Lytta

género de insetos
Lytta
L. vesicatoria no nordeste de Carcassonne, França
Classificação científica
Reino:
Filo:
Classe:
Ordem:
Família:
Subfamília:
Tribo:
Gênero:
Lytta

Fabricius, 1755
Espécies

110, ver texto

Lytta é um gênero de insetos coleópteros polífagos pertencente à família Meloidae. O gênero possui cerca de 110 espécies descritas, sendo cerca de 70 destas sido descritas na região neoártica.[1][2][3] São de distribuição holártica.

As larvas parasitam abelhas, se alimentando destas. Estas parasitam principalmente abelhas das famílias Anthophoridae, Colletidae, Halictidae e Megachilidae.[4] Diferentemente dos adultos, que se alimentam de folhagens, pólen, flores e frutas.[4]

Taxonomia

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Foi descrito pela primeira vez em 1775, pelo entomólogo dinamarquês Johan Christian Fabricius.[5][1] O nome científico, Lytta, deriva do termo grego antigo λύττα, "lútta", que, por sua vez, é uma variante de λύσσα, "lýssa"; que significa "raiva", "fúria", "loucura".[6][7] Sua espécie-tipo é L. vesicatoria, descrita, inicialmente por Carl Linnaeus em 1758, sob o basônimo de Meloa vesicatorius.[8][9]

A denominação vernacular "cantárida", que é comum a algumas espécies, referencia os efeitos causados por uma substância tóxica, denominada cantaridina, encontrada nos representantes deste gênero.[10]

Distribuição geográfica

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O gênero distribui-se, geograficamente, pela região holártica. Pela região paleoártica, se distribui pela Europa, principalmente pelo norte europeu ao sul da Escandinávia. Na Ásia, se distribui na região Central e Sudoeste, mais especificamente no sul da Turquia ao norte do Irã e Afeganistão. Na Ásia Oriental, distribui-se pelo sul da China, Taiwan até a região norte da Índia, e também pelo Japão.[8]

Na América do Norte, as espécies deste gênero se distribuem desde a região central do Canadá até o Panamá, na América Central. Também, considera-se uma espécie de distribuição pelo Brasil, embora esta seja, muitas vezes, resignada em outros gêneros.[8]

Espécies selecionadas

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Dois espécimes de L. magister, no condado de Graham, Arizona, Estados Unidos
 
Espécime adulto de L. nuttallii, no Coteau des Prairies, em Dacota do Sul, Estados Unidos
 
Espécime adulto de L. aenea, se alimentando de flores de árvores do gênero Prunus

Referências

  1. a b «Lytta Fabricius, 1775». Global Biodiversity Information Facility (em inglês). Consultado em 21 de abril de 2022 
  2. «Lytta». Catalogue of Life. Consultado em 21 de abril de 2022. Arquivado do original em 2 de janeiro de 2019 
  3. «Lytta». Encyclopedia of Life. Consultado em 21 de abril de 2022 
  4. a b «Genus Lytta». BugGuide. Department of Entomology of the Iowa State University. 13 de outubro de 2005. Consultado em 21 de abril de 2022 
  5. Fabricius, Johann Christian (1807). Systema glossatorum secundum ordines, genera, species, adiectis, synonymis, locis, observationibus, descriptionibus (em latim). Brunovici: C. Reichard. doi:10.5962/bhl.title.137098 
  6. Liddell, Henry George; Scott, Robert (1940). «λύττα, λυττάω, λυττητικός, etc., v. λυσς-.». Liddell & Scott. Consultado em 21 de abril de 2022. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2019 
  7. Liddell, Henry George; Scott, Robert (1940). «λύσσα». Liddell & Scott. Consultado em 21 de abril de 2022. Arquivado do original em 18 de fevereiro de 2019 
  8. a b c Pinto, J. D.; Bologna, Marcos A. (dezembro de 2002). «The New World genera of Meloidae (Coleoptera): a key and synopsis». Journal of Natural History. 36 (17): 2013–2102. ISSN 0022-2933. doi:10.1080/002229399300254. Consultado em 25 de abril de 2022 
  9. Linné, Carl von (1758). Systema naturae per regna tria naturae: secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis 10.ª ed. Holmiae: Impensis Direct. Laurentii Salvii. OCLC 4762864. doi:10.5962/bhl.title.542 
  10. «Spanish Flies, Cantharides; Blistering Flies; Blistering Beetle CANTHARIS. N. F., CANTHARIDES Canthar.». Drugstore Museum. Consultado em 21 de abril de 2022