ref>
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{{wikiquote}}
* [http://www.britannica.com/EBchecked/topic/590855/theology "Theology"] em ''[[Encyclopædia Britannica]]''
*{{Link||2=http://www.theology.ie |3=theology.ie}}
*Chattopadhyay, Subhasis. [http://philpapers.org/go.pl?id=CHAROH-3&proxyId=&u=http%3A%2F%2Fphilpapers.org%2Farchive%2FCHAROH-3.pdf][http://philpapers.org/rec/CHAROH-3 Reflections on Hindu Theology] in Prabuddha Bharata or Awakened India 120(12):664-672 (2014). ISSN 0032-6178. Edited by Swami Narasimhananda.
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