Consubstanciação

 Nota: Não confundir com Consubstancialidade.

Consubstanciação é o termo que indica a crença na união local das substâncias do Corpo e do Sangue de Cristo, com a substância do pão e do vinho. Assim sendo, o verdadeiro Corpo e Sangue de Cristo se encontram presentes real e localmente em, com e sob a substância do pão e do vinho sem modificá-las (transformá-las). Este conceito opõe-se à definição de Transubstanciação, na qual se crê que a substância do pão e do vinho sejam transformadas na substância do Corpo e Sangue de Jesus.[1]

Na Consubstanciação, crê-se que as substâncias do Corpo e do Sangue de Cristo se unem à substância do pão e do vinho.[1][2] Enquanto, na Transubstanciação, não estão mais presentes a substância do pão e vinho, pois estas são transformadas na substância do Corpo e Sangue de Jesus, permanecendo, entretanto, os acidentes do pão e do vinho.

A Consubstanciação também é chamada de Empanação e pode ser definida através da seguinte concomitância teológica: "Assim como Jesus Cristo é Deus que se fez carne através da união hipostática da natureza divina e humana, na Consubstanciação Deus se faz Pão através da união (hipóstase) da substância de Cristo com a substância do Pão e do Vinho".

Um dos primeiros defensores da doutrina da Consubstanciação foi Berengário de Tours, que defendia que o pão consagrado conservava sua substância anterior, porém, ao mesmo tempo, adquiria a nova substância do Corpo de Cristo ("Panis sacratus in altari, salva sua substantia, est Corpus Christi, non amittens quod erat sed assumens quod non erat".).[3] Suas posições teológicas foram condenadas por diversos Concílios (Roma 1050, 1059, 1078, 1079; Vercelli 1050; Poitiers 1074).

Durante a pré-Reforma Inglesa no século XIV, a Consubstanciação foi adotada como doutrina por Lollardos e seus seguidores.

A Reforma Luterana excluiu a doutrina da Empanação adotando o conceito de União Sacramental. Segundo o pensamento de Lutero, durante a consagração, a substância do Corpo e Sangue de Cristo se une à substância do pão e do vinho, permanecendo unidos unicamente após a Consagração e durante o uso do Sacramento.[2]

Referências

  1. a b Granconato, Marcos. «Ceia do Senhor». Consultado em 14 de Julho de 2016 
  2. a b «O que é consubstanciação?». Consultado em 14 de Julho de 2016 
  3. Serratelli, Arthur Joseph (setembro de 2007). «A Presença Real: um dom sagrado». Consultado em 14 de Julho de 2016. Arquivado do original em 9 de agosto de 2016 

Ver também

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