iFood
iFood é uma empresa brasileira atuante no ramo de entrega de refeição por meio da internet,[1][2] sendo líder no setor na América Latina,[3] com presença apenas no Brasil.[2]
| iFood | |
|---|---|
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| Empresa de capital fechado | |
| Atividade | Tecnologia |
| Fundação | 2011 (13 anos) |
| Fundador(es) | Eduardo Baer Felipe Ramos Fioravante Gabriel Pinto Guilherme Bonifacio Michel Eberhardt Patrick Sigrist |
| Sede | Osasco, São Paulo |
| Área(s) servida(s) |  Brasil
|
| Proprietário(s) | Prosus–Movile |
| Pessoas-chave | Fabricio Bloisi (Chair)}} |
| Website oficial | www |
Fundada em 2011 como uma startup, recebeu investimentos de capital de risco, incluindo grupos de Jorge Paulo Lemann, e foi adquirida em 2014 pela Movile,[2] mesmo ano em que ocorreu uma fusão com a RestauranteWeb, pondo o valor da nova companhia em aproximadamente um bilhão de reais.[1] Desde então, a empresa tem adquirido outras no setor, como a SpoonRocket.[2][4] Em 2018, a empresa se torna uma empresa "unicórnio" e em 2022 se torna a startup mais valiosa do Brasil e a segunda maior da América Latina, atrás apenas da mexicana Kavak.[5][6]
Atualmente, o iFood detém 83% do mercado de delivery de refeições no Brasil[7][8] e foi motivo de processos pelo CADE.[9][10][11][12][13] Um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) apontou que pedidos feitos pela plataforma ficam em média 17,5% mais caros para o consumidor, em comparação com o mesmo pedido feito diretamente no restaurante.[14]
História
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A história do iFood começou fora do mundo digital, em 1997, com a Disk Cook, um guia impresso de cardápios com uma central telefônica para onde se ligava e fazia o seu pedido. Quase 14 anos depois, essa ideia migrou para o meio digital e ele foi rebatizado para iFood.[15][16] No dia 15 de maio de 2011 ele então foi fundado pelos sócios Patrick Sigrist, Eduardo Baer, Guilherme Bonifácio e Felipe Fioravante.[17]
Entre 2011 a 2014, a empresa recebeu 4 rodadas de investimentos, lideradas pela Warehouse Investimentos, Movile, e Just Eat.[18]
Em 2014, a Warehouse Investimentos vende toda sua participação na empresa, e a Movile se torna a dona majoritária do iFood.[2][18][19]
Em 2015, recebe um aporte de 50 milhões de dólares da Movile e da Just Eat na rodada E.[20] A rodada F somou 30 milhões de dólares pelos mesmos investimentos da rodada E.[21]
Em novembro de 2018, anunciou um aporte de 500 milhões de dólares da Movile, a Naspers e Innova Capital.[22]
Durante a pandemia de COVID-19 no Brasil em 2020, a empresa anunciou que estava entregando 39 milhões de pedidos por mês.[23]
Em novembro de 2020, o aplicativo Rappi iniciou um processo antitruste contra a iFood. Outras empresas do ramo, como o Uber Eats e a 99 também estão participando do processo contra a iFood. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) decidiu por proibir o iFood de estabelecer novos contratos de exclusividade como "medida preventiva" até que houvesse uma solução do caso antitruste.[9][24] Em 2021 e 2022, voltou a intensificar ações contra a plataforma.[11][25] Em 2023, firmou acordo que estabelece critérios e limites à prática de exclusividade nos contratos com redes de marcas que possuam pelo menos 30 restaurantes.[12][13]
Em novembro de 2020, decidiu deixar o México, onde operava através da SinDelantal.[26][27]
Em 2022, houve um reajuste no valores pagos ao entregadores, de 13% do valor mínimo da rota e 50% no valor mínimo do quilômetro rodado para os entregadores de todo Brasil,[28] mudança realizada principalmente devido à inflação e a alta dos combustíveis. Nessa mesma época, iniciou-se um estudo por parte do Governo para implementar um modelo de trabalho para incluir os trabalhadores de aplicativos na Previdência sem que percam sua autonomia, visando aumentar a relação e responsabilidade da empresa para com os trabalhadores.[29] Além disso, nesse mesmo ano o iFood decidiu investir na moto elétrica EVS Work, desenvolvida pela Voltz, para ser parte da frota dos entregadores. A previsão é que até o fim de 2022 10 mil motos desse modelo estejam na ruas com a intenção de reduzir o impacto ambiental provocado pelo trânsito.[30]
Em novembro de 2022, anunciou o encerramento das operações na Colômbia para concentrar esforços no Brasil.[26][31][32][33][34]
Aquisições
editarEm setembro de 2014, anunciou fusão com o RestauranteWeb, da britânica Just Eat.[1][35]
Em março de 2016, adquiriu a SpoonRocket, empresa americana de tecnologia de entregas rápidas.[4][36][37][38]
Em agosto de 2018, adquiriu a divisão brasileira da concorrente uruguaia PedidosJá – em paralelo à operação, vendeu a participação de sua marca na Argentina para a PedidosJá –,[39][40] e anunciou a aquisição integral da Rappido, empresa controlada pela Movile.[36][41]
Em janeiro de 2020, adquiriu a startup mineira Hekima, focada em inteligência artificial, ciência de dados e big data.[36][42][43]
Em agosto, adquiriu a eComanda, empresa de gestão e automação para restaurantes.[44][45]
Em setembro, adquiriu a startup paulista SiteMercado, plataforma de e-commerce voltada para mercados e mercearias a qual mantém parceria desde 2019.[46][47]
Em julho de 2022, anunciou investimento na startup gaúcha Anota AI, empresa com foco em SaaS que oferece soluções de automação por meio de chatbots com inteligência artificial.[48][49][50]
Investimento em Biotecnologia
editarEm junho de 2022, a iFood anunciou que está realizando investimentos em uma empresa de biotecnologia, a empresa que recebeu o aporte foi a BioLinker, organização que criou um autoteste para as variantes do coronavírus, o valor do investimento não foi revelado.[51]
Transação
editarEm 19 de agosto de 2022, a Just Eat Takeaway anunciou a venda do restante de suas ações por R$ 9,4 bilhões para a Prosus,[52] empresa holandesa controladora da Movile,[53] investidora brasileira fundada por Fabricio Bloisi, e então passou a deter 100% de participação nas ações da iFood.[54][55][53][56][52] A Movile iniciou o investimento na organização em 2013.[2]
Copa do Mundo da FIFA Qatar 2022
editarA iFood bateu recorde de vendas durante a Copa do Mundo da FIFA no Qatar, onde mais de 8 milhões de pedidos foram feitos no app no final de semana de 2 a 4 de dezembro, a melhor marca em 2022. Assim, o primeiro final de semana de dezembro foi não só o que teve mais pedidos em 2022, como também superou os finais de semana de 2021.[57]
Administração
editarA administração do iFood é composta pelo CEO Diego Barreto,[58] VPs de Negócios são Henrique Iwamoto, Roberto Gandolfo e Julia Barroso, CTO é Flávio Stecca, VP de People Gustavo Vitti, VP de Relações Corporativas Carlos Moyses, VP de Novos Negócios Mauro Piazza e VP in Residence Luana Ozemela e VP de Growth Bruno Henriques.[59]
Prêmios
editar- Prêmio iBest 2022 — iFood venceu o Prêmio iBest na categoria Superapps pelo Júri academia e TOP3 no voto popular.[60]
- Prêmio iBest 2022 — iFood Recebeu o TOP3 na categoria Economia Colaborativa pelo Voto Popular.[61]
- Prêmio iBest 2022 — iFood venceu o Prêmio iBest na categoria Delivery pelo Voto Popular e Júri academia.[62]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c «iFood e RestauranteWeb se fundem em empresa de R$ 1 bilhão». G1. 19 de setembro de 2014
- ↑ a b c d e f «9 startups brasileiras com potencial para valerem mais de US$ 1 bilhão». Gazeta do Povo. 5 de março de 2018
- ↑ «Dona do iFood recebe novo aporte de fundo de Jorge Paulo Lemann». G1. 8 de dezembro de 2017
- ↑ a b «iFood compra solução da SpoonRocket». Baguete. 18 de março de 2016. Consultado em 15 de setembro de 2021
- ↑ «IFood se torna a startup mais valiosa do Brasil: US$ 5,4 bilhões». Suno Notícias. 19 de agosto de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «iFood é avaliado em US$ 5,4 bilhões e se torna a startup mais valiosa do Brasil». Bloomberg Línea Brasil. 22 de agosto de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «2021 Brazil Food Delivery: iFood continues to lead with over 80% Market Share». Measurable AI (em inglês). 7 de setembro de 2021. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «Fim do Uber Eats: iFood se tornou monopolista no Brasil?». tecmundo. 13 de janeiro de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ a b «Guerra de aplicativos: Rappi vai ao Cade contra o iFood». O Globo. 13 de novembro de 2020. Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ «Exclusividade de apps prejudica o mercado». ISTOÉ DINHEIRO. 7 de setembro de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ a b «Rappi vai apresentar mais queixas contra iFood no Cade». Metrópoles. 16 de agosto de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ a b «Cade faz acordo com iFood em investigação sobre exclusividade com restaurantes». G1. 8 de fevereiro de 2023. Consultado em 22 de maio de 2024 – via Reuters
- ↑ a b «Acordo com CADE sobre prática de exclusividade com restaurantes». iFood. 21 de setembro de 2023. Consultado em 22 de maio de 2024
- ↑ «Comida no iFood fica 17,5% mais cara do que no restaurante, diz Abrasel». Abrasel. 14 de outubro de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «Sinal de alerta para o iFood». ISTOÉ DINHEIRO. 1 de novembro de 2018. Consultado em 10 de maio de 2022
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- ↑ «Warehouse Investimentos vende toda a sua participação no iFood para a Movile». Startupi. 29 de agosto de 2014. Consultado em 15 de setembro de 2021
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- ↑ «Cade proíbe iFood de realizar novos contratos de exclusividade com restaurantes». G1. Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ «Rappi sobe o tom em denúncia contra iFood no CADE». Brazil Journal. 22 de agosto de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ a b «Expansão para mercados e benefícios marca o ano do iFood». iFood News. 21 de dezembro de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «SinDelantal, da qual iFood detém 49%, encerra operações no México». Forbes Brasil. 5 de novembro de 2020. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «iFood reajusta ganhos de entregadores e valores passam a valer a partir deste sábado». CNN Brasil. Consultado em 10 de maio de 2022
- ↑ «Governo negocia modelo para incluir trabalhadores de aplicativos na Previdência». CNN Brasil. Consultado em 10 de maio de 2022
- ↑ «5 curiosidades sobre a moto elétrica que será usada no iFood». 10 de fevereiro de 2022. Consultado em 9 de maio de 2022
- ↑ «Comunicado Operações na Colômbia». iFood News. 21 de outubro de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «iFood encerrará operações na Colômbia após sete anos de serviços». Metrópoles. 21 de outubro de 2022. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «iFood se va de Colombia despidiendo a todos sus empleados» (em espanhol). Forbes. 21 de outubro de 2022. Consultado em 23 de outubro de 2022
- ↑ «iFood encerra operações na Colômbia e amplia onda de demissões do setor». Bloomberg Línea. 21 de outubro de 2022. Consultado em 23 de outubro de 2022
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- ↑ a b c «Pensou iFood, pensou na FoodTech referência na América Latina». iFood. Consultado em 18 de janeiro de 2023
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- ↑ «iFood anuncia aquisição do app de delivery Pedidos Já». VEJA. 2 de agosto de 2018. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «iFood anuncia aquisição da Pedidos Já». G1. 2 de agosto de 2018. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «Cade aprova aquisição pelo iFood de 100% da empresa de entregas Rappido». G1. 1 de agosto de 2018. Consultado em 18 de janeiro de 2023
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- ↑ «iFood compra empresa de software eComanda e amplia gestão de restaurantes». CNN Brasil. 22 de agosto de 2020. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «iFood anuncia compra do SiteMercado». Forbes Brasil. 16 de setembro de 2020. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «SiteMercado: veja quem é a nova startup comprada pelo iFood». Exame. 16 de setembro de 2020. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «Posicionamento - iFood investe no ANOTA AI». iFood News. 26 de julho de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «iFood investe em startup Anota AI de tecnologia para pedidos por WhatsApp» . Valor Econômico. 26 de julho de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «Exclusivo: iFood compra a Anota AI para ter atendimento pelo WhatsApp». Startups. 25 de julho de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ Carvalho, Matheus (13 de junho de 2022). «Fabricio Bloisi investe em startup de biotecnologia». iFood News. Consultado em 27 de julho de 2022
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- ↑ a b «Gigante holandesa compra fatia remanescente do iFood por R$ 9,5 bilhões». InfoMoney. 19 de agosto de 2022. Consultado em 20 de agosto de 2022
- ↑ «Movile passa a deter 100% do iFood em transação de até R$ 9,4 bilhões». iFood News. 19 de agosto de 2022. Consultado em 20 de agosto de 2022
- ↑ «Prosus compra controle total do iFood e avalia empresa em até € 5,4 bilhões (quase R$ 28 bilhões!)». NeoFeed. 19 de agosto de 2022. Consultado em 20 de agosto de 2022
- ↑ «Grupo holandês compra nova fatia e adquire controle do iFood». Folha de S.Paulo. 19 de agosto de 2022. Consultado em 20 de agosto de 2022
- ↑ «No ritmo do futebol, iFood bateu recorde de vendas». iFood News. 7 de dezembro de 2022. Consultado em 18 de janeiro de 2023
- ↑ «Do Brasil para o mundo, Fabrício Bloisi assume como CEO Prosus, reconhecimento do padrão global e impacto do iFood - iFood». iFood. 17 de maio de 2024. Consultado em 22 de maio de 2024
- ↑ «Conheça a trajetória do iFood». iFood. 15 de setembro de 2023. Consultado em 22 de maio de 2024
- ↑ «Prêmio iBest: Resultados categoria SuperApps». Consultado em 22 de novembro de 2022
- ↑ «Prêmio iBest: Resultados categoria Economia Colaborativa». Consultado em 22 de novembro de 2022
- ↑ «Prêmio iBest: Resultados categoria Delivery». Consultado em 22 de novembro de 2022
